CAPÍTULO 39 Alexander Caruso Senti o meu corpo ferver quando vi a primeira foto. Era a mesma dançarina da boate, mas estava numa espécie de camarim, usava a mesma roupa branca, mas estava sem máscara e sem peruca... era a Laura! Claramente vi o rosto dela, não tinha como negar. Comecei a olhar outras fotos e haviam muitas, poderia ser montagem, mas não me parecia. Algumas o El Chapo estava dentro de um local fechado com ela, sozinha, ela usava outra roupa, uma preta — meus dedos apertaram aquelas imagens, amassando onde segurei e meus olhos ficaram fixos por alguns minutos. Senti o meu sangue fervendo imediatamente, parecia que até as minhas veias haviam dilatado, virei o pescoço estralando, para tentar engolir aquilo que eu via. — Alex... Alex? — eu ouvia Anita me chamando, mas eu mal conseguia olhar para ela, precisava de tempo. Ela mentiu pra mim... disse que o seu trabalho era com execuções, e ali não havia nenhuma arma, era a sua beleza e o seu c
CAPÍTULO 40 Laura Strondda Quando os nossos olhares se encontraram durante o show... eu sabia que não havia volta. Tentei me esconder, ficar de costas, mas ele se atreveu a me encurralar. Ele me envergonhou perante clientes e funcionários, inclusive do Luigi que admiro. Era hora da verdade. Se ele está disposto a me matar, eu também estou, afinal... não fui treinada para apanhar ou morrer por marido. Bastou um movimento dele e ficou claro que era guerra. Antes que ele puxasse a pistola eu acertei a sua cabeça com uma barra de ferro que havia ali, era fina, mas serviu para deixá-lo atordoado. Ele foi rápido dessa vez, pulou em cima de mim, me fazendo ir até a parede e me arrancou a barra, segurando o meu pescoço. — Há quanto tempo me engana? Desde sempre, não é? — igualmente agarrei no seu colarinho e exercendo uma força enorme eu consegui empurrá-lo e o grudar na outra parede. Sorri de deboche quando tinha novamente o controle.
CAPÍTULO 41 Laura Strondda Juntei todas as forças que eu tinha e me joguei em cima da metralhadora, me virando pra ele. Alexander respirou fundo, ficou me olhando e dessa vez não consegui distinguir o que ele pensava, a situação era louca e confusa demais para que eu entendesse. Não foi preciso palavras, nos levantamos juntos, ele foi mais rápido por usar uma arma mais leve e tive desvantagem. Alex correu, se jogando atrás das coisas, enquanto eu levantei a metralhadora e meti tiros por todos os lados. Quando parei e ficou silêncio, o ouvi: — Não gostou da decoração da sala, meu amor? Eu poderia ter trocado, deveria ter dito! — sorri, tirei outro pente e encaixei na arma. — É horrorosa! Antiga, lembra morte! — me escondi atrás do barzinho, praticamente já destruído por tiros. Vi quando ele se aproximou pela sombra, ele tirou uma garrafa de bebidas, acredito que deveria ser a última inteira, e bebeu um pouco. Me distraí e quando vi a garrafa foi arrem
CAPÍTULO 42 Alexander Caruso Aquela maledetta estava me enlouquecendo. Aquele seu jeito dominador, com aquele rosto bonito e aquele corpo sensual, estavam me deixando louco. Eu tive vontade de matá-la, gritar com ela, segurar forte seus cabelos, mas também de fodê-la com força, mostrando que sou eu quem manda, que sou melhor que o outro. — Vou fazê-la gritar de verdade... ragazza! É isso que quer, não é? — Laura sabe jogar, ela está tirando onda comigo, talvez até queira me matar ainda, não posso confiar nela, a poucos segundos atirou para me acertar. Seu corpo estava quente, suas mãos ao mesmo tempo que me empurravam, pareciam querer me puxar, seu cheiro exalava por toda a parte, e a sua pele macia, brilhava com a beleza da sua cor e um pouco de porpurina que caiu da roupa. Meu pau latejava, dolorido e completamente duro, encostado naquela boceta quentinha e molhada que me torturava a cada mísero segundo, mais um minuto assim eu entraria em col
