Camila Fernandez Eu não via a hora de tomar um banho, e arrancar esse vestido daquela mulher vulgar! Que alívio senti agora! Demorei no banho, e a Elizabeth apareceu para me ajudar. — Querida, porquê fez isso? O Dom está sendo tão compreensivo! Ele te machucou na noite anterior quando fugiu? — perguntou ela, me estendendo a toalha. — Não quero falar sobre isso! Ele trouxe uma qualquer para esta casa, e me fez olhar beijando ela aqui na sala! — falei irritada! — Ele não é disto senhora! Aposto que aconteceu algo que o desconsertou, por isso fez besteira! Mas, a senhora Strondda, está para voltar do último cruzeiro, e você vai ver como as coisas vão melhorar! — falou pegando um vestido para mim. — Não quero este, Elizabeth! Veja qual deles é o mais curto, e justo! — falei e ela me olhou na hora, levantando a sobrancelha. — Como, senhora? Nunca gostou... — Apenas ache, Elizabeth! Foi o meu marido que pediu para me vestir assim! Já vi que ele
Dom Pablo Strondda Tentei um novo acordo com a teimosa e fujona da minha esposa, mas é difícil de negociar com ela! Eu jamais ficaria sem mulher, só para ter um filho na máfia, e um cargo! Eu acho que agora ela pode desistir de novas fugas, pois fiquei a observando enquanto chorava ao ver o casal vinte, da irmã puta, e o ex imbecil, e quando foi falar com a mãe dela, era nítida a sua decepção. Eu dei o seu espaço, enquanto me resolvia com o figlio de puttana do pai dela. Achei bom que o Augusto esteja bem distraído com a irmã dela, pois é menos trabalho para mim, mas mesmo sabendo do caráter da Larissa, temo por ela, pois na máfia Russa, o currículo do ex Capo Augusto é dos piores com as mulheres, e eu não tenho nada a ver com isso, agora a Camila é minha, e esses dois palermas que se entendam do jeito deles. Deixei para conversar melhor com ela em casa, eu já havia ligado para o Isaque, e ele também já estava se encaminhando para a Itália. Quero que ele conte a verda
Dom Pablo Strondda A Camila estava estranha, não sei identificar o que ela está sentindo, e a nossa conversa vai ter que ficar para amanhã, ela está fora de si para negociar. Ela tirou as sandálias, e eu fui tomar um banho, pois ainda não havia tomado, ainda preciso fazer um curativo. Tomei um banho rápido e arranquei o curativo, quando saí quase enfartei com a visão daquela linda mulher, agora com os cabelos soltos, os penteando, apenas de lanjerie. Se ela soubesse que a minha vontade era me enterrar nela até me cansar, com toda fúria que está queimando dentro de mim, não daria mole quase nua pelo quarto. — Eu vou fazer o seu curativo! — Falou ela. — Melhor, não! Está bêbada! — Falei suspirando perto dela, quase me estapeando de desejo de acabar com essa palhaçada e possuí-la. Ela veio para bem perto de mim, e tocou no meu braço, me arrepiando com apenas um toque. — Nossa, isso está feio! Me desculpe por bater aí, mais cedo!
