Isadora 🥀A gente mal chegou em casa quando Leonardo já me levou para cama, como se estivesse desesperado. Mas isso não se trata de só tentar fazer um filho, se trata de todas as noites que passamos separados e tivemos que dormir ambos sozinhos, depois de já termos nos acostumado um com o outro durante a noite. Mas a única notícia que tem me deixado bem feliz ultimamente, foi a que eu poderia ser mãe novamente, mesmo que isso seja um processo demorado, até porque não acho que consigo assim, logo de cara, sem falar que existe várias coisas que poderia impedir isso, como o hematoma em meu útero que ainda está em processo de cicatrização. Mas eu não me importo de tentar, não mesmo. Suas mãos encaixam em minha cintura como se tivesse sido feitas somente para isso, Leonardo beija meu corpo numa intensidade absurda, e admira o mesmo somente com os olhares. Luz acesa, porque ele garantiu que fará meus olhos revirarem de tanto prazer. Eu nunca fiz sexo sem compromisso, mas afirmo que tran
PiresCom os nossos corpos colados como se fossem um só, eu estoco dentro dela mais uma vez. Seu gemido é como uma trilha sonoro, o mundo deveria ouvir, mas que sorte que só eu tenho esse privilégio. Eu meto nela por trás, enquanto seguro sua perna para o alto e meu braço está envolvido em seus seios. Agora lento, fundo e intenso. Nós fodemos feito dois animais desesperados, mas agora estou fazendo amor com a mulher que eu escolhi para amar. O clima no quarto está abafado, pelo nosso sexo e respiração ofegante, mesmo quando ela tenta reprimir o gemido ao máximo, mas eu a proíbo de fazer isso tirando sua mão da própria boca. — Amor… — ela reclama quando faço isso. — Gosto de te ouvir gemendo. — explico, dando leves estocadas que a faz arfar e jogar a cabeça para trás — então não faça isso, geme pra eu ouvir. — Eu…— Quer parar? — pergunto e ela nega com a cabeça, ainda de costas para mim — se quiser, é só falar. — Eu não quero. — sua voz trêmula ainda pelo orgasmo recente — conti
IsadoraO aniversário de Leonardo é daqui algumas semanas, e eu não sou boa nessa coisa de dar presentes, nunca tive esse costume e também nunca fui tão presenteada antes, nem mesmo pelas pessoas que eu tenho para chamar de família. Embora Leonardo mereça o mundo, ainda estou batendo cabeça para o que seria melhor para ele e o que faria ele sem lembrar de mim quando estivéssemos longe um do outro. Eu passo a mão no meu cabelo grudado com laquê, um coque bem feito e uma maquiagem leve. Mais uma vez fui convidada para ser jurada em uma audiência, enquanto estou dentro do fórum, Leonardo me aguarda do lado de fora com Frida no carro. Eu digo que ele não precisa ficar fazendo isso, mas ele bate o pé dizendo que ele não irá desgrudar de mim quando estiver fora do morro, e é isso que ele tem feito, entretanto, eu amo isso, amo me sentir protegida, amo o fato de que qualquer movimentação suspeita perto de mim, ele já entra em alerta para me proteger, não importa do que seja. Eu passo os o
Tive que fazer uma viagem de quase uma hora até o Bangú 1, onde o meu mais novo cliente me espera. Ele foi avisado da visita, mas não sabe que sou eu, porém estou aflita para ouvir sua história, e descobrir o motivo de ter passado tanto tempo na cadeia. Minhas mãos soam quando Leonardo para na porta da enorme penitenciária, Frida ficou com Rayane, e novamente meu estômago embrulha, é ansiedade, eu sei. — Está nervosa? — Leonardo pergunta, ele coloca sua mão sob a minha em cima da minha coxa e alisa com o polegar — vai dar certo, amor. Fica tranquila. — O nervosismo sempre me acompanha. Mas dessa vez estou um pouco mais. — Por que?— Eles dificultaram meu contato. — suspiro fundo e solto a respiração aos poucos — não quiseram que eu trocasse com Keila, mesmo eu dizendo que faria o serviço particular. Óbvio, eu não vou cobrar do homem. — Foram só alguns dias, morena. Tu já tá aqui!— Eu sei, amor. — olho atenta no relógio, cheguei vinte minutos mais cedo para não ter erro deles não
