A garotinha corria para todos os cantos do jardim, a babá que brincava com ela dentre as flores, tentava acompanhar a energia de Kyoko, mas não conseguia.
Assim que Mitsuo se aproximou e sentou na varanda, observou as brincadeiras de sua filha, Mika que assistia tudo resolveu sentar-se ao lado de seu marido. Ela deu um beijo demorado em seu rosto, depois sorriu de forma carinhosa ao olha-lo :
- Kyoko se parece a cada dia mais com você, Mikaela.
A japonesa voltou a sorrir, dessa vez corando as bochechas de orgulho:
- Ela está linda!
Mitsuo sorriu, de volta:
- Você esteve com ela, não é?
- Ela quem? - Mika se fez de desentendida.
- A lutadora. A senhorita Saturno.
- Apenas segui seus conselhos e a levei para conhecer alguns pontos da cidade.
- Espero que não se apegue tanto a ela, Mikaela. Você sabe muito bem o que vai acontecer assim que a competiç&
Na academia, era dia de treino e Gabrielle reluzia em uma dor de cabeça muito forte, devido as horas que já estava em um treino excessivo, dado por seu treinador arrogante e machista:- Você quer me bater, Saturno? - Issa jogava o corpo para frente e para trás, como uma forma de desafia-la.- Sim, eu quero. Quero te ver sangrando em minhas mãos.- Acha mesmo que pode me desrespeitar na minha academia? - Issa, fechou o rosto de imediato. - Vamos, me acerte bem no rosto.- Eu não vou fazer isso, Issa. - ela libertou os dedos e desfez a pose de ataque. - E eu já estou cansada demais.- Nem conseguiria. Mas se quiser continuar em minha academia, vai ter que me obedecer! Está disposta a isso?- Estou. - Gabrielle concordou num longo suspiro.- Então pegue o carrinho de faxina e deixe esse lugar brilhando. Eu te avisei quando entrou aqui, não vou te dar moleza!- Vo
Tailândia - Cidade de Hat YaiAno de 2020:Corpos caidos ao chão dentre o monastério de Kali e uma força sobrenatural que tomava conta de todo o lugar era o cenário de destruição mais tenebroso que os monges haviam visto.O único sobrevivente dali, era um místico poderoso que mesmo a beira da morte não implorou por sua vida, na presença de Ravana.Haviam mais de cem corpos ao chão, todos destruídos sem muito sacrifício. Adolescentes psiccos, místicos e os monges faziam parte daquela terrível contagem. Uma perda imensurável para a temida Deusa Kali, protetora daquele lugar- Eu quero o pergaminho da Deusa Kali - Dizia Ravana, para o místico em sua frente. - Me dê, agora.- É quase patético a forma que vos toma, demônio. Um mortal?- Ele é mais do que um mortal que eu tenha me apos
...- Só isso?- Só, Gabrielle. Eu não sei o que eu faria se acontecesse algo com você. - Mika respondeu, pegando nas mãos da lutadora.- Desculpa eu só... - A lutadora fechou os olhos e os apertou com força - Estou cansada, eu acho.- Então eu vim propor algo a você. Acho que vai até te ajudar com esse cansaço.- O que é?- É surpresa, só vá dormir um pouco que saíremos amanhã bem cedo. Está bem?- Está bem. Não vou negar algumas horas de sono.
- E então? Como era a sua vida aqui?- Muito boa, eu adorava, pra falar a verdade.- Parece que foi muito boa mesmo.- Apesar de tudo...- dizia Mika, concluindo sua frase.- Posso perguntar o por quê?- Meu pai era muito rígido com a gente. E depois que minha mãe morreu ele piorou ainda mais. - respondeu a japonesa.- Sinto muito por isso.- Não faz mal, já tem muito tempo isso.- Ela morreu do que? Que mal eu lhe pergunte. - disse Gabrielle, séria.- De pneumonia. Aqui faz muito frio no inverno. E eu tinha uns quatorze anos na época. Eles tinham uma floricultura na cidade e eu e meus irmãos estudávamos ali perto.- Onde seus irmãos estão hoje?- Meu irmão mora na China e minha irmã se casou com um inglês e acabou de mudando pra uma cidade ao lado de Londres.- Cada um em um canto... - disse Gabriel
Na sala de treinamento, Rhea lutava contra um saco de areia, incansavelmente. Treinando sem parar. Seus braços já estavam quase dormentes, suas pernas já rígidas de tanto se esforçar. Talvez era o modo que ela arranjou para se livrar dos pensamentos que a não deixavam em paz. Foi somente quando Bear entrou na sala, que ela saiu da posição de ataque:- Namastê! - disse ele, caminhando para perto da viajante. - Como vai, Rhea? Vejo que está aqui a muito tempo. Não seria melhor você descansar um pouco? Mesmo sendo que é, não é bom para o seu corpo ficar tão cansado.- Só estava tentando afastar um pouco os meus pensamentos. - Respondeu Rhea. Tirando as faixas de proteção de suas mãos.- Muita coisa na cabeça! Muitas preocupações?- Como se o senhor já não soubesse, Monge Bear.- Po
Gabrielle leva as mãos na nuca de Mikaela e a puxa para si. Ficando testa a testa, quase que encostando uma boca na outra:- Só me prometa uma coisa, Elle. Que você nunca vai entregar o seu passaporte para o Mitsuo. - disse Mika, apreensiva.- E por que eu faria isso?- Só me promete, por favor. Não é tão difícil assim.As duas olhavam dentro do olho uma da outra, envolvendo-se em um abraço apertado:- Ok! Eu faço isso por você. Mesmo sem saber o motivo.- Eu só quero o seu bem. Só isso! - Exclamou Mika.
- Como sempre, conto com a sua discrição Donna. - disse Rhea, um tanto séria.- Mesmo sem entender nada eu nunca diria uma palavra sequer do que eu sei. - Respondeu Donatella. - Pode confiar em mim.- Eu confio. Logo estarei de volta para explicar. Até lá, cuide-se bem minha amiga. Por favor. - disse Rhea.- Pode deixar.Joanne abraçou fortemente Donatella em uma despedida, logo foi para perto de sua mãe, dando as mãos para ela.Mãe e filha voltaram no tempo e decidiram voltar para o monastério, era tudo muito confuso para Rhea D' onson. Nunca na vida poderia entender ou saber o que aconteceu para o seu irmão estivesse daquela forma, envolvido naquela hi
Ainda perplexa com tudo o que estava acontecendo, Rhea saiu da sala do monge e foi direto para o refeitório, talvez para tomar um café ou uma água, ela ainda não tinha pensado direito sobre isso.Mas qualquer coisa que a tirasse daquele mundarel de pensamentos, já estaria bem. Enquanto andava pelos corredores do monastério, por onde a viajante passava, vários alunos e alunas a reverênciava ao se cruzar com sua pessoa, em sinal de respeito.Rhea nunca se acostumou com aquilo mas sorria de forma gentil a cada um deles, em forma de agradecimento. Ao chegar na porta do refeitório, a viajante viu Morelli sentada ao lado de Philip e Bear, que almoçavam juntos:- Como foi lá? - Perguntou Philip, com um olhar preocupado. Aliás, todos na mesa pareciam estar desolados.- Acho que você sabe, não é? - Rhea respondeu, com um sorriso "triste". - Estamos a beira de alg