Capítulos finais, lembrando que este livro se encerra no capítulo 110 e depois mais 02 livros completam a trilogia.
CariocaEu, LC e mais 15 homens partimos em direção ao Morro da Cascata com um armamento maior do que muita corporação policial usa em operações .Chegando lá, não somos impedidos de entrar, afinal, todos nos conhecem.Fomos direto para a boca principal, mas não encontramos o Prancha, então fomos até a casa dele e lá, ele também não estava.Procuramos em todas as bocas, nos bares, na endola, outras casas, o morro não é tão grande e fizemos uma varredura completa em todo local e nem sinal dele.— Car@lho! Esse filho da put@ fugiu! Eu te avisei LC, eu te avisei que ele ia fazer isso. — grito já tomado pelo ódio.LC que raramente perde o controle, não me responde nada, sabe que nesse momento é inútil fazer isso e já chama o gerente da boca para tentar saber onde o Prancha possa estar.A movimentação dos chefes com tantos homens fortemente armados fazendo buscas pelo morro, assustou a todos, era como se fosse uma invasão policial, só que ainda não havia tiros.Logo o gerente chegou até nó
Mateus (Prancha)Eu sempre acompanhei a vida do Matias a distância, sei que ele nunca desistiu de me encontrar, mas não posso conviver com ele, afinal, ele é policial e eu sou b@ndido. Ele nunca entenderia que eu gosto dessa vida, que me satisfaz viver assim.Assim que fui morar na VK, já fui me enturmando com o pessoal e logo eu entrei pro bonde que na época, era comandado pelo FN e foi morto por roubar o Carioca.Quando isso aconteceu, eu já era soldado, entrei porque eu fiz chegar até o FN a informação de que eu tinha disposição e era o melhor na pontaria de tiro, além de conhecer todos os tipos de armas. Um bom atirador e com conhecimento é um coringa pra eles.Assim que o Carioca foi preso e o LC assumiu o comando, ele analisou muito a minha conduta e me colocou pra cuidar das cargas de armamento que chegavam e também fiquei como chefe da segurança, mas é claro que eu nunca deixei ninguém saber que eu tinha um irmão policial, isso seria a minha morte. Na verdade, ninguém sabe nad
JapahO Gabriel teve febre, provavelmente por saudades da Fernanda, então a Dani e o amigo dela levaram ele no postinho pra consultar, se o pior acontecer com a Fernanda nem quero pensar como será, meu irmão é louco por ela e o Gabriel ainda é tão pequeno....Estou no escritório da boca agora, em contato direto por mensagem com o LC que me contou por alto como está a situação. Assim que o helicóptero pousar ele vai me enviar a localização em tempo real e como aqui na Penha está tudo tranquilo, vou mandar soldados pra lá que já estão a postos só aguardando o meu sinal pra partirem.O Carioca estando com ódio encontra o que ou quem ele quiser, mas é melhor prevenir e mandar reforço, afinal, esse Matias é policial e é possível que isso tudo seja uma armadilha pro meu irmão. Esse mundo é muito pequeno mesmo, como que um ex namorado da Fernanda tava o tempo todo pertinho dela e ninguém nunca imaginou?Mas faz sentido, o irmão infiltrou ele no morro, assim ficaria fácil chegar em nós, tanto
PranchaFiquei paralisado olhando para o Matias enquanto segurava a Fernanda em meus braços e a sinto tremer, não sei se por medo, por dor ou as duas coisas junto.— Coloca essa vagabund@ na cama! AGORA!Ele parecia estar transtornado e eu não tiro a razão dele, afinal, ele me procurava a tanto tempo e agora confirmou que estou vivo. Mas cheguei até aqui pra tirar a Fernanda dessa insanidade do Matias, então tenho que agir com calma, sei que o Carioca deve estar com o exército dele atrás da gente querendo me matar, achando que sou cúmplice nisso. Só preciso proteger a Fernanda e fazer com que o Matias saia daqui antes dele chegar, o que vai acontecer comigo não me importa, sou homem suficiente pra assumir a consequência dos meus atos.Calmamente coloco ela na cama que me olha com pavor e eu tento dizer a ela com o olhar que tudo ficará bem, mesmo não tendo certeza disso, enquanto meu irmão não baixa a arma que está apontada na minha direção.Sento na poltrona que fica no canto da pare
