Rhea tentava se lembrar dos mínimos detalhes enquanto dirigia sua Harley com Melanie na garupa,tudo deveria ser perfeito e não haver um misero erro sequer. Ou tudo poderia ir para os ares.
Já Melanie, ela estava curtindo cada segundo abraçada com aquela garota tão incontrolávelmente atraente e misteriosa. Apesar de ter uma sensação estranha em seu peito, tudo o que ela queria era que aquela noite fosse memorável. Rolasse um beijo ou algo assim :
- ESSA É A VELOCIDADE MÁXIMA QUE ESSA MOTO FAZ? - gritou Melanie, perto do ouvido de Rhea. A motoqueira sorriu, enquanto acelerava gradativamente.
- TEM CERTEZA DE QUE VOCÊ QUER QUE EU CORRA?
- ME SURPREENDA, D'ONSON!!
Rhea acelerou e correu com sua moto o máximo que deu, pois, infelizmente, as ruas de Washington eram imensamente movimentada, tal como as ruas de Los Angeles ou qualquer outra cidade caótica.
Melanie contraia suas pernas nas coxas de Rhea e a abraçava apertando toda vez que sentia uma frio em sua barriga. Aquilo era como um ecstasy, à fazia se sentir viva e parte de algo. E isso era algo sem preço.
Ao entrarem na grande porta de madeira com detalhes de prata, Rhea segurou na mão esquerda de Melanie ao passar por todo perímetro do restaurante até chegar em uma mesa vazia.
Havia velas finas e brancas, um pequenos cesto com variáveis tipos de pães italianos e duas taças em cima da mesa. Rhea puxou a cadeira para Melanie e após, se sentou à frente.
Um rapaz moreno, alto e de olhos estúpidamente verdes se aproximou da mesa, com um sorriso cativante em seu rosto e o cardápio em suas mãos :
- Já desejam o cardápio? -Perguntou o garçom.
- Sim, claro! Obrigada! -Respondeu Rhea, pegando o cardápio. Sem folhear muito, a motoqueira pediu vinho e uma porção de macarrão alho e óleo e uma porção de brócolis com bacon.
- Já volto com as taças de vinho - Disse o garçom simpático ao se retirar.
- Engraçado você pedir isso.. - Disse Melanie, olhando para Rhea.
- E por que?
- É meu prato favorito!
- Sério?
- Sim... Ponto possitivo para você, senhorita D'onson. - Disse Melanie, com um sorriso de canto. Rhea sorriu de volta e logo tratou de mudar de assunto:
- E então, o que pretende fazer quando voltar para San Francisco?
- Além de terminar a faculdade que eu tranquei... Eu pretendo focar nos meus sonhos secundários.
- Sonhos secundários? - Perguntou Rhea, "curiosa". Ela já sabia do que se tratava mas perguntou mesmo assim, para não dar muito na cara. Ou a garota poderia sair dali correndo achando que ela era algum tipo de vidente.
- Arquitetura sempre foi uma paixão mas as causas sociais, também.
- Interessante...
- Que foi? - Perguntou Melanie, envergonhada.
- Nada, só achei interessante. Alguém que se preocupa com a sociedade é.. Extremamente raro.
- Concordo. E é por isso que eu pretendo investir nessa área.
- Precisa ter coragem e um pouco de ousadia.
- Eu sei muito bem disso! - Respondeu Melanie, concordando.
- Com licença! - Disse o garçom, ao se aproximar com as duas taças em uma bandeja. - Aqui estão as taças de vinho.
- Obrigada!- Rhea agradeceu.
- Desejam algo mais?
- Não, só isso, mesmo.
- Então me dêem licença. - Disse o garçom - Aproveitem o vinho.
Horas e horas de conversa foram despejadas a mesa junto com os restos de comida deixadas ao prato. Melanie e Rhea pareciam telepaticamente compatíveis, isso porque a motoqueira se lembrava de tudo o que Melanie gostava, e isso fez com que fosse mais fácil "conquista-la"
Mas, ao contrário do que Rhea pensava, Melanie estava achando aquilo tudo um pé no saco. Era um tanto chato pensar que tinha TUDO a ver uma com a outra. Pois, o que é da vida sem algumas diferenças, não é? :
- Bom, eu achei ótimo o encontro mas eu preciso ir embora! - Disse Melanie, após um longo suspiro de insatisfação.
- Embora? Mas..
- Mas o que?
- Não.. Nada... - Respondeu Rhea, confusa. Até porque ela se lembrava muito bem que havia transado com Melanie no primeiro encontro, e ficou se perguntando o que havia acontecido para que Melanie não flerta-se com ela como havia feito antes.
- Enfim.. Eu vou chamar um táxi..
- Ham.. Tá bom.
Após o táxi chegar e ver Melanie ir embora, Rhea seguiu até o seu apartamento matutando o motivo pelo qual aconteceu aquilo.
Já em seu sofá, ela começou a sentir uma enorme dor de cabeça. Tão forte que a fez urrar alto de dor, e por fim à desmaiar:
- Ei.. Ei.. Rhea, acorde.
Com a visão turva, ela abriu os olhos lentamente e se deparou com um garoto de aproximadamente 18 anos, bem à sua frente:
- Qu-Quem é você? E onde eu estou?
- Meu nome é Prexton e você está no seu apartamento.
- Em que ano estamos?
- 2008! - Respondeu Prexton.
- O que aconteceu comigo?
- Bom, você alterou o passado.. E então sua "habilidade" fez uma pequena mudança nas suas lembranças.
- Eu o que?
