Onde que eu errei?Será que exagerei? Eu me perguntei assim que vi Gael passando por aquela porta e não pude mantê-lo comigo. Quando me dei conta, o quão assustadora era aquela casa vazia, A beleza daquela arquitetura se transformava em algo angustiante. — Minha casa?Sim, aquela era a mansão que cresci, que eu desejava voltar, e ter a vida que tinha antes. Mas, agora depois de uma ressaca em uma crise existencial, tomei um gole de água, e antes de comer andei por todo lugar. Andar de cima, de baixo, quarto por quarto, e agora sozinha eu coloquei as mãos no corre mão da escada olhando para o andar de baixo, Pude então perceber que toda aquela minha alegria me deu um grande vazio.Tiffany não estava comigo para comemorar, Gael não estava ao meu lado. acredito que estraguei as coisas com o meu surto. E também, minha irmã não estava ali para correr pela casa. É, casa. ali era a minha casa, mas não era o meu lar.É, eu sei fiz tolice, mas agora enquanto estava sentada no sofá com as pe
De momento fofinho para uma pia cheia de louça para lavar, eu pegava a esponja ecológica - sim também me surpreendi- e passava naquelas panelas de pedra.É, coisa boa, fina e cara. A cozinha de Gael era bem trabalhada para não desperdiçar nada e muito menos ferir o meio ambiente, Ele enxugava os pratos e ia guardando, já parecíamos um casal. Mas, soltei algo que não saia de minha cabeça. Afina, Gael era tão rico, tão bilionário. Mas, procurava viver de forma simples, porém com muito conforto. — Eu posso te perguntar uma coisa?Ele me olhou, pareceu mais curioso do que eu.— Manda ai.Bem, eu coloquei um prato ainda molhado sobre a mesa e olhei para ele, tentei escolher as palavras certas, mas não consegui, então resolvi mandar direto.— Por que não liga tanto para dinheiro? Você é podre de rico, e eu sei que tem uma mansão, mas nem vai passar férias lá. Sei que tem esse apartamento, prédios. Mas fica aqui que é o mais humilde. De verdade me conta.Ele olhou para a mesa, com um olhar
Foi um dia tranquilo, posso afirmar que tudo saiu bem. Eu passei a tarde toda conversando com Gael sobre investimentos, eu gostava de moda e isso era essencial na minha vida, e ele me deu conselho interessante. 一 Já que você gosta de dinheiro, e também parece ter prazer em ajudar as pessoas, monta uma loja de roupas popular, nas favelas. Roupas baratas e boas. Assim, todo mundo compra, você vende roupa importada da Ásia e de boa qualidade. Vai acabar também gerando muito emprego, sabia?一 Como sabe disso? Que as roupas da Ásia são baratas.一 Algumas moedas são um valor quase igual do real. E, não precisa fazer nada ilegal, até na internet você consegue comprar.Eu não sabia disso, anda tinha muito que aprender, sempre que andava em uma loja mais humilde eu acreditava mesmo que haviam sido fabricadas no Brasil, mas pelo contrário. o que era fabricado aqui e exportado era mais caro.Mas fora isso, também existe o acordo internacional, o que me fez ter mais desejo ainda de continuar co
No senso comum eu correria dali, pois a agonia que estava me dando era extrema. Eu, tentava. do fundo de meu coração, eu estava tentando ver aquilo como erotismo, mas meus sentimentos eram diferentes.— Trouxe muitas mulheres aqui?— Menos do que você imagina.Claro, ele não iria se vangloriar.— As cenas geralmente acontecem em clubes, onde muitas mulheres preferem assim, não apenas para excitação própria, e sim por lá ter segurança que vá garantir que o dominante não passe dos limites.— Ta bom e qual motivo você pensou que montar isso na sua casa era bom?Eu ainda nem conseguia tocar nas coisas, apenas olhava na cor da parede e as luzes.T em um tom um pouco amarelado davam duas coisas naquele lugar: um toque de luxúria para quem gostava, mas para mim estava sendo um toque de terror.— Você fazia isso com a minha mãe?Eu sei que não é bem o tipo de pergunta que se deve fazer quando se está com o viuvo dela, mas eu estava tão nervosa.— Esse quarto veio depois dela.Certo, de algum
