RobertaAbro a porta e dou de cara com ele beijando sua nova secretária. A mesma era loira (diferente de sua nova esposa, que era morena) e estava sentada em seu colo. Se vestia como a atual mulher dele, quando era secretária do mesmo, com roupas super justas e decotes enormes, além da transparência.— Que isso, Roberta! — grita assustado — bata antes de entrar — ordena.— Sai daqui — falo com a secretária.— Ela não vai sair! — diz ele autoritário.— Ok. É verdade que pagou o Renan para vender e viciar minha mãe em drogas?Eu estava furiosa e, por mais que esperasse que ele dissesse que não, no fundo, eu sabia que sim.— Quem inventou essa loucura, querida — diz manso e dando uma leve gargalhada.— Meu namorado ofereceu um trabalho para ele, mas em troca teria que contar toda a verdade… Ele nos contou tudo, você o pagava para ele fazer mal à minha mãe — as lágrimas caem.— Prefere acreditar em um traficante do que acreditar em seu pai?— Como acredito em você, pai? Traiu minha mãe, d
Roberta:Tento abrir os olhos, mas os mesmos pareciam presos. Quando consigo abrir uma pequena fresta, vejo tudo embaçado e escuto vozes longe, como se eu estivesse em um sonho. Fecho os olhos novamente e acordo no susto, levantando meu tronco e respirando fundo, como se estivesse privada de o fazer. Estabilizo a respiração e sinto uma mão leve em meus ombros, olho para o dono e, assim que vejo seu rosto aflito (porém aliviado por me ver acordar), lembro de tudo que aconteceu.— Você está bem? — questiona ele. — Mais ou menos… minha cabeça dói — passo a mão na mesma.— Você bateu a cabeça…— Foi um sonho? — Depende do que.— Sendo sequestrada, Miranda me agrediu, eu caindo, batendo a cabeça.— Não foi um sonho.— Faz muito tempo que fiquei dormindo?— Quase 12 horas. Você desmaiou, os médicos te analisaram, tiveram que te estabilizar, teve duas paradas cardíacas.— Mas estou bem, certo? — pergunto a ele, mas na hora entra a médica.— Sim. Porém, sua gravidez é de risco — diz ela.
Vinícius:Hoje não tinha nada para fazer, meus planos foram todos bem sucedidos e eu devia descansar, mas vou para o escritório trabalhar.Mais cedo, fui matar o Lauri e seus ajudantes, depois voltei para casa, tomei um banho e fiquei de olho na mulher mais linda do mundo. Só ao chegar perto dela já fico de pau duro.Fiquei vendo as notícias e já acharam os corpos.Dei a ordem para meus funcionários, queria que todos vissem o estrago que fizemos, pois, saindo no jornal, o Edgar iria ver com quem ele estava mexendo e que seria o próximo da lista.Passei horas vendo os comentários, ouvindo a notícia, o parecer da polícia e isso me manteve ocupado, até que batessem na minha porta.— Senhor, licença.— Entra. O que houve, Renan? — Faço sinal para que se sente.— Me desculpa, senhor, mas contei tudo para sua mulher.— Contou o quê? — questiono assustado.— Sobre o pai dela.— Que susto, garoto — gargalho — ela já sabia.— Me pareceu surpresa.— Roberta, tenta ver só bondade em todos, então
Vinícius:Após passar o dia em paz, por fim, fico a olhando dormir, era linda, mas ainda não conseguia ver todo o valor e importância que tinha, pode não ter para outros, mas tinha muito para mim.Seu celular tocou e eu atendo rápido, não queria que acordasse, ela estava precisando descansar.Ligação:— Roberta? — ouço a voz de um homem.— Quem é? — falo já irritado.— Oliver. Só queria saber como ela está.— Não é da sua conta. Perdeu esse direito quando traiu e enganou ela.— Olha quem fala, sua ex bateu nela quase que até a morte e onde você estava, para cuidar da sua namorada e do seu filho? — grita irritado.— O quê?.— Ou me fala como ela está, ou amanhã vou até aí perguntar para ela.Então vem.Ligação:Desliguei na cara dele.Que cara babaca, fez o que fez com a mulher e agora que ela está bem, quer ficar perto.Otário.Quase meia-noite, um dos meus funcionários diz que achou e prendeu a Miranda no lugar pedido, então beijo a testa da mulher que amo, coloco uma roupa de frio,
