CAPÍTULO 96 Laura Strondda Logo que cheguei, percebi que havia algo errado. Vi um pé masculino encostado no batente de uma porta, caído, provavelmente ferido ou morto. Me aproximei devagar, vi que era um dos nossos soldados, que droga! Haviam câmeras, e assim que entrei no local, a porta que passei se fechou atrás de mim, então corri, me escondi e meti bala com silenciador em dois maledettos que caíram mortos no chão. Eu não iria voltar, Alex estava ali. Continuei o percurso e fiquei mais tranquila quando vi Anita morta e seus membros no chão, Alex havia feito aquilo, era ordem do Don. Mas de repente, apareceu um homem grande e mal encarado, com uma metralhadora apontada pra mim. — Vire-se bonequinha, vou te levar até o chefe! — eu poderia fazê-lo lamber o chão em três segundos, mas queria o Alex e queria o chefe, que seja quem fosse, iria morrer. Me virei e deixei que me levasse. Ele pegou a minha arma e segurou as minhas mãos, pensando que
CAPÍTULO 97 Alexander Caruso Quando ela foi levada, me desesperei. Enquanto recuperava o meu corpo do choque, continuei afrouxando as mãos nas cordas. Tentei ignorar o que eles diziam, Laura é uma mulher forte, preferi acreditar que ela estava segurando as pontas. Senti muitas dores nos tornozelos e nas mãos. Depois de tentar muito, por um milagre consegui soltar as mãos, mas como ainda estava preso, esperei a hora certa de atacar. Um deles pegou um martelo e veio na minha direção. Quando chegou bem perto, num movimento rápido eu tomei a sua arma que estava na sua cintura, efetuei alguns disparos, o matando e matando os outros que estavam naquele lugar. Fui rápido ao soltar as cordas do meu pé. Outro homem apareceu e apontou a arma pra mim, mas fui mais rápido e o matei com um tiro na testa. Vi um homem de chapéu passando, mas não consegui identificar, provavelmente seja o mesmo que estivesse no carro lá naquele chiqueiro, sempre escondendo s
CAPÍTULO 98 Alexander Caruso Assim que o médico liberou a Laura, voltamos para a casa. Pedi para que a Katy fosse com o Peter, mas em casa estava de cara feia. — O que foi, Katy? — ela olhou para os lados, provavelmente procurando o Peter. — Porque me deixou para vir com ele? Sabia que me senti a adolescente presa, andando com o guarda costas mais chato do papai? — Pensei que conversaram... ah, mas a Débora pegou carona também, não foi? Seu plantão havia acabado. — ela fez uma careta. — Pois é. Eu não quis ir na frente, Peter não estava merecendo que fosse eu a puxar assunto..., mas imagina o que aconteceu? — mostrou as mãos, fazendo uma pergunta. — Hum, deixa eu adivinhar... ele conversou com a Débora, que provavelmente sentou na frente sem problema algum! — ela bufou. — Exatamente. Então irmãozinho... agora tenho certeza que o problema é comigo! Tem certeza que vai jogar na cova dos leões? — Ele só está se sentindo pressionado, é mais fácil conversar com outras pessoas. Ou
CAPÍTULO 99 Alexander Caruso Atravessei o jardim com apenas alguns segundos. Mas, quando abri caminho no arbusto para chegar mais rápido, ouvi disparos. Peter havia matado Marcos, e eu já não sabia se ficava tranquilo por aquele infeliz ter morrido, ou me irritava por Peter ter perdido o controle e me tirado a oportunidade de descobrir mais coisas. — QUE MERDA, PETER! PORQUÊ MATOU O CARA? — MATEI E MATARIA DE NOVO! — voltou a apontar a arma e deu mais dois tiros na cabeça do Marcos que já estava morto. — EU NÃO DISSE QUE ELE ERA UM TRAIDOR, PORRA? VOCÊ PODERIA TER PRENDIDO, PODERÍAMOS TORTURAR! — Peter estava cego de ódio, não parava de olhar para o soldado morto, então Katy gritou: — Ele só fez isso por ciúmes! Marcos me abraçou por trás e eu deixei, pensei que fosse o Peter! Aí ele nos viu e quebrou a cara do Marcos. Eu não sabia que ele era um traidor, você acabou de falar, né? — Peter balançou a cabeça. — QUE PORRA, AGORA TENHO QUE VER A