CariocaDentro daquele helicóptero em direção a sei lá onde seria o local que iríamos pousar, eu só conseguia pensar na Fernanda e no Gabriel.Será que a gente nunca vai conseguir viver em paz?Será que sempre vai ter alguém tentando algo? Por que o nosso amor incomoda tanto?Eu só quero poder encontrar ela a tempo, eu sei que eu sou um fudido que não tenho direito de pedir nada a Deus, mas se eu pudesse, a única coisa seria pedir a ele que salve minha mulher, que me leve no lugar dela e se acontecer o pior, eu sei que não vou não conseguir encarar meu filho crescendo sem a mãe por culpa minha, por tantas escolhas erradas que eu fiz.Eu sabia, desde o início eu sabia que eu não era um cara pra Fernanda, por isso relutei tanto em me envolver porque sabia que eu ia levar ela pro mesmo abismo que eu.Parece que esse piloto está fazendo de propósito, andando em velocidade lenta, ou será que meu nervosismo e ansiedade é que estão acelerados?Assim que pousamos já fiquei put*, estávamos no
ATENÇÃO: Nesse capítulo contém um pouco de tortura.CariocaApós um tempo minha mãe me liga.— Fala mãe! Como tá minha mulher?— A cirurgia correu dentro do esperado, a bala entrou abaixo da costela e não perfurou nenhum órgão vital, ela está na sala do pós cirúrgico agora, na medida do possível está tudo bem. Respiro aliviado.— Mãe... O carinha lá falou algo sobre eu ter que salvar meu filho, mas o Gabriel tá bem e tá em casa.— Então, meu filho! A Fernanda estava grávida...Eu imaginei essa possibilidade depois do que ele disse.— Como assim, estava?Segundos de silêncio.— Era muito no comecinho, Felipe! Muito frágil ainda.Nessa hora, meus olhos encheram de lágrimas e eu baixei o celular com uma mão e com a outra pressionei meus olhos. Não consegui conter a raiva e o choro ao ouvir isso.Segundos depois voltei a falar com minha mãe.— Você está aí ainda, meu filho?— Tô mãe, pode falar!— Então, o médico que operou a Fernanda, me explicou que o projetil não pegou órgãos vitais, e
CariocaO dia está quase amanhecendo e eu tô cansado pra car@lho, vou pra uma das minhas casas, preciso de um banho e de algumas horas de sono. O Gabriel está na casa do Japah com a mulher dele, amanhã eu volto pra Penha e busco ele.Assim que entro no banheiro, me olho no espelho, meu rosto e meus braços sujos de sangue, assim como minha camisa que tiro e jogo no lixo. Aliás, minhas mãos e minha alma sempre serão manchadas de sangue por conta de todas as pessoas que já matei.Fico ali encarando minha imagem durante um tempo e pensando que fiz o que tinha que fazer. Mas e agora?Como ficaria meu relacionamento com a Fernanda?Mais uma vez ela sofreu por minha causa e quem estava lá com ela não era eu.Esse ciúme fodido que eu sinto dela é o que acaba comigo, mesmo numa situação dessas, minha mente viaja pensando que quem tava com ela, era aquele carinha que tá morrendo agora no hospital.E como pode? Num lugar tão grande como no Rio de Janeiro, ele veio viver justamente no meu morro.T
Carioca— Sério? Pô, que notícia boa! Até que enfim parou de enrolar tua mulher, hein? — falei para o Japah e nós dois rimos e nos abraçamos.— Nada disso! Aqui é tudo no esquema, depois de ter um sobrinho eu curti essa ideia de querer um moleque também.— Você vai se amarrar, é a melhor coisa do mundo! Parabéns irmão! — bati nas costas dele.— Valeu! A gente até ia fazer um churrasco pra comemorar e contar a todos, mas com essa parada da Fernanda decidimos que é melhor não!— Minha mente não para de pensar nisso tudo! Ela tá estranha comigo, tô ligado que ela nem volta pro morro.— Dá um tempo pra ela, foi muita coisa que ela passou! A Fernanda é louca por você, segura tua onda.Meu rádio tocou, era o pessoal da contenção avisando que a Fernanda acabou de chegar junto com a mulher do Japah.O Japah, que ouviu a informação, sorriu e falou:— Tá vendo? Para de ser paranoico!Parto voado pra nossa casa e assim que entrei na sala já saio procurando por ela. Fui até o quarto, mas lá ela nã