Capítulo 70Samanta narrandoEu abro os meus olhos lentamente e reconheço o lugar, eu tento me mexer mas sinto presa pelos meus pés e vejo que tinha uma corrente enorme me prendendo, o resto do meu corpo está livre, mas os pés não.Bom dia flor do dia - Rafael fala entando no quarto – achei que não acordaria nunca.Rafael – eu olho para ele – porque você fez isso?Estava difícil de te tirar de lá.Cadê a nossa filha? – eu pergunto para eleEm um lugar especial – ele fala – no momento certo você vai encontrar ela.Porque você fez isso? – eu pergunto – porque você me enganou? Porque você está fazendo isso?Sabe Samanta, quando aquela criança nasceu, eu quis me livrar dela porque não queria dividir você com outra pessoa, nem mesmo com uma criança que tiraria todo seu tempo de mim.Você é um monstro – eu faloNão – ele fala – eu quero o seu bem, eu quero pegar o que é meu por direito.Você jamais vai conseguir pegar o morro para você.O que foi? – ele pergunta – algumas semanas lá e ficou
Rk narrandoEu não deveria ter brigado com meu irmão, Ph está certo, eu sempre quero controlar tudo o tempo todo e acabo até mesmo deixando de lado as suas vontades e sentimentos e isso não poderia acontecer.A gente chega na Clinica e Mauro com sua experiencia de advogado, consegue entrar lá dentro e a gente vai até onde estava a mãe da Samanta.— Quem são vocês?— As pessoas que pode te tirar daqui – Mauro responde para ela – ou que pode matar você , se você não responder o que a gente quer saber.— O que querem saber? – ela pergunta – eu não tenho muito a dizer.— O fato de você ter maltratado Samanta a vida toda, não é nada? – eu pergunto— Rk – ela fala – Henrique, você matou meu marido e Humberto meu filho do primeiro casamento.— Matei com orgulho e estou louco para matar você – eu falo— Quer proteger Samanta? Ela subiu o morro para te matar.— Samanta foi usada – eu respondo – por você e por todos os filhos da puta, agora Rafael pegou ela, sinceramente você não sente nada por
Rk narrando— Ph está louco? Como assim ele entrou porra?— Tem uma janela , a mira é pequena mas podemos tentar atirar em Rafael.— Tentar? – eu falo nervoso – Ph entra lá dentro para morrer porra, ele tinha que ter pensado na Amanda também.— Ele está nervoso – Lk fala – vamos fazer que o plano de certo.— Onde é a Janela? – Carioca pergunta— Ali – eu falo— Vou dar um jeito – Carioca sai andando.A gente se aproxima da janela em silêncio para que Rafael lá dentro não descobrisse nada, até porque ele deveria está com os olhos e ouvidos aceso.— Sabe o que eu acho estranho – Lk comenta – é que ele está sozinho.— Ele está sozinho porque ela tem ela – Mauro fala – e ela é a arma contra a gente.— Como? – eu pergunto— Ele vai usar Samanta a favor dele – Mauro fala – a filha, a fiha perdida.— A filha? – Lk pergunta— Samanta e ele tiveram uma filha que ninguém sabe o que aconteceu, na verdade, ele deve ter sumido com a garota e vai usar isso a favor dele, manipular a Samanta mais uma
Samanta narrando— Você matou a minha filha? – eu pergunto olhando para ele – você matou ela?— Queimada – Rafael sussurra em meu ouvido – eu coloquei fogo na casa sim, escutei os seus gritos por muito tempo e confesso que foi o dia mais feliz da minha vida.— Seu filho da puta – eu falo largando a arma e indo para cima dele e começo a bater nele, a arma que tinha em sua mão cai no chão e ele me segura com as duas mãos – você matou a minha filha.— Cala boca sua vadia – ele fala – porque eu vou matar você também.— Você é um idiota, um surtado, você é um filho da puta que deve queimar no infenro – eu grito desesperada – você matou ela, você não tinha esse direito de tirar de mim a minha filha.— Ela morreu queimada te chamando sua vadia – ele fala – se você ficar viva, você vai conviver com isso para o resto da sua vida.— Larga ela – Ph fala com a arma na cabeça dele — Perdeu filho fda puta – Mt fala com a arma no outro lado— Larga ela – Lk fala e vejo que estão todos.— Vai morrer
