Fernanda— O quê? Não, Matias! Claro que não! Depois que terminamos, aliás, depois que o Mateus terminou comigo, não nos falamos mais até eu...— Até você querer virar marmita de b@ndido, mas confesso que você me surpreendeu, Fernanda, sempre foi toda certinha.— Eu não sou marmita de ninguém, nós somos uma família.Ele gargalhou alto ao ouvir e saiu andando pelo cômodo com as duas mãos na cintura.— Família? Aquilo lá é uma quadrilha, todos vocês! Família era meu irmão e eu, que vocês destruíram e eu não tive nem a chance de enterrar ele. Você sabe o que é isso, Fernanda? Não, é claro que não sabe...— Matias, eu não sei o que aconteceu com o Mateus, mas o que eu posso te afirmar é que nunca vi ele na na VK, eu morei uns meses lá e...Então veio na minha lembrança o cara que eu vi na noite do baile da VK, era ele, era o Mateus, por isso me olhou daquele jeito, agora eu tenho certeza. Mas como eu nunca vi ele durante os meses que vivi lá?— É claro que você não viu, ele foi morto assim
DANI, ANDREY E JAPAH NA CASA DO CARIOCA:— Nenhuma informação ainda amor? O Gabizinho já perguntou pela Fernanda várias vezes. — Dani pergunta a Japah.— Só aquela ligação que o cara não disse nada com nada. — Japah fala e suspira. — Eu sempre desconfiei que aquela Jéssica traria problemas, sinto cheiro de escama de longe.— E já está confirmado que ela está no meio disso?— Praticamente, Dani! Ela sumiu, viajou, ostentou nas redes sociais, ficou um tempão sem procurar o Carioca e justamente no dia em que a Fernanda é sequestrada ela aparece, com certeza ela tá envolvida nisso.— Ela deve ter viajado sozinha porque é tão cobra que nem amigos deve ter, sempre teve inveja da Fernanda.— Só aquela plastificada que anda sempre com ela! — Andrey que até então estava calado, fala e suspira jogado desanimado no sofá.Dani e Japah olham para ele.— Qual biba?— Aquela Lá Dani, cheia de pose que é unha e carne com ela, já vimos elas juntas algumas vezes, inclusive naquela vez que o Gabi era beb
CariocaAssim que entro na sala a Jéssica tá sentada e amarrada numa cadeira, com um pano tapando a boca dela e quando me vê, ela se apavora e fica desesperada.Eu me aproximo e já dou um tapa com toda força do meu ódio na cara dela que já começa a chorar.Tiro o pano da boca dela que tava amarrado atrás da cabeça.— Por que você está fazendo isso, Carioca? — ela estava desesperada e eu tentava tirar calma não sei de onde, porque tudo que eu quero é matar essa filha da put@.—A minha mulher foi sequestrada, pode estar morta, mas você não sabe porque tá aqui, Jéssica?— Não, eu não sei! Por que eu saberia?Olhei pro lado rindo e olhei para ela novamente, dando um tapa com as costas da minha mão na cara dela, assim o impacto foi maior e o sangue já começou a escorrer na hora.Abri o vídeo em que ela agredia a Fernanda colocando na frente dos olhos dela.— Então Jéssica, você está querendo me dizer que não tem nada a ver com isso mesmo eu tendo recebido esse vídeo agora pouco, onde você a
CariocaNas imagens, minha mãe estava na casa da avó da Jéssica conversando com ela e tomando um café tranquilamente. Provavelmente um dos homens que está fazendo a segurança dela, filmava enquanto caminhava com o celular por toda a casa para mostrar que realmente estava no local certo.Eu sempre soube o quanto a Jéssica amava a avó, o quanto se dedicou a ela, afinal, foi criada por ela como filha.Ao ver o vídeo a Jéssica deu um grito.— Não! Não faz nada com ela! — Jéssica grita. A avó dela é uma senhorinha muito idosa, claro que a nossa ideia não era fazer nada com ela, afinal, somos b@ndidos, mas temos princípios. Porém eu precisava usar todas as armas que eu tivesse e pudesse pra trazer de volta a minha mulher.A Jéssica se desesperou cada vez mais ao saber que a minha mãe estava na casa da avó dela e também acompanhada de alguns soldados. Minha mãe não precisou dizer muita coisa para a senhorinha, ela apenas se identificou como sogra da Jéssica, então não teve dificuldade, afina
