Inicialmente, ela pensou em aguardar o nascimento do bebê de Lívia antes de comprar coisas para a nova fase da vida dela. Entretanto, não esperava que tantas reviravoltas ocorressem. Agora, relutava em mencionar facilmente essas adversidades na presença de Lívia, dizendo: - De qualquer forma, tenho dinheiro e estou apenas procurando lugares para gastar.Essa sequência de palavras provocou Lívia, que indagou: - É mesmo? Como você planeja gastar?Ana riu:- Como gastar? Claro que é gastando com mulheres bonitas!- Como assim gastar? - Questionou Lívia.- Vou sustentar você! - Afirmou Ana. - Aliás, estou cansada da minha pequena casa. Vou comprar um apartamento grande para nós agora! Eu mesma não teria coragem de me mudar, mas contigo, essa mulher bonita, o dinheiro vale a pena gastar.Enquanto falava, de repente, o som do telefone desapareceu. Lívia tentou chamar algumas vezes:- Aninha? Aninha?Ninguém respondeu. O sorriso em seu rosto desapareceu gradualmente. Prestes a desligar
Ana ficou momentaneamente surpresa: - Com certeza podemos! - Ela expressou imediatamente sua opinião. - Lili, pode confiar. enquanto houver dinheiro, encontrar uma casa na Cidade C é fácil!- E quanto ao Carlos?Ana respondeu: - Não se preocupe, aquele idiota está ocupado com o trabalho. Contanto que eu o diga que me mudei para o lugar que ele indicou, ele não terá tempo para verificar. De qualquer forma, você não precisa se preocupar, deixe tudo comigo.Sem dar a Lívia a chance de responder, ela desligou o telefone diretamente. Essa sempre foi sua personalidade, pensando pouco e agindo com eficiência.Lívia balançou a cabeça, planejando encontrar uma oportunidade para explicar as coisas a Carlos depois. Não podia permitir mal-entendidos entre eles dois, muito menos permitir que Ana realmente o enganasse....Prédio do Grupo Duarte. Pedro entrou com um copo de remédio para resfriado: - Senhor, beba primeiro. Se não estiver se sentindo bem, cancelarei o restante do itinerário para
No entanto, Lívia, ao que tudo indicava, não prepararia mais um remédio para o resfriado. Ele não teria mais essa oportunidade.- Você sabe como preparar um remédio para o resfriado? - Ele de repente perguntou à mulher diante dele.A gerente ficou momentaneamente atônita, se esforçando para conter a agitação em seu coração. Ergueu levemente a cabeça para olhar para o rosto incrivelmente belo de Sílvio, ninguém poderia resistir a esse rosto, nem deixar de se sentir atraído. Especialmente quando ele a fitava. Aquela sensação, como se o mundo inteiro estivesse entregue em suas mãos.A gerente segurou com força os relatórios em suas mãos, hesitante, disse: - Eu sei.Sílvio entregou a xícara em suas mãos para ela:- Então vá preparar e experimentar.Seu olhar nunca se afastou dela e no primeiro momento em que ela voltou com uma nova xícara de remédio para resfriado, seu olhar já estava firmemente fixo nela, como se estivesse esperando por sua reação.O coração da gerente quase saltava
Sem perceber, ele adentrou o setor de convalescença do hospital, mas descobriu que, naquele momento, Lívia já havia discretamente concluído os procedimentos para sua alta. Era um lugar providenciado pela avó dela, a menos que algo inesperado acontecesse, não haveria motivo para uma mudança tão rápida.Sílvio imediatamente percebeu que tinha negligenciado a nutricionista da noite anterior, fortalecendo a convicção de Lívia em se distanciar dele. "Seja feliz com a Aurora, desejo que vocês se casem em breve", a última frase que ela disse na noite passada, ecoou repentinamente em sua mente. Ela esperava que ele e Aurora ficassem juntos? Mas ela claramente não tinha simpatia por Aurora, as duas irmãs até chegaram a um ponto em que não podiam se suportar. No entanto, ela expressou isso de maneira direta. Ele não conseguia entender a mente das mulheres, mas estava disposto a se esforçar por suas palavras.A campainha do local onde Aurora morava começou a tocar. Normalmente, ninguém vin
