Capítulo 5
Samanta narrandoEu, Heloisa e Amanda fomos até a clinica e eu começo avaliar ela, seu peso, suas medidas e começo a conversar com ela e ela me respondia algumas perguntas básicas com respostas simples mas que já era suficiente para ver seu andamento.— Você não tem filhos? – eu pergunto enquanto sigo medindo Amanda.— Tenho Amanda que tenho o mesmo sentimento como mãe – ela fala – mas eu e Henrique a gente não quer ter filhos, acho que isso meio que estragaria a nossa relação.— Entendo – eu respondo – eu cuido de crianças, amo as minhas crianças, mas também não me vejo passando pelo processo da gravidez.— É isso mesmo – ela responde – engravidar, engordar, parir, enjoar, senhor não consigo me imaginar – ela fala rindo – e eu acho que nem o Henrique tem a vontade de ser pai, com certeza um filho estragaria a nossa relação nesse momento, quem sabe mais para frente – eu sorrio para ela.— Amanda está com um desenvolvimento ótimo, as medidas dela todas estão muito mais do que o esperado para uma criança com síndrome de down – eu respondo – é surreal.— Pedro se dedica de mais a filha – eu a encaro – Jessica era tudo na vida dele, eles tinha uma relação maravilhosa e ele faz de tudo por essa menina.— Da para perceber que ele é um ótimo pai, Amanda é super bem cuidada.— É sim – ela fala – ele é o sub do morro, mas ele já não está mais nos assuntos do morro como antes.Eu olho para ela e dou um breve sorriso, o celular de Heloisa toca e ela sai para atender e eu fico brincando com Amanda, conversando com ela e vendo até onde ela estava desenvolvida, a gente pula, a gente dança e roda, coloco algumas atividades para a gente fazer que tinha ali, alguns jogos, desenho e ela vai fazendo tudo direitinho, ela tinha uma concentração impecável por mais que ela ainda tenha diversas limitações.— Papai – Amanda fala sorrindo e olho para trás vendo Pedro Henrique na porta.— Heloisa saiu para atender um telefonema.— Era Leila pedindo ajuda dela – ele fala – eu vim buscar Amanda.— A gente está quase terminando.— Não achei que começaria a trabalhar já – ele fala – achei que teria vindo apenas visitar.— Sua filha é um encanto, acabei que dei uma consulta e uma análise nela por cima, ela tem um desenvolvimento incrível para uma criança na idade dela, ela é muito esperta, parabéns.— Obrigado – ele fala. – eu faço o melhor por ela.— Você está de parabéns, você conhece as limitações da sua filha mas entende que com ajuda e aos poucos, podemos ir além e quebrar todas elas.— Eu preciso ir levar ela para minha tia – ele fala – vou precisar trabalhar.— Claro, mas antes eu queria dizer que eu gostaria de ver Amanda toda as tardes, queria trabalhar com ela os seus movimentos como fisioterapeuta e como fonoaudiologia também, tudo que a gente fizer mais, vai ajudar bastante.— É claro – ele fala— Ótimo, então a gente se ver amanhã.— Da tchau para tia Samanta – Pedro Henrique fala para amnada.— Tchau. – ela diz sorrindo— Tchau minha amada – eu falo sorrindo.Os dois saiem do consultório e eu respiro aliviada, eu olho para os cantos da clinica e vejo que tinha câmeras, lentamente vou procurando a central de câmeras dentro da clinica e não as encontro e nem onde elas estão registradas porque ligo o computador da sala onde vai ser a minha e vejo que o computador estava até para configurar.Alguém tinha acesso a essas câmeras e eu precisava descobrir quem é, eu vi que Rk o dono do morro se sentiu incomodado com a minha presença, mal ele sabe que eu também me sinto incomodada com a presença dele e muito.Capítulo 6Samanta narrandoEu ainda não tinha atendido Amanda hoje, mas faz uma semana que eu estou aqui trabalhando todas as tardes, eu tinha largado tudo meu consultório e os plantões apenas para focar aqui, atendia outras crianças também junto, eu levo um susto quando olho para porta e vejo Rk parado me encarando, ele estava sozinho e Heloise não estava junto.