CAPÍTULO 35 Louise Gomez Eu preferia ter levado o carro até o hospital, pois os policiais acabaram com a minha diversão, me tirando do volante. Desci do carro, para conversar, e me disseram que o carro era roubado, e também havia uma denúncia de sequestro no meu nome e do Breno, mas não do Wesley. Mas, eles entenderam a situação, e nos levaram até o hospital. Só não gostei da policial intrometida que agarrou o Wes, para trocar ele de carro. Assim que chegamos, precisaram levar o Wesley com urgência para o centro cirúrgico, que eles tirariam a bala de lá. Não consegui sair sem dar um beijo nele, mas foi o último. Acabou a brincadeira, e agora voltamos para a vida real, onde a mulher, sempre sai machucada, e eu não quero pagar pra ver. Levaram eu, e o Breno para sermos examinados, em outra sala, e em minutos, o Ricardo, a May, e a Isa estavam lá. — Lou! O que aconteceu? Como está? E o Breno? Filho! — A May chega abraçando o menino e eu desesperada. O Ricard
CAPÍTULO 36 Wesley Taylor Acordei no hospital e pelo jeito deu tudo certo, pois ainda estou vivo. Não sinto dores, deve ser por causa da anestesia, sinto apenas fome, mas agora tenho que esperar o médico autorizar a minha alimentação, tomara que já tenham atendido a Louise e o pequeno tão corajoso, e muito lindo, tenho que lembrar de o elogiar para o pai dele. Entrou uma enfermeira no quarto, e ela ficou mexendo no soro, e então falou: — Senhor, tem algumas visitas. Vou trazer a sua comida, e daí eles poderão entrar. — Obrigado, estou morrendo de fome, mesmo. Eles trouxeram a comida, e eu me acabei de comer, pois estava com muita fome, e logo depois os meus pais entraram. — Filho, que loucura! A gente nem sabia aonde você estava. Precisa avisar quando for sair! — Diz a minha mãe, me abraçando. — Eu só fui dar uma volta, e acabou acontecendo tudo isso. — Pelo o que eu fiquei sabendo, você foi ajudar a Louise, né? E ela está bem? — Meu pai perguntou.
CAPÍTULO 37 Louise Gomez Até agora eu não consegui entender o que acontece na minha cabeça. Eu exijo da minha mente, um comportamento adequado, mas o meu corpo me sabota na cara dura. O beijo e o toque do Wesley fazem loucuras em mim, e simplesmente, não consigo evitar. Eu jamais deveria ter voltado a beijá-lo, e fiz isso duas vezes com loucura. Perdi completamente o controle, e o juízo. “O que aconteceria se a dona Ema, não tivesse aparecido?“ Agora ele ficará afastado do trabalho, e eu terei mais tempo para colocar a cabeça no lugar, e não voltar a tomar decisões imaturas. Depois da vergonha imensa que passei com a dona Ema, me vendo literalmente em cima do filho dela em uma cama de hospital, saí praticamente fugida de lá, e até me esqueci da Isa. Mas, tive sorte que a encontrei conversando com o Simon encostada no carro, no estacionamento. Eles pareciam estar se entendendo muito bem, mas eu preciso ficar de olho, pois ainda não conheço ele
CAPÍTULO 38 Wesley Taylor Faz uma semana que estou me recuperando em casa, e estou muito entediado. Não posso trabalhar, e nem vi mais a Louise. Tem horas que eu tenho a impressão de que vou surtar aqui, pois está realmente muito chato, não poder fazer nada. Hoje o Douglas veio aqui em casa, e esse doido, até que me distraiu. — Tá mal, hein meu filho? — Diz o Douglas. — Meu pé está bom. O problema é o “stress” que me aterroriza. Nunca fiquei tanto tempo em casa. A minha mãe que está adorando, mas eu queria muito ir na casa do Ricardo essa noite. — E, porquê não vai? Usa as suas muletas! Se quiser, eu passo te pegar, pois, também vou na festa. — Diz o Douglas, empolgado. — Sabe que não é uma má ideia. Eu vou sim! Não aguento mais ficar em casa. — Assim que se fala! Vamos aproveitar a noite, hoje. — Diz o Douglas, esfregando uma mão na outra, e batendo em seguida. — Eu também, quero muito ver ela... não me aguento longe daquela feiticeira. — Pelo jeit
