Como esperado, do outro lado ainda havia um ponto de exclamação vermelho.Sílvio, desanimado, enviou outro e-mail para tentar, mas desta vez, o e-mail também foi bloqueado.Além disso, considerando a mudança do hospital hoje...Era evidente que Lívia estava o evitando.Se casar com Aurora realmente pudesse tranquilizar Lívia, a poupando de ter que se esforçar tanto para estabelecer limites com ele, então ele...Também não gostaria de estar com Aurora.Parece que sentimentos realmente não podem ser forçados.Enquanto ele estava atordoado, Aurora já havia entrado no quarto e trocado de roupa. Esta roupa era muito mais adequada do que o pijama que ela usava antes e o estilo também lembrava o de Lívia.E aquele rosto...Certamente tinha a sombra de Lívia.Aurora apontou para o lustre no quarto: - Sílvio, é aquela lâmpada. Veja, com ela quebrada, fica muito escuro neste quarto.Parece que desta vez ela não estava mentindo.Sílvio olhou para cima. Realmente, a lâmpada estava quebrada.Ele
A verdade era que o amor nem sempre surgia à primeira vista, tampouco era fruto do acaso. Na realidade, eram aquelas rotinas simples, humildes, mas inesquecíveis no dia a dia que tocaram o coração.Silvio não sabia ao certo quando começou a amar Lívia. Quando percebeu, já estava profundamente apaixonado. Agora, sempre que pensava em Lívia, essa frase ecoava em sua mente. Ele não se preocupava mais em identificar o momento exato em que se apaixonou por ela, apenas se preocupava em ter perdido o direito de a amar em seu coração.Uma melancolia tocou os belos traços de Silvio. Ele suspirou suavemente, colocou a lâmpada de lado, sem revelar os planos de Aurora. Se agachou, pegou as ferramentas necessárias da caixa e, em silêncio, realizou a tarefa.- Pronto.Ao descer da mesa, ele disse: - Posso usar seu banheiro para lavar as mãos.- Sil, não precisamos ser tão formais entre nós...Silvio responde: - Ainda precisamos. Afinal, eu não queria mais ter contato contigo, mas da última ve
Se ela descobrisse, provavelmente o chamaria de pervertido novamente. Mas agora ele não a estava mais vigiando, não estáavaintencionalmente se aproximando dela para chamar sua atenção e não estava se intrometendo em seus assuntos. Ele pensou que apenas por coincidência, apareceu embaixo de sua casa.- Eu não vou embora. - Silvio repentinamente se virou, olhando para Aurora. Ela teve o pé pisado e agora está ardendo de dor, mas seus olhos se iluminaram ao ouvir as palavras de Silvio. - Tudo bem, Sil, você quer água ou café?- Não precisa de nada. - Ele só quer ficar um pouco mais aqui e ouvir os ruídos lá em cima, tentando adivinhar o que Lívia está fazendo. Logo... O chão fez um barulho alto, parecendo arrastar uma mesa. “Ela é tão pequena e delicada, será que pode fazer isso?” Mas Silvio pensou melhor, isso era bom, provava que, depois de se molhar na chuva na noite anterior, Lívia não ficou doente. Sua vitalidade estava mais forte do que antes. Um sorriso sutil apareceu nos
Ao perceber que o olhar que o seguia havia sumido, Carlos relaxou os ombros. - Síl, precisa de algo?Ao escutar o tom de voz, Sílvio percebeu que algo não estava certo.E, de fato, ao levantar os olhos, viu Carlos quase na mesma posição em que ele estava no terraço. Com um cigarro aceso na mão, se Sílvio não tivesse olhado a tempo, a cinza teria caído sobre ele.- Olhe para baixo. - Ele disse.Carlos abaixou os olhos, observando os próprios sapatos. - Para baixo? O que está errado? Seu telefonema hoje é estranho.Sílvio ficou impaciente. - Para baixo! Olhe para o terraço abaixo!“O terraço abaixo?”O corpo de Carlos se inclinou ligeiramente para frente. - E então...Antes de terminar a frase, ele arregalou os olhos instantaneamente. No primeiro momento, olhou na direção de Lívia. Confirmado que ela não estava olhando para ele, Carlos então encarou Sílvio com os olhos arregalados. - O que você está fazendo aqui?!Lívia havia deixado claro na noite passada que ela e Sílvio não te
Isso implicava em admitir que o incidente em que Lívia percebeu Enzo estava novamente relacionado a Carlos. Sílvio simplesmente não sabia o que dizer a ele. Mas mesmo que Carlos não estivesse envolvido, Lívia eventualmente descobriria. Investigar essa questão não fazia sentido. Mas também não podia deixar Carlos sair impune tão facilmente. Sílvio pensou um pouco e disse a Carlos: - Você concorda com uma coisa e eu prometo que não vou investigar.O cigarro nas mãos de Carlos estava prestes a se apagar. Ele abaixou a cabeça, olhando para Sílvio. Sentiu uma premonição ruim, mas não tinha escolha. Sabia que mesmo que não concordasse, Sílvio tinha meios de fazer ele concordar. - Irmão.Carlos sorriu, apagando o cigarro. Sua imagem, diferente da usual reserva quando estava trabalhando como médico, se transformou em um irmão sorridente na frente de Sílvio. Ele sorriu com a cara toda. - Se mude para este apartamento.Carlos disse: - Me mudar para cá?Sílvio disse: - Sim, vou organ
Ir até lá seria muito perto, muito fácil de ser descoberto. Na casa da Aurora estava bom, a distância era apropriada. Às vezes, ele conseguia ouvir os sons lá em cima e também podia olhar para a Aurora, garantindo que não faria nada para a Lívia. Ela também não demonstrou interesse em procurar a Lívia. Isso era bom. A Lívia provavelmente ainda não sabia da existência da Aurora, muito menos desceria inesperadamente e descobriria a presença de Sílvio. Atualmente, ele era como um inquilino, escondido na casa da Aurora, observando silenciosamente tudo sobre a Lívia.Mas...Ele realmente resistiu a não se envolver em tudo dela. No entanto, esse sentimento de saudade o impedia de ir para outro lugar.Na verdade, a Aurora sabia qual era o propósito frequente de Sílvio ao vir aqui recentemente. No início, ela ficou com raiva e relutante. No entanto, Isadora disse que, desde que houvesse mais contato, talvez houvesse uma chance de virar o jogo.E também...Ela olhou para o rosto no espe
Ela retornou do estúdio e disse a Ana: - Sempre sinto que vejo o Sílvio em nosso condomínio.Ana estendeu rapidamente a mão e a colocou na testa dela:- Você não está com febre, está? Você está doente? Com saudades do Sílvio?Lívia disse:- Eu sou tão indigna?Ana afastou a mão, com uma expressão séria. - Se não estiver com febre, está tudo bem, Lili. Se você realmente não consegue o esquecer, não é falta de dignidade, é apenas emoção. Não vou zombar de você. Se diante de mim você não consegue ser sincera, então eu como amiga realmente falhei. Esta noite vou dormir no quarto ao lado, você pensa bem sobre seus sentimentos. - Depois de falar, Ana foi para o quarto e trouxe um cobertor.Dando a Lívia um pouco de espaço pessoal para que ela pudesse organizar seus próprios sentimentos.Mas na frente de Carlos, ela não conseguia se conter: - Você acha que a Lili realmente gosta tanto do Sílvio? Mesmo com tantas coisas acontecendo entre eles, como pode haver a ilusão de ver o Sílvio? Ela a
João se encontrava atualmente em um conflito interno. Desde o dia em que cavou a cova, ele se sentiu mal ao chegar em casa. À noite, era atormentado por sonhos constantes com os dois bebês que nunca chegaram a se formar. Lívia, estendendo a mão, agarrava sua garganta, dizendo que ele teria que pagar pelo que fez ao cavar a cova. Até Sílvio ficava atrás dela, com um olhar frio, sem uma palavra de reprovação, mas com um poder que o assustava.Ao acordar cedo pela manhã, João perdeu a confiança no casamento de Aurora com a família Duarte. Especialmente quando Helena cuidava dele, ele hesitava e, mais uma vez, começava a ter esperanças em relação a Lívia. Após muita hesitação, reuniu coragem para pegar o telefone e tentar falar com Lívia. No entanto, desta vez, Lívia não atendeu sua chamada. Ela estava na loja de fotos para buscar as imagens capturadas por Ana em seu aniversário. As fotos, tiradas por uma repórter de primeira categoria, eram verdadeiramente encantadoras. Mesmo Lí