— Boa tarde – eu falo para ele que entra para dentro do consultório fechando a porta – como posso ajudar?— Eu fico pensando, como uma pediatra, médica tão especializada, com tantos pacientes e uma procura enorme pelo seu atendimento, larga tudo e vem para aqui no morro da rocinha.— Não estou entendendo a sua suposição.— Você está entendendo sim – ele fala me encarando – assim como eu, você sabe que não está aqui apenas por amor a profissão.— E por qual outro motivo eu estaria aqui? – eu questiono ele – se eu entro, trabalho e vou embora.— Largou seu emprego em um hospital reconhecido mundialmente – ele fala— Est
Capítulo 7Ph narrandoEu pego Amanda para descer para levar ela até a clinica onde ela ficava mais ou menos 2h, tinha tanta coisa para organizar com Lk e Mauro sobre um novo projeto para beneficiar os morros que eu estava a frente, já que RK estava organizando outras coisas com Carioca e Medeiros.— Papai, tia Sam – Amanda fala Ela chama a Samanta de tia Sam e rapidamente pegou confiança nela e faz uma semana que Samanta estava aqui, no começo achei estranho essa ideia da Helo e até achei que não daria certo mas depois eu vi que estava sendo bom, Amanda gosta muito dela e tenho certeza que tera um desenvolvimento muito bom.Quando abro a porta do consultório, eu vejo a Médica Samanta se olhando no espelho com a camiseta levantada, algumas marcas em seu abdomem que me chamou atenção.— Tia Sam – Amanda fala fazendo com que Samanta leve um susto e me encare ficando branca e pálida.— Eu trouxe Amanda para consulta.— Claro – ela fala – já está na hora – ela desvia olhar para o rel
Capítulo 8Samanta narrandoApós a consulta da Amanda, não foi Ph que veio buscar ela e nem Heloisa, foi a prima de Ph.— Flavia né? – eu pergunto— Isso.— Entrega isso a Ph , são alguns remédios que eu vi que ela está ficando um pouco gripada.— Vou entregar – ela fala— Cadê papai? – Amanda pergunta— Está trabalhando.— Ah – Amanda fala— Não se preocupa, você vai para casa da tia – Flavia fala.— Até amanhã Amandinha – eu falo dando um beijo na testa dela.Flavia sai com Amanda do consultório e eu atendo outras pessoas, do nada me vem na cabeça a cena do Ph me vendo ver as minhas cicatrizes, aquilo me deixa remoendo até porque um pouco antes Rk esteve aqui me ameaçando e isso me deixou um pouco nervosa.Eu tinha que me infiltrar mais no morro e resolvo achar um lugar para tomar um café ou comer algo aqui dentro e assim dar um giro no morro.Eu fecho a porta do consultório e olho para cima e resolvo ir subindo, acho uma lanchonete na frente da quadra e passo por um muro o
Capítulo 9Ph narrando— O que vamos mexer é algo muito grande – Mauro fala – e perigoso também.— Não é qualquer um que faz esse contrabando dessa forma – eu falo – mas dar muita grana, muita mesmo.— As clinicas compra? – Lk pergunta— Comprava – Mauro fala – precisamos oferecer sem levantar suspeita.— O ultimo registro que teve foi quando meu pai e do Rk começou trazer isso quando a gente era criança.— E acabou naquele incêndio ?— E acabou naquele incêndio – eu respondo – até hoje a gente não sabe certo como começou..— São remédios caros e valiosos – Mauro fala – assim, como os que são feitos com a Maconha.— Vamso ir fundo – eu falo – esses remédios pode ser importante até mesmo para Amanda, tudo que envolve a saúde da minha filha, é importante para mim.— E a venda? – Mauro pergunta— Também – eu respondo – queremos dinheiro, tudo que vai nos dar dinheiro, é válido.— Podemos prosseguir? – Lk pergunta— Vamos prosseguir – eu respondo para eles e eles assentem com