- Melanie Crosby não se apaixonou por você.
No banheiro, abraçada com a privada enquanto tentava vomitar para ver se aquele enjôo todo passasse, Rhea ainda se perguntava quem era aquele garoto estranho que à observava do sofá. Como ele poderia saber o que aconteceu?Ao dar descarga e escovar os dentes, para tirar aquele gosto amargo da boca, a motoqueira sentou no sofá ao lado e tentou se lembrar ao máximo, afim de descobrir alguma coisa. Algo à intrigava. Nada fazia algum sentido para ela:- Posso perguntar? Como você sabe o que aconteceu comigo? - Perguntou Rhea, ao garoto.- É um pouco complexo... Mas para resumir, Striker me mandou atrás de você.- Donatella te mandou? O que? Mas como ela poderia.. Vo
As sirenes ecoavam por todo o lugar, um barulho irritante de pessoas gritando e correndo para lá e para cá. Um fugitivo estava em fuga pelos canos do esgoto da maior prisão de Hong Kong :- PEGUEM ELE! - Gritava um dos guardas da prisão, enquanto os outros se apressavam para ocupar todas as saídas possíveis.- VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR ESCAPAR!E eles estavam certos, era impossível escapar! Tudo estava ocupado, e as saídas ocupadas por guardas altamente armados até os dentes, pois a prisão era de segurança máxima :- Ora, Ora, Ora! - Disse o chefe de segurança, ao perceber que o fugitivo não tinha mais escapatória. - Parece que você não tem para onde ir!
A única coisa que Bear sabia sobre San Francisco, era a famosa ponte da cidade. Então, foi nela que ele se concentrou e apareceu reluzente, como um clarão. Caindo no meio dos carros que buzinavam, enquanto se desviavam dele.Ao avistar um táxi, Bear fez sinal para que ele parasse, meio que se jogando em sua frente.O rapaz mexicano que dirigia, começou à xinga-lo em sua língua natal, o que Bear não fez nem questão de saber do que se tratava.O mesmo entrou pela porta de trás, e por um segundo esqueceu que estava na América e falou com o motorista em chinês :- Me desculpe, eu não falo sua língua! -Disse o mexicano em inglês.- M
10 segundos atrás :- Oi! - disse Rhea, batendo na porta da cozinha de Melanie. A mesma estava tomando um chá quando foi pega de surpresa. Não esperava ver Rhea ali. - Espero não ter sido invasiva.- Está tudo bem. - respondeu Melanie, sem graça - O que veio fazer aqui?- Estava passando por perto e decide perguntar se você não estaria interessada em ir ao cinema comigo hoje.- Han... Me desculpe, Rhea, é que eu combinei de sair com uma pessoa, hoje.- O que? - Rhea perguntou, indignada. Mas antes que Melanie pudesse responder, um clarão tomou conta da sala de estar, e uma garota, de cabelos lisos e
O sol da tarde raiava, ardendo a pele branca de Rhea. Sem uma brisa de vento, sequer. A garota corria dentre um labirinto feito de árvores e arbustos. Pulando os obstáculos feitos de pedras, com toda sua agilidade, ela ultrapassava qualquer coisa que estivesse em sua frente :- Eu não consigo, monge. É impossível encontrar a saída daqui. - Rhea dizia, alto.- Lembre-se, Rhea D'onson, esse labirinto está dentro de sua mente. Você só o projetou. - O monge respondia, através da mente de Rhea.- Se essa é a minha cabeça... Eu devo ser a pessoa mais confusa que existe.- Essa é a coisa mais sensata que você disse até agora, Rhea D'onson.
Não demorou muito para que Morelli reaparecesse na sala onde Melanie estava dormindo. A loira saiu do quarto e andou pelo corredor até encontrar Rhea sentada ao chão, abraçada com suas próprias pernas, soluçando de tanto chorar.- Você está bem? - Morelli perguntou, mesmo sabendo a resposta.- Onde você a deixou?- Na casa dela. - Respondeu Morelli, sentando ao chão, também. - Não se preocupe, o monge Jehtró garantiu que ela estaria em segurança.- Comigo longe... Tenho certeza disso.- Posso perguntar uma coisa?- Isso já é
(...)- Agora vocês estão dispensados. Vão para suas respectivas salas de aula. - Dizia o monge - Senhorita Morelli e D'onson, Por favor, me acompanhe.Todos os outros monges e alunos saíram pela porta do refeitório, enquanto Jehtró, Rhea e Morelli caminhavam até o grande jardim da meditação :- Vai me dizer o que eu estou fazendo aqui? - Perguntou Rhea, olhando para o monge.- Não se fala enquanto passamos pelo jardim da meditação! - susurrou Morelli, ao pé do ouvido de Rhea.- Eu não ligo! - Respondeu Rhea, alto - Quero saber o que eu estou fazendo aqui.
Morelli não conseguia dormir naquela noite, ficou pensando sobre sua nova missão na qual foi designada pelo monge Jehtró e na razão sobre a importância que todos estavam dando para aquilo.Não conseguia entender o porque ela, justamente ela, uma pessoa a qual nunca se sentiu importante dentro daquele monastério.Ao olhar para lado, observava Rhea dormir tão calmamente. Por alguns segundos sentiu seu coração disparar ao notar as curvas do corpo de sua amiga de quarto.Não que ela estivesse a desejando, mas algo despertou sua curiosidade. Talvez fosse a beleza que não era negavel, ou até mesmo o seu jeito misterioso e meio arrogante. Não importava! Pois sabia que Rhea não tinha olhos p