Roberta: Em fim, estávamos bem, sem conflitos e eu gostava dessa paz. Só que a mesma não dura nem dias, Oliver aparece, ocorre uma briga e ele fala sobre o bebê, o mesmo que eu não tinha interesse em contar sobre agora. — Você está grávida? — questiona ele, parecendo abalado. Fico nervosa e não sei o que dizer, palavra alguma queria sair da minha boca. — E por que não me contou? Se sente mesmo insegura ao meu lado? — Seu olhar triste me acerta precisamente. — Sim, estou grávida… não queria te dizer, pois estava confusa, na verdade, acho que estava esperando que uma notícia ruim chegasse. — Notícia ruim? — pergunta confuso. — O bebê é de risco… pensei que, perdendo ele, eu poderia evitar problemas futuros. — Quais? — seus olhos estavam marejados. — Tudo isso, Vini, essa loucura que vivemos, sem ter paz, sem ter descanso, toda hora um inimigo seu tentando te matar ou me matar, uma ex-amante tentando me matar, tiroteio, bombas, drogas… tudo que envolve você. — Você sabe que é me
Vinícius:Depois da notícia e toda a discussão, nós passamos a ficar bem, eu faço o possível e o impossível por ela e por nosso bebê.Hoje acordei cedo, levei a Roberta na casa do namorado da mãe dela e voltei para casa, estava fumando e olhando minha plantação, estava tão orgulhoso de tudo, além de sentir aquele sentimento bom de paz, alegria e gratidão.— Terra chamando Vini — Steven, que logo se senta ao meu lado e eu ofereço o baseado — quero não, valeu.— Não sabe o que está perdendo — falo sem olhar.— Sei e é o melhor a se fazer.— Por quê? Virou Bíblia?— Prometi que iria mudar, então… sem drogas, sem bebidas alcoólicas, sem promiscuidade e coisas que estejam ligadas a tudo isso.— Não sabia que frequentava a igreja — falo pensativo.— E não frequento. Mas se eu continuar na linha, igual estou fazendo o possível para estar, a Thaisa vai aceitar sair comigo.— Que bom que não seguiu meu conselho.— Qual?— Deixar com alguma menina, que logo ela correria atrás de você. O bom é q
Roberta:Três meses se passaram, meu bebê estava crescendo bem e, se continuasse assim, iria sair da fase de risco e eu poderia viver melhor, sem essa segurança exagerada que o Vini impunha sobre mim.— Quanto tempo vou ficar em cárcere? — Questiono enquanto entravamos em seu carro.— Não está presa.— Você não me deixa fazer quase nada, nem descer as escadas posso sozinha — ao ver minha barriga crescer, ele passou a exagerar na segurança.— Escada é perigosa — dá partida, logo começa a dirigir calmamente.— Se eu disser o que é perigoso, você não vai gostar.— Sou perigoso, mas não para você — ele sorri lindo.— Queria ir para uma montanha, fazer amor até que amanheça — o mesmo me olha pelo retrovisor e sorri saliente.— Gosto da ideia.— Vamos?— Vamos. Mas precisamos levar coisas necessárias para o frio, caminhadas longas, teremos que levar seguranças e uma empregada para te ajudar, muita comida também.Na hora, faço cara de tédio.— Eu só quero fazer uma loucura, se levar um monte
Vinícius:Hoje resolvi fazer um piquenique com a Roberta, pedi à cozinheira que fizesse de tudo que ela gostasse de comer e beber. Depois de tudo pronto e guardado, chamo minha mulher para entrar no carro e assim dirijo até um campo aberto, com muita grama, algumas árvores, pássaros e borboletas voando.— Tem algo especial para termos esse piquenique? — diz, já pegando um sanduíche e dando uma grande mordida.— Só queria estar perto de você, tirar uma folga do trabalho.— E como vai ao trabalho? — questiona, mas não parece interessada em detalhes.— Está indo bem, mais calmo, diria.— Que bom — sorrio sem mostrar os dentes.— Conversei com a médica e ela disse que você poderia levar já uma vida normal — digo sério.— