Olá, caro(a) leitor(a), espero que esteja gostando da história. Sinta-se á vontade para deixar sua opinião^^
Longe dali, Eliot passava mais uma noite insone, analisando documentos sobre o caso e ficando cada vez mais irritado em como o universo parecia contribuir para que mais vítimas fossem feitas. Não parecia haver nada no caso que ajudasse a descobrir quem eram aquelas mulheres, mencionadas no relatório como possíveis “prostitut*as da zona”. Era óbvio que o policial que o escreveu já tinha sua opinião sobre elas.Esfregou as têmporas e pegou a caneca, soltando um palavrão ao perceber que já não tinha café. Resolveu fazer uma pausa, saiu pelo corredor, ouvindo seu pescoço estalar e foi até a copa, pegar mais café.Quando retornou, o vento, que entrava pela janela aberta, havia derrubado alguns dos papéis, mas antes que pudesse ter um rompante de raiva, percebeu um outro relatório: a entrevista com a mãe de Bruno, a única vítima que havia sido identificada,Se focou em alguns trechos interessantes:“ Meu filho era envolvido com coisa errada sim, mas ele só roubava, nunca machucou ninguém.”
Viktor acordou naquela manhã com os raios de sol entrando pela janela gigante que dava para a sacada, olhou para o lado, notando a esposa ainda adormecida e sentou-se na cama. Acariciou seu rosto bonito, deslizando para o pescoço, braço e pela barriga que começava a ficar chamativa. “Quem é você, hein?” Se perguntou voltando seus olhos aos pés dela, visíveis por entre os lençóis de linho. Como se ouvisse seus pensamentos, ela piscou algumas vezes, acordando. Quando enfim, abriu os olhos, lhe sorriu gentilmente. – Bom dia! Cumprimentou enquanto se sentava também na cama. – Bom dia! Viktor devolveu o cumprimento, então esticou o braço para o criado-mudo, pegando o presente que havia trazido na noite anterior. – Lembrei que você queria… Caroline pareceu confusa de início, mas pegou a sacolinha de papel e ao abrir, se deparou com um livro. – Obrigada! Exclamou com um sorriso brilhante, retirou a embalagem, abriu e imediatamente levou ao nariz, sentindo seu cheiro. – Como sabia que
Desde então, aquele estranho homem apenas desapareceu por algum tempo. Caroline testou alguns passos dentro do quarto, ouvindo a corrente arrastar e tentou descobrir até onde ela alcançava. Não sabia se era dia ou noite - pois, não havia janelas -, mas o barulho permanecia ao redor do quarto, fazendo-a criar em sua mente dezenas de situações do que poderia estar acontecendo. De repente, ouviu o som da porta sendo destrancada e retornou para a cama correndo, encolhendo-se para parecer estar dormindo. Observou discretamente pelo canto do olho e viu que era a mesma empregada que trouxe a refeição, agora recolhendo os pratos, não pareceu notar a faca faltando, e então, foi embora, mas antes, lançou um olhar preocupado para a prisioneira, parecendo sentir pena.Depois que ela saiu, Caroline soltou um suspiro consternado, acariciou a barriga ainda pouco aparente e orou pedindo pela proteção de ambos. Continuou agarrada ao travesseiro por longos minutos, observando as silhuetas dos móveis s
Eduardo ouviu suas palavras, mas não pensou muito nelas de imediato, naquele momento, a prioridade era ela receber atendimento médico. Enquanto dirigia, olhando-a pelo retrovisor a todo o tempo, uma mistura de irritação e alívio agitavam seu âmago. Quando chegaram ao hospital, irrompeu porta adentro com a irmã nos braços, - que a essa altura, já havia acordado e estava em crise –, e logo, foram enviados para a ala de emergência. Uma médica se aproximou, explicando de forma ríspida o que deveria ser, já prendendo a paciente na maca.Era uma mulher negra, alta e de porte atlético, que ostentava em seu jaleco o emblema dos médicos do exército.- Administre 3 mg de midaz*** ! Ela exclamou para a enfermeira, observou o estado da garota e então, voltou-se ao homem que a trouxe. – O que aconteceu com ela? Hellen ouvia a conversa entre ambos, e só conseguia pensar no que aconteceria com a mulher que a ajudou a escapar se desmaiasse naquele momento, olhou ao redor, procurando por algo que pu
