ataque surpresa

~~CAPÍTULO 5~~

AARON CHARTER

 

Eu estava parado em frente a sua casa, há dias que meus homens a me mantem informado sobre ela, entretanto não é a mesma coisa, conhecia toda sua rotina, não mudou nada desde a última vez que nos vimos. Casa, trabalho, trabalho casa. Sem nenhuma alteração ou paradas para comer fora. Ela leva uma vida extremamente solitária, sem amigos, cinemas ou uma parada para o salão.

— Chefe.

Disse Leo em alerta, eu entrei no carro e aguardei, está é a hora que sempre volta, quase ao amanhecer. Estou ansioso em revê-la novamente depois de duas semanas fingindo não me importar com ela.

— Não era suposto...

Edu diz, fazendo com que eu preste atenção na sua rua e visse um carro de alto luxo estacionando em frente à sua casa, ela desceu, vestindo suas roupas habituais de prostituta.

— Quem é ele?

Edu questionou surpreso, não fui informado sobre carro luxuoso vindo deixa-la pelas manhãs.

— Vá investigar.

Ordeno descendo do carro e esperando que ele siga o carro. Lentamente eu caminhei até sua casa. Dou duas batidas e espero. Porque ela está demorando? Peguei uma cópia das suas chaves que meus homens fizeram enquanto ela não estava e encontrei, o som do chuveiro é audível, subo, um por um degrau das escadas, invadindo seu quarto completamente rosa, olhei para baixo e notei suas roupas ensanguentadas. Mas que porra é essa? Invado seu pequeno banheiro e ela quase dá um grito assustado.

— Aaron?

Ela parece surpresa em me ver.

— O que aconteceu?

Puxo seu vidro do banheiro, meus olhos ficam presos a tantas marcas no seu corpo para me sentir incomodado com sua nudez.

— Um cliente violento.

Ela diz envergonhada. Meu telefone tocou assustando-a, dei dois passos para trás e atendo.

— Espero que seja importante.

Digo irritado.

— Ele parou no clube, acho que ele é seu cafetino.

Fechei o vidro do seu banheiro e saio.

— Quero saber tudo sobre ele.

Encerrei a chamada. Caminhei em direção ao exterior da sua casa e acenei para Leo me seguir discretamente, fui a farmácia mais próxima, comprei pomada e medicamentos, quando voltei ela estava sentada no sofá se lamentando da vida.

— Pensei que tivesse indo embora.

Disse Mitchi erguendo seu pequeno corpo.

— Comprei medicamentos e pomada.

Mostrei a ele sacola da farmácia.

— Não precisava.

Ela murmurou, seus olhos estão muito inchados.

— Venha.

Eu chamei ela.

— Melhor não, eu não estou legal.

Eu avancei contra ela e peguei seu braço.

— Foi horrível.

Ela murmurou chorando.

— Não vai acontecer novamente, eu prometo.

Quando ela finalmente dormiu em meus braços, eu pude passar pomada e ver detalhamente o estrago que fizeram nela.

— Ache o maldito cliente.

Eu informei ao Leo quando coloquei-a em sua cama para descansar.

MITCHI ROSE

 

 

Quando acordei Aaron não estava mais na minha casa, entretanto meu corpo parecia menos dolorido. Forcei meus pés a ficar em pé e eu fui até o banheiro tomar banho, ao sair, passei pomada e mediquei. Depois do rápido café da manhã retornei para cama descansar até o final do dia.

— O que está fazendo aqui depois de ontem?

Julia minha amiga do trabalho disse surpresa em me ver na boate, ela mais que ninguém sabe o quanto é difícil tirar um único dia de folga neste lugar.

— Jorge não vai entender.

Digo a ela. Cliente agressivo ou não, eu devo comparecer a este lugar.

— Hoje cedo alguém destruiu meu carro,

Disse Jorge super irritado pela sua perda, ele olhou para minha bolsa e arrancou tirando tudo que existia dentro dela. Aaron ofereceu-me essa bolsa, é a única coisa valiosa que tinha.

— Isso paga a manutenção dela.

Disse Jorge satisfeito.

