CAPÍTULO 33NoahFiquei em maus lençóis, ontem. Eu já não sabia mais aonde enfiava a cara. Ou o irmão da Kayla é um safado, ou é o famoso "zuão" da família, pois, teve uma hora que eu pensei que teria que sair correndo de lá, o Wesley já estava com uma cara de quem iria enfartar a qualquer momento.Como a Kayla acordou virada numa vespa, fui mais cedo para a empresa, ainda tenho planilhas pendentes que não consegui terminar na sexta, nem no sábado, e eu preciso resolver.Mas assim que eu entrei na minha sala, até pareceu que o Wesley estava me esperando do lado de fora e eu nem vi, pois já abriu a porta da mesma, me chamando:- Bom dia, Noah! Pode vir até a minha sala? - Perguntou, com apenas a cabeça para dentro.- Claro! - Estranhei, na verdade. Pois, ele só me chama para a sala dele, em momentos de reunião, fora isso a gente sempre tratou de assuntos mais simples aqui na minha sala, ou na sala do meu pai, dá até medo do que ele possa querer.O acompanhei até a sala dele, e encostei
CAPÍTULO 34Kayla Taylor- Mas que droga! - Empurrei com força a minha cadeira.Porque eu fui acreditar naquela mocréia ridícula? Agora eu estraguei tudo, ele ficou bem chateado. Porque antes, quando eu provocava ou tirava do seu espírito de paz, ele fazia o mesmo. E me deixava louquinha para beijá-lo, para ter mais dele, mas agora não, foi diferente ele estava magoado, mexeu com ele.O que eu faço agora? Acho que não é um bom momento para conversar com ele, pois se quisesse continuar conversando não teria ido trabalhar na sala do pai.Olho para a minha mesa, e vejo um embrulho bonito, será que é o que eu estou pensando? Vou abrindo com cuidado tem um plástico prata em volta, com um laço muito bonito vermelho, então eu seguro uma caixinha na mão, e o meu coração acelera quando eu abro.Eu não acredito que fiz isso. Como fui capaz de desconfiar dele, e acreditar naquela vaca da Sindy? Como farei para consertar, agora? Preciso colocar na minha cabeça que ele não é como o James, ele é o
CAPÍTULO 35 Kayla Taylor É incrível como em poucos segundos eu já estava completamente na dele, parece que o meu corpo me trai e sempre cede para o Noah, ainda bem que estamos nos dando bem, juntos, pois se ele não tivesse me perdoado, eu estaria muito ferrada agora, sem o toque dele em mim. De um jeito sensual, ele prendeu e depois puxou os meus cabelos, com os fios passando por entre seus dedos... é uma sensação louca, pois ao mesmo tempo que sinto a puxadinha, não sinto dor, apenas pulsa algo dentro de mim e sinto a minha calcinha molhar. - Veio tão vespa, que nem quis me deixar livre usando um vestido, mas eu arranco tudo, não tem problema! - Falou abrindo o botão e o zíper da minha calça. - No... ah! Precisamos de preservativos! - Falei molenga, sem querer mesmo parar por não ter um ali. - Eu tenho! - O olhei confusa. - Nem surta! Eu passei na farmácia antes de vim do almoço, nem sei como consegui fazer tudo. - Veio me beijar de novo, e me deixou caladinha, colocou a
CAPÍTULO 36 Noah Eu gostaria de saber se realmente é possível ficar muito tempo longe da Kayla!? Por mais que ela tenha desconfiado de mim, e eu tenha ficado bastante chateado, não consegui ficar por muito tempo. Esta loirinha me tira o juízo, não consegui me controlar nem na minha sala do escritório, local inclusive, que jamais estive com nenhuma outra mulher. Eu até podia ser o cafajeste que saía com todas as mulheres que aparecessem na minha frente, mas nenhuma delas me tirou o controle como a Kayla faz, me deixando louco por ela, completamente louco. Ela me encanta de muitas formas, e às vezes até me confunde, mas se todas as vezes que brigarmos acabarem em sexo, isso está maravilhoso, perfeito até... eu diria. Devo admitir que fiquei surpreso com a atitude dela de ligar para o consultório, sozinha. Não tive intenção nenhuma de deixar o número lá, mas se o número do telefone caiu na mesa e ela se interessou, é um bom sinal, sinal de que tem real interesse em melhorar,
