Capítulo 1
O assassino de aluguel.Inglaterra - Verão.O celular que está dentro da calça social de um homem alto e forte toca, ele está todo vestido de terno da cor cinza chumbo, anda apressado pelas ruas da cidade e o atende sem a mínima paciência.- Fala - diz com sua voz grossa esperando o comando do outro lado da linha.Assim que recebe as ordens, atira o celular na parede o espatifando em vários pedaços ao entrar pelo estacionamento de um imenso prédio.Ele passa as mãos pelos cabelos arrumando os fios, ajeita a gravata, entra no elevador do estacionamento.Conforme o elevador vai subindo, entram e saem várias pessoas, uma delas chama sua atenção o fazendo dar um leve sorriso, se não estivesse ocupado seduziria a bela morena de coxas grossas à sua frente.Está sendo bem pago para esse serviço, se não precisasse cumprir horário, estaria entre as pernas da bela mulher nesse exato momento, só de imaginar sente seu pau dando indícios de uma ereção.Suspirando, se contém, não é sempre que alguém oferece tanto dinheiro para eliminar uma única pessoa, não pode perder esse dinheiro fácil, terá oportunidade de tentar conquistar a morena ao voltar ou talvez um outro dia.Observa as roupas dela, é um uniforme, tem o nome da empresa Corporation Smith, escrito nele, talvez seja da área do marketing, sorri imaginando quantas vezes pretende tomá-la em seus braços e com seus pensamentos eróticos passa o dedo indicador na gola da camisa social. De repente o local ficou quente só de se imaginar com a bela mulher.Riddick, tem feições de um homem bom, é educado quando precisa, seu olhar é meigo e carinhoso, sua voz é grossa e sensual e tem um belo rosto aos 35 anos, tudo o que as mulheres gostam.E seu trabalho, qual é? Eliminar uma mulher do mapa, não entende porque tem que ser justamente a filha do CEO da empresa, pois é tão jovem, tem apenas 22 anos, não gostaria de fazer esse trabalho sujo, mas isso envolve muito dinheiro e não é pago para sentimentalismos.O mandante deixou bem claro que a jovem mulher deve morrer e que não era para cair em seus encantos, pois o conhece muito bem e sabe como gosta das mulheres.Esse comentário do seu chefe o deixou muito curioso, afinal não sabe como ela é, não lhe deram nenhum foto, absolutamente nada a mais que a idade e o fato de ser filha do dono da Smith Corporation.Em sua visão periférica não viu até agora entrar mulher nesse prédio mais bela que a morena de pernas esbeltas à sua frente.Ela desce no décimo quinto andar, sente um desagrado muito grande ao ver o belo traseiro sair de sua visão sem poder fazer nada para a impedir.- Merda! - Exclama com raiva, pois o seu membro está levemente endurecido entre as pernas, não tem como evitar, mulheres é seu ponto fraco.Seu alvo é o sexagésimo andar, onde a filha do presidente irá se encontrar com ele em poucos minutos.Olha para a mensagem que acabou de receber no celular que vibrou em seu bolso de um dos comparsas, diz que a jovem irá entrar no prédio em menos de cinco minutos.Um sorriso toma sua face o deixando mais charmoso do que já é, uma mulher provavelmente na casa dos quarenta anos olha para ele.Riddick sente como se estivesse sendo queimado pelas costas, olha para o lado e tem uma boa visão dos seios volumosos da mulher, ao lado dela está um homem de meia idade um pouco mais baixo que ela e lhe segura a mão, com uma certa possessividade.A mulher suspira olhando para Riddick que sorri ao constatar que o homem deve ser seu marido e a safada está dando em cima dele mesmo assim, outra que pegaria assim que largasse a mão do marido, mas não tem tempo e suspira pelas duas oportunidades que está perdendo.O elevador apita, abre as portas, Riddick sai