— O que minha bolsa tem a ver com seu carro?

Eu questionei irritada.

— Nada, azar o seu.

Eu suspirei.

— Isso foi um presente, me devolva.

— Presente caro dos meus clientes, então, é meu.

Aaron não é nenhum cliente dele, como ele ousa pensar nisso?

— Devolva para ela.

Eu virei meu rosto para encontrar Aaron parado com dois homens que sempre estão com ele.

— Senhor Aaron Charter, é um prazer ter você no meu clube.

É claro que Jorge conhece Aaron, pelo temor da sua voz, sabe exatamente quem ele é, e o que faz. Ele passou por mim, abriu um sorriso, em seguida deu um tapa no rosto de Jorge que fez todo o clube parar.

— Eu disse para devolver a bolsa.

Diz Aaron claramente irritado.

— Ela é minha puta...

Outro tapa foi audível e eu quase saltei com sua agressividade, Julia segurou minha mão feliz. Jorge estava merecendo isso e muito mais.

— Repita o que você disse.

— Chefe, eu sinto muito, eu não...

Aaron deu outro tapa no seu rosto.

— Eu disse para repetir.

Ele gritou fazendo a casa toda estremecer com seu rugido.

— Me desculpe.

Ele caiu no chão de joelhos para surpresa de todos. Jorge se ajoelhando implorando por desculpas? Essa é nova. Aaron tirou uma arma e apontou para o centro da sua cabeça.

— Devolva a ela.

Meu chefe se rastejou de joelhos e me entregou a bolsa.

— Devolvido, devolvido, não precisa se chatear, chefe.

Disse Jorge implorando pela sua vida.

— O cliente.

Ele apontou novamente uma arma para ele.

— Que cliente?

— O cliente.

Ele disse carregando a arma.

— Ali.

Ele apontou para o cliente de ontem, Jorge disse que o cliente de ontem era especial e importante, por isso eu tinha que agradá-lo em tudo que ia receber uma boa gorjeta pelos meus serviços bem feitos. Entretanto, não estava explicito que meus serviços incluíam apanhar a noite toda. Aaron Charter deu alguns passos até o cliente de ontem estava sentado com alguns homens desconhecidos por mim.

— Chefe, eu não..

Aaron levantou a mão acertando-o com único golpe com o cano da sua arma, os homens daquele homem levantaram e apontaram a arma para ele.

— Estão loucos? Abaixem as armas, este é o senhor Aaron Charter, dono do submundo desta cidade.

Aqueles homens ao ouvirem seu nome caíram em joelhos implorando pela sua vida.

— Chefe, me perdoe....

O som de uma bala ecoou e todos nós ficamos em silencio. Ele matou o cliente de ontem e nenhum dos homens pode fazer nada por ele. Aaron caminhou estilosamente até nós exibindo sua arma para todos que quisessem ver.

— Não me mat...

Um tiro ecoou e a voz do meu chefe se ouviu, ele acertou sua perna.

— O que você quer?

Disse Jorge depois de cair no chão seu pé sangrando.

— Quanto ela está devendo?

Ele questionou carregando a arma.

— Ela é minha melhor garota.

Eu saltei quando ouvi outro tiro e a voz de Jorge é audível.

— Nada, ela não está me devendo nada.

— Fomos claros?

Ele disse apontando a arma para sua cabeça.

— Eu entendi o recado, ela pode não está ligada a mim. Mitchi você está livre.

Eu estou? Isso significa que posso obter meus próprios cliente sem um vínculo contratual com ele. Não serei mais sua escrava.

— Senhorita.

Aquele homem desconhecido disse mostrando o caminho para saída do clube.

— Aaron, por favor, não deixe ela aqui.

Eu apontei para Julia, nós viemos na mesma época, tão nova quanto eu, fomos suporte para uma e outra.

— Leve quem você quiser, dividas pagas.

 — Está falando sério?

— Vá.

Aaron disse e eu sorri para ela.

— Obrigada Mitchi.

Ela disse passando por mim e correndo para saída antes de mudarem de ideia. Aquele homem desconhecido mostrou-me o caminho para fora, sem questionar eu entrei no carro e aguardamos Aaron voltar. Não demorou muito para Aaron entrar no carro.

