Lorenzo em uma conversa com sua mãe, que havia ficado muito tocada com a situação de Raquel, decidiu que o melhor, era que ela ficasse hospedada na casa dele por um tempo, não definitivamente, mas até o momento em que Raquel estivesse bem, ela precisava de apoio psicológico e de cuidados também, havia tentado tirar a própria vida e sozinha, poderia fazer isso de novo. Após a conversa com sua mãe, Lorenzo foi até Mia, precisa contar a ele e obviamente buscar sua aprovação, afinal, Mia era a senhora daquela casa, sua esposa.— meu anjo. — disse ele, enquanto sentava ao lado dela na grama, Mia acariciava o gato que estava em seu colo, ela adorava o jardim, a sensação de liberdade que ele a proporcionava.— Lo, está tudo bem? — ela questionou, podia sentir a tensão.— comigo sim, preciso falar algo com você.— pode falar amor.— bem, como lhe falei, Raquel não está nada bem, continua internada, tem tido crises, foi um baque muito grande para ela perder o pai, então conversando com
Era noite, Lorenzo passava pela sala, quando seu celular tocou, ele o retirou de seu bolso e viu ser Moret, então ele sentou-se no sofá e atendeu a chamada, aos poucos Moret estava retornando ao trabalho, mas apenas com coisas que podia fazer de casa. A ligação foi curta, Moret passou a Lorenzo o que tinha de ser passado, ao fim, encerraram a ligação, estava pronto para ir para o quarto ficar com sua amada, mas Raquel surgiu.— então você se casou, não achei que isso aconteceria tão cedo, achava que ao menos eu ficaria sabendo, a uns anos atrás éramos importantes um para o outro. — disse Raquel sentando-se ao lado de Lorenzo, lhe mostrando um semblante cansado e doido.— foram muitos anos longe Raquel, isso não quer dizer que deixou de ser importante, apenas que a vida seguiu rumos diferentes, sempre lhe terei um grande carinho, como está se sentindo? — ele questionou demonstrando preocupação.— sufocada, precisava sair do quarto um pouco.— fique a vontade a casa é sua.— b
Naquela manhã quando Mia acordou, sentiu a presença de Lorenzo a seu lado, ela suspirou, não havia visto que horas ele havia chegado ali, sentiu até um pouco de frustração, pois havia se preparado para um noite deliciosa com ele, como todas que haviam tido até ali.— bom dia meu anjo, acordou a muito tempo? — ele questionou enquanto espreguiçava.— não, acabei de acordar, não vi que horas voltou para o quarto.— era um pouco tarde, como já estava dormindo, não quis te acordar.— entendi.— você estava me esperando, não era?— sim.— desculpe, Raquel não estava muito bem, então começamos a conversar.— tudo bem. — ela disse um tanto triste, ainda sim não estava chateada com ele, tampouco com Raquel, Mia entendia que ela estava passando por um mal momento.— prometo que fico com você hoje o tempo que quiser.— começando agora? — ela questionou enquanto sentia os lábios dele se aproximando dos seus.— sim. — ele respondeu e logo em seguida a beijou. — adoro quando coloca essas cam
— maldito, maldito, mil vezes maldito. — Lorenzo gritou sentindo o ódio tomar seu corpo, sua mente e sua alma, em anos, ninguém nunca havia ousado dizer ou fazer algo tão serio contra ele, Lorenzo era um homem influente e perigoso, que as pessoas temiam, pois estava disposto a sujar suas mãos de sangue ou fazer qualquer coisa para manter sua honra intacta, para alguns, ele era o próprio diabo, um homem sem escrúpulos, o julgavam até sem alma. ♡ HORAS ANTES ♡ Sentado na cadeira de seu escritório, de paredes de cor sucinta, cortinas cinza, nada de muita cor, aquele local tinha parte da personalidade de Lorenzo, sem vida, sem alegria, um canto sombrio de sua alma. Ele levou seu copo de Whisky até a boca, tomando um generoso gole, que fez sua garganta arder, porém aquilo não o incomodou, estava acostumado e gostava da breve sensação de queimação, estava tendo um momento de descanso, o que nos últimos dias, havia sido bem raro, com sua posição, vinham várias obrigações e também preocupa