com passos largos, seus olhos esverdeados e experientes percorrem todo o local.A esquerda está o corredor até a sala da presidência, a direita seu destino, a sala de reuniões, onde se encontrará em minutos com o presidente da empresa: Richard Smith.Entra na sala com um leve sorriso nos lábios, observa alguns assessores e advogados aguardando, cumprimenta todos educadamente, diz que é representante de uma famosa empresa de uma marca muito conhecida.Como os outros, senta no local onde tem uma placa com o nome da empresa onde disse trabalhar com seu falso sobrenome e aguarda. Passado poucos minutos, a porta se abre, seus olhos de águia capituram duas pessoas conversando, não consegue ouvir, mas consegue ler o lábios do casal."- Pai, eu preciso mostrar para mim mesma que eu consigo... Por favor..." - diz Mary Smith."- Está bem, meu amor. Conversaremos sobre isso depois." - diz Richard Smith.Por um momento Riddick não gostou nada de ver o rosto lindo e delicado da bela jovem que foi contratado para eliminar, suspira pesaroso, olha para baixo perdendo seu foco por um breve instante, mas volta a olhar para eles e ler seus lábios."- Obrigada, papai. Boa reunião, estarei aguardando na sala da presidência."Riddick continua olhando para a beleza da filha do CEO, é como o pai, o mesmo tom de pele, o mesmo tom de cabelo e acredita que devem ter a mesma cor de olhos de onde está nao consegue ver, nunca antes viu uma jovem tão parecida com o pai como essa.É um assassino de aluguel, nunca tinha sido contratado para eliminar alguém do sexo feminino, isso o está incomodando e muito, principalmente porque algo nela mexeu muito com ele.Sempre foi um homem frio e sem coração, afinal é a exigência de seu trabalho, mas não resiste as mulheres seja qual for, praticamente todas o deixa louco, nunca amou uma, mas não é indiferente a feminilidade delas.Incomodado com a gravata que não tem costume de usar, arruma o nó e passa a mão pelo colarinho para não continuar se sentindo sufocado, mais do que está.Seu outro celular vibra no bolso, olhando para os lados, o pega, todos a sua volta estão ocupados, vizualiza a tela, mais uma mensagem desagradável da pessoa que o contratou."- Mate Mary Smith! Vou lhe dar o dobro do que te ofereci, mas tem que ser hoje!"Sente que os cifrões dos dólares aparecem nos seus olhos, apaga a mensagem, suspira pesaroso novamente e passa a mão pelos cabelos, inquieto. Não é pobre, mas também não é rico, esse dinheiro o deixaria muito tempo fora de ação.A pessoa que o contratou ofereceu um milhão de dólares pela vida dessa linda mulher, e para não desistir dobrou para dois milhões, agora sim está difícil resistir.O CEO, Richard Smith entra na sala cumprimentando a todos, senta em seu lugar de presidente da empresa e começa a reunião com um leve sorriso nos lábios.Repara bem no pai da moça que irá eliminar, ele parece ser feliz, muito feliz diria, se matar sua filha, acredita que essa felicidade mudará para sempre, não sabe porque a pessoa que o contratou odeia tanto a família Smith, mas no dia em que foi contratado viu ódio nos olhos dessa pessoa, muito ódio.Continua...Capítulo 2As flores prediletas de Mary.Mary Smith anda até o fim do corredor, seu salto agulha faz barulho a cada passo, todos os homens e mulheres que passam por ela a cumprimentam, sabem que ela é a filha do CEO.A beleza dela chama tanta atenção tanto quanto a do pai, é como se fosse uma cópia feminina de seu pai.- Bom dia, senhorita Smith - diz o secretário do pai.- Bom dia, Thomas. Vou aguardar o papai na sala - diz andando até a porta do escritório do pai.- Claro senhorita. Gostaria de tomar um café? - diz ao se levantar.Como um bom cavalheiro abre a porta do escritório para ela entrar. Mesmo tentando evitar, é impossível não reparar nas pernas da filha do patrão, limpa a garganta ao perceber suas intenções, fecha a porta e liga para a copa solicitando o café.Mary senta na cadeira da presidência, sente uma leve dor no pé esquerdo e tira o salto, infelizmente seu dedinho estava sendo apertado pelo bico fino do salto, faz uma anotação mental para não comprar mais sapatos tã