CAPÍTULO 43 Alexander Caruso A minha perna estava sangrando, mas a minha dor maior estava no peito. Mesmo com o tiro, me arrastei até uma gaveta, havia algumas coisas ali, eu precisava retirar a bala e conter o sangramento, mas o Peter chegou. — Caralho! O que aconteceu, aqui? — olhou tudo ao nosso redor. — A sua esposa parece ter fugido, vou atrás dela! — Peter disse, já se virando para sair, mas gritei: — PARE ONDE ESTÁ! EU NÃO TE AUTORIZEI A IR ATRÁS DELA! — ele me olhou curioso, continuou olhando por tudo. — Tudo bem, se não quer, não irei. O que precisa que eu faça? Afinal vocês quase destruíram a sala e parte do corredor! — Retire a minha bala e cuide do ferimento! — Peter se aproximou, então peguei um travesseiro cobrindo meu pau, o maledetto estava olhando tudo e tirando as próprias conclusões. — Se fez o que estou pensando, ela não vai voltar! Sugiro que fuja, vai te acusar de traição para se ver livre de você. Então, vamos para T
CAPÍTULO 44 Laura Strondda (Noite anterior) Fazia muito tempo que eu não chorava e ficou difícil de distinguir o motivo, mas deve ser de raiva. Peguei o meu carro e saí feito louca daquele lugar sem olhar para trás. Tenho algumas rotas de fuga, e cinco esconderijos secretos por segurança, um deles nem a minha sombra sabe onde fica, eu só precisava ficar sozinha então fui pra lá. Quando entrei e fechei a porta, desabei. Escorreguei encostada na porta e sentei no chão, não entendo porque tantas lágrimas insistiam em me entregar assim, aquele idiota não vale a pena. Com raiva arranquei o vestido, eu precisava tomar um banho e tirar qualquer vestígio dele de mim. Mas ao olhar para as minhas pernas, haviam marcas já secas de sangue misturadas com o líquido que ele jorrou em mim... — Eu sou dele! — bati com raiva na parede, sem conseguir entender meus sentimentos. As coisas estavam confusas demais, mas isso eu jamais poderia negar e jamais esquece
CAPÍTULO 45 Alexander Caruso Quando voltei em si, já era tarde para seguir Anita. Senti um aperto no peito, porque será que está fazendo isso? Ajeitei a pistola na cintura e entrei no hotel. Parei na cabine do segurança externo e perguntei com cordialidade: — Quero saber quem é aquele homem que acabou de parar e levar a minha prima naquele carro de luxo! — o homem começou a mover a cabeça para negar, mas ao ouvir o barulho da minha arma engatilhada, arregalou os olhos, afrouxando a gravata. — É um empresário famoso, senhor! Ele é bem rico, de vez em quando aparece aqui e leva uma mulher qualquer, para fazer programa! — arregalei os olhos. — Como é? O senhor está dizendo que a minha prima... — Não, longe de mim, senhor! Foi a primeira vez que ela saiu daqui com ele, podem ser apenas negócios... — o meu estômago começou a revirar, aquilo não poderia ser verdade. Imediatamente voltei para o carro e pisei com tudo no acelerador. Eu encontraria aquele
CAPÍTULO 46 Alexander Caruso — Preciso de uma bebida bem forte, Peter! — Disse quando cheguei em casa, e fiquei ainda mais irritado quando vi tudo vazio, sem nenhum móvel, as paredes todas manchadas pelos buracos que o soldados taparam hoje, precisava secar. — O correto seria você descansar, está tomando medicação, não deveria beber! — o olhei com vontade de mandá-lo para o diavolo. — Não tomei porra nenhuma! Agora me arrume uma bebida, antes que eu perca a cabeça de vez! — ele abaixou a cabeça e voltou com uma garrafa e um copo comum, fiquei parado olhando aquilo, “onde estava o copo que eu costumava usar?“ — Pensei. — O quê? Já esqueceu que você e a sua senhora destruíram? Vai ter que beber nesse copo aqui! — peguei a garrafa da mão dele e ignorei o copo. Percebi que Peter se afastou e depois veio empurrando uma poltrona da cozinha. — Sente-se! Não force essa perna! — Pensei que depois da morte do meu pai, não teria dias tão ruins, meu caro!