Capítulo 10Heloisa narrandoEu estava esperando pelo resultado do exame, eu respiro fundo quando Rk entra pela porta de casa.— Você está ai – ele fala entrando – onde você estava hoje?— Estava no médico.— Fazendo o que? – ele pergunta— Rotina – eu respondo – mas quero conversar com você.— Sobre o que?— Porque está ameaçando a médica?— Samanta? – ele pergunta e ele abre um sorriso – ela já foi te contar algo.— A gente tomou café juntas e ela me disse.— Então ai tem, posso desconfiar com razão.— Naõ mesmo – eu falo e ele me encara – Samanta é uma ótima medica e eu trouxe ela aqui para cuidar da Amanda, porque ela é a melhor para fazer isso.— Você não acha estranho Heloisa? – ele pergunta— Estranho o que Henrique? – eu questiono— Ela largar tudo para do nada vir parar aqui no morro da Rocinha? – Heloisa me encara— Eu só sei que você parece não ter mais nada para fazer na sua vida – eu respondo — Porque está tão extressada?— Nada – eu respondo – eu vou to
Samanta narrandoEu chego em casa e encontro a minha mãe sentada no sofá, eu a encaro e ela estava bebendo.— Como a senhora entrou aqui? – eu pergunto para ela— Eu tenho chaves extra embra?— Vai embora – eu falo— Para de ser amarga Samanta – ela responde – eu sou sua mãe.— — Eu sou sua mãe.— A senhora só sabe me criticar e beber.— Só estou falando para você não remexer no passado – ela fala – é só isso que eu te peço.— Está com medo do que mãe? – eu pergunto para ela.— De fazerem mal a você;— Não é só isso – eu falo para ela – você está com medo de mais alguma coisa e não quer me contar – ela me encara.— Eu já disse que eu não quero que você se meta lá.— Eu quero que a senhora vá embora do meu apartamento.— Estou cansada de você – ela fala – eu te peguei para criar, te dei amor, te dei uma vida, eu te dei tudo.— Eu considero a senhora como a minha mãe, agradeço por tudo que fez.— Eu e meu marido te adotamos, te demos estudo, se você é quem é hoje é por min
Ph narrandoQuando era meu dia de ronda na boca, que era dividido entre eu, Rk e nosso primo Mt que era o novo gerente da boca, Amanda dormia com Rk ou com a minha tia que tinha vindo morar para cá a um ano e pouco quando Mt se mudou para cá. Flavia a minha prima também me ajudava muito em relação a isso.Eu estava sentado na frente da boca conversando com Lk, que estava fumando um baseado.— Sente falta do morro? – eu pergunto— De está aqui 24h? – ele pergunta e eu assinto – confesso que sinto, mas eu escolhi ficar lá com a Leila e ela e as crianças me fazem bem, seria muito pedir a ela para se mudar para cá.— Ela não se acostumaria.— Não msmo – ele fala – mas eu gosto de morar onde moramos, está com ela.— Eu faria o mesmo pela Jéssica – eu falo e ele me encara— VocÊ sente falta dela, não é mesmo?— Diariamente – eu respondo – as vezes eu me pergunto, como seria com ela aqui?— Eu não sei te dizer como seria com ela aqui – ele fala – mas eu sei que ela tem orgulho do pai que voc
Samanta narrandoDepois de conversar com Flavia, eu saio da casa dela e quando saio encontro um homem, eu olho para ele de cima a baixo, ele em encara.— A gente se conhece? – ele pergunta, eu olho para ele vendo que eu já visto ele uma vez na minha vida.— Não – eu respondo— Tenho a sensação que eu já te vi.— Não, acredito que não. Estou trabalhando a pouco aqui.— Mateus – Flavia fala – essa é a medica Samanta – ela fala – que cuida da amanda.— Samanta? – ele pergunta – prazer.— Prazer, eu preciso ir – eu falo.— Até mais . – ele falaO seu tom desconfiado foi pouco quando eu me dei contade quem ele ele era e de onde eu o conhecia, se ele lembrasse de mim, poderia fazer com que o meu plano vá tudo por água baixo.Eu ando nervosa, correndo até a clinica bem dizer por aquelas escadarias e entro na clinica respirando fundo, eu não tinha chegado até aqui para que um idiota como ele, jogasse todo meu plano para baixo.Mas duvido que ele lembre de mim, faz alguns anos, quantas pessoas