CAPÍTULO 120 Katylleen Caruso Nervosa é muito pouco para expressar o que estava sentindo. Quando adentrei naquela pequena igreja, senti falta da minha mãe, olhei para o lugar vazio do lado esquerdo, que era onde certamente estaria, e tentei sorrir para o homem tão bonito ao meu lado, que segurava no meu braço... Alex, o meu querido irmão que me deu um beijo e me entregou ao Peter, que hoje parecia mais sério que o comum. Notei que Laura cochichou com o Alex, mas logo voltei a olhar para o altar, porém a mão fria do Peter me fez olhá-lo por um momento, me trazendo um pouco de receio, “porque ele parecia tão nervoso?“ O meu corpo todo ficou ainda mais trêmulo, comecei a suar frio. Peter não me dirigiu a palavra, não olhou pra mim, me senti perdida. Ele só repetiu as palavras que eram obrigatórias para a cerimônia, mas suas palavras eram duras, frias... Quando terminou, esperei por um beijo “daqueles”, mas Peter me beijou muito diferente. Se não o tivess
CAPÍTULO 121 Katy Caruso Marino — Então vista-se! — me jogou a camiseta que ele tinha pego pra ele e tive vontade de matá-lo. — Que tipo de homem rejeita sua esposa assim? Na primeira noite? — Não rejeitei, só escolhi o que é melhor pra você! — Não sabe o que é melhor pra mim, porquê não perguntou! Não me conhece e não conversa comigo. Por isso eu digo que não sabe! — Tem razão! — fiquei surpresa, ele havia entendido — Mas “me” conheço. Joguei a camiseta com força sobre ele, e virei as costas. Fui até o outro quarto e vesti a camisola vermelha, a mais sexy que tinha, a mais curta. Troquei de calcinha e voltei lá. Ele ficou olhando, eu poderia jurar que estava se perguntando porque eu voltei, mas o problema é dele, se disse que ficaria eu ficaria. — Vou dormir porquê estou muito cansada. Mas a gente ainda vai conversar, amanhã. Não esquece que para recebermos a herança eu preciso carregar um bebê na barriga e só dormir na mesma cama, não faz fi
CAPÍTULO 122 Peter Marino Como posso sentir tantas coisas diferentes por uma mesma, mulher? No mesmo instante em que quero beijá-la e trazê-la para perto, parece que a minha mente a rejeita. A ajeitei no meu colo por um momento, Katy é minha agora, acredito que eu possa deixá-la aqui e tentar tocá-la. — Eu não quero falar disso... — estiquei a minha mão sobre o rosto dela; eu queria tocar, sentir a sua pele, mas a minha mente não permitia. — O problema não é comigo? Ou é? — Não. — ela me olhou e colocou a minha mão sobre o seu rosto, mas tirei como se tivesse recebido um choque, lembranças do meu passado atingiram a minha mente. — Então, você se afastou porque poderia me bater como bate nas puttanas? — Não exatamente. — Então o quê? — tirou o chinelo e reparei no seu pé... ela tem um pé lindo, acho que é o único lugar que sinto que posso tocar tranquilamente. — Peter? — voltou a perguntar, mas eu não tinha essa resposta.
