Samanta narrando

Eu olho para ele e ele me encara esperando uma resposta.

— Tudo bem se você não quer responder – ele fala – já se passou anos da morte da Jéssica e ainda me dói muito falar dela e daquele dia, que eu poderia ter evitado.

— Eu sinto muito – eu falo

— Eu sinto por você também – ele fala – mas não acho que você tem que afundar a sua dor em bebida, você ajuda tantas crianças, tantos pais , você é uma pessoa com uma capacidade enorme.

— Eu era apaixonada por ele – eu falo e ele me encara – eu nunca tinha me relacionado com ninguém , com ninguém.A minha vida desmoronou, eu perdi o rumo dela e eu estou sem saber o que estou fazendo.

— Você largou sua carreira em um hospital , sua clinica para ficar aqui no morro – ele fala – isso seria a crise?

— Não, eu gosto de atender as crianças aqui, eu gosto de atender Amanda e acompanhar ela, eu realmente amo o meu trabalho, sua filha é uma coisa de outro mundo, tão esperta, tão evoluída – eu sorrio – meu trabalho jamais seria uma cr