Engulo seco, não há nada pior do que fazer a pessoa se lembrar da sua maior dor, em você. Ele me olha, como se quisesse pedir desculpa pelo o que falou, mas não há nada de errado nisso. — Eu sinto muito, Luiz. — ele somente acena com a cabeça — o sumiço delas não é prova suficiente para te manter preso por tanto tempo. Deveriam ter aberto uma investigação, uma busca pelos corpos. Sem corpo, sem prova, não podem te manter aqui. — Eu já estou aqui faz tanto tempo, que não me importo em ficar mais alguns anos. Sabe? — nego com a cabeça — eu não tenho ninguém me esperando lá fora. Faz sentido eu sair?— É claro que faz. Não tem sentido você pagar pelo crime que não cometeu. Você não está mentindo para mim, está? — ele nega com a cabeça, tristonho — então, sei que perdeu muito tempo aqui dentro, mas ainda há chance de refazer sua vida e eu posso te ajudar com isso! — Como?— Pedirei outra audiência com você, vou lutar para que responda em liberdade. Você tem família?— Não. Eu só tinha
— Como? — ele se levanta e me encara do outro lado da mesa — como assim você é minha filha? — Isaque é meu pai… Quer dizer, eu pensei que fosse. — penso por um minuto e a única coisa que vem em minha mente é uma possível traição — Espera! Você traiu sua esposa com a Rosângela? Minha mãe? — O que? Por Deus, Isadora. Rosângela não é sua mãe, ela nem sequer pode ter filhos, ela nasceu sem útero. — Meu Deus! — tento processar as informações, sentindo a queimadura descer da minha cabeça para minha espinha — deixa eu sou sua filha mesmo, minha mãe pode não está morta. E você passou quase vinte e cinco anos preso, por nada…Eu soluço involuntariamente, sinto o choro invadir meus olhos sem nem pedir por isso. Choro baixo, não quero que o guarda ache que ele está me oprimindo e o leve, ainda temos muito o que conversar. Desvio o olhar para o lado, longe das vistas de qualquer guarda e o homem, possivelmente meu pai, me olha tentando entender tudo que acabei de falar, ele parece não acredita
Ainda é cedo e quero resolver tudo em questão de horas, porque nesse momento ninguém sabe o que de fato falar comigo, embora eu não queira que falem mesmo, sigo quieta descendo o morro, a caminho da delegacia. — Isadora, por favor… a gente precisa conversar! — Ana Carla implora, sentada no banco de trás e ao seu lado Nem. Leonardo dirige com os olhos atentos na pista, enquanto eu não suporto ouvir sua voz implorando para eu não a levar para a delegacia — eu posso te explicar! — É mais fácil fazer um trato com o diabo, quando não é você quem vai pagar o preço. Por que eu paguei, Luiz Henrique pagou. E você? — me viro em sua direção e ela me encara — como foi sua vida durante todos esses anos? Andando livremente pelo Rio de Janeiro, sem um pingo de remorso em ter deixado uma filha para trás, e um homem apodrecer na cadeia sem ter feito absolutamente nada. — Eu estava sendo ameaçada, precisava ter feito isso para te manter em segurança. — Ameaçada por quem? Deixa eu pensar… Conrado?
PiresSaindo pela porta da frente, como todo homem honesto deveria ser tratado. Se eu cair ali dentro, sei que pagarei pelos crimes que cometi ao longo da vida, mas nenhum homem deveria passar tanto tempo preso sem ter um crime nas costas. Isadora sorri ao ver o pai atravessar a rua, hoje é meu aniversário, mas quem ganhou a porra do presente fui eu, com mais uma vitória dela. Tô orgulhoso pra caralho dessa mulher, por tudo que ela passou e passa e se mantém de pé, pela garra e determinação em ser ágil em tudo, inteligente, honesta, boa até demais e gostosa na mesma intensidade.— Eu disse que tiraria você daqui. — Isadora fala quando Luiz Henrique se aproxima — agora é um homem livre, sei que perdeu muito tempo aí dentro, mas nada se compara a liberdade, tem o direito de recomeçar a vida agora. — Eu queria poder recomeçar de onde parei. Ver você crescer e se formar, eu perdi tanta coisa. — o homem abaixa a cabeça com um semblante triste, e Isadora coloca a mão em seu ombro. — Acre