Capítulo 6
O "Salvador".Thomas espera pacientemente alguém atender o telefone enquanto olha para os sapatos de Mary que estão em cima da mesa.- Restaurante London.- Por gentileza, gostaria de falar com Paola a chefe.- Um momento, por favor.Enquanto aguarda suspira, essa espera toda e o fato dela estar sem sapatos andando por aí o deixa preocupado. Existe muita gente má nesse mundo, e a senhorita Smith é uma bela mulher. Não gosta do que está pensando, mas como na a encontra em lugar algum, seus pensamentos voam livres pensando no pior.- Alô...- Senhorita Paola, aqui é Thomas, secretário do senhor Smith. Estou procurando a senhorita Smith, por acaso está com você?- Não, estou esperando ela chegar, disse que iria almoçar comigo. Ligou no celular dela?- Vai direto para a caixa postal.- Eu vou dar uma volta pelo restaurante, talvez ela tenha chego e não vi. Se a encontrar eu ligo.- Certo, muito obrigado.Thomas entra na sala do patrão e avisa que não a encontrou, que ligou até na mansão Smith e ninguém a vê desde que saiu.- Chame a polícia.- Sim, senhor.***Mary muda de assunto, não gostou de o ver triste por se lembrar da morte dos pais.- Você tem esposa e filhos?- Não, fiquei noivo alguns anos atrás. Minha sorte foi ter descoberto o que ela pretendia. Não sou rico, mas o pouco que tenho ela queria. Pretendia casar comigo para ter direito a minha casa e a parte que o meu pai deixou da empresa de mecânica.- Você não teve muita sorte.- Não, também não tenho filhos. E você?- Eu tenho um namorado.Antony fica esperando ela falar algo sobre o namorado, mas ela se cala de repente o fazendo franzir a testa.- Ele é bom pra você?- Não temos muito tempo um pro outro. Saímos pouco, nos vemos mais na empresa onde trabalhamos. Não é uma má pessoa.- É uma pena não terem muito tempo juntos. Se fosse minha namorada iria fazer de tudo para tê-la ao meu lado.Mary sorriu com o comentário, seu coração voltou a bater descompassado.- Ah, meu Deus! Eu tenho que avisar o meu pai.Ele entrega o próprio celular para ela ligar. Mary fica muito agradecida e liga para o pai no número direto da sala da presidência.***Richard conversa com os policiais junto com a esposa e o secretário, contando tudo o que sabem. Andando de um lado para o outro, Richard sente uma dor forte no peito e para de andar colocando a mão no vidro da janela respirando com dificuldade.- Querido - Anna se aproxima rápido ao ver o marido passar mal. - Amor, pelo amor de Deus. O que você tem?- Estou muito preocupado - respondeu massageando o peito até escutar o telefone tocar.Thomas vai até o telefone para atender, mas o patrão o impede.- Richard Smith - atende de imediato, achando serem sequestradores prontos para pedir resgate.- Papai...- Ah, meu docinho. Onde você está, amor? Eu quase tive um ataque cardíaco com esse seu sumiço - fala Richard com lágrimas nos olhos.- Pai, eu estou bem. Estou no hospital North.- O que faz no hospital? Não responda, estarei aí em poucos minutos.Richard desliga o telefone, coloca o paletó e é acompanhado pela polícia até o hospital.***Ela entrega o celular para Antony agradecendo.- Meu pai estava muito preocupado.- Com certeza, deve ser desesperador querer saber de alguém e não conseguir contato.- Verdade, tadinho.Antony segura a mão dela antes de continuar falando:- Ele tem sorte por ter uma filha tão meiga como você.Novamente o coração dela fica quentinho, ele é tão fofo. Se arrepende de não ter voltado outras vezes na empresa de mecânica para procurá-lo.- Obrigada. Eu não sei como te agradecer pelo que fez. Você... - ela segura forte a mão dele e coloca contra o próprio peito olhando no fundo dos seus olhos verdes. - Você arriscou sua própria vida, por mim.Ele sorri puxando a mão dela para a beijar de leve.- Você conhece aquelas pessoas que tentaram te machucar?- Não. Nunca as vi. Entre eles tinha um homem que tentou me ajudar, mas não tinha muito o que fazer. Quando ele apareceu já tinham me abordado. Ah, Antony... Foi horrível...Volta a chorar, ele a abraça passando a mão em suas costas, pedindo para que se acalme pois tudo tinha passado.Com a cabeça no pescoço de Antony ela sente o cheiro da colônia pós barba, levanta suavemente o nariz para continuar sentindo e sem perceber roça os lábios no pescoço dele o fazendo estremecer.Antony olha nos olhos dela e o tempo parece parar. Ele observa os lábios bem desenhados e pintados de vermelho, suspira em seguida voltando a olhar os olhos azuis mais lindos que já viu em sua vida.Ela é linda e adorável, fica imaginando como seria se tivessem voltado a se ver quando eram mais jovens.Um barulho no corredor com um homem falando alto com um tom de desespero em sua voz faz Antony se afastar e olhar para a porta ao vê-la sendo aberta e um homem entrar correndo.