Capítulo 3Será o seu fim?Base Aérea do Exército Britânico.Um soldado entra correndo no galpão onde Antony de Castilho está terminando de consertar o motor de um helicóptero militar.- Vamos almoçar? - perguntou o soldado ao parar do seu lado o observando trabalhar.- Obrigado, mas agora não posso. Estou terminando de montar e faremos o teste em seguida.- Saco vazio não para em pé. Depois do almoço vocês fazem o teste.- Dessa vez não dá. Tenho que entregar ele pronto hoje no começo da tarde - diz a última frase se afastando da nave e dando seu serviço por terminado.- Tudo bem, fica para a próxima então - diz o soldado se afastando.O Coronel Lawford entra nas instalações juntamente com o piloto e o copiloto. Ao escutar passos, Antony pega um pano e limpa as mãos dando a volta no helicóptero para ver quem é. Ao ver o coronel, para o que está fazendo, deixando o tecido de lado e o esperando se aproximar.- Esse helicóptero está apto para voar rapaz? - pergunta o coronel já sabendo
Capítulo 4Eu conheço esse olhar...Após todos os testes necessários, Antony anota tudo o que precisa em seu Tablet e o guarda. Olhando para a vista à sua frente, observa o sol e pela sua posição deve ser aproximadamente uma da tarde ou quase.Olha para os lados admirando a cidade até o seu semblante mudar, fica horrorizado com a cena que vê à sua frente. Sem se dar conta do que está fazendo fala com o piloto para se aproximar, mas não são rápidos o suficiente para impedir, a moça é jogada pelo seu agressor.Mary sente o ar faltar ao ser empurrada, tenta se segurar no homem que a empurrou, mas não consegue e cai gritando.Riddick observa a jovem ser jogada e cair liberando um grito estridente. Fica com tanta raiva que aproveita um descuido do seu colega, puxa uma faca que estava em suas costas e joga o acertando no meio da testa, o mesmo cai morto do prédio.- Ah, Deus! - diz Antony desesperado ao ver a mulher ser jogada, rapidamente confere se o gancho está preso à cinta em sua roupa
Capítulo 5A preocupação do pai.Richard tamborila os dedos na mesa, sua filha está demorando mais do que deveria, olhando para a esposa que está ocupada falando pelo celular, liga para o secretário pelo telefone.- Thomas, procure Mary. Ela está demorando muito, gostaria de almoçar com ela, tenho uma reunião mais tarde.- Sim, senhor Smith.Thomas desliga e segue até o elevador indo direto até o último andar. Sobe as escadas e ao sair sente que tem algo de errado, caminha entre as flores observando.O local está bagunçado, vasos quebrados, flores jogadas ao chão e nenhum sinal da senhorita Smith.- O que aconteceu por aqui?Escuta barulhos de sirenes de ambulância e olha pelo parapeito, uma multidão se fez na calçada e na rua. Parece que tem uma pessoa caída no chão.Preocupado com a filha do CEO, percorre rapidamente toda área e não a encontra em canto algum, tropeça em alguma coisa, ao olhar para o chão se agacha ao ver os sapatos de bico fino dela com um dos saltos quebrado.Fica
