Fernanda— É sério, pô! — ele falou porque eu literalmente me afoguei com o que ele disse.— Felipe, você está maluco? Eu tenho minha casa, minha vida e você também.— Fernanda, o meu trabalho é fudid* pra caramba, fico o dia todo resolvendo pic@, principalmente agora que voltei. Quero chegar em casa e poder ficar com meu filho, aproveitar o tempo que perdi, lá em casa vou poder fazer isso todo dia.— Isso é loucura, Felipe!— Você não pode me negar isso! — ele diz.— Não estou negando a você sobre ficar com seu filho, mas morar na mesma casa que você, eu posso e vou negar, não tem cabimento um negócio desse.Ele começou a ficar irritado, levantou do sofá, tirou o boné, bateu na perna e colocou novamente na cabeça.— Olha só, eu sei que minha presença te incomoda, mas faz um esforço, aquela casa é enorme, a gente nem precisa se ver se você não quiser, é só a gente se organizar, lá vai ser maneiro pra ele e mais seguro.— E a sua mulher, como fica nessa história? — perguntei e ele me o
Carioca— Jéssica, você lembra que antes de ir pro privado, eu tava com uma pessoa? Que era um lance sério?Eu precisava contar mas indo com calma, sei que ela pode não entender no começo.— O que você tá querendo me dizer? — ela me olha ao perguntar e eu já percebo raiva no olhar dela.— A minha cabeça tá fervendo, uma parada muito louca aconteceu, quando avisaram que você chegou no morro, eu tava na casa dela e...Ela não me deixou terminar de falar.— O que você está me dizendo? Você estava lá na casa dela? Estava comendo aquela sonsa? Aquela vagabund@ que te encheu de chifres, que até seus comandados sabem? É isso? — ela se exaltou.— Não é nada disso car@lho, escuta pô! Agora que eu voltei eu fiquei sabendo de coisas que eu não fazia ideia, coisas que jamais fiquei sabendo.Mais uma vez ela me interrompe.— Sempre essa desgraçada no meu caminho, o que é agora? Essa mulher não cansa, não? É por causa da criança? É isso? Se você quer um filho eu te dou, eu nunca quis ser mãe, mas s
FernandaFico parada na porta sem reação alguma, aquela mulher linda, beirando seus 45/50 anos mas muito conservada, bem vestida, corpo invejável e pele bem cuidada. Saio do meu transe quando ela sorri e fala:— Não sei se você me conhece, eu sou a mãe do Felipe e do Eduardo.— Claro, conheço sim! Não pessoalmente mas por foto sim. Ai, me desculpe a falta de educação, entre, por favor dona Ângela.O que essa mulher está fazendo aqui? Era só o que eu me perguntava mentalmente.— Ah, obrigada! Mas por favor me chame só de Ângela, afinal, não sou tão velha assim. — ela riu e entrou, e eu fiquei impressionada com a elegância dela, inclusive nos movimentos.Sentamos no sofá, ela me olhou e disse:— Então Fernanda, o motivo de estar aqui hoje é meu neto!Ela é direta assim como o Felipe e é claro que o assunto seria esse.— Ele contou pra senh.. para você? — me corrigi.— Na verdade, o Felipe é um homem muito fechado, não fala da vida dele, quem me contou foi o Eduardo. — fiquei olhando par
03 DIAS DEPOIS...RESTAURANTE NA BARRA DA TIJUCAJéssica entra no restaurante e informa que há alguém à sua espera e após dizer seu nome, é conduzida pela moça até a mesa mais afastada e discreta com luz baixa.— Boa noite! — ela cumprimenta puxando a cadeira para sentar.— Muito boa! — MT responde olhando Jéssica de cima para baixo, analisando o corpo bem desenhado dela, enquanto toma seu whisky.— Não tô pra gracinha, hein? — ela fala soltando a bolsa de forma bruta na outra cadeira.— Quem não tá pra graça aqui, sou eu. Qual foi? Depois de tudo que você fez, eu nem deveria olhar na sua cara. Você desiste de tudo, some, te ligo toda semana pra ver se mudou de ideia e você sempre com esse papinho de amor. — ele fala bravo.— Você nunca entenderia! — ela fala mexendo no guardanapo sobre a mesa. — Realmente eu não entendo como uma mulher linda e esclarecida como você pode ter se envolvido com um monstro como aquele.— Não fala assim! — Jéssica diz.— Como não falar assim? O cara acab