Capítulo 37NoahDepois que saímos da consulta, voltamos para a empresa para a Kayla pegar o seu carro, e então fomos para a minha casa.- Você vai direto para o meu quarto. - Falei no ouvido dela, pois eu queria ter tempo e privacidade com ela, e já estava ansioso.- Espero que se lembre que eu preciso de um banho, né... - Ela falou, e eu vi aí uma oportunidade.- Claro, faço questão de te ajudar. - Falei, e então descemos do carro sorrindo, e como ninguém estava olhando, dei um tapa na sua bunda.- Aí! - Reclamou manhosa.- Gostosa! - Sussurrei e ela sorriu, e se sorriu é porque gosta. Fomos andando agarrados, ela de costas pra mim, e estava até difícil de andar, eu passava a barba no seu pescoço, e dava alguns beijos. Ela estava adorando e quando começamos a subir a escada...- Noah! Preciso que você resolva um problema lá com os seguranças, parece que o alarme está com defeito, é melhor você verificar. - A minha mãe falou, e lá se foi o meu primeiro plano de tomar banho com a mi
CAPÍTULO 1 Wesley Taylor Acordei atrasado novamente. A noite foi curta demais para tudo o que aconteceu, mas o trabalho sempre vem em primeiro lugar. Me arrumei às pressas, pegando a pasta, o celular e a chave do Porsche. No escritório, Gilmara logo apareceu. Aquela oferecida nem me deixa sentar, já vem se jogando para cima de mim. Não que eu não goste, pelo contrário... adoro! Mas não sou do tipo que sai com funcionárias, ainda mais tendo tanta mulher por aí, que é só estalar os dedos e já estão na minha cama. Prefiro evitar problemas, e me envolver com alguém da empresa definitivamente me traria muitos. Não preciso de ninguém no meu pé. — Bom dia, senhor Wesley! — Gilmara diz, com o olhar fixo em mim, ignorando o computador. — Bom dia! O que temos para hoje? — Reunião com os acionistas às dez horas. E tem muitos documentos que o senhor precisa revisar e assinar, assim que possível. Ah, também tem uma reunião com o chefe do novo projeto da Velox às treze horas. Vou enviar os d
CAPÍTULO 2 Wesley Taylor — Quem é Louise? — Pergunta Douglas. — Você ainda não foi? O que tanto faz aqui? — Questiono impaciente. — Estou vendo que essa tal Louise te deixou mexido. Vai te fazer bem sair um pouco hoje. A caça é reconfortante — diz Douglas, com aquele sorriso maroto. — Quem disse que preciso caçar? Eu sou o caçado, cara — solto uma risada provocativa. — Não respondeu minha pergunta. — Douglas se joga na cadeira do meu escritório, rodando como um adolescente impaciente. — Meu primo, Ricardo, arrumou uma assistente pra me ajudar. Eu fiquei até animado, achei que resolveria meus problemas, mas... — Mais...? — Douglas arqueia as sobrancelhas, gesticulando para que eu continue. — A assistente é a Louise! A Lou, aliás! — Bonito nome — debocha ele. — Tapado... Sabe muito bem quem ela é. E também sabe de tudo o que aquela diaba aprontou comigo! — sinto o estresse subir só de lembrar. — Você continua com uma queda por ela, hein? Aposto! — Douglas me pr
Capítulo 3 Louise Gomez Nasci e cresci em La Plata, na Argentina. É um lugar bonito, cheio de lembranças, mas muitas delas eu preferiria esquecer. Embora minha família esteja por perto, sempre sonhei em morar em outro país, longe de tudo que me mantém ancorada ao passado. Quero uma vida nova, em uma cidade movimentada, cercada de arranha-céus, onde o ritmo agitado das ruas me faça sentir viva. Aos 24 anos, sou uma mulher com um sonho — e algumas cicatrizes que prefiro não mencionar. Atualmente, moro com minha irmã Mayara e sua família. Comecei a trabalhar como ajudante de limpeza na casa dela, mas, com muito esforço, consegui ingressar na faculdade. Trabalhava na casa e até na roça para pagar metade da mensalidade, pois consegui uma bolsa. Foi uma fase corrida da minha vida, dividir o tempo entre o trabalho e os estudos enquanto ainda ajudava meu pai a cuidar da minha mãe, que enfrentava um câncer. Ricardo, meu cunhado e chefe, foi um grande apoio. Quando soube que