Capítulo 31 Louise Gomez Ter o Wesley ao meu lado foi um alívio imenso; não sei se teria conseguido sair daquela situação sozinha, especialmente sabendo que o Breno depende de mim. O mais surpreendente, porém, foram as atitudes dele. Nunca o ensinei a fazer essas coisas; ele apenas ouvia nossas conversas e observou alguns dos meus treinos. Nunca imaginei que ele aplicaria esse conhecimento, mas, no fim, ele acabou me ajudando. Não gosto dessa sensação, pois me preocupa o impacto que isso pode ter na mente de uma criança de apenas quatro anos. Mas, o que posso fazer? O garoto tem o sangue quente. Descemos do carro e nos embrenhamos entre as árvores nas margens da mata. Ainda estava claro, e poderíamos caminhar por um tempo. Wesley falou: — Não consegui sinal de celular aqui, mas mandei uma mensagem para o Ricardo e outra para meu pai com as coordenadas. Assim que tiver algum sinal, elas serão enviadas, e eles virão atrás de nós. O celular está bem carregado, deve
CAPÍTULO 32 Victor Soarez (Pode conter gatilhos) Aqueles desgraçados conseguiram o que queriam, mas isso ainda não acabou. Não sou do tipo que desiste fácil. Vou atrás deles, nem que precise ir até o inferno. Aquela vadia e o corno vão pagar caro pelo que fizeram. — Já era hora, Bituca! Achei que ia me deixar aqui até amanhã — resmunguei, irritado. Levou uma eternidade até que o imbecil conseguisse retirar a madeira que nos mantinha presos. — Filhos da puta, trancaram a porta! Aquela desgraçada ainda vai me pagar! Chutei a porta com força, quebrando-a, e saímos dali. Eles tentaram nos prender, mas não adiantou. Não devem ter ido longe, ainda mais a pé e com uma criança. Aqui não tem sinal de celular, e não vi nenhum carro por perto, então não sei como fugiram. — Cabeçudo! — Fala, chefe! — Você consegue andar melhor, então vai até a estrada, pela beira da mata. Leva essa pistola. Eu vou vasculhar as redondezas. O pé do Bituca não vai
CAPÍTULO 33 Wesley Taylor Precisava encontrar um lugar para descansar, afinal, o Breno é muito pequeno para tanto esforço. Improvisei algo, e nos ajeitamos para dormir um pouco. Não podíamos demorar, pois logo teríamos que procurar comida. Eu mal consigo acreditar que estou deitado tão perto dela. Hoje, pelo jeito, vou sonhar acordado. Claro que o Breno estava entre nós, e agora eu teria que testar meu autocontrole, o que parecia uma tarefa impossível! Fui conversando com a Louise, disfarçando, buscando uma maneira de me aproximar novamente. Quando pedi um beijo, nunca imaginei que ela fosse facilitar e me permitir. "Será que ela continua com aquele cara horrível?" Mas não perdi tempo com isso, e logo a beijei também. A sensação de beijar a Lou é indescritível. Nunca quis tanto beijar alguém como quero beijá-la agora, e não sinto a menor vontade de parar. Preciso da boca dela na minha, de cada faísca que seus beijos despertam em mim. Senti meu corpo pegando fogo, em uma c
CAPÍTULO 34 Wesley Taylor A Louise já tem uma cara de louca naturalmente. Agora imaginem, ela no volante... esperando as minhas instruções para dirigir um carro, sozinha? Eu estava quase enfartando com a situação. E dou graças que o carro não é o meu. Provavelmente, o estrago será grande. — Lou, presta atenção! Olha pra mim! Vou te ensinar por partes... Ela mal esperou eu falar e girou a chave, fazendo, claro... o carro morrer, por não estar com o pé nos lugares certos. — Acho que essa coisa velha, está estragada! — Disse brava socando o volante. — Não, Lou! Você que não esperou eu te explicar! Agora presta atenção, pois estou com muita dor nesse pé e precisamos chegar vivos! Pelo amor de Deus, Louise. — Tá, tá! Fala logo! — Disse brava e com pressa. — Você vai colocar o pé esquerdo naquele pedal ali — mostrei a embreagem. — E o direito nesse daqui — mostrei o freio. — Quando tiver ok, você vai ligar a chave, e... — LOUISE!!! SUA LOUCA, NÃO ESPEROU, AH!!!