7 meses depois...Samanta narrandoA minha vida nunca mais foi a mesma depois daquele dia, eu comia porque tinha que me alimentar, tomava água porque tinha que tomar, porque tinha uma criança dentro de mim, eu não consegui retornar ao serviço e minha vida era ficar dentro de casa, eu só sabia chorar e ter pesadelos toda noite, eu estava tendo que ter acompanhamento psiquiátrico todas as semanas, tomando remédios leve por causa da gravideaz e confesso que eu não tinha vontade nem mesmo de levantar na cama, o que eu fazia, era por Amanda e por essa criança que está dentro de mim e por Ph que em nenhum momento largou a minha mão.— Oi – Ph fala entrando pela porta – eu vim ver como você está.— Cadê Amanda?— Na casa de Flávia – ele fala – eu vim almoçar com você.— Eu estou sem fome.— Você precisa comer – ele fala – você está de 35 semanas, tomou suas vitaminas?— Eu vou tomar – eu olho para ele e ele me encara— Eu te dou – ele fala— Eu sei que é uma barra pesada para você também tud
Samanta narrandoEu olho para o tumulo rosa, cheio de corações e até ursinhos de gesso espalhado pelo tumulo, de longe era o tumulo mais arrumado e infantil daquele cemitério, dentro de mim uma dor enorme grita, porque tudo que eu queria era ter o quartinhod ela arrumado dessa forma e ela brincando, e não o resto que sobrou dela dentro de um caixão enterrado em um tumulo.A minha vontade era de quebrar ele inteiro e apenas acordar desse pesadelo ou abrir o caixão e ver ela gritando por mim e sentir pela primeira vez o seu abraço ou ver seu rostinho, a única coisa que eu tinha era as suas fotos e nada mais.— O dna? – eu pergunto para ele – eu sei que você fez para saber se realmente era.— Compativel com ele – ele fala— Então é comigo também – eu respondo – dói muito.— Eu sei – ele fala me abraçando – eu sei.Eu sorrio para ele e o seu abraço era o meu porto seguro, o nosso pequeno mexe e ele sente a mexida, eu olho para minha barriga dando um leve sorriso, ele limpa as lagrimas que
Samanta narrandoA dor estava ficando cada vez mais intensa e mais nada me deixava relaxada, tudo estava me deixando nervosa e extressada, nenhuma posição era boa e eu só queria correr desse hospital.Precisamos ver o batimento cardíaco do bebê. – A médica fala – Samanta para quieta.Dói muito – eu resmungoÉ rápido, eu juro.A minha vontade era de dar um soco nessa médica por me fazer ficar parada, eu dou um grito e agarro muito forte mas muito forte as mãos de Ph que já estão roxas, pretas de tanto que já apertei, eu respiro fundo e solto a respiração mas outra contração vem logo em seguida.Agora falta pouco – A médica fala – você já está com 9 dedos de dilatação, precisa fazer força em cada contração – eu que estava de olhos aberto a encaro.A senhora tem filhos?Ainda não – ela falaEntão, se tem uma coisa que eu aprendi como médica, que por mais que a gente tenha estudado dez anos para se especializar na merda da nossa profissão, a gente só vai saber as coisas na prática, então
PrólogoSamanta narrandoFlash black onnEu chego em casa e coloco minha bolsa sobre a mesa ao lado da porta e levo um susto quando vejoa quela pessoa sentada no sofá e eu a encaro.— O que está fazendo aqui? – eu pergunto— Fiquei sabendo que salvou uma criança em especial.— Quem?— Filha do Ph dono da Rocinha e da Jéssica.— A mãe morreu – eu respondo olhando para aquela pessoa na minha frente – muito triste, uma criança tão pequena sem a mãe desde pequena.— Mas você pode ajudar essa criança a não passar por isso.— O que você está falando?— Mate ela – eu arregalo os olhos.— Você está pensando que é quem? Para mandar matar uma criança uma inocente?— Essa criança não pode ficar viva.— Ela vai ficar viva – eu respondo – eu jamais vou matar uma criança inocente para proteger a vida de ninguém. Você entendeu?— Você vai se arrepender por isso – Aquela pessoa sai de dentro do meu apartamento fechando a porta com tudo.Eu respiro fundo, eu pego a minha bolsa e vou em dir