Capítulo 6 O "Salvador". Thomas espera pacientemente alguém atender o telefone enquanto olha para os sapatos de Mary que estão em cima da mesa. - Restaurante London. - Por gentileza, gostaria de falar com Paola a chefe. - Um momento, por favor. Enquanto aguarda suspira, essa espera toda e o fato dela estar sem sapatos andando por aí o deixa preocupado. Existe muita gente má nesse mundo, e a senhorita Smith é uma bela mulher. Não gosta do que está pensando, mas como na a encontra em lugar algum, seus pensamentos voam livres pensando no pior. - Alô... - Senhorita Paola, aqui é Thomas, secretário do senhor Smith. Estou procurando a senhorita Smith, por acaso está com você? - Não, estou esperando ela chegar, disse que iria almoçar comigo. Ligou no celular dela? - Vai direto para a caixa postal. - Eu vou dar uma volta pelo restaurante, talvez ela tenha chego e não vi. Se a encontrar eu ligo. - Certo, muito obrigado. Thomas entra na sala do patrão e avisa que não a encontrou, q
Capítulo 7Richard agradece Antony.O pai escuta tudo, de momento em momento passa a mão na cabeça. Ficou angustiada só de pensar no perigo que sua filha passou, mas o homem que a salvou o deixou mais que agradecido e vai arrumar uma forma de o agradecer além das palavras sem que ele se sinta ofendido.- Obrigado, rapaz. Mary é a luz dos meus olhos.- Eu entendo, senhor Smith. Fico feliz por ter aparecido no momento certo.Richard fica emocionado, estende a mão em cumprimento seu aperto é forte mostrando todo seu agradecimento.- Obrigado. Muito obrigado. Eu sinceramente não sei como agradecer. Se tiver alguma coisa que eu possa fazer por você, por favor, não exite em me dizer.Antony sorri para Richard, nunca viu uma pessoa tão agradecida em sua vida.- E então, tem algo que você precise?- Não, senhor Smith. Eu gostaria de ser amigo da Mary.- Isso nem precisa pedir. Duvido que ela largue você tão cedo.- Meu pai me conhece muito bem - diz e morde de leve o lábio arrumando coragem p
Capítulo 8Chegou sexta-feira.À noite, Mary tenta dormir cedo, mas sua vontade mesmo é de mandar mensagem para ele. Suspira olhando para o telhado enquanto está deitada segurando o celular. E agora? De onde vou tirar coragem? O que eu digo?Olha para o celular entra no aplicativo de mensagem e começa a escrever:"- Olá, está ocupado?"Para sua surpresa e imensa felicidade ele respondeu quase de imediato."- Olá, não. Acabei de tomar banho e deitar, só estou um pouco cansado.""- Gostaria de saber se amanhã você pode tomar café da manhã comigo.""- Claro, onde?""- Na London Breakfast." - Respondeu feliz por ele ter aceitado tão rápido.Do outro lado, Antony segura o celular pensativo, tinha se esquecido que por ela ser muito rica só iria em lugares caros, não que não possa pagar o café da manhã e o almoço, mas infelizmente não vai conseguir sair sempre com ela por conta de suas condições financeiras não serem tão elevadas."- Olá... Você está aí? Tudo bem?""- Desculpa. Podemos ir, q
Capítulo 9O traidor.Mary está radiante, sai da limusine com um sorriso nos lábios e com a sensação de que está flutuando. Em sua mente só tem um nome: Antony de Castilho.Entra na empresa sentindo os olhares dos funcionários assim que coloca os pés no local. Todos admiram a filha de Richard Smith, se tornou uma bela mulher, é de uma inteligência e determinação invejada por muitas pessoas, além de ser serena e ouvir antes de tomar qualquer tipo de decisão.Thomas a vê da recepção e se aproxima, alguns colegas o observa e comentam entre si.— Esse aí é apaixonado pela filha do CEO — diz uma das secretárias do RH.— Será?— Claro que sim. Olha pra ele, parece um bobo todo desconcertado perto dela.— É o jeito dele — diz Arthur do telemarketing.— É nada. Ele não tem coragem de tentar ficar com ela, não tem onde cair morto. Imagina sustentar um mulherão desse. Só o Connor mesmo que teve sorte pois já entrou com um cargo razoável na empresa.— E subiu rapidinho quando começou a namorar e