CAPÍTULO 100 Laura Strondda Aquela pancada no galpão me deixou muito estranha. Quando Alex saiu, me senti enjoada, o café que tomei quando entrei em casa, estava querendo voltar, tentei ficar deitada por uma hora; o sono voltava, mas o enjoo também. Não acho que o Alex vá perder o controle, por isso não fui com ele até o reduto. Mas ao fechar os olhos, o mal-estar voltou e precisei levantar. Vomitei o café todo no vaso, e então a Katy chegou. — Meu Deus, você está bem? Ouvi o barulho de você vomitando quando passei pelo corredor. — Dá para ouvir tudo que acontece aqui dentro? — Não, só se ficar no corredor, porquê? — fiquei com vergonha, o tanto que grito quando Alex me ataca, todos devem ouvir. — Nada... realmente não estou bem. — Vou ligar para o Alex! Ele disse que a pancada foi forte, você pode piorar! — foi sair, mas a segurei. — Chama a Maria, ela sempre guarda os remédios, não incomode o Alex! — Tá. — ela saiu e voltou
CAPÍTULO 101 Alexander Caruso Quando saí daquele lugar, vi o Peter saindo conosco. — É para matar? — Primeiro descubra o que puder, e também sobre a criança, então me avise as respostas e eu digo se já pode, porquê ela nos traiu, não sairá viva daqui. — Certo! Laura estava visivelmente tonta, logo a carreguei no colo. — Alex, o Luigi tem tudo relacionado a envenenamento e esses pó para dormir, não quer chamá-lo? — Não, você pode estar assim pela pancada, e já sabe a minha opinião sobre ele! — falei firme, caminhando pelo corredor. A maledetta agarrou mais forte o meu pescoço e beijou. — Laura... o que é isso? — ela beijou de novo, bem devagar. A sua mão livre acariciou o meu rosto, passou várias vezes pela minha barba que acabou de começar a crescer. — E, a sua opinião sobre mim? Confia em mim, Alex? — parei em frente a porta do nosso quarto, tentando entender a Laura. Katy ainda estava cuidando da Maria, perceb
CAPÍTULO 102 Alexander Caruso Laura estava sonolenta, mesmo eu pensando que estava dormindo, do nada me perguntou: — Você ainda não me disse como foi no reduto. Conversou com o meu irmão? — Estava uma loucura, foram todos para a boate que o Enzo administra, parece que foi hackeada e invadida. Só vi o seu pai por alguns segundos, mas resolvi voltar para a casa, Salvatore foi com eles, então... — Ah, entendo... — percebi que o celular dela tocou, vi de longe que era a Rebeca. Só ouvi o que respondeu: — Pode preparar a pistola que eles estão com problemas na boate, parece que o sistema de segurança foi hackeado! — xxxxxxx — Talvez... — xxxxxxxx — Acaba com eles! — desligou. — O que a Rebeca queria? Não acredito que contou da invasão para uma grávida? — Vai se acostumando, uma gravidez não vai me parar, meu capo! — se encostou em mim, me abraçando mais. — Ah, não? Então pensa mesmo, em me dar filhos? — Sim, teremos um bambino logo. Vamos esperar toda a tempestade passar, nã
CAPÍTULO 103 Alexander Caruso Deixei a Laura dormindo, levantei da cama e liguei para Edoardo. — Meu querido! — sorriu ao me cumprimentar. — Ainda está na cidade? — o cortei. — Sim, num hotel aqui no centro. Aconteceu alguma coisa? Se for por eu ter saído sem avisar, é que eu não estava muito bem. — Não, eu só queria te ver, conversar direito, queria te perguntar uma coisa. — Tem uma boate aqui, você deve frequentar direto, parece que é do Don, mas quem é responsável é o outro Capo-regime. — Estou indo. . Me vesti adequadamente, encontrei com Peter do lado de fora, ele carregava o corpo da Ilda. — Fica de olho em tudo, vou falar com Edoardo, porquê vi nas câmeras que tirou fotos de Laura. — Eu não confio nesse homem. Temos bons soldados aqui, eu prefiro ir com você! — soltou o corpo e gritou para Gregório vir terminar, repassou a ordem para vigiar a casa e lavou o rosto na pia que tinha do lado externo. — Está evit