Daniel pega o aparelho e olha para seu rosto. “Existe uma possibilidade de estar correndo perigo, é isso?” Pergunta angustiado. “Sim. Mas nunca conte para Gabriel e Isabel. Deixe Plínia se organizar e depois que eu fizer o primeiro contato, converse com ela. Espere.” Fala indo até a gaveta da mesa na entrada. “Antes de falar, entregue essa carta. Assim ela vai entender. Se puder, crie uma rotina com as crianças e chame Souza para cuidar do laboratório. Ele pode ajudar no hospital. Ele é bem capacitado.” “Droga, Samara! Estou aqui por você! Não para ouvir se preocupando com os outros.” Fala angustiado. “Eu preciso ter certeza, que tudo vai estar bem. Isso me dará força para trabalhar.” Fala o encarando. “Prometa que vai voltar!” “Vou voltar. Tenho meus filhos para cuidar.” Fala com a voz trêmula. “Eu não sei do seu passado, mas não importa, enquanto estiver fora, vou descobrir o que fizeram contigo. Então volte para saber a verdade. Também vou acrescentar um motivo para que não
Samara, ao chegar no prédio, é levada ao escritório. Dois homens de terno preto, estão sentados lendo uns papéis. “Na hora certa.” O homem fala se levantando da mesa. “Primeiro o contrato.” Ela fala séria. “Certo, eles são advogados da agência. Fiz tudo o que pediu.” Fala mostrando o sofá para ela sentar. Os homens se olham e encaram Samara. “Ela é nova, sabe que isso não é brincadeira.” Um deles encara o homem que permanece de pé. “Ela é a ASI, se não confiarem o trabalho a ela, acredite, vão se arrepender, só ela pode resolver o problema, isso se tiver jeito.” Fala tranquilamente. “Posso falar por mim. Primeiro quero o contrato que nunca mais irão me procurar. Depois falamos sobre o assunto.” Fala séria encarando eles, sem medo. A contra gosto, eles entregam o contrato a ela. Samara lê com atenção. Depois, de ler tudo, pega uma caneta na bolsa e assina. “Quem está cuidando do caso?” Ela pergunta entregando uma cópia e guardando a outra. “Temos várias pessoas competentes,
Lobo, olha para ela, ele sabe tudo o que aconteceu, mas não fala nada por enquanto. “Eu conheço sua história. Mesmo errando contigo, me mantive informado.” Ele tenta continuar, mas Samara o impede. “Não vamos falar sobre isso. Lobo, vamos deixar o nome de vírus. Pelo que li, realmente é um caso muito sério. Já tivemos algumas pandemias, doenças que se espalham se que possam controlar. Lógico que muita doença, foi esquecida, basta estar com a vacinação em dia. Mas o que vi, se não ter uma providência séria, vai causar um impacto.” “É tão grave assim?” Ele pergunta preocupado. “Sim. O problema não é nem descobrir, é como evitar que se espalhe. Isso não podemos fazer, Por mais tecnologia que avançamos, não podemos obrigar as pessoas mudarem, cada um tem seu pensamento, sua ideologia. Falo por que sou médica, sempre converso que bebida e direção, não combinam, olha quantos acidentes temos devido a bebida. Uma boa alimentação, ajuda o corpo a ficar imune, mas preferem pedir lanche. Nã
“O que aconteceu Asi?” Lobo senta perto dela.“Não se mete, lobo, assunto de família. Vou voltar ao trabalho. E não me chame de Asi, sou Samara.” Fala se levantando e saindo.Lobo, fica dividido entre contar a ela. Apesar dos erros que cometeu com ela, Lobo sempre cuidou dela a distância, ele sabia o que acontecia. Por ela sair furiosa com ele, Lobo preferiu manter distância. Ele só manteve escondido, para não causar mais problemas a ela. Samara senta em frente o computador, começa a trabalhar, seus voam sobre as teclas. Ela tenta ficar focada no que faz, mas seus pensamentos a traem, ela lembra do que aconteceu, no dia que Daniel a levou em casa. Pouco tempo depois, ela levanta e vai pagar café.Tio, se aproxima.“Sei que não foi fácil para recomeçar sua vida. Mas precisa perdoar Lobo, apesar de enganar no início, ele se arrependeu, mudou de vida por você.” Fala se servindo.“Não é questão de perdão, eu era uma criança, quando ele me usou para fazer dinheiro.” Fala friamente.“Sei