Como esperado, do outro lado ainda havia um ponto de exclamação vermelho.Sílvio, desanimado, enviou outro e-mail para tentar, mas desta vez, o e-mail também foi bloqueado.Além disso, considerando a mudança do hospital hoje...Era evidente que Lívia estava o evitando.Se casar com Aurora realmente pudesse tranquilizar Lívia, a poupando de ter que se esforçar tanto para estabelecer limites com ele, então ele...Também não gostaria de estar com Aurora.Parece que sentimentos realmente não podem ser forçados.Enquanto ele estava atordoado, Aurora já havia entrado no quarto e trocado de roupa. Esta roupa era muito mais adequada do que o pijama que ela usava antes e o estilo também lembrava o de Lívia.E aquele rosto...Certamente tinha a sombra de Lívia.Aurora apontou para o lustre no quarto: - Sílvio, é aquela lâmpada. Veja, com ela quebrada, fica muito escuro neste quarto.Parece que desta vez ela não estava mentindo.Sílvio olhou para cima. Realmente, a lâmpada estava quebrada.Ele
A verdade era que o amor nem sempre surgia à primeira vista, tampouco era fruto do acaso. Na realidade, eram aquelas rotinas simples, humildes, mas inesquecíveis no dia a dia que tocaram o coração.Silvio não sabia ao certo quando começou a amar Lívia. Quando percebeu, já estava profundamente apaixonado. Agora, sempre que pensava em Lívia, essa frase ecoava em sua mente. Ele não se preocupava mais em identificar o momento exato em que se apaixonou por ela, apenas se preocupava em ter perdido o direito de a amar em seu coração.Uma melancolia tocou os belos traços de Silvio. Ele suspirou suavemente, colocou a lâmpada de lado, sem revelar os planos de Aurora. Se agachou, pegou as ferramentas necessárias da caixa e, em silêncio, realizou a tarefa.- Pronto.Ao descer da mesa, ele disse: - Posso usar seu banheiro para lavar as mãos.- Sil, não precisamos ser tão formais entre nós...Silvio responde: - Ainda precisamos. Afinal, eu não queria mais ter contato contigo, mas da última ve
Se ela descobrisse, provavelmente o chamaria de pervertido novamente. Mas agora ele não a estava mais vigiando, não estáavaintencionalmente se aproximando dela para chamar sua atenção e não estava se intrometendo em seus assuntos. Ele pensou que apenas por coincidência, apareceu embaixo de sua casa.- Eu não vou embora. - Silvio repentinamente se virou, olhando para Aurora. Ela teve o pé pisado e agora está ardendo de dor, mas seus olhos se iluminaram ao ouvir as palavras de Silvio. - Tudo bem, Sil, você quer água ou café?- Não precisa de nada. - Ele só quer ficar um pouco mais aqui e ouvir os ruídos lá em cima, tentando adivinhar o que Lívia está fazendo. Logo... O chão fez um barulho alto, parecendo arrastar uma mesa. “Ela é tão pequena e delicada, será que pode fazer isso?” Mas Silvio pensou melhor, isso era bom, provava que, depois de se molhar na chuva na noite anterior, Lívia não ficou doente. Sua vitalidade estava mais forte do que antes. Um sorriso sutil apareceu nos
Ao perceber que o olhar que o seguia havia sumido, Carlos relaxou os ombros. - Síl, precisa de algo?Ao escutar o tom de voz, Sílvio percebeu que algo não estava certo.E, de fato, ao levantar os olhos, viu Carlos quase na mesma posição em que ele estava no terraço. Com um cigarro aceso na mão, se Sílvio não tivesse olhado a tempo, a cinza teria caído sobre ele.- Olhe para baixo. - Ele disse.Carlos abaixou os olhos, observando os próprios sapatos. - Para baixo? O que está errado? Seu telefonema hoje é estranho.Sílvio ficou impaciente. - Para baixo! Olhe para o terraço abaixo!“O terraço abaixo?”O corpo de Carlos se inclinou ligeiramente para frente. - E então...Antes de terminar a frase, ele arregalou os olhos instantaneamente. No primeiro momento, olhou na direção de Lívia. Confirmado que ela não estava olhando para ele, Carlos então encarou Sílvio com os olhos arregalados. - O que você está fazendo aqui?!Lívia havia deixado claro na noite passada que ela e Sílvio não te