Ok... - Ela assentiu - Eu assino os papéis .
- É assim que se fala, Saturno. - sorriu Lee, dando um tapinha de leve no rosto da lutadora. - Daqui para frente , menos perguntas e mais ações .
- Certo! - ela ouvia o sermão enquanto prendia o cabelo num rabo de cavalo.
- Cuidado com suas palavras.. e com as atitudes não pensadas. - Continuou Lee.
- Isso é alguma terapia ?
- Não, querida. Manual de sobrevivência japonesa.
- Ah ! - ela exclamou - Estou pronta !
- Só mais uma coisa , você irá receber propos
Ela teria que dobrar a dedicação para recompensa-lo mesmo sem conhece-lo. Teria que mostra-lo o quanto podia ser boa para impressionar. Ficou feliz por ter sido premiada , e desejou que as companheiras também encontrassem alguém que investisse nelas.Dali, Lee e Gabrielle rumaram para uma clinica médica particular:- Onde estamos? - Gabrielle questionou dentro do elevador.- Você é muito curiosa, Saturno. Não consegue parar de fazer tantas perguntas?- Desculpe...- Não seja tão apreensiva. Confie em mim. - A porta do elevador se abriu, e Lee estendeu os braços ilustrando uma expressão de surpresa. - T
Gabrielle ouvia os gritos do corredor enquanto caminhava até o ringue. O lugar era imenso e estava lotado . Não havia sequer um espaço sobrando nas arquibancadas.Ela aguardava o apresentador chamar seu nome, quando sentiu um arrepio em seu lado esquerdo do corpo . Ela se virou na direção e logo viu a figura que a vêm "assombrando" desde que chegara ao japão. Ela estava ali , apenas encarando Gabrielle:- .... Gabrielle Saturno, o furacão Brasileiro.O publico começou a urrar e bater palmas, inclusive Lee do seu assento. Gabrielle voltara para a sua realidade. Ela andou até o ringue e subiu nele,seguida por Issa. Ela sentou-se na cadeira no canto do ringue .A Tailandesa de nome Lawan foi convocada em seguida. El
Um corte reto no lábio superior. Um roxo no olho direito e diversos hematomas espalhados pelo corpo , foi o resultado da luta para Gabrielle ,além do passaporte para a fase seguinte.Estava habituada com os ferimentos e as dores depois de uma batalha acirrada, como havia sido naquela noite. Mas as dores físicas não se comparavam com as da alma. O muay thai foi uma forma eficaz dela lidar com os traumas desde a infância. Sua satisfação não cabia somente em socar o rosto do adversário como era para muitos lutadores ao transferir as tensões intimas , sobretudo quando ela recebia os golpes ,Gabrielle tinha necessidades de sentir algo além do que existia em seu coração amargurado . Era como uma válvula de escape....Olvidou que Hachiro já havia a medicado, despejou o pote de analgésicos em cima da pia do banheiro ,onde se olhava com dem
Gabrielle desviou os olhos em questão de segundos , procurando por Mikaela mas quem veio em sua direção foi o mesmo rapaz que a lutadora viu agredindo a japonesa na noite da festa.Ele se aproximou num tom arrogante, como se caminhasse em cima de nuvens de ouro.- Então você é o novo cristal do meu pai? O inquebrável ? - ele sorriu torto.- É o que parece. - Gabrielle fulminou o agressor em um timbre seco.- Eu sou Toyo. Seja bem vinda a nossa casa.- Ah.- Li passou o braço em volta da cintura de Gabrielle e lhe deu um beliscão disfarçadamente como forma de
- Mika, minha adorável madrasta. - Toyo a fitou, irônico. - Sei quanto aprecia as artes marciais, creio que você e a nova lutadora de meu pai, se darão muito bem.- Gabrielle - Disse Mitsuo, com um sorriso no rosto - Está é Mikaela Sato, minha esposa.Gabrielle fingindo não conhece-a, educadamente a cumprimentou, um tanto sem graça.- Muito prazer - disse Gabrielle.- É todo meu! - Mika respondeu, evitando prolongar a frase.- Então.. Você luta, também?- Não mais.- Ela está sendo modest
Gabrielle manteve o olhar fulminante a Toyo, que virava as costas e ia em direção ao seu pai. Ainda muito nervoso, ela decidiu caminhar pela casa, onde entrou em um corredor com o piso de madeira. Havia um jardim logo à frente, com uma piscina gigantesca ocupada por alguns peixes bastantes raros de se ver.Sua visão embaçou repentinamente e ela se sentiu deveras tonta. Lembrou-se que tomara muitos comprimidos para dor, e fundidos com o álcool, causou todo aquele mal estar.Gabrielle sentou no chão, esperando que aquela grogueira passasse. Ela logo sentiu um toque delicado em suas costas e a voz de Mika fez a sua espinha se arrepiar :- Você está bem?Gabrielle arqueou a cab
Quando a confraternização havia acabado, Mika se afugentou no quarto de sua filha. Ela lhe deu um beijo carinhoso em sua testa, enquanto pensava em Gabrielle e na sua força interior, que demonstrou ter em apenas duas oportunidades de encontro.A jovem era sensível e espontânea, muito diferente da personalidade calculista com quem convivia. Reencontrar a lutadora foi uma surpresa do destino, muito deliciosa por sinal. Não podia ignorar o fato de que a brasileira havia mexido contigo. Lembrou dos questionamentos preocupados da garota e um sorriso se ilustrou em seus lábios.Nem se recordava da última vez que alguém se mostrou interessado verdadeiramente em seu bem estar.Mika ficou ali acariciando os cabelos lisos de sua peque
...- Mika, me conte. Que tipo de interesse escuso o Mitsuo teria em mim?A japonesa deixou algumas lágrimas caírem, levou as mãos em seu rosto para esconde-las : - Você não faz ideia.- Eu preciso entender...- Eu não posso falar... Minha filha..- Elas a machucariam? É isso? - perguntou Gabrielle, ajoelhando-se em frente a Mikaela.- Você não faz ideia do que eles são capazes, Gabrielle. Por isso eu vim aqui. Mas agora, preciso ir, antes que notem que não estou mais lá na mansão.Mikaela se l