Daniel, resolve ser franco com Plínia. “Durante minha vida, o que lembro é as poucas vezes que pude interagir com Denis, vendo os filhos deles, me pergunto porque não fomos assim. Denis era uma boa pessoa, mas era possessivo, ele não sabia dividir, tudo era só para ele. Não me importava com isso, sempre fui mais reservado, gostava de ler, estudar, ficar no meu canto. Mas ele era o contrário, estava sempre chamando atenção de todos. Isso fez com que eu o ajudasse nos momentos que seria repreendido. Pensei que estava ajudando, mas pelo visto, só prejudiquei.” Fala servindo um café. “Qual o motivo de estar me contando isso? Apesar de estar aqui, não somos íntimos para eu saber de sua vida.” Plínia é honesta com ele. “Eu também tenho minha dificuldade, você é uma pessoa de fora, pode ver a situação de outra forma. Percebi que Samara confia muito em você, ela é fiel a Souza que a acolheu em um momento difícil. Quando ela me pediu ajuda, não foi só com as crianças, pediu por você, então
Samara e Lobo, estão indo para a central.“Lobo, preciso descansar, me chame quando estiver chegando.” Ela fala deitando um pouco a poltrona e fechando os olhos. Lobo sorri, antes de fechar a janela do carro e ligar o ar para resfriar o ambiente.Samara lembra dos filhos. Seu coração aperta, pois, tem dias que não fala com eles. Mas ela quer voltar para casa, por isso, não se distraiu. Ela trabalhou dia e noite, hoje ela encerra o trabalho.O telefone de lobo toca e ele atende falando baixinho. “O que foi?” Pergunta atento na estrada.“Já passou o tempo que demos. Não conseguimos nos comunicar com vocês.” Uma voz fala com frieza.“Estamos a caminho. Dá um tempo, vocês não fizeram nenhum progresso, agora ficam incomodando. Quando entrar no perímetro da central, serão avisados.” Fala desligando e bloqueando qualquer ligação. Samara dorme depois da conversa.Três horas, após a conversa, ela acorda e pergunta se estão perto.“Estamos nos aproximando da área, quer parar um pouco?” Ele per
As pessoas vão se aproximando e procuram um lugar para ficar. Lobo se afasta e pega café para os dois, ao lhe entregar, ela olha e lobo se afasta. “Estão todos aqui.” O agente mostra o pessoal e encosta em uma mesa. “Não sei se conhecem, mas essa era conhecida como Asi, ela era a melhor agente que eu já conheci, era não. Ainda é, mas por decisão própria se afastou e hoje tem uma nova vida.” Ele fala, sem dizer o nome dela. “Não vamos demorar, pessoal, o caso que trabalham, nós ficamos presos por dois dias, sem uma direção. Depois, com todos juntos, fizemos um tipo de jogo. Esse foi o começo para começar o trabalho.” “Jogo? Está de brincadeira? Isso não é um jogo, é uma fatalidade.” Um dos agentes que trabalha, reclama ao ouvir Samara. “Bem pensei que queriam uma ajuda, talvez venha enfrentar outro problema parecido. Mas estou enganada. Onde está meu contrato?” Ela pergunta com uma voz tão fria, que todos ficam chocados. O advogado lhe entrega e ela olha para os agentes responsá
Samara, olha seu copo e deixa de lado, ela serve um pouco de água e bebe.“Eu vou escutar.” Diz encostando na cadeira.“Quando foi levada para o orfanato, você era apenas uma garotinha assustada. Lembro de seus olhos grandes cheio de medo. Eu já estava crescido, por algum motivo desconhecido, eu acabei cuidando um pouco das crianças que chegavam. Eu sabia o que faziam. Mas só me incomodou, quando chegou, eu não me senti confortável em saber qual seria seu destino. Com o tempo, foi se aproximando e perdendo o medo. Você era muito inteligente desde criança, Seu desenvolvimento era ligeiro. Um dia, eu estava sem sono e ouvi uma conversa sobre levarem você, de alguma forma, eles também descobriram sobre sua capacidade.” Fala respirando fundo.“Você, morava no orfanato? Eu não me lembro.” Ela fala interessada.Lobo sorri e encosta, olhando para ela.“Tem muita coisa que não lembra. Vamos por parte, nessa noite, eu te chamei para um passeio. Inocente, me acompanhou, foi quando fugimos de lá