Havia apenas escuridão por um tempo, até que Caroline abriu os olhos lentamente e se deparou com o céu azul sobre sua cabeça. Olhou ao redor, percebendo que estava no meio de um campo de flores brancas e quando passou a mão por elas, sentiu o que pareciam ser minúsculos dedos. Voltou-se naquela direção e então, a viu. Era uma menininha de grandes olhos bicolores, usava um vestido branco de algodão e seus cabelos loiros acinzentados estavam cortados de franjinha e na altura dos ombros. “Como você cresceu tanto, minha menininha?” Se perguntou, puxando-a para seus braços, acariciou seu rosto e sorriu lembrando-se de como ela não tinha sobrancelhas nem cílios antes.De repente, um choro de bebê chamou a sua atenção. Olhou em volta, procurando-o, e então, se levantou levando seu próprio bebê consigo. Seguiu por uma vereda, pensando consigo mesma o quanto aquilo parecia um conto de fadas, até que se deparou com um espelho de moldura antiga.Sua imagem começou a refletir, como se emergisse
Viktor ainda não sabia, mas longe dali, a polícia encontrava um helicóptero abandonado onde um corpo, já em decomposição, jazia dentro, e que logo, seria descoberto se tratar de Nero que havia sucumbido aos tiros. Era um acontecimento estranho, então, Eliot rapidamente foi informado, mesmo que, aparentemente, aquilo nada tivesse a ver com seu caso de tráfico. No IML, enquanto esperava os resultados dos exames de identificação, ouviu sobre o prédio destruído pelas chamas após um tiroteio, mas o que realmente o interessou foi a moça desaparecida que havia ressurgido de repente.Sentindo que estava diante de uma pista quente, acompanhou os agentes da polícia de desaparecidos, os mesmos que havia encontrado antes no restaurante, e não precisou de muito para perceber que já tinham uma opinião formada sobre a moça.Entraram no quarto hospitalar, e Eliot continuou apenas observando.– Certo, precisamos te fazer algumas perguntas… – A policial feminina explicou gentilmente enquanto fazia ano
Atenção!!Este capítulo possui descrição de overdose, drogas e prostituição, prossiga com cuidado. Depois de todo aquele alvoroço, Javier sentiu que precisava beber. Desligou o celular, pegou algumas garrafas de whisky e se trancou no escritório do avô, tudo que mais queria naquele momento era encher a cara sozinho. Quando já estava meio bêbado, ouviu a porta se abrindo, olhou naquela direção, meio embriagado, e então, notou que era Benjamin.– Isso me lembra o passado… – Murmurou o ruivo mais velho, esboçando um sorriso sínico no rosto. – Não se preocupe, não vou contar para o tio.Fez uma pausa, mexendo nos quadros da parede e então, tornou a olhar para o primo, como se acabasse de ter ter uma ideia interessante.– “tô” indo pra uma festa agora… – Contou, como quem não quer nada, mas logo fixou os olhos no mais novo, esperando uma resposta. – Porque não me vem comigo?Javier o encarou por um tempo, claramente fora da realidade, mas acabou aceitando com um menear de cabeça. Entrou
Depois de quase surtar, se arrepender, e ter vontade de amarrar aqueles “pestinhas”, Javier finalmente conseguiu ensiná-los dois ou três golpes. Vez ou outra, via o antigo treinador passando pelo corredor, observando-os de soslaio, mas não conseguiu descobrir se estava preocupado com ele ou com as crianças.E assim, seguiu todo seu dia.Era fim da tarde e ainda não conseguia tirar a conversa com Matteo de sua cabeça, até que acabou indo visitar o rapaz ainda em coma, tendo que se apressar para não perder o horário de visitas.Sentou ao lado da cama e soltou um suspiro.– Você realmente se jogou? Perguntou em tom lúgubre.E obviamente não teve resposta. Esfregou as têmporas, sentindo o estômago revirando e pensou consigo mesmo que àquela altura, a polícia já estaria perdendo o interesse. Porém, foi tirado de seus devaneios quando ouviu a porta se abrindo às suas costas. Olhou por sobre o ombro e viu Allen.– Javier?! Exclamou o recém-chegado em tom de questionamento, parecia surp