Fernanda— Ah sim, o Mateus! — respondi.— Isso o Mateus! Não lembrava mais o nome, era conturbado o namoro de vocês? Porque vocês terminaram, amiga? — Dani perguntou.— Sabe que eu não sei, Dani? A gente se dava bem, mas depois ele começou a andar com más companhias e começou a ir por um caminho errado e então do nada, ele quis terminar.— Vocês eram muito novinhos, por onde ele anda agora?— Não faço ideia, logo depois da gente terminar, eu soube que ele foi embora pra cidade que o irmão dele que é policial mora, em são Paulo se não me engano.Dani assentiu e começamos outro assunto, enquanto Gabriel dormia tranquilamente e pouco depois, ela decidiu voltar para fora.— Amiga, vamos lá tomar uma cervejinha? — ela disse.— Vai indo amiga que eu já vou! Tenho que preparar a mamadeira do Gabi, logo ele acorda cheio de fome.Dani concordou e saiu, e eu fui até a cozinha preparar o leite.Quando estou na pia quase finalizando, me viro para levar o restante do leite para a geladeira, tom
CariocaAssim que minha mãe foi embora, subi pro meu quarto pra tomar banho e antes passei no quarto que a Fernanda e o Gabriel estão. Entro em silêncio, cuidando pra não fazer nenhum barulho e sento na poltrona que fica próxima a janela e de frente pra cama enorme que os dois dormem profundamente.Car@lho, olhando os dois assim, eu penso o quanto mesmo tendo uma vida fudida e fazendo tanta coisa errada, eu sou um fudid* de muita sorte, pena que eu não sei aproveitar essa sorte que a vida me deu.Fico viajando nesse momento, pego meu celular e tiro algumas fotos deles e percebo que o Gabriel tá começando a se mexer, então logo ele vai acordar e se a Fernanda me ver aqui, ela vai ficar put@ssa, então saio dali e vou pro meu quarto, pego uma bermuda de tactel da Nike e vou pro banho.Depois de um tempo relaxante debaixo do chuveiro, vou pra sacada fumar um baseado, mas só de saber que a Fernanda e o Gabriel estavam na minha casa, no quarto próximo ao meu, já me deixava tranquilão, que
ÂNGELA LEMBRANDOMais um dia pegando o ônibus para ir à escola, uma escola pública, óbvio, afinal, meus pais não podem pagar uma particular.Não passamos nenhum tipo de necessidade, mas também não temos acesso a certos luxos, meu pai é taxista e minha mãe é camareira em um hotel.A escola não é tão ruim, mas o uniforme é horroroso, uma calça e uma camiseta que em nada valoriza o meu corpo, mas também que corpo? Tenho apenas 15 anos...Tenho algumas amigas na escola, mas Marta é a melhor de todas, estamos sempre grudadas, sabemos tudo uma da outra, dividimos roupas, batons e confidências. Marta é mais avançadinha que eu, já teve suas primeiras relações sexuais, enquanto eu, apenas troco beijos comportados com o Juninho, garoto da outra turma. Mas ainda mais avançada do que a Marta, é a Luciana, ela tem um relacionamento com um bandidinho repetente do último ano do colegial, ele já deve ter seus 19 ou 20 anos, ele é filho de um traficante do morro do Jacarezinho e as mas línguas dizem
JéssicaSe o Carioca está pensando que vai me descartar como se eu fosse uma roupa velha que não serve mais, ele está muito enganado, não fiquei três anos da minha vida entrando em presídio, passando por humilhações em revista e sendo chacota das agentes penitenciárias para agora ele estar livre e meter o pé em mim. Sem contar os anos antes da cadeia que eu passei por cima de tudo e ele não estava nem aí para mim.Já deixei claro que ele pode ter os lanchinhos que quiser, essas piranhas não me preocupam, mas aquela sonsa que se faz de coitadinha, aquela lá eu vou varrer do meu caminho, não adiantou avisar, então se ela quer ir pelo caminho mais difícil, então assim será.O que ela tem que eu não tenho? Eu sou linda, elegante, gostosa, qualquer homem daria tudo para me ter, mas homem é assim, pode ter filé mignon que sempre vai querer comer carne de segunda. Mas eu não desisto fácil, não cheguei até aqui para ser jogada de escanteio, tenho a minha sogra que me adora e logo ela também v
