Pedro e Samara, estão conversando sobre o caso, quando o bip dele toca. “Desculpe! Depois vá até minha sala, podemos conversar mais. Agora preciso atender o chamado” Fala saindo apressado. Samara toma mais um café e se levanta para sair. Distraída, olhando o telefone, ela esbarra em uma pessoa e quase cai, mas dois braços fortes a segura. “Desculpa…” Ela começa a falar, mas se cala ao ver o rosto de Daniel. Ele a mantém em seus braços, seu olhar fica escuro e brilhante. “Senhor, desculpa, eu não olhei antes.” “Sem problemas. Hoje não é sua folga?” Fala com uma voz rouca. Samara arruma o corpo e se solta. “Sim. Vim ao laboratório. Souza precisou voltar e os meninos precisam de ajuda. Com licença.” Fala dando um passo para sair. “Espere. Preciso falar com você.” Ela vira olhando para ele. “Senhor, Plínia me falou que já combinou suas visitas às crianças. Se já está resolvido isso, não temos o que falar. Se for algo sobre o hospital, passe para o diretor e ele me chama para
Samara não percebe que está sendo seguida. Ela ao chegar a praia, tira a sapatilha e anda pela areia. Duas horas depois, volta para casa. Ao entrar, fica surpresa ao ver Daniel.“Mamãe! Os garotos correm para a abraçar.“Oi amores, desculpe não estar em casa, quando chegaram.”“Sem problema. Daniel quer conversar com a gente e falou em esperar a senhora.” Gabriel fala pegando sua mão.Ela olha sem graça para Daniel.“Desculpe se fiz me esperar, deveria ter me ligado.”Daniel se levanta e fala sem graça.“Eu liguei, mas deu caixa postal.” Samara pega o telefone e percebe que está desligado. “Nem percebi que estava desligado. Desculpe, senta, vamos conversar.” Ela senta e as crianças abraçam, ela. Sorrindo, beija a cabeça de cada um.Daniel se encanta com a cena. Ele se recompõe e raspa a garganta.“Gabriel e Isabel, fiquei sabendo que não querem fazer o teste. Posso perguntar o motivo?” Fala suavemente.Eles se olham e Gabriel responde.“Não é que somos contra. O que pensamos é que
Samara prepara um jantar leve e com variedades, ela faz a comida no automático. Enquanto coloca as travessas no formo, arruma a mesa, seu telefone toca, atrapalhada, atende apoiando no ombro.“Oi!” Fala dispondo os pratos sobre a mesa.“Sam, estou no laboratório, onde está?” Plínia pergunta aflita.“Em casa, mais precisamente, terminando de arrumar a mesa para o jantar. Por que continua aí?” Pergunta curiosa.“Eu estou com uma pessoa aqui, querendo te ver.” Fala baixo.“Como assim? Quem é essa pessoa?” Ela se ajeita e pega o telefone direito.“Ele não se identificou. Mas pelas roupas, é uma pessoa de escalão alto.”“Plínia, passe o telefone para ele.” Fala decidida.Samara, fica pensativa, mas uma voz desconhecida, fala do outro lado.“Samara Resende?”“Sim. O que deseja comigo?” Pergunta friamente.“Podemos conversar pessoalmente? Tenho informações preciosas para a senhorita. Sou advogado e nossos investigadores, estava lhe procurando há quinze anos.” Fala em um tom neutro.Samara, f
Plínia demora a chegar.“Desculpe, Sam, mas entramos em uma conversa que perdemos a hora.” Fala entrando apressada.“Sem problemas, onde está o número?” Plínia abre a bolsa e entrega a ela.“Quem é aquele homem? Ele não disse nome, só deixou esse papel.” Pergunta curiosa.“Ele disse ser advogado. Vou descobrir quando me encontrar com ele.” Ela fala pensativa.“Sei lá, Sam. Achei muito estranho. Tudo bem que parecia alguém importante, mas podia ter falado o nome. Ele tinha uma cara fechada.”“Está pensando demais! Vou deitar.” Fala sorrindo para Plínia.No quarto, ela pega o pingente e olha preocupada. Faz muitos anos que leva uma vida pacífica. Tem uma carreira, dois filhos maravilhosos. Ela conquistou com seu trabalho mesmo com lutas. Samara guarda o pingente e tranca a gaveta. Ela deita para dormir, mas sua noite é turbulenta, de manhã, ela disfarça as olheiras, antes de descer. O início do dia é mesmo, após levar as crianças para a escola, vai ao laboratório. Ao ver que estão tod
