A mãe dele estava ligando a dias para Otávia, que não atendeu nenhuma vez, ela estava muito ocupada cuidando da fazenda, ia começar a colheita, só com Gil, ficava ficou difícil tratar os animais e ela não entrou mais no estábulo, nem dormiu em seu antigo quarto, desde que mataram a égua.
Preferiu não contratar nenhum funcionário temporário, por medo, de ter gente estranha lá dentro, passou a andar armada todos os dias, sempre vigiando tudo, as câmeras.Era quase a hora do almoço, no sábado, quando a mãe de Henri chegou a pé, Gil estava recebendo entregas, Otávia estava preparando o almoço para os dois, ele conhecia a mãe de Henri, e estava sabendo do que ela disse sobre o antigo patrão deles, até comentou que poderia ser verdade.A deixou na varanda e foi chamar Otávia, ela foi até a porta da sala apreensiva- Oi, pode entrar, estou com a panela no fogo.Simone foi entrando mexendo na bolsa- Oi, desculpa vir sem avisar, euOtávia disse que não, Melinda começou mexer no celular - Sou muitas coisas, mas estou aqui como sobrinha e filha. Mostrou fotos dela com Miro, desde criança, em seu casamento, grávida, também da bebê junto, sempre bem próximos - O Miro foi casado com a minha tia Caetana e eu morei anos com eles, quando criança. - Ele me tem como filha e eu sou responsável por tudo, o que ele tem.- A alguns dias ele me procurou, para pedir que eu fizesse algo, para investir na sua fazenda.- Vi que está vendendo e até é interessante, tenho duas propostas, enfim, ele comentou que estavam se envolvendo também. - Também falou dos problemas que você vem enfrentando.- Ele não tem me retornado e isso não é comum. - Não sei se sabe, mas, ele tem um histórico de alcoolismo, é bem complicado. - Fazem anos que não acontece nada grave, mas estar tão interessado em alguém, pode mudar isso, se acabaram muito mal.
Melinda ficou mais preocupada ainda, foi embora rápido, para encontrar o marido e tentar achar Amélia, trocou o contato com Otávia, para darem notícias, uma a outra, deixou a Roxana lá.Otávia foi até o estábulo com ela e Gil, contou o que a sobrinha de Miro disse, lamentou por não ter impedido ele de ir embora daquela forma.Se passaram mais dias e Miro não voltou, toda a investigação teve uma reviravolta surpreendente, quando o pai e o sobrinho de Évan, fizeram depoimentos, o entregando, o sobrinho sabia de muitas coisas e contou aos avós, que realmente queriam acreditar na inocência do filho, mas que deram preferência a honestidade. O mandato saiu muito rápido, ele estava em casa tranquilo, achando que ia se livrar, foi acusado do acidente de Matteo também, que ainda estava em coma, lutando para sobreviver. Henri foi solto e inocentado, queria ir conversar com Otávia e a mãe dele, não deixou, eles estavam de mudança, porque não tinham como pa
Não viu nada, quando se virou de frente para o balcão, sentada naqueles bancos altos, levou um susto, ele estava atrás dela encostado a observando, falou com deboche cabisbaixo - Bom te ver! - Viu um fantasma? Ela ficou olhando paralisada - Oi. Ele estava com a barba grande, um pouco machucado, mão enfaixada, hematomas no rosto, escoriações no braço, pediu uma cerveja para o atendente, ela se levantou, foi mais perto reparando em tudo- A onde você foi? O que aconteceu? Ficou emotiva - Porque não me ligou? Sabe o quanto eu fiquei preocupada?- Achei que tinha morrido Ramiro, caramba. Ele sorriu abrindo a lata de cerveja - Não sei de nada dona Otávia.- Estava por aí. - Vaso ruim não quebra. Ela encostou perto o olhando fixamente séria - É só isso que tem pra me dizer? Ele ficou sério, sem olhar para ela - Não tenho nad
Ela nunca disse tantas coisas ousadas dessa forma, a ninguém, ficou extremamente constrangida sem jeito, foi tirando as sandálias e a calça rindo - Desculpa, eu... vou ficar quieta! - Você tem uma cama? Ele começou se tocar batendo pu nheta, exibindo sua ereção, duro feito pedra - Tenho, mas não precisa ficar quieta, a onde quer que eu faça, tudo o que falou? A encostou no balcão, segurando pela cintura - Aqui, no sofá, no chão, na mesa, na cama, a onde quiser, eu vou fazer. Só de calcinha, encostada nele, ela o beijou lentamente, sussurrou - Quero aqui. A enchendo de beijos e chupões, ele tirou a calcinha de malha, simples e preta, a deixando n ua - Hummm, essa não é cheia das frescagens que estragam fácil. Ela levantou os pés, um a um, o ajudando tirar, apoiada em seus ombros - Não, essa é a que eu uso, para ninguém ver. Gostou? Ele se abaixou indo em direção a intim idade dela - Eu gosto de tudo em você, até do corte de cabelo novo, da sua buc eta! Começou
