CAPÍTULO 92 Alexander Caruso Eu já não poderia matar Salvatore, não depois de ouvir novamente ele explicando. Se ele disse a verdade, eu simplesmente não saberei mais o que fazer da minha vida, mas se ele mentiu, ninguém vai me impedir de matá-lo da forma mais cruel que exista, e isso é um fato. Ao olhar para Laura, sinto que é a pessoa que mais confio, ela tem esse seu lado que é duro e que sempre demonstra estar pronta para um combate, mas agora eu sei... é apenas a casca! Se eu não atacá-la, ela não me atacará, e adoro isso nela. Saiu comigo do reduto sem questionar, ela sabia que estávamos pensando a mesma coisa, Maria poderia muito bem ser a pessoa que estamos procurando para saber a verdade. — Porquê veio para o reduto? Você disse que iria ajudar a Katy com as coisas do casamento. — perguntei para ela, dentro do carro. — Esqueci meu celular no seu carro, coloquei no porta-luvas, quando estávamos lá no chiqueiro. — Certo. . Quando chegamos na nossa casa, olhei para Lau
CAPÍTULO 93 Alexander Caruso Os tiros me ajudaram, mas não foram o suficiente. Peguei a arma e comecei a quebrar as coisas usando ela. Quando a munição acabou, eu de raiva joguei a arma pra longe, e comecei a quebrar as coisas com as mãos. — Já chega! — Laura me empurrou contra a bancada, cheia de cacos de vidro, ficou com a mão sobre mim. — Não passou, Laura! — expliquei com o coração na mão, mal conseguia olhar para ela. — Você tem noção do que estou sentindo? Eu defendi, lutei, investi tudo para descobrir quem matou o meu pai, e o maledetto era um verme nojento que merecia cada bala que levou! — Alex... — acariciou o meu peitoral. — Eu te fiz de idiota, me casei por vingança! — Se arrependeu? — percebi a merda que fiz quando seus olhos se perderam no meu olhar, suas sobrancelhas franziram, e na mesma hora passei o braço, limpando a bancada, peguei a Laura pela cintura e a coloquei lá. — Nunca me arrependeria! Escolher você como esposa, in
CAPÍTULO 94 Laura Strondda Eu sou uma burra, burra mesmo... como o Alex estaria bravo, comigo? Ele já disse que as coisas mudaram, por sorte ele não se chateou, pelo contrário, se agarrou em mim e não me deixou nem respirar direito. Quem diria? — Sorri ao perceber que ele havia dormido. — Não me imaginei amando um homem dessa maneira, mas é a mais pura verdade... estou louca por ele. Esse sentimento é tudo de diferente do que já vivi, me dá até medo. Quando o dia amanheceu, acordei com seu carinho no meu pescoço. Eu estava de bruços, Alex alisava o meu cabelo e fazia massagem no meu ombro e pescoço. — Dormiu bem? Vejo que acordou cedo, o dia nem amanheceu direito... — perguntei me virando para ele. — Um pouco... você me acalmou. — sorri, puxei o seu pescoço para perto de mim. — O que vai fazer? — ele me olhou por um momento. — Preciso conversar com a Katy, daí vou resolver o problema da Anita... não há necessidade de torturar mais,
CAPÍTULO 95 Alexander Caruso — Merda! Você precisa voltar, Peter! — Pedi ao meu primo numa ligação. — Ainda bem recobrou o juízo! Pensei que fosse me castigar até domingo. — Até parece, vem para o hospital e tenta arrancar tudo dos soldados, assim que acordarem! Eu vou voltar para a fazenda e verificar as câmeras de lá. . Assim que saí do hospital, liguei novamente para a Laura, provavelmente ela viria me encontrar em breve, como é assunto nosso, o Don não pode proibir que me acompanhe. Nas imagens vi que realmente havia um homem. Dessa vez não se preocuparam com as câmeras. O estranho é que um homem jovem e forte, terno escuro e sapatos caros salvou Anita, mas dentro do carro havia outros dois, um motorista e um velho com um chapéu chique combinando com a gola da camisa e do terno que eu só via a parte de cima, enquanto fumava um charuto. O maledetto fez questão de jogar o charuto no chão para fora do carro, e isso significava que gos