— Casa.

— Sua ou dela.

Os dois trocaram olhares silenciosos, quando ele ligou o carro para e deslizou para fora do clube silenciosamente. Eu olhei para aquele lugar silenciosamente, nunca mais voltarei para lá. Agora que estou livre das amarras de um cafetino, devo procurar meus próprios clientes e não precisarei dividir meu dinheiro com ninguém. O que me permitirá investir nos meus estudos futuramente.

— Uma moeda pelos seus pensamentos.

Virei o rosto para olhar rosto bonito de Aaron, seus dedos estão presos no seu telefone enquanto sua curiosidade se estende para mim.

— Agora que não tenho um cafetino, irei ganhar muito mais com os clientes.

Digo animada.

— Poderei investir nos meus estudos que tanto deixei do lado.

Completei. Aaron juntou suas sobrancelhas em desaprovação.

— Acredito que exista algo melhor para trabalhar.

Disse Aaron desviando seu olhar para estrada.

— Ninguém me contratará, eu possuo um longo histórico como prostituta, nenhum lugar é bem-vindo para alguém como eu.

Senti minha boca amargar depois de pronunciar essas palavras, ninguém irá colocar um anel, não terei filhos, nem uma família. Seu carro para em frente a uma enorme mansão, meus olhos se enchem de curiosidade quando duplo portão se abre automaticamente invadimos um belo jardim. Com certeza é a casa dele.

— Preciso fazer uma ligação.

Eu assenti para Aaron.

— Por aqui senhorita.

Um dos caras que anda com ele disse, ajudando-me a descer do carro e guiando-me até a porta principal, ele digitou um código, as portas deslizaram e uma bela sala surgiu. Suas paredes são todas brancas, seu rico sofá é azul céu, combinando com o chão azul escuro brilhando sobre as luzes luxuosas da sua sala.

— Está com fome?

Aaron questionou, pegando-me admirando seu canto, ele é um homem que possui diversas riquezas, e eu, bom eu sou uma mulher incomum.

— Não.

Respondo.

— Obrigada por hoje.

Agradeço sendo sincera.

— Tenho que voltar para casa, preciso me concentrar no que farei daqui para frente. Alcancei minha bolsa cara, eu olhei para ela, isso não me pertence.

— O que está fazendo?

Aaron perguntou confuso.

— Devolvendo.

Respondi.

— Não. Não há necessidade, eu comprei para você.

— Você precisa cortar os lanços Aaron Charter, eu sou uma puta, e serei sempre, não há como apagar meu passado. Meu nome, eu dormi com tantos caras, eu sempre serei uma vergonha para você.

— Precisa de alguma coisa, ajuda?

Eu balancei a cabeça. Deixei a bolsa ali na sala e caminhei para sua entrada.

— Mitchi.

Eu parei.

— Se cuide.

Disse Aaron Charter, um dos seus homens levaram-me de volta para casa, agradeci pelo belo gesto que fez. Entrei na minha casa e suspirei fundo, eu precisava economizar até minha pequena vida ganhar novamente sentindo.

Em alguns dias, alguns dos meus clientes começaram a ligar perguntando se ainda estava em ativa, claro que topei na hora, a grama era bastante boa e não precisava atender clientes agressivos. Tinha tempo para fazer cabelos e unhas, ir ao supermercado e comer alguma coisa deliciosa sempre que podia.

Eu estava saindo de casa, indo em direção ao ponto de ônibus quando do nada dois homens surgiram no meu campo de visão. Eles eram altos e assustadores, meu primeiro intuito é correr, entretanto, seria uma burrice, eles são dois grandalhões contra uma mulher de sapato alto.

— Desculpa, como posso ajudar?

Tento parecer simpática.

— Mitchi? Envie uma mensagem para Aaron.

Um dos caras diz sorrindo.

— Que mensagem?

Eu questionei, sinto meu rosto arder e caio no chão, eu sinto um golpe atrás do outro, todo meu corpo estremecendo de dor, eu queria gritar, pedir socorro, mas minha voz não saía, até que ouço tiros o que aconteceu a seguir não me lembro, pois fico inconsciente.