CAPÍTULO 123 Katylleen Caruso Seria uma mentirosa se dissesse que os tapas não doeram, mas Peter está escondendo algo de mim, e é nítido como isso lhe causa dor, então não posso pressionar tanto, também extrapolei hoje. Ele aceitou ficar comigo, optei por uma roupa dele, nada sensual, precisava acalmar aquele homem, e na verdade gostei bastante de ficar ali com ele, também não tive muito carinho na vida, principalmente masculino, sempre fui vigiada pelos homens do meu pai. Depois de um tempo ali, eu encontrei a sua boca, olhei de perto, e vi que ele me viu olhar. — Porque antes do casamento você me beijava, e eu sentia meu corpo esquentar? Agora não me beija mais. — Porque na minha mente era um ato proibido, então beijar se tornava diferente, eu sabia que aquilo não iria te machucar. — encostei meus lábios no dele. — Se eu te proibir de me tocar, você me beija daquele jeito? — perguntei um pouco envergonhada, mas ele chegou mais perto. — Vai me
CAPÍTULO 124 Katy Caruso Já era noite quando Peter voltou a se aproximar de mim. Ele é bem fechado, mas quando me viu na cozinha, interferiu: — Vamos jantar... é, em outro lugar? — sua voz séria com palavras picadas, me fizeram virar de frente pra ele. — Esse é o modo como me convida para sair? — ele ficou meio perdido com o meu olhar. — Calma, eu aceito! — ele assentiu, então saiu da cozinha e fui atrás. Ambos mexemos no closet, escolhi um vestido sem decote e até o joelho, só que bem justo ao corpo. Então coloquei um casaco combinando, disfarçando um pouco as curvas, já conheço os lugares que ele frequenta, que são os mesmos que o Alex vai, e também o meu pai iria, embora ele nunca tenha permitido que eu fosse, Alex deixava às vezes. Peter é muito ciumento, não quero problemas, hoje. Fiquei observando ele se vestir e me perdi olhando aquele homem, principalmente vestindo uma camisa preta e fechando os botões, precisei ajudar... Fui até ele e empurrei
CAPÍTULO 125 Peter Marino Aquele cara estava pedindo para levar um tiro no meio da testa. Desde que entramos, ele olhou para a Katy de cima embaixo e estou o observando. Essa mulher evoluiu demais com o passar dos anos e pelo visto aprendeu muito bem como provocar um homem, ter tirado a calcinha quase me deixou louco, e só de imaginá-la sem sutiã num local como esse... ahhh! Ela levantou para ir ao banheiro e quase fiquei louco, imaginando se faria mesmo o que havia comentado, então logo me levantei para ir atrás dela averiguar, mas fui parado no corredor pela puttana sênior da casa. — Peter... — grudei no pescoço dela. — “Senhor Marino” para putas! Eu vi muito bem o que tentou fazer e se voltar a se repetir aquela cena da mesa, estouro os seus miolos. Estou pouco me fodendo se a “porra” da cidade toda te come nesse lugar, a minha esposa vai ser respeitada, está me ouvindo? — ela tentou mover a cabeça, então a soltei. — Desculpe, eu não sabia e
CAPÍTULO 126 Katy Caruso Eu pensei que morreria, pois quando Laura me ensinou algumas coisas parecia mais fácil. Aquele homem era muito forte para que eu o imobilizasse, e fiquei muito aliviada do Peter aparecer. — Não sabia que você era tão bravo... — Sou do mesmo jeito por todos esses anos, é você que não me conhece! — Calma Peter! Porque está falando assim, comigo? Você nunca quer conversar, e quando conversa é rude! — ele se calou, fazendo meus nervos entortarem de raiva. Minutos depois, voltei a falar: — O que eu fiz que ficou assim comigo? — Você tirou a porra da calcinha e ameaçou a tirar a droga do sutiã, Katy! — Isso não foi nada, posso fazer muito pior! Você ficou assim por causa daquele cara, não foi? Que segredo você esconde Peter? — ele bateu forte no volante, acabou buzinando, preferi me calar. O percurso para casa foi horrível. Não era o momento para conversar, aquilo tudo o deixou irritado demais, eu ficaria n
CAPÍTULO 127 Katy Caruso Fui até uma sacola bonita que a Laura me deu, pensei milhões de vezes, e vi que era o certo a fazer. Abri a sacola e peguei o que eu precisava com o corpo trêmulo. Havia quatro algemas, e as chaves estavam ali, mas depois de ver como funcionava, guardei as chaves novamente e trouxe as algemas comigo. Parei na frente da cama, estudando como eu colocaria sem que ele percebesse, Peter é muito desconfiado e ágil. Eu teria que usar os ferros da cabeceira e dos pés da cama, precisaria ser devagar, se ele me pegasse eu teria problemas. Me deitei com as algemas nos pés da cama para esquentar, meu coração parecia querer sair pela boca. Depois de um tempo segurei num tornozelo e esperei ele se acostumar com o meu toque, então com cuidado eu o prendi, soltei meu corpo na cama, apertando os dentes. Levantei e deitei do outro lado com muito cuidado, foi o mesmo processo e consegui. Depois fui ao seu lado e meu coração estava batendo