一. Mas o que tá acontecendo?一 Apenas me ouça uma vez na vida.Bem, eu tinha que ouvi-lo. Porém, as coisas começaram a aparecer na minha cabeça, a ansiedade me fez criar problemas como: será que a máfia não iria me matar? Era tudo eles querendo me assustar? Estavam me monitorando? Senhor! Eu estava aflita, claro que minha irmã não estava em casa, e sim em alguma aula especial. Ela fazia mais cursos do que eu naquela idade, E eu estava igualmente a uma barata rodando pela casa.Eu estava olhando o raque e o painel da televisão, contando até as fibras de madeira que conseguia enxergar para tentar me distrair quando ouvi o click da porta sendo aberta, eu pulei tão assustada quanto um gato e me esbarrei na parede.- Assustada? - Ele pergunta.- MUITO! Gael entrava e pude identificar que havia ficado duas pessoas do lado de fora.一 Bom, pelo que descobri não foi os meus ‘’amigos’’ que fizeram isso, Eu estava em seu apartamento e descobri que tinha algumas câmeras espiãs, que mandam um si
GAEL3 anos antes. — O que você está me propondo? — Que a abelha pegue um pouco mais do Mel que ela produz.Foi naquele instante que eu entendi que ele estava roubando a família. — Acho que abelhas ficam satisfeitas com o pouco que elas já tem, com cada parte operária — Engraçado, até o zangão está fazendo isso sem a abelha rainha saber. Então o idiota do Capô também estava no meio disso? — Sabe um lugar bom para abelhas viverem? Um pouco na Suécia. A abelha não tem permissão de entrar lá mesmo que seja para coletar um mel que já foi seu. — Lopes. A abelha tem ovos, não ponha tudo em risco. Pense nos ovos.Nisso eu me referia a sua filha, A lupita.Ele me olhou e sorriu. — Não tenho medo, pois a abelha não está sozinha. e sei que cuidará bem dela.AGORA.Pensando nisso, eu pude entender finalmente o que ele queria dizer. Lopes, seu filho de uma puta. Forjou a morte com o pessoal da Máfia, agora eu estava curioso para saber. Thomas era o Capo, ele o ajudou a enganar o Dom? O
一 Como…Naquela noite eu descobri que Gael realmente me amava, pois mesmo sendo vasectomizado ele não me questionou em nenhum momento sobre a paternidade - até por que não havia dúvidas de ser ele. Como ele mesmo havia me dito enquanto voltávamos, o médico havia dito a ele que podia não ter funcionado, a cirurgia. E ele ficou extremamente feliz na sala, então não havia dúvidas para ele. Afinal…Mas eram tantas as coisas que se passaram na minha cabeça, a história de meu pai estar vivo, ter um possível Stalker em minha vida, O quarto vermelho da tortura e agora um bebê. Eu estava em silêncio, olhando para ele que estava animando e conversando comigo sobre montar um quarto para o bebê, na minha casa ou na dele, ele sempre dizia onde eu preferisse. Mas, eu estava muito chocada para dizer alguma coisa, na verdade, a palavra mais adequada seria assustada.Embora estivesse totalmente empolgado, ele notou que eu não, e parou de falar, pondo a mão sobre a minha. 一Eu imagino que esteja assu
As pessoas acham que crianças são totalmente sensíveis e delicadas, talvez Renata seja exceção a regra. Mas, ela não deixa de ser uma criança. O fato dela aceitar bem minha gestação foi uma supressa, pois eu imaginei que ela iria ficar chateada ou triste, e até pensar que eu poderia esquecer dela. Mas foi o oposto, quando eu confirmei que era verdade ela passou a participar até das consultas.''Você comeu hoje?'' ''já comeu legumes? quero meu irmão forte''Ela falava realmente animada. Quando foi o fim da tarde, eu estava em casa olhando Gael lavar os pratos que tomamos sorvete, e foi nesse momento que eu vi uma coisa: havia esperado de mais. — Renata vai pro quarto por favor.Ela pegou o pote de sorvete que estava comendo e levou direto para o quarto e assim que estávamos sozinhos, eu me aproveitei de estender a mão a frente de meu companheiro, a mão esquerda e ele me olhou.— Pois não?— Bonita essa mão não é?— Muito bonita — Ele responde pondo uma tigela na escorredeira de metal