— Eu disse para você ficar de olho nela.

Ouço a voz de Aaron de longe, meus olhos estão pesados e todo meu corpo reclamando de dor.

— Eu deveria te deixar no mesmo estado que ela.

O sono venceu e parei de lutar.

Despertei suada e assustada. Aqueles homens, eles estavam machucando meu corpo, fiquei em pé rapidamente, no entanto, me senti tonta. Não era um sonho, não era um sonho.

— Bom dia menina, que bom acordou, preparei sopa para ti.

Disse uma mulher de idade, ela sorriu para me colocando bandeja de comida sobre a cama.

— Onde eu estou?

Questionei. Vivo sozinha a muitos anos, nunca tive ninguém para cuidar de me quando estava doente, por que uma mulher desconhecida cuidaria de mim? Talvez seja um sonho, ao acordar, tudo voltará ao normal.

— Na casa do menino Aaron.

Aaron? Não estou sonhando, não estou sonhando, estou em casa de Aaron e uma mulher cuidando de mim.

— Quanto tempo apaguei?

— Uma semana.

— Uma semana?

Eu quase gritei quando repeti suas palavras.

— Como você está?

Aaron estava parado na porta do quarto encarando-nos.

— Eu me sinto melhor.

Respondo puxando bandeja de comida.

— Obrigado Lala.

Ele assentiu para ela dispensando-a silenciosamente, quando Lala saiu do quarto, Aaron entrou completamente exibindo sua forma elegante em seu terno de três peças.

— Eles disseram que queriam enviar um recado.

Comecei, claramente que aqueles homens eram seus inimigos e não meus clientes agressivos.

— Eles estão mortos.

Ergui uma sobrancelha curiosa, ele disse mortos? Como? Os tiros antes de eu desmaiar.

— Nunca mais alguém te machucará.

— Isso é inevitável.

Respondo rapidamente.

— Enquanto eu puder evitar.

Ele me encarou e desviei meus olhos dele para meu copo de suco.

— Eu quero voltar para casa.

Resmunguei.

— Suas feridas ainda não sararam por completo.

— Irei me recuperar totalmente em casa.

— Porque está se afastando de mim? Eu fiz algo errado?

— Você sabe, eu não posso ficar aqui, você tem sua vida.

Eu fiquei em pé, dobrei minha coluna gemendo de dor.

— Mitchi.

Aaron tentou se aproximar e eu levantei minha mão o impedido.

— Não.

Eu o parei.

— Criança.

Lala disse entrando no quarto, eu acho que ela estava parada no corredor ouvindo tudo. Cuidadosamente ela me ajudou a me deitar na cama.

— Obrigada.

Agradeci depois que ela me entregou comprimidos para tomar.

— Como quer voltar para casa com tantas dores?

Lala perguntou e eu encolhi os ombros, não quero dar trabalho, posso cuidar de mim. Aaron acenou para Lala e eles pararam na porta, mas, claramente eu pude ouvir ele dizer:

— Vou trabalhar, volto no final da noite, cuide dela.

— Sim menino.

Lala respondeu, quando me certifiquei que Aaron foi trabalhar, com muito esforços eu desci da cama, descalça, abri a porta do quarto e notei um corredor, seguindo meu instinto e com ajuda das paredes, alcancei as escadas e atravessei a sala. Quando ia abrir a porta eu encontrei homem de Aaron parado do lado de fora.

— Senhorita, o que faz em pé?

Ele parecia surpreso em me ver.

— Pode me levar para casa?

Segurei a parede para não cair, minhas costas estão me matando e todo meu corpo grita por socorro.

— Tudo bem.

Ele concordou, em um passo após o outro, entrei no carro e eu quase gritei de dor, fechei os olhos tentando camuflar a dor, só precisava chegar em casa, em casa.

— Senhorita, chegamos.

Disse meu motorista e eu desci do carro, fingindo estar bem, entrei na minha casa e fui diretamente para meu quarto procurar por morfina, ao encontrar, me injetei rapidamente em seguida caí sobre o colchão da cama e desmaiei em sono profundo.

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