Dark— Não pode ir embora, ainda mais com meu sobrinho e, mesmo que você não acredite, Lorenzo não teria entrado nessa loucura à toa. Ele gosta de você em algum nível e sua partida gerou esse...— Então tudo acaba com a minha culpa. — Ironizei mais rude do que gostaria de ter falado. Luke se assustou com as vozes alteradas e me culpei por isso. Eu não gostava quando a minha frieza causava o seu choro, eu o amava, como nunca amei algo antes, então odiava vê-lo chorar. — Para onde estamos indo, parece que nunca chegamos a algum lugar. — Questionei olhando para o lado de fora do automóvel.— Estamos chegando, se acalme. — Disse parecendo desconfortável.— Minha calma acabou quando você apareceu na minha casa. — Reclamei.— Chama aquilo de casa? — A ironia na sua voz me chateou e se eu não estivesse tentando ser melhor, com certeza o jogaria para fora do carro.— Ah, desculpe, eu não sou tão rica quanto você e seu irmão, isso o incomoda?— Não quis ofender, mas meu sobrinho não crescerá n
DARKEu não estava contando com tanta insegurança no meu peito como agora sinto. Não era medo, mas sim expectativa.Penso em como o encontrar, no que ele dirá e se ficará feliz ao ver o nosso filho. Eu sei, esse pensamento é idiota e eu não deveria ligar para o que um babaca mafioso vai falar de mim, e mesmo sabendo disso eu não conseguia tirar essas preocupações da cabeça.— Você está bem? — Perguntou Gabriela me encarando de longe. Ela estava junto ao berço no qual eles arranjaram para o meu filho. Não fazia ideia de como eles conseguem as coisas tão rápido. — Está preocupada com alguma coisa?— Em quando vou sair desse lugar. — Falei reprimindo e escondendo os meus medos, no qual ainda me nego em pensar que temo Lorenzo. — Afinal, onde está seu irmão, Dante disse que...— Dante exagerou um pouco, devo confessar, mas a verdade, Dark, é que o modo como Lorenzo lida com as frustações pode ser.... mil vezes pior que ruim. — Falou vindo em minha direção, que estava na janela do enorme e
LORENZOUm inferno. Assim era a minha vida, agora. Sempre fui bom no que fazia, meu pai garantiu isso antes de morrer. Ele dizia que os inimigos deveriam ser mortos o quanto antes para que outros não fizessem o mesmo.Não estava funcionando muito bem.Minha cabeça andava cheia de merdas, não conseguia me concentrar em nada e a culpa por levar a minha filha a um destino no qual eu tentei a todo custo afastar dele, me consumia, sem falar no fato do vazio que ficou quando a diaba se foi.Eu errei, ela nunca me faria mal, muito menos a minha filha, mas naquele dia, tudo o que já havia acontecido, saber que minha filha foi levada me transformou em alguém que não pensou nas consequências.Eu nunca a machucaria. Dark, apesar de não saber naquela época, era muito mais além para mim. Não foi por prazer que insistia na sua presença nessa cidade, mas sim porque a desejava além do comum para um homem como eu.A mulher era compatível comigo como nenhuma outra, ela me motivava e me fazia desejar se
Aos poucos eu fui me aproximando, desejando saber se era real ou não. Era louco imaginar que do nada ela estava de volta, depois de um ano completo.Ela ainda encarava as garrafas quando as pontas dos meus dedos tocaram em sua pele. O perfume já tinha me comprovado a sua presença, mas ainda assim era louco pensar que ela estava aqui mesmo.Seus cabelos estavam maiores, seu corpo mais desenhado, porém, ainda reconhecia a pele tentadora que tanto me levava a loucura. Ao virar-se, ela me encarou com seus olhos negros, primeiro, com surpresa, tinha um brilho neles, como quando me desejava, mas assim que a realidade nos tomou ela me afastou com arrogância. Sim, a diaba voltou.— Você voltou?! — O questionamento saiu com muita empolgação. Despertou uma energia que achei estar morta. – Realmente voltou?!— Tire esse sorriso safado dos lábios, Lorenzo, estou aqui por razões diferentes da que se passa nessa sua cabeça idiota. — Falou com rispidez, mas nem isso tirou a minha alegria. Minhas açõ