No dia seguinte, após levar as crianças para a escola, Samara vai ao endereço que recebeu. Ela veste um terninho básico e confortável, Samara gosta de usar roupas brancas e sapatilhas, estando preparada para uma emergência. Uma secretária muito bonita e vestida elegantemente, se levanta ao vê-la. “Bom dia. Tenho um encontro com seu patrão.” Samara fala friamente. “Bom dia. Ele a espera.” Fala andando com sensualidade e abrindo a porta. Samara, sente o estômago se revirar ao ver tudo. Um prédio de luxo, uma secretária exótica. Tudo o que ela abomina. Samara entra com o rosto frio e o homem se levanta com um largo sorriso estendo os braços para ela. “Doce ASI!” Fala se aproximando. Ela se desvia e fala com a voz baixa. “Não me chame assim, me chama Samara. Diga o que deseja, não quero perder tempo.” Fala se afastando e sentando na cadeira em frente a mesa. “Vejo que mudou muito, pelas fotos e relatórios, não te beneficiaram.” “Para de enrolar, só vim por que sutilmente, amea
No escritório, Daniel está envolvido com uns documentos, quando Mario entra e diz que Samara deseja falar com ele. “Oi.” Fala preocupado. “Claro, me mande que estou saindo.” Fala desligando e colocando o paleto do terno. “Daniel, e os documentos?” Pergunta surpreso. “Os mais importantes, já terminei. Assine o restante. O que for preciso que eu assine, deixe para depois.” “Mas… Vai sair sozinho? Eu sempre te acompanhei.” “Vou me encontrar com Samara. Tome conta do escritório.” Fala saindo. Samara está olhando para as pessoas, quando vê Daniel caminhar em sua direção. Ele senta a seu lado. “Aconteceu algo para me chamar?” Pergunta preocupado. “Precisamos resolver logo sobre você e as crianças. Foi conhecer seu sobrinho, filho de Elsa?” Ela pergunta sem olhar para ele. Daniel, fica calado e se apoia no joelho com os braços. “Não. Mandei investigar, não confio nela. Por que não me procurou na época? Tem algo estranho. É uma criança, não quero aparecer e dar esperança. Tudo que
Elsa, se levanta e anda pela sala. “Parece fácil para você. Mas eu era totalmente dependente de meu pai. Após sua visita, ele cortou minha mesada e me mandou trabalhar. Estava desesperada, foi quando descobri a gravidez. Meu pai quase teve um infarte, já enfrentava vários problemas e teve que aceitar a filha grávida e solteira. Para poder ter o filho, ele me mandou para a fazenda até o parto. Ao voltar, ele tinha arrumado um casamento para mim. Tive que aceitar, eu não tinha nada, nem trabalhar em minha profissão ele deixou. Me casei para sair de casa.” Explica enquanto anda. “Onde está a criança? Seu marido conhece sobre ele?” “Claro que não. Ele pensa que sou a madrinha. Meu marido desconhece a verdade.” “Como pretende lidar com isso? Se for comprovado que é filho de meu irmão, eu não vou me calar.” Fala friamente. Ela senta e olha para ele. “Isso que gostaria de falar. Comprovando que é seu sobrinho, o que pretende fazer? Sabe que meu casamento está em risco.” Fala ansiosa.
Samara, ao pegar os filhos, vai passear com eles em uma galeria. Gabriel e Isabel acham estranho o passeio. “Mãe, por que viemos aqui?” Isabel pergunta curiosa. “Uma galeria também é cultura. Existem vários pintores famosos, que demoraram a reconhecer o valor de sua obra. Hoje a exposição vai estar mostrando isso. Não devemos deixar de conhecer, a vida deles. Eu também tenho outra intenção.” Ela entra com os filhos, e mostra a eles os quadros e quem os fez. Ao terminarem o passeio, ela os leva a uma lanchonete. “O que acharam?” Pergunta pedindo suco para eles. “Legal. Mas não é um passeio que gostaria de fazer muito.” Gabriel fala francamente. “Eu gostei, teve alguns desenhos que não entendi, mas gostei da maioria. Também não queria fazer esse passeio muitas vezes.” Isabel expressa sua opinião. “Estão muito espertinhos ao meu gosto.” Fala sorrindo. Ela olha encantada para os filhos. “Eu queria contar aos dois, que logo vão fazer o exame.” “Isso, já sabemos. Daniel passa um