CAPÍTULO 35 Louise Gomez Eu preferia ter levado o carro até o hospital, pois os policiais acabaram com a minha diversão, me tirando do volante. Desci do carro, para conversar, e me disseram que o carro era roubado, e também havia uma denúncia de sequestro no meu nome e do Breno, mas não do Wesley. Mas, eles entenderam a situação, e nos levaram até o hospital. Só não gostei da policial intrometida que agarrou o Wes, para trocar ele de carro. Assim que chegamos, precisaram levar o Wesley com urgência para o centro cirúrgico, que eles tirariam a bala de lá. Não consegui sair sem dar um beijo nele, mas foi o último. Acabou a brincadeira, e agora voltamos para a vida real, onde a mulher, sempre sai machucada, e eu não quero pagar pra ver. Levaram eu, e o Breno para sermos examinados, em outra sala, e em minutos, o Ricardo, a May, e a Isa estavam lá. — Lou! O que aconteceu? Como está? E o Breno? Filho! — A May chega abraçando o menino e eu desesperada. O Ricard
CAPÍTULO 36 Wesley Taylor Acordei no hospital e pelo jeito deu tudo certo, pois ainda estou vivo. Não sinto dores, deve ser por causa da anestesia, sinto apenas fome, mas agora tenho que esperar o médico autorizar a minha alimentação, tomara que já tenham atendido a Louise e o pequeno tão corajoso, e muito lindo, tenho que lembrar de o elogiar para o pai dele. Entrou uma enfermeira no quarto, e ela ficou mexendo no soro, e então falou: — Senhor, tem algumas visitas. Vou trazer a sua comida, e daí eles poderão entrar. — Obrigado, estou morrendo de fome, mesmo. Eles trouxeram a comida, e eu me acabei de comer, pois estava com muita fome, e logo depois os meus pais entraram. — Filho, que loucura! A gente nem sabia aonde você estava. Precisa avisar quando for sair! — Diz a minha mãe, me abraçando. — Eu só fui dar uma volta, e acabou acontecendo tudo isso. — Pelo o que eu fiquei sabendo, você foi ajudar a Louise, né? E ela está bem? — Meu pai perguntou.
CAPÍTULO 37 Louise Gomez Até agora eu não consegui entender o que acontece na minha cabeça. Eu exijo da minha mente, um comportamento adequado, mas o meu corpo me sabota na cara dura. O beijo e o toque do Wesley fazem loucuras em mim, e simplesmente, não consigo evitar. Eu jamais deveria ter voltado a beijá-lo, e fiz isso duas vezes com loucura. Perdi completamente o controle, e o juízo. “O que aconteceria se a dona Ema, não tivesse aparecido?“ Agora ele ficará afastado do trabalho, e eu terei mais tempo para colocar a cabeça no lugar, e não voltar a tomar decisões imaturas. Depois da vergonha imensa que passei com a dona Ema, me vendo literalmente em cima do filho dela em uma cama de hospital, saí praticamente fugida de lá, e até me esqueci da Isa. Mas, tive sorte que a encontrei conversando com o Simon encostada no carro, no estacionamento. Eles pareciam estar se entendendo muito bem, mas eu preciso ficar de olho, pois ainda não conheço ele
CAPÍTULO 38 Wesley Taylor Faz uma semana que estou me recuperando em casa, e estou muito entediado. Não posso trabalhar, e nem vi mais a Louise. Tem horas que eu tenho a impressão de que vou surtar aqui, pois está realmente muito chato, não poder fazer nada. Hoje o Douglas veio aqui em casa, e esse doido, até que me distraiu. — Tá mal, hein meu filho? — Diz o Douglas. — Meu pé está bom. O problema é o “stress” que me aterroriza. Nunca fiquei tanto tempo em casa. A minha mãe que está adorando, mas eu queria muito ir na casa do Ricardo essa noite. — E, porquê não vai? Usa as suas muletas! Se quiser, eu passo te pegar, pois, também vou na festa. — Diz o Douglas, empolgado. — Sabe que não é uma má ideia. Eu vou sim! Não aguento mais ficar em casa. — Assim que se fala! Vamos aproveitar a noite, hoje. — Diz o Douglas, esfregando uma mão na outra, e batendo em seguida. — Eu também, quero muito ver ela... não me aguento longe daquela feiticeira. — Pelo jeit