CariocaPartimos em alta velocidade até a localização indicada no GPS. Fomos armados até os dentes, parecia que um novo carregamento havia chegado, era suficiente pra uma guerra e talvez fosse mesmo.O vídeo em que a Fernanda aparecia apanhando não saía da minha cabeça e a raiva tomava conta de mim.Chegando lá, não havia ninguém, era uma casa de madeira de apenas dois cômodos e um banheiro, tudo muito sujo e precário, um lugar abandonado, mas havia vestígios de que a pouco tempo tinha gente ali.Me abaixo no colchão sujo jogado no chão, em cima dele estava a gargantilha que eu dei pra Fernanda com as nossas iniciais. Pego e guardo no bolso.Eu virei bicho, cheguei tarde demais, o que eles fizeram com a minha mulher?É provável que mataram ela, afinal, não fizeram mais nenhum contato.Pensar isso me fez ficar com mais raiva ainda, é agora que eu mato a filha da put@ da Jéssica, isso é tudo culpa dela, por causa dessa obsessão que ela tem.Assim que cheguei na Penha, fui direto pra sali
CariocaMinha cabeça tá dando uma volta que estou quase tonto. O Matias não tava atrás do corpo do cara? Agora a Fernanda fala que ele tá vivo.Como ela sabe disso?Se ele não tá morto porque o irmão acha que ele tá? Se tá vivo, então realmente não tá junto nessa do sequestro.O bagulho tá cada vez pior.Após a Fernanda gritar, o Matias simplesmente encerrou a ligação.O nosso tempo tava se esgotando e eu não tinha a mínima ideia de onde procurar, como vou imaginar onde esse maluco tá prendendo ela?Eu não faço ideia de como é esse Mateus, se eu nunca vi o cara na minha frente, quem dirá saber onde esse maluco do irmão dele possa estar usando um local como cativeiro.— Jéssica, fala logo, porr@! Quem é esse Mateus? - LC falou com raiva, tirando com brutalidade, a mordaça da boca dela que já estava ensanguentada.Me aproximo da Jéssica.— Trata logo de abrir essa boca! Fala agora mesmo e a sua avó vive ou eu mato ela e tu leva contigo esse segredo e encontra a velha do outro lado, tá na
Carioca— Como é que é LC? Você tá me falando que o ex namorado da Fernanda, aquele p@u no c*, é o mesmo que tu colocou pra ser o frente do morro da Cascata? É isso mesmo? — balancei a cabeça em negativo e chutei a mesa à minha frente, enquanto ele me olhava apreensivo. — Me fala qualquer outra coisa, LC, mas não uma merd@ dessas.Ele suspira forte e chuta a cadeira, é muito raro ver o LC perder o controle.— Anda, explica essa porr@, LC! Você é meu braço desde do tempo da Penha, te conheço desde moleque e me armou uma dessas nas minhas costas? E aproveita que tô dando a oportunidade de você se explicar.— Eu não sei, Carioca! Não tenho certeza, não se sabe muita coisa da vida dele, mas pode ser que seja ele sim. LC falava com tanta raiva quanto eu.— Não, isso não pode ser verdade. Mas se for, foi tudo de caso pensado. E você colocou ele aqui, colado na Fernanda, você LC! — apontei o dedo para ele.— Carioca, você é meu mano, cara! Você acha mesmo que eu faria uma trairagem dessas? J
CariocaEu, LC e mais 15 homens partimos em direção ao Morro da Cascata com um armamento maior do que muita corporação policial usa em operações .Chegando lá, não somos impedidos de entrar, afinal, todos nos conhecem.Fomos direto para a boca principal, mas não encontramos o Prancha, então fomos até a casa dele e lá, ele também não estava.Procuramos em todas as bocas, nos bares, na endola, outras casas, o morro não é tão grande e fizemos uma varredura completa em todo local e nem sinal dele.— Car@lho! Esse filho da put@ fugiu! Eu te avisei LC, eu te avisei que ele ia fazer isso. — grito já tomado pelo ódio.LC que raramente perde o controle, não me responde nada, sabe que nesse momento é inútil fazer isso e já chama o gerente da boca para tentar saber onde o Prancha possa estar.A movimentação dos chefes com tantos homens fortemente armados fazendo buscas pelo morro, assustou a todos, era como se fosse uma invasão policial, só que ainda não havia tiros.Logo o gerente chegou até nó