Fernanda— Ele não vai fazer isso com o pai dele! —Felipe falou e se aproximou, sentando ao meu lado e virou ficando lateralmente de frente pra mim, mexeu em uma mecha do meu cabelo. Entendi que ele queria que eu ficasse de frente para ele e assim fiz.— O que aconteceu hoje... — não deixei ele terminar e já fui falando.— Olha Felipe, o que aconteceu hoje foi engano, eu...— Ei, escuta primeiro! Te chamei aqui pra conversar de boa. O que aconteceu hoje me fez perceber que eu não quero e não posso ver você com outro.Me calei e ele entendeu que podia continuar.— Fernanda, você não tem noção do que eu passei na cadeia, não tinha um dia que eu não pensasse em você. Aquela porr@ de quase ter te matado, tava acabando comigo. — E os seus sentimentos você demonstra se casando com outra? — Essa porr@ já acabou, o Luís meu advogado tá correndo atrás de tudo e outra coisa, mesmo se a gente tivesse junto, você acha que eu ia querer você dentro de um presídio me visitando?— Eu iria! — resp
FernandaApós uma madrugada deliciosa de muito sexo, onde intercalamos entre trans@r e verificar se estava tudo bem com o Gabriel que dormiu feito um anjo a noite toda, eu acordei antes que o Felipe, ele ainda dormia profundamente ao meu lado.Resolvi descer para preparar um café reforçado para ele, mas antes aproveitei para matar minha curiosidade e olhar melhor as novas tatuagens dele, como ele estava dormindo de lado por cima do braço direito, olhei uma na parte da costela logo abaixo do coração, era uma frase com letras pequenas em inglês entre os desenhos de outras tatuagens e como não falo inglês, peguei meu celular e fotografei para mais tarde pesquisar no G****e tradutor para descobrir o significado do que está escrito.Vejo também que ele ainda usa a pulseira que eu dei, ele é um bruto e mesmo assim consegue ser mais romântico que eu.Passei no quarto ao lado e o Gabi ainda está dormindo, mas já está se mexendo, então logo vai acordar cheio de fome.Desci até a cozinha e procu
CariocaDepois de seguir o conselho da minha mãe, tudo entre a Fernanda e eu tá dando certo, a gente resolveu recomeçar do zero e tá fluindo bem, muito bem, aliás. Melhor sensação do mundo é ter ela e o meu filho comigo. Quem diria que um dia, eu iria construir minha própria família? A única coisa é que ela não tá querendo vir morar comigo, mas logo eu tiro essa marra dela.Já encomendei um carro importado pra dar de presente, que logo deve estar chegando, porque não tem nem cabimento ela sendo minha mulher, andando por aí de ônibus ou táxi, e também quero que ela saia do emprego, ela não precisa trabalhar. Mas ela é tinhosa, não aceita de jeito nenhum, propus até abrir um negócio pra ela aqui na Penha já que ela faz tanta questão de trabalhar, mas nada que eu queira dar, ela aceita, então o carro comprei sem falar nada, porque daí não tem como recusar.Japah falou que precisa fazer uma reunião comigo e LC que inclusive, tá vindo pra cá hoje, pra ele ter chamado o LC deve ser um bagul
FernandaAcordo de manhã e o Felipe não está na cama, vou até a sacada e vejo que ele está lá embaixo no quiosque com o Gabriel, sorrio ao ver a cena, mas o Felipe está para variar, falando ao celular e gesticulando bastante.Vou até eles e quando estou me aproximando, escuto ele falando com a Ângela.— Não mãe, nenhum dos dois tem passaporte!Uma pausa, provavelmente ela estava falando.— Ela não vai aceitar isso, mãe, e outra, eu também não vou ficar longe deles.Pausa novamente.— Não, car@lho! É claro que não tô querendo isso, tá maluca? — ele passa a mão no rosto aparentemente nervoso e faz um carinho na cabeça do Gabriel.— Você não conhece ela, mãe, ela é cabeça dura, não vai querer isso não. Não mãe, ja disse que eu resolvo isso! Tá, tá bom! — ele se vira e percebe a minha presença.— A Fernanda chegou aqui, tenho desligar. Depois nós conversamos.— assim que desligou, veio me abraçar e me deu um beijo.— Acordou a bela adormecida?— Vocês que acordaram muito cedo! Tava faland