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- Só isso?
- Só, Gabrielle. Eu não sei o que eu faria se acontecesse algo com você. - Mika respondeu, pegando nas mãos da lutadora.
- Desculpa eu só... - A lutadora fechou os olhos e os apertou com força - Estou cansada, eu acho.
- Então eu vim propor algo a você. Acho que vai até te ajudar com esse cansaço.
- O que é?
- É surpresa, só vá dormir um pouco que saíremos amanhã bem cedo. Está bem?
- Está bem. Não vou negar algumas horas de sono.
- E então? Como era a sua vida aqui?- Muito boa, eu adorava, pra falar a verdade.- Parece que foi muito boa mesmo.- Apesar de tudo...- dizia Mika, concluindo sua frase.- Posso perguntar o por quê?- Meu pai era muito rígido com a gente. E depois que minha mãe morreu ele piorou ainda mais. - respondeu a japonesa.- Sinto muito por isso.- Não faz mal, já tem muito tempo isso.- Ela morreu do que? Que mal eu lhe pergunte. - disse Gabrielle, séria.- De pneumonia. Aqui faz muito frio no inverno. E eu tinha uns quatorze anos na época. Eles tinham uma floricultura na cidade e eu e meus irmãos estudávamos ali perto.- Onde seus irmãos estão hoje?- Meu irmão mora na China e minha irmã se casou com um inglês e acabou de mudando pra uma cidade ao lado de Londres.- Cada um em um canto... - disse Gabriel
Na sala de treinamento, Rhea lutava contra um saco de areia, incansavelmente. Treinando sem parar. Seus braços já estavam quase dormentes, suas pernas já rígidas de tanto se esforçar. Talvez era o modo que ela arranjou para se livrar dos pensamentos que a não deixavam em paz. Foi somente quando Bear entrou na sala, que ela saiu da posição de ataque:- Namastê! - disse ele, caminhando para perto da viajante. - Como vai, Rhea? Vejo que está aqui a muito tempo. Não seria melhor você descansar um pouco? Mesmo sendo que é, não é bom para o seu corpo ficar tão cansado.- Só estava tentando afastar um pouco os meus pensamentos. - Respondeu Rhea. Tirando as faixas de proteção de suas mãos.- Muita coisa na cabeça! Muitas preocupações?- Como se o senhor já não soubesse, Monge Bear.- Po
Gabrielle leva as mãos na nuca de Mikaela e a puxa para si. Ficando testa a testa, quase que encostando uma boca na outra:- Só me prometa uma coisa, Elle. Que você nunca vai entregar o seu passaporte para o Mitsuo. - disse Mika, apreensiva.- E por que eu faria isso?- Só me promete, por favor. Não é tão difícil assim.As duas olhavam dentro do olho uma da outra, envolvendo-se em um abraço apertado:- Ok! Eu faço isso por você. Mesmo sem saber o motivo.- Eu só quero o seu bem. Só isso! - Exclamou Mika.
- Como sempre, conto com a sua discrição Donna. - disse Rhea, um tanto séria.- Mesmo sem entender nada eu nunca diria uma palavra sequer do que eu sei. - Respondeu Donatella. - Pode confiar em mim.- Eu confio. Logo estarei de volta para explicar. Até lá, cuide-se bem minha amiga. Por favor. - disse Rhea.- Pode deixar.Joanne abraçou fortemente Donatella em uma despedida, logo foi para perto de sua mãe, dando as mãos para ela.Mãe e filha voltaram no tempo e decidiram voltar para o monastério, era tudo muito confuso para Rhea D' onson. Nunca na vida poderia entender ou saber o que aconteceu para o seu irmão estivesse daquela forma, envolvido naquela hi
Ainda perplexa com tudo o que estava acontecendo, Rhea saiu da sala do monge e foi direto para o refeitório, talvez para tomar um café ou uma água, ela ainda não tinha pensado direito sobre isso.Mas qualquer coisa que a tirasse daquele mundarel de pensamentos, já estaria bem. Enquanto andava pelos corredores do monastério, por onde a viajante passava, vários alunos e alunas a reverênciava ao se cruzar com sua pessoa, em sinal de respeito.Rhea nunca se acostumou com aquilo mas sorria de forma gentil a cada um deles, em forma de agradecimento. Ao chegar na porta do refeitório, a viajante viu Morelli sentada ao lado de Philip e Bear, que almoçavam juntos:- Como foi lá? - Perguntou Philip, com um olhar preocupado. Aliás, todos na mesa pareciam estar desolados.- Acho que você sabe, não é? - Rhea respondeu, com um sorriso "triste". - Estamos a beira de alg
ra tarde do dia seguinte, quando Lee ligou para Gabrielle informando que Mitsuo gostaria da presença dela. A lutadora engoliu seco pois pensou que ele talvez tivesse descoberto alguma coisa e que talvez castigasse Mika por alguma coisa, logo estremeceu em níveis absurdos pois jamais queria que algo ruim acontecesse com a pessoa pela qual ela estava apaixonada:- Passo ai mais tarde para lhe dar uma carona! - disse Lee, um pouco antes de desligar a ligação - Não se atrase, te espero lá fora as oito em ponto.Gabrielle vestiu uma roupa social, para se encontrar com Mitsuo em um restaurante japonês. Logo ela estava na frente do prédio no horário combinado, esperando Lee. Ao chegar, eles foram direto para o restaurante. O japonês não estava tão falante como de
Gabrielle foi deixada na porta do prédio pelo motorista de Mitsuo. A lutadora estava bêbada e completamente tonta quando subiu ao elevador.Tomoyo a viu cambaleando pela sala e se aproximou a ajudando andar :- Está tudo bem com você?- Sim, está! - respondeu Gabrielle, com dificuldade. - Só me ajude a sentar no sofá, se não for pedir muito.Tomoyo sorriu e fez o que Gabrielle havia pedido a ela.A lutadora sentia sua cabeça girar, como se estivesse em um montanha russa. Seu estômago embrulhara-se terrivelmente. Gabrielle pendeu a nuca nas costas do sofá e só se deu conta da realidade quando sentiu Tomoyo sentando em cima de seu colo, trazendo sua ca
- Ah, droga! - revirou os olhos ao ver Gabrielle no chão, inconsciente.- Eu disse pra você que não era uma boa ideia. - Morelli dizia ao aparecer em um salto ao lado de sua namorada. - Ela é uma humana, o que você esperava?- Que fosse menos difícil - Rhea esticou a mão um pouco acima da cabeça de Gabrielle, logo saiu uma luz verde canalizada em seus dedos. A viajante girou a mão não sentindo ante horário e em um passe de mágica a cena rebobinava como se fosse uma fita, até o momento em que Rhea e Morelli ouviam a voz de Gabrielle e Lee vindo de trás da porta :- Só me dá 10 minutos para eu me arrumar, pode ser? - dizia a voz da lutadora.
Último capítulo