- Ah, filha!Richard abraça sua menina tão apertada que a faz sentir dor. Consciente de sua força devido seu nervosismo afrouxa os braços sem deixar de a abraçar.Antony se afasta para dar espaço, em seus pensamentos acha melhor sair e aguardar na sala de espera.Se afasta até a porta, cumprimenta Anna, que entrou, antes de passar por ela. Mary o vê saindo e o impede.- Antony, espere...O pai olha para o homem que ela chamou. Antony se aproxima voltando a entrar no quarto. Segurando com carinho a mão de Anna, sua tia, diz:- Papai, este é Antony de Castilho, ele me salvou. Se não fosse ele, estaria morta.O pai olha preocupado para a filha e depois para o homem que os observa.- Do que está falando, filha? Não me deixe mais angustiado do que já estou.- Papai, eu vou contar tudo o que aconteceu. Antony, fique aqui, você prometeu.- Claro, eu não ia embora. Só ia ficar na sala de espera.Antony e Anna sentam nas poltronas enquanto Mary segura a mão do pai e conta tudo o que aconteceu desde que deixou o pai na sala de reuniões e foi para a presidência.Continua...Capítulo 7Richard agradece Antony.O pai escuta tudo, de momento em momento passa a mão na cabeça. Ficou angustiada só de pensar no perigo que sua filha passou, mas o homem que a salvou o deixou mais que agradecido e vai arrumar uma forma de o agradecer além das palavras sem que ele se sinta ofendido.- Obrigado, rapaz. Mary é a luz dos meus olhos.- Eu entendo, senhor Smith. Fico feliz por ter aparecido no momento certo.Richard fica emocionado, estende a mão em cumprimento seu aperto é forte mostrando todo seu agradecimento.- Obrigado. Muito obrigado. Eu sinceramente não sei como agradecer. Se tiver alguma coisa que eu possa fazer por você, por favor, não exite em me dizer.Antony sorri para Richard, nunca viu uma pessoa tão agradecida em sua vida.- E então, tem algo que você precise?- Não, senhor Smith. Eu gostaria de ser amigo da Mary.- Isso nem precisa pedir. Duvido que ela largue você tão cedo.- Meu pai me conhece muito bem - diz e morde de leve o lábio arrumando coragem p
Capítulo 8Chegou sexta-feira.À noite, Mary tenta dormir cedo, mas sua vontade mesmo é de mandar mensagem para ele. Suspira olhando para o telhado enquanto está deitada segurando o celular. E agora? De onde vou tirar coragem? O que eu digo?Olha para o celular entra no aplicativo de mensagem e começa a escrever:"- Olá, está ocupado?"Para sua surpresa e imensa felicidade ele respondeu quase de imediato."- Olá, não. Acabei de tomar banho e deitar, só estou um pouco cansado.""- Gostaria de saber se amanhã você pode tomar café da manhã comigo.""- Claro, onde?""- Na London Breakfast." - Respondeu feliz por ele ter aceitado tão rápido.Do outro lado, Antony segura o celular pensativo, tinha se esquecido que por ela ser muito rica só iria em lugares caros, não que não possa pagar o café da manhã e o almoço, mas infelizmente não vai conseguir sair sempre com ela por conta de suas condições financeiras não serem tão elevadas."- Olá... Você está aí? Tudo bem?""- Desculpa. Podemos ir, q
Capítulo 9O traidor.Mary está radiante, sai da limusine com um sorriso nos lábios e com a sensação de que está flutuando. Em sua mente só tem um nome: Antony de Castilho.Entra na empresa sentindo os olhares dos funcionários assim que coloca os pés no local. Todos admiram a filha de Richard Smith, se tornou uma bela mulher, é de uma inteligência e determinação invejada por muitas pessoas, além de ser serena e ouvir antes de tomar qualquer tipo de decisão.Thomas a vê da recepção e se aproxima, alguns colegas o observa e comentam entre si.— Esse aí é apaixonado pela filha do CEO — diz uma das secretárias do RH.— Será?— Claro que sim. Olha pra ele, parece um bobo todo desconcertado perto dela.— É o jeito dele — diz Arthur do telemarketing.— É nada. Ele não tem coragem de tentar ficar com ela, não tem onde cair morto. Imagina sustentar um mulherão desse. Só o Connor mesmo que teve sorte pois já entrou com um cargo razoável na empresa.— E subiu rapidinho quando começou a namorar e