Henri disse que ela só saberia se perguntasse, Otávia comentou o que falou a Miro, sobre se curar sozinha, não ferir ninguém no processo, Henri ficou pensativo - Amélia disse algo semelhante, euuuu adoraria continuar saindo com ela. - Mesmo sendo usado, tem pessoas que preferem perder uma boa oportunidade, de ser feliz, do que se arriscar. - Pensa bem, se você não quer se entregar a esse seu rolo, dá maneira que pode ou se não quer ele, dá maneira que ele pode ser. - Não estou te julgando, sei que é difícil mudar a vida, por alguém. - Acompanhei você por muito tempo, viagens, todo o estilo de vida. Ela se levantou da mesa pensativa - Já chega por hoje né, vai dormir o Mucilon, que amanhã, temos muita coisa pra fazer. Foi para o quarto com vontade de chamar Miro para voltar, só o queria lá, do modo que ele achasse melhor, como um caso ou apenas amigos, funcionário, ligou e caiu na caixa postal, desistiu se achando muito dependente emocional de homem, foi dormir chateada.
Foi deitar em outra rede, ela se sentou enxugando os olhos marejados - Mas vai me esperar? Está falando sério? - Se não quer ficar comigo, além do que a gente já teve, é só falar. - Porque eu estou pensando além. Se levantou - E já pensei sim, em ter algo sério, assim que eu descobri a gravidez. Foi chegando perto - Mas achei que grávida, cheia de problemas, não daria certo. Ele se sentou sério - Também quero ir além e posso te esperar. Esticou a mão - Vem aqui dona Otávia, não fica brava comigo. A puxou para abraçar - É pro seu bem, vai que entra nos eixos e vê que se enganou, mulher tem muito dessas coisas. Ela o afastou irritada - Vou ficar sim, nem matei as saudades e já quer me afastar. - Preciso de um tempo, não fala mais comigo. Foi saindo de perto - Ah não ser, que vá me dar um beijo, Dom Ramiro. - E não vou vir te acordar. Ele ficou rindo pensativo, depois voltaram a trabalhar, ele perguntou sobre os cavalos, ela não respondeu, passou o re
Ele suspeitou que a sobrinha tivesse falado algo, sentou na rede para esperar o jantar, Henri estava muito curioso, foi sentar perto, ficou conversando, Gil também, fizeram muitas perguntas, Miro começou a contar sobre o passado, de peão, quando entraram para jantar, Otávia não estava na mesa, Simone disse que ela foi se deitar mais cedo com dor de cabeça. No dia seguinte Otávia foi direto para o caminhão, não falou com eles, ficou nitidamente diferente, disfarçou dizendo que estava com dor de dente, foi almoçar depois, evitou até olhar para Miro, porque sabia que iria acabar falando. Quando ela ia voltar do almoço, a mãe de Matteo ligou, dizendo que ele havia acordado e queria vê-la, Otávia falou que não ia, começou discutir no celular, ficou nervosa, saiu para ir ver a advogada que cuidou do divórcio. Porque a mãe dele, queria que ela pagasse os gastos médicos, uma enfermeira particular, porque ele estava tetraplégico e era o marido dela, ela querendo ou não, a mãe dele estava
Ela parou na frente dele, de braços cruzados - Não é nada disso Ramiro! Ele foi desviando para ir na direção da piscina, com deboche - Ah não Otávia? Então me leva lá, conhecer os seus amigos! - Melhorou bem da virose, da dor de cabeça e de dente. Ela o segurou pelo braço - Está bêbado? O que quer? Ele parou de costas para os outros e de frente para ela - Não bebi nada, antes de falar o que eu vim fazer, queria te perguntar o mesmo. - O que quer? Ela levantou os ombros emotiva - Nada. Só vai embora e amanhã, quando todo mundo for embora, se quiser a gente conversa. Ele foi chegando mais perto - Não! Quero conversar agora. - Se não me falar, porque está tão diferente comigo, vou pensar sozinho. Pegou no cabelo dela, ia acariciar o rosto, ela se esquivou - Pode falar, estou ouvindo. Ele tirou o chapéu, colocou nela - Acho que está com medo, de como as coisas podem ficar, entre nós. - Porque desde que soube da verdade, das minhas condições financeiras.