ENCONTRO ENTRE ÂNGELA E JÉSSICA NO RESTAURANTE EM FRENTE AO MAR:— Olá, minha querida! Como você está? — Ângela cumprimenta Jéssica e elas trocam um abraço apertado.— Ai Ângela, eu não estou nada bem. Seu filho não me procurou, eu não tô aguentando mais, nem ligação, nem mensagem, nada.— Calma Jéssica! Faz poucos dias que tudo aconteceu, espera ele esfriar a cabeça.— Como vou ficar calma se já estou sabendo que ele tá todo dia na casa daquela mulher? — Jéssica diz.— Eles têm um filho juntos, isso é normal e será a realidade de agora em diante, se você ama meu filho e eu sei que sim, você vai passar por cima disso.— O problema não é a criança, embora eu duvide que seja dele mesmo, o perigo é a mãe dele.— Ah não, Jéssica! Eu gosto muito de você, mas não vou admitir você falar assim, meu neto é a cópia do Felipe, isso é inquestionável.— Até você Ângela já está aos pés daquela vag@bunda?— Eu não estou aos pés de ninguém, estou apenas sendo justa, o menino é filho dos dois e a conv
JapahMeu mano tá amarradão nessa parada de ser pai, nunca vi ele tão feliz como agora, ele tá de quatro pelo filho e certeza que vai ficar mais de quatro ainda pela mãe do moleque, já era antes né? Imagina agora então.Tô curtindo ver ele nessa fase, não usa mais pó, bala e outras paradas pesadas que ele usava, só usa o baseado mesmo, mas isso é de lei, né? Bagulho fraquinho, erva natural.Esse filho foi a melhor coisa que aconteceu pro Carioca, agora ele tem motivo pra focar, ele sabe que precisa proteger o moleque, só quero ver como vai ficar essa parada da Jéssica, na real acho que o Carioca deixou ela se criar demais, ela se acha a rainha da cocada preta, mas aquela ali não me engana e é difícil eu estar errado.NO QUARTO DE FERNANDAFernandaAquele beijo continua igual a última vez que nossos lábios se encontraram anos atrás, na verdade tudo continua igual, o beijo dele, o cheiro delicioso que me embriaga, a pegada dele que me enlouquece e todo aquele amor que queima dentro do
CariocaSaio da casa da Fernanda put* pra car@lho, na moral ela me fez de otário num nível que eu nunca imaginei que ela seria capaz, uma transa daquelas que pareceu não ser desse mundo pra depois ela me falar que foi só sex* sem compromisso?Ela tá muito mudada, nem parece a minha morena de três anos atrás, deve ter dado pra muitos nesse período e eu sou um mané mesmo. E o pior de tudo é que pra tirar ela da minha mente vai demorar uma cota, afinal, vou ver ela sempre que for buscar e entregar o Gabriel.Parto pro pico do morro pra pensar e fumar um baseado, Japah me liga, vejo que o whatsa@p tá bombando de mensagem, mas não tô afim de atender ninguém.Amanhã vou pra VK, ainda não fui lá desde que voltei e eu não posso dar bobeira, tenho que ver tudo de perto, as mudanças que foram feitas e como tá o comando do LC por lá, confio na capacidade e liderança dele, vou só para confirmar mesmo, vai ser melhor sair daqui da Penha por agora.Passo um rádio pro chefe da minha da segurança, ho
ALGUNS DIAS DEPOIS:FernandaAndrey me contava que o Felipe liga todos os dias para a dona Vanda para saber como o Gabi está, inclusive por chamada de vídeo para vê-lo, isso me deixa feliz, mas me incomoda saber que ele ainda está na VK, ele realmente é como uma drog@ e eu a usuária que estava limpa há três anos e tive uma recaída provando novamente e agora estou sentindo falta, muita falta.Hoje é sábado e vai rolar aquela esticada após o turno da loja, iremos eu e as três meninas que trabalham comigo, já marcamos de encontrar alguns amigos lá, eu fiz alguns na pista. Eu quase não saio, mas sempre que possível marcamos algo e dessa vez vamos num bar estilo danceteria que inaugurou no centro do Rio, lá iremos encontrar alguns amigos em comum.Gabriel vai ficar com Andrey e a mãe dele, ele é um dos padrinhos do meu filho e me ajuda muito, principalmente se for para eu sair e me divertir, Andrey é o meu maior incentivador.***A noite foi ótima, rimos, bebemos, dançamos, tivemos convers