CAPÍTULO 96 Laura Strondda Logo que cheguei, percebi que havia algo errado. Vi um pé masculino encostado no batente de uma porta, caído, provavelmente ferido ou morto. Me aproximei devagar, vi que era um dos nossos soldados, que droga! Haviam câmeras, e assim que entrei no local, a porta que passei se fechou atrás de mim, então corri, me escondi e meti bala com silenciador em dois maledettos que caíram mortos no chão. Eu não iria voltar, Alex estava ali. Continuei o percurso e fiquei mais tranquila quando vi Anita morta e seus membros no chão, Alex havia feito aquilo, era ordem do Don. Mas de repente, apareceu um homem grande e mal encarado, com uma metralhadora apontada pra mim. — Vire-se bonequinha, vou te levar até o chefe! — eu poderia fazê-lo lamber o chão em três segundos, mas queria o Alex e queria o chefe, que seja quem fosse, iria morrer. Me virei e deixei que me levasse. Ele pegou a minha arma e segurou as minhas mãos, pensando que
CAPÍTULO 97 Alexander Caruso Quando ela foi levada, me desesperei. Enquanto recuperava o meu corpo do choque, continuei afrouxando as mãos nas cordas. Tentei ignorar o que eles diziam, Laura é uma mulher forte, preferi acreditar que ela estava segurando as pontas. Senti muitas dores nos tornozelos e nas mãos. Depois de tentar muito, por um milagre consegui soltar as mãos, mas como ainda estava preso, esperei a hora certa de atacar. Um deles pegou um martelo e veio na minha direção. Quando chegou bem perto, num movimento rápido eu tomei a sua arma que estava na sua cintura, efetuei alguns disparos, o matando e matando os outros que estavam naquele lugar. Fui rápido ao soltar as cordas do meu pé. Outro homem apareceu e apontou a arma pra mim, mas fui mais rápido e o matei com um tiro na testa. Vi um homem de chapéu passando, mas não consegui identificar, provavelmente seja o mesmo que estivesse no carro lá naquele chiqueiro, sempre escondendo s
CAPÍTULO 98 Alexander Caruso Assim que o médico liberou a Laura, voltamos para a casa. Pedi para que a Katy fosse com o Peter, mas em casa estava de cara feia. — O que foi, Katy? — ela olhou para os lados, provavelmente procurando o Peter. — Porque me deixou para vir com ele? Sabia que me senti a adolescente presa, andando com o guarda costas mais chato do papai? — Pensei que conversaram... ah, mas a Débora pegou carona também, não foi? Seu plantão havia acabado. — ela fez uma careta. — Pois é. Eu não quis ir na frente, Peter não estava merecendo que fosse eu a puxar assunto..., mas imagina o que aconteceu? — mostrou as mãos, fazendo uma pergunta. — Hum, deixa eu adivinhar... ele conversou com a Débora, que provavelmente sentou na frente sem problema algum! — ela bufou. — Exatamente. Então irmãozinho... agora tenho certeza que o problema é comigo! Tem certeza que vai jogar na cova dos leões? — Ele só está se sentindo pressionado, é mais fácil conversar com outras pessoas. Ou
CAPÍTULO 99 Alexander Caruso Atravessei o jardim com apenas alguns segundos. Mas, quando abri caminho no arbusto para chegar mais rápido, ouvi disparos. Peter havia matado Marcos, e eu já não sabia se ficava tranquilo por aquele infeliz ter morrido, ou me irritava por Peter ter perdido o controle e me tirado a oportunidade de descobrir mais coisas. — QUE MERDA, PETER! PORQUÊ MATOU O CARA? — MATEI E MATARIA DE NOVO! — voltou a apontar a arma e deu mais dois tiros na cabeça do Marcos que já estava morto. — EU NÃO DISSE QUE ELE ERA UM TRAIDOR, PORRA? VOCÊ PODERIA TER PRENDIDO, PODERÍAMOS TORTURAR! — Peter estava cego de ódio, não parava de olhar para o soldado morto, então Katy gritou: — Ele só fez isso por ciúmes! Marcos me abraçou por trás e eu deixei, pensei que fosse o Peter! Aí ele nos viu e quebrou a cara do Marcos. Eu não sabia que ele era um traidor, você acabou de falar, né? — Peter balançou a cabeça. — QUE PORRA, AGORA TENHO QUE VER A