Capítulo 10O almoço.Antony entra no escritório e pede para o detetive Ryan sentar à sua frente apontando com a mão.— Sente-se, em que posso lhe ser útil.— Estou tomando o depoimento de todos os envolvidos e gostaria de saber o seu. Será aberta uma investigação e precisamos apurar todas as provas, além do mais, tem um cadáver, além de um fugitivo e outro que a senhorita Smith diz tê-la tentando ajudar. Também tem o senhor, o piloto e o co-piloto do helicóptero. Por favor, me conte sua versão o mais detalhada possível.Antony suspira, não gosta do jeito desse detetive, mas como não tem nada para esconder começa a contar tudo, desde o instante em que estava terminando de arrumar a aeronave até o momento que Richard Smith apareceu no hospital.— Você já conhecia a senhorita Smith? — perguntou enquanto fazia algumas anotações em uma caderneta que tirou de dentro da calça social.— De vista a alguns anos atrás. Não chegamos a formalizar nenhum contato ou amizade.— Certo. E deixe-me per
Capítulo 11A viagem.À tarde, Connor está inquieto, Mary o está preocupando, está tentando manter sua paz mental. Mas como se um completo estranho está seduzindo a namorada? Nem ele mesmo conseguiu seduzi-la. Bom, pensando bem, nunca fez questão. Não tem tempo nem paciência para joguinhos de sedução sem sentido."O que será que ela está fazendo agora?" — perguntou para si mesmo e se levantou para ir até a sala dela e fazer seu papel de namorado.Segura a maçaneta e ao abrir a porta uma boa surpresa aparece bem à sua frente, ele olha para a moça que teve o prazer de se enterrar nela mais cedo e abre espaço para ela entrar.Fecha a porta passando o trinco, não diz uma palavra, pega a mulher pelos ombros e a beija de um jeito feroz puxando suas roupas sem paciência.***Uma hora depois, Connor anda até o elevador e desce para tomar o café da tarde. Alguns colegas o cumprimentam, mas não puxa assunto com nenhum, apesar do sexo gostoso com a moça da área da limpeza, ainda está de mau-humo
Capítulo 12Um jantar cheio de novidades.Antony novamente para os beijos, pois escutou passos por perto.- O que...? - perguntou Mary desnorteada oferecendo novamente a boca ávida por mais beijos.- Vem alguém, corazón - ele diz segurando seu rosto e beijando a ponta do nariz dela se afastando um pouco. - Onde vou ficar?- Aqui comigo - respondeu com um olhar apaixonado.Ele arregala os olhos ficando com a boca aberta em seguida sorri. Se um beijo os deixou assim, imagine dormir no mesmo quarto, seu autocontrole não é tão forte, principalmente ao lado dela.- Creio que seu pai não vai gostar. Melhor eu ficar em outro lugar.- Não. Por favor, fique aqui.- Não é adequado.Richard entra no quarto que está com a porta aberta dizendo:- Acendi a lareira, estamos com água na boca para provar a comida. Vocês vem?- Estamos indo, papai. Só vou tirar esses saltos e colocar uma pantufa.- Ok, espero vocês na sala - diz piscando pra filha saindo em seguida.Mary senta na cama e tira os sapatos
Capítulo 13Uma manhã gostosa.Antony acorda um pouco inquieto, seu membro está tão duro que chega a doer. Precisa ir ao banheiro e aliviar essa sensação de pressão constante sem alívio.Abre os olhos e observa a cabeleira lisa e negra de Mary, passa o nariz pelas mechas sentindo o cheiro de flores que exala. Suspira feliz por estar com ela.Beijando o topo de sua cabeça puxa com cuidado o braço tirando a mão de Mary que está em sua cintura para não acordá-la, tira as cobertas e empurra levemente a perna dela, mas seu movimento a faz se mexer.Dormindo, ela se vira colocando o braço em sua cintura e o joelho em seu membro o fazendo sentir a pressão da perna dela.Por Dios! - pensa suspirando com dificuldade.Abaixando o olhar observa que seu movimento deixou uma boa parte dos seios à mostra, seus olhos se perdem nos seios volumosos, o deixando com água na boca.Fica petrificado no lugar sem conseguir tirar os olhos dela e com receio de se mexer de forma indevida e a assustar. Mary é d
Capítulo 14O melhor fim de semana.Enquanto Mary está na beira do lago de botas para não molhar os pés e a vara na mão, Antony tirou os sapatos e subiu as calças para pescar refrescando os pés.— Você não tem medo? Algum bicho pode te morder.— Tenho coragem até de nadar nu — diz baixinho piscando pra ela. - Dá para ver o fundo, a água é límpida.— Nu? Hum... Tentador.Sente a boca encher de água só de o imaginar sem roupas.— Não vale — ela diz, sentindo um calor agradável subir por seu pescoço.— Vou fazer como fez comigo. Vai ficar apenas olhando.— Você é vingativo?— Um pouquinho — diz se agachando sem ela perceber enchendo a mão com água e jogando nela a fazendo dar um gritinho assustada e soltar a vara.Anna e Richard param de arrumar a toalha no chão, pois fizeram um lanche, um pequeno piquenique e prestam atenção no casal que parou de pescar para brincarem na água.— Ah, está fria! Tony...— Quero ver você fugir — diz agarrando ela pela cintura entrando na água molhando as r