Cerca de três dias haviam se passado, Lorenzo sabia que seus homens estavam trabalhando para resolver aquilo, então estava um pouco mais tranquilo, sabia o quão eficiente eles eram. Mais uma vez sentado em seu melancólico escritório, estava Lorenzo, quando alguém bateu na porta. — entre. — ele disse forma simples, logo ele viu um de seus homens passar pela porta. — senhor, pegamos a garota. — disse ele empolgado, aquele rapaz era novo no mundo da máfia e queria mostrar eficiência a Lorenzo. — onde está? A traga aqui agora mesmo. — Lorenzo disse, o rapaz assentiu, em seguida saiu, em pouco menos de dois minutos voltou arrastando uma garota que tinha um saco preto em sua cabeça, Lorenzo estava atônito, crente que ali estava a solução para calar Alexandre. — tire esse saco da cabeça dela e traga até mim. — o homem fez como o solicitado, tirou o saco da cabeça dela e, a empurrou para que desse uns passos a frente, a garota com sua péssima coordenação motora, caiu ao chão, Lorenzo
Naquela noite, Mia mal pôde pregar os olhos, estava assustada com aquela situação, em sua mente, uma ponta de esperança surgiu, que seu pai, lhe demonstrando ao menos o mínimo de amor, a procurasse, ela sabia que seu pai fazia parte da máfia, havia descoberto a poucos anos atrás, quando uma empregada deixou escapar a frente dela, mas não teve mais informações além disso, seu contato com o pai era mínimo, mesmo morando na mesma casa, ela sempre trancada em seu quarto, fazia meses que não ficava em sua presença. Pela manhã, após uma noite mal dormida, Lorenzo saiu de seu quarto, caminhando pelo corredor, parou em frente ao quarto onde havia colocado Mia, estava tudo tão silencioso, coisa incomum para uma pessoa sequestrada, mas não era incomum para Mia estar trancada. Lorenzo retornou até seu quarto, pegou a chave e rapidamente foi ao quarto de Mia, ele colocou a chave na fechadura, destrancou, mas quando foi abrir a porta, a sentiu bater em algo, ao olhar, viu ser Mia. — esta tudo b
Depois de longas horas com aquele assunto em sua mente, Lorenzo ainda não tinha decidido o que fazer, nem com Mia, muito menos com sua vingança, então para se aprofundar um pouco mais naquele assunto, decidiu falar com ela, talvez Moret tivesse razão e ela soubesse de algo util. Lorenzo seguiu até o quarto em que Mia estava, a porta estava destrancada, então somente entrou, ela não estava sentada, como quando havia saído daquele quarto, ela estava deitada, encolhidinha. — quem está ai? — ela questionou a sentir uma presença. — sou eu. — mas ainda não sei quem é você. — seu semblante era triste, de cortar corações, até mesmo o de alguém frio como Lorenzo. — me chamo Lorenzo. — Lorenzo...o que vai fazer comigo? — ela questionou temerosa. — precisamos conversar, pra só então saber o que fazer com você. — Lorenzo sentou-se na cama, não tão perto dela, não queria que se sentisse acuada, mas Mia era tão inocente que não tinha ideia do mal que um homem poderia a causar. — c
No dia seguinte, Lorenzo levantou logo cedo e saiu, foi a uma das casas dele, onde costumava se reunir com seus capangas, lá ele encontrou Moret, e com ele se reuniu no escritório, estava ansioso por notícias de Mia, mal a conhecia, mas a situação dela havia o tocado de forma profunda. — e como está a moça? — ele perguntou assim que a porta se fechou, Lorenzo ergueu a sobrancelha o olhou com seriedade. — parece muito interessado. — a situação dela me tocou. — me diga Moret, você está solteiro? — Moret franziu o cenho, não estava entendendo a finalidade daquilo. — sim, senhor, mas qual o motivo da perguntou? — seu interesse Moret, nunca vi você tão interessado em algo, não que você seja displicente, ao contrário, é muito eficiente, mas vejo que se interessou em demasia por Mia, antes que possa se interessar ainda mais, fique sabendo que me casarei com Mia. — senhor, não é o que está pensando...— Moret fez uma pausa, então assimilou o que havia ouvido. — o que o sen