Camila Strondda Abro os olhos devagar, e vejo que o dia já clareou, e penso que dormi demais, mas a minha cabeça dói. Comecei me lembrando do jantar com o meu pai, e agora lembrei também do vinho. Droga! Eu nunca bebi assim! Por isso, tenho dores na cabeça, agora. Fui me esticar na cama, e quase dei um pulo de lá, ao perceber que eu estava praticamente nua, sem sutiã, e apenas de calcinha, e num grito, pedi explicações para o safado do Dom, que se aproveitou de mim enquanto eu estava inconsciente. Ele ficou se justificando todo, e ainda colocou a culpa em mim, mas é muito safado mesmo, né? Flashes da noite anterior me vieram na memória, e comecei a entender algumas coisas, e acho que eu devo ter pirado, por não me defender dele, e ainda deixei que me visse nua, e me tocasse os seios com a mão, e... céus! A boca dele veio parar aqui! — Coloquei as mãos nos seios, assustada. O pior, é que eu ainda gostei! Mas, que merda! Não era para ser assim, eu nunca fui tocada nesses
Camila Fernandez — Buongiorno! — Ele falou para o chefe de cozinha, e começou a conversar em italiano, coisas que eu não entendi, e eu só observei. — O seu pai está no escritório, já deixou avisado, que a espera! — Falou. — Ok! — Respondo. — Não se esqueça que quero conversar depois, mas pode ser no quarto! — Falou e me perguntei, o porquê de tanta insistência agora? Tomamos o nosso café, e eu procurei o meu pai no escritório. Ele estava sentado num sofá, e parecia quase cochilar com uma pasta nas mãos. — Com licença! — Fiz barulho ao entrar. — Bom dia! — Respondeu se ajeitando. — Quero ver o documento que me mostrou ontem! — Falei logo. — Sim, está aqui! Eu mesmo redigi este contrato, não tem nenhuma mentira! A única coisa, é que foi a sua irmã que acabou ficando com o outro, mas se me permite falar, você teve sorte! — Falou ele, querendo deixar algo para eu entender. — Não entendi o comentário! Sorte no quê? Por ser sequestra
Dom Pablo Strondda Depois de todos os últimos acontecimentos, cheguei a uma conclusão... eu quero a Camila para mim! O problema é que para ser a esposa que eu procuro, e para fazer uma proposta destas, eu preciso saber se posso confiar nela. Enquanto ela falava no escritório com o pai dela, chamei o fulano folgado que veio com ele, e lhe dei uma ordem: — Quero que dê um jeito de esbarrar na minha esposa, mas sem tocar em nenhum lugar, que não possa, no máximo no punho, ou nos braços! — Falei. — Como assim, senhor? Aonde quer chegar? — Questionou confuso. — Quero testar a sua lealdade, e se me trairia, ao ouvir palavras bonitas, ou se tentaria uma nova fuga tendo a oportunidade! Mas, nada de se passar, hein? Eu ficarei olhando tudo, não se esqueça! — Falei irritado já. — O senhor tem certeza? — Perguntou incrédulo. — Sim! Assim que eles saírem, ela vai me procurar, e você entrará em ação! — Falei sério. — Tudo, bem! Ficarei de olho, então! Me afa
Camila Strondda Não sei o que pensar de tudo isto! Preciso me lembrar que estou aqui, porque fui sequestrada, e não por vontade própria. Não conheço ninguém de verdade, além da minha mãezinha, que sofro por não poder vê-la. Pelo visto me enganei muito com o Augusto, e se for verdade que ele bateu na minha gêmea, então eu nunca o conheci, e me enganou direitinho por dois anos. O meu pai, nem posso considerar, ainda não o conheço, e de longe não me pareceu uma boa pessoa. O Dom é uma incógnita, onde nunca sei o que esperar dele, e as vezes tenho medo, e nas outras, me sinto protegida, eu não o entendo. A minha vida está uma bagunça, e não consigo consertar, pelo menos agora me sinto melhor, e não tenho mais aquela vontade de morrer. Só de saber que tem a possibilidade da minha mãe vir para a Itália, eu já fico aliviada, por saber que estarei perto dela, mas daí me vem o medo: será que ela vai ficar bem, aqui? Vão gostar? O Dom vai cumprir com as suas promessas? Qu
Camila Strondda Fui até o seu carro, tomando cuidado com o vestido, e ele assim, como o Augusto, também abriu a porta. Posso dizer que estou animada, pois até agora só fiquei presa aqui, e gostaria mesmo de dar uma clareada na cabeça! Eu nem conheço nada da Itália, o pouco que eu vi, mal observei direito, pois foi no dia da fuga, e do meu retorno para essa casa, que foi bem estranho, e sombrio para mim. Dom Pablo estava no volante, e eu do seu lado no banco do passageiro, e agora ele está colocando uma música, pois, o clima está bem pesado, e um silêncio enorme, tomou conta do carro. Olhando pela janela, observei lugares bonitos, e o vento um pouquinho gelado, talvez eu fique com frio mais tarde! Não era tão perto, e o som da melodia italiana, reconfortou um pouco! Ele estacionou o veículo preto, parecia ser uma Lamborghini, muito bonito, e confortável! Desceu e abriu a porta para mim, estendendo a mão para que eu a segurasse para descer, e eu a segurei. Senti