uma bela mulher me salvou

Informei tranquilamente, acelerei o motor do meu carro e digo graças a Deus que é de madrugada e as ruas estão completamente vazias, o som de balas atingem a traseira do carro, enquanto uma luz me choca deixando-me cego, virando para direta, desvio da Luz dando outra retaguarda, evitando que eu caia em uma armadilha. Entro em uma rua deserta em um bairro suburbano, são apenas dois carros, dois passageiros cada. Entrei em um beco e apaguei as luzes do meu carro esperando a minha hora de caçar. Quando ouvi som do motor, avancei em alta velocidade atingindo em cheio o SUV preto fazendo-a colidir contra o poste de energia.

Descendo do carro, dei dois tiros quebrando os vidros do SUV, sem cessar, as balas foram direcionadas aos meus atacantes sem me importar com o som assustados dos tiros. Olhei para o cenário que acabei de criar, dois homens mortos e o carro completamente destruído, quando eu ia pegar a mão de um dos meus atacantes para procurar alguma tatuagem que o identifique de que gague ele pertence, ouvi o som do motor rugir e rapidamente entrei no carro.

O som de balas atingem a lateral do meu carro, dou retaguarda e saí em alta velocidade a todo vapor.

— Ligue o localizador.

Kali disse assim que atendo sua chamada, mais dois carros surgem ao em minha frente e eu acelerei o carro indo em frente sem parar enquanto minha mente busca por uma solução para me tirar deste conflito.

— Não chegarão a tempo.

Murmurei para ele.

— Irmão.

Kali grita.

— Eu darei um jeito.

Encerrei a chamada e girei o volante tão rápido que tenho a certeza que os pneus do carro deixaram marcas na estrada, o som de balas atingem novamente meu carro e deste vez pelas duas laterais. O pneu baixa. O vidro traseiro quebra, apaguei as luzes do carro novamente, apesar de estarem bem na minha cola, eles não estarão enxergando direito. Vejo prédios altos em um baixo suburbano bem na minha frente, está quase amanhecendo e meu pneu não aguentará muito. Mais tiros ecoam e sinto minhas costas arder, minha visão fica turva e pressiono as mãos contra o volante entrando em becos cegos, um atrás do outro até que encontro uma casa perfeita para estacionar o carro.

Estacionei meu carro em frente em uma casa cheia de carros defeituosos, e desço rapidamente, segurando minha arma e guiado pelo espirito de sobrevivência, meus pés guiam-me pelos becos escondendo-me das luzes e movimentos de alguns civis que levantam cedo para irem ao trabalho. Exausto, olhei para casa em minha frente, sua pequena varanda e bem arrumada não estaria na imaginação dos meus inimigos. Lentamente, eu me encolhi e me sentei nela, faltam 3 horas para a luz do dia invadir completamente as ruas e estarei seguro para voltar para casa. Até lá, devo me manter aquecido e silencioso.

~~CAPÍTULO 2~~

MITCHI ROSE

— Se você não me pagar irei chamar a polícia.

Eu estiquei a mão para ele enquanto fechava a cara, aquele cara desconhecido abriu sua carteira e tirou 500 dólares, esse foi o valor combinado pelos meus serviços completos. Caminhei lentamente enquanto contava as notas, metade deste valor eu tenho que dar ao meu cafetino e eu fico com quase nada.

Suspirei pesadamente enquanto entrava na boate, meus pais morrem em acidente de viação quando eu era muito nova, sem condições para seguir com os estudos, tentei alguns trabalhos em supermercados e lojas, entretanto, eu era muito nova para trabalhar e eles não queriam problemas com a fiscalização. Sem o que comer, eu acabei em um prostibulo, onde divirto homens por meros dólares. Se ao menos eu fosse essas prostitutas de luxo.

Eu parei dolorosamente enquanto essa ideia ia e vinha, se eu tivesse certos contatos, poderia conhecer gente de outra classe e conseguir um bom contrato com essas madames que gerenciam acompanhantes de Luxo. Minha vida seria totalmente diferente e não precisaria contar misérias para sobreviver.

— Eu consegui outro cliente para ti.

Jorge, o dono da boate murmurou acenando para um cara gordo e desajeitado.

— Trate ele muito bem.

Eu suspirei quando ele arrancava sua parte das minhas mãos. Quando cheguei em casa, eu estava fedendo homens desconhecidos e minha buceta estava ardendo, depois de um banho quente, abro a geladeira para aquecer qualquer coisa para comer.

Quando amanheceu, descansei todo dia depois fui a boate. Eu estava exausta quando parei em frente ao quintal da minha pequena casa, essa noite me rendeu uns mil dólares, e 200 extra por dar um boquete perfeito ao meu cliente, nem todos os dias são como estes, com esse dinheiro, 500 guardarei nas minhas economias. Dou alguns passos antes de notar algo entranho em minha varanda, ao me aproximar, encontro um homem deitado, meus olhos vagam para o sangue que escorre sobre as tijoleiras. Merda, será que ele está morto? É muito azar, se a policia bater aqui, ficarei o dia todo tentando explicar quem é ele.

— Ei?

Eu o cutuquei, não responde, levei meus dedos para verificar seu pulso, está vivo, suspiro aliviada. Nada mal. Abro a porta da minha casa e usei toda força que tinha para empurrá-lo até minha pequena sala de estar, ele é muito grande e pesado, imediatamente vou trancar as portas.

Toquei sua testa, ele está ardendo em febre, tirei seus sapatos, depois seu casaco e camisa, eu precisava baixar a febre o mais rápido possível, fui ao banheiro pegar toalhas e um balde de agua gelada. Limpei sangue pelo seu corpo e estaquei seus ferimentos, removi cuidadosamente, duas balas em suas costas, depois costurei.

Coloquei seu pesado corpo no tapete e cobri-o, precisava ir a farmácia, corri para o quarto trocar de roupas, peguei duas notas de cem e caminhei lentamente até a farmácia mais próxima.

— Souberam o que aconteceu de madrugada?

Ouço duas senhoras conversando, eu fingi pegar alguma coisa na cristaleira aguardando ouvir o resto da conversa.

— Houve um tiroteio, um carro foi abandonado e há homens desconhecidos andando pelo bairro.

O quê?

— Ouvi dizer que são mafiosos.

Parei em choque.

— Eu ouvi que era um assassino.

— Bobagem, meu marido afirmou que são mafiosos.

Alcancei morfina e alguns analgésicos, fui para o balcão pagar pelo que levei.

— Mitchi, morfina de novo?

Levantei os olhos para encarar o atendente, Paulo, eu sorri para ele enquanto minha mente processa sua pergunta.

— Clientes agressivos.

Respondo apressada.

— Porque não larga essa vida? Eu posso ajuda-la com um bom trabalho.

Diz Paulo devolvendo minha nota de cem.

— Quem aceitaria contratar uma vadia?

Lambo meus lábios em dor, essa é a verdade.

— Não diga isso, há pessoas muitas honestas.

— Eu tenho que ir, estou com dor.

Respondo cortando toda essa conversa, eu sei como as pessoas tratam prostitutas, com nojo. O pouco que ganho dá para bancar minhas despesas sem incomodar ninguém. Quando saio da farmácia caminhei apenas alguns metros para notar homens desconhecidos rondando o bairro como se fosse deles. Eles estão procurando por alguém, e posso jurar que essa pessoa está deitado em meu sofá inconsciente.

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