DARKEu não poderia dizer que estava segura quanto a manter distância de Lorenzo. Ele era o meu imã, não importasse o que fizesse.Me odiava por ser tão fraca com um homem. Ele era totalmente errado para mim, isso nunca mudaria. Quando decidi vir, prometi que nada me faria mudar de ideia, que minha postura seria a mais fria possível e que sairia desse lugar o mais rápido que puder, mas foi só um beijo para tudo ir por água abaixo.A emoção de estar com ele, da sua boca colada a minha e o meu corpo literalmente indefeso. Devo confessar que reuni todo o poder da minha raiva para afasta-lo, para dizer aquelas coisas na sua cara, pois, por mais que tenha garantido que nunca voltaria para ele e que o motivo por ter voltado seja outro, meu interior me julgava pela mentira, eu queria estar aqui, ver como ele está e tentar mantê-lo vivo.Não tinha pensado ainda na reação que ele teria ao ver o Luke. Bem, não é fácil imaginar que a mulher pela qual ele fez um acordo há um ano para matar seus i
LORENZOEu estava totalmente ferrado.A cidade toda se dividindo entre os Cain e o ataque do Michael, os meus aliados poderiam não ser mais aliados e agora eu acabei de descobri que a diaba está de volta e com ela o meu filho, um garoto, aquilo que tanto queria e com a mulher no qual sou apaixonado.Tirando o fato de que tudo estava caindo por terra, isso deveria ser perfeito, eu tinha o que mais desejava, porém, nada na minha vida vinha com tanta facilidade. Dark está muito magoada, e com razão. Era difícil aceitar que errei, mas depois de dois anos, pensando em cada detalhe e adicionando mais coisas a isso, eu tive que admitir que além de um total idiota, fui também a causa da minha desgraça.Se existisse um modo de mudar as coisas, de fazer tudo diferente, eu faria. Nunca a teria culpado, teria lidado com essa situação com mais firmeza e nunca teria colocado a minha Giovanna no meio dessa merda toda.Porém, como não tinha o que fazer para mudar isso, usaria toda essa frustração con
DARKSe alguém me dissesse há dois anos que eu estaria segurando um bebê, esse bebê sendo meu, em um enorme e lindo jardim, cercada por homens armados e que o pai do meu filho era um criminoso, eu iria achar tudo isso uma piada de mal gosto.Nunca fui paciente ou obediente, pelo menos não quando eu tinha a opção de matar a pessoa. Me preocupei à toa em relação ao estado do homem que mudou a minha vida, usei tanto a raiva que ele me causou, para me afundar dentro de um lugar escuro, que achei estar segura novamente.Sem perceber, deixei que esse homem me prendesse a ele, e não estou falando do Luke, falo dos meus sentimentos que me impedem de acabar com ele só para me libertar.De uma forma distorcida, eu estava gostando, lá no fundo, da sua dedicação em me manter por perto, mas a outra eu que ainda residia no meu cérebro, implorava para matar esse sentimento de afeição e desaparecer. Porém, o que eu realmente desejava era esquecer o último ano e aproveitar essa nova oportunidade, mas
Dark— Porque meu pai os criou para não ter. — Disse me surpreendendo. — Todos nós nos livramos do carma que era o nosso pai. Primeiro, Dante nunca foi tratado como filho, nem como uma pessoa, por ele. Meu pai era frio e calculista, acho que a volta de Michael descreve bem quem ele era, mas Lorenzo era seu filho legítimo, o garoto que o sucederia, e por isso foi criado longe de mim e da nossa mãe. Ainda era aqui, nesse lugar cheio de homem e um grande muro, mas não poderíamos nos ver. Minha mãe não podia dar amor aos dois, pois meu pai dizia que sentimentos eram para mulheres e maricas. Eles viviam treinando e no meio de pessoas que só pensavam nesse mundo do crime. Por sorte ou asar meu pai morreu, levando com ele a nossa mãe. Dante se fechou, pois perdeu a única mãe que ele conhecia, Lorenzo continuou os negócios, mas nunca tiveram realmente um momento ou motivos para amar ou serem afetuosos, só com Giovanna. Então você apareceu e despertou alguma coisa no Lorenzo. Eu nunca o vi tão