CAPÍTULO 39 Louise Gomez Fiquei dando voltas por todo o jardim, eu precisava relaxar a minha cabeça e também fugir da festa, que pelo som, já tinha começado. Foi bom respirar ar puro, e ficar entre as flores e arbustos, me lembra La Plata, e a minha família. As flores são muito bem cuidadas, e me abaixei para olhar umas rosas vermelhas lindas que tinham ali, mas... o que era aquilo? Uma calcinha vermelha de renda, pendurada nos espinhos da roseira? Olhei fixamente para aquilo, por alguns segundos, sem entender... tá certo que tinha muita gente na casa, mas tem alguém bem safado nesse jardim, e agora eu quero saber quem é. Distraída ouvi gemidos, e pelo som, estavam bem próximos, o barulho era alto, e as pessoas estavam se divertindo pra caramba. Não dava para ver quem era de onde eu estava, e também eu não pretendia ficar ali tanto tempo ouvindo. Já estava prestes a ir para outro lugar, quando uma voz, muito conhecida me chamou a atenção... era ele... o Lou
CAPÍTULO 40 Wesley Taylor No começo, eu confesso que até me diverti com a cena do Lourenzo apanhando. Mas, eu vi que a Lou não estava bem, e havia perdido o controle, então eu sabia que precisava fazer alguma coisa a respeito. Fui até ela, a abracei, não sei direito o porquê fiz isso, e talvez nem fosse o momento apropriado, mas eu senti necessidade em estar tão perto dela, que nem pensei direito na hora. O nosso coração é irracional, pelo menos o meu, só faz o que ele quer. Aquele Lourenzo era muito estranho, eu sabia que ali tinha, pois, dizem que os bonzinhos, são os piores. Mas, ainda bem que isso tudo aconteceu, pois assim eu tenho uma chance de pelo menos, me aproximar da Lou de novo. Eu pedi perdão a ela, pois merecia, era o mínimo que eu poderia fazer depois de tudo. — Tudo bem Wesley, já passou, tá? Podemos ser amigos, mas vou demorar para voltar a confiar em você de olhos fechados, como eu fazia. Infelizmente algo foi quebrado durante quatro anos, e não volta a
CAPÍTULO 41 Louise Gomez Eu estava prestes a soltar a mão dele da minha, mas ele falou no meu ouvido, e desisti: — Somos amigos, não estou com segundas intenções. Senti aquela mão grande, com dedos grossos, segurando a minha, e percebi que mesmo em uma amizade colorida, ele nunca havia segurado na minha mão. Ele entrelaçou os nossos dedos, como namorados fazem, mas eu senti, que naquele momento, ele não tinha malícia. Que é uma raridade no Wesley. Fiquei bem quietinha, e até que me senti melhor, talvez mais segura com isso. Todos cantavam os parabéns, mas eu não conseguia pronunciar, fiquei ali parada como uma estátua e não fazia nada, penso que devo ter apertado os dedos do Wes, mas ele aguenta. — Ai! — Falou ele revirando os olhos. — Que foi? — Perguntei me fazendo de boba. — Poderia ser um pouquinho mais delicada? — Engoliu seco. — Acredite, meu amigo... estou sendo muito delicada. Há um mês, se você segurasse a minha mão, no mínimo levaria uns t
CAPÍTULO 42 Wesley Taylor Não gosto nada do jeito do Maick. Às vezes ele parece um cara legal, e até me ajudou esses dias me levando pra casa, mas eu não sei explicar... tenho um pé atrás com ele, e nem é de hoje. Talvez seja por não gostar do fato de ficar rondando a Louise, pode ser! Mas, não me desce. Cheguei na varanda, e ainda bem que o infeliz se tocou, e não precisei marcar território. O folgado se aproveitou da situação, e beijou o seu rosto, e eu fiquei possesso de raiva. Mas, eu não deixaria transparecer, jogaria o mesmo jogo que ele. Me aproximei dela e dei um abraço, sentindo aquele inesquecível cheiro de chocolate branco, que é a sua marca registrada. Muito devagar, beijei a sua bochecha, mas peguei quase metade da sua boca. A senti respirar fundo, e talvez eu esteja enganado, e ela ainda me ame da mesma forma que eu amo. Isso seria perfeito, eu apenas precisaria recuperar a sua confiança, e estaria tudo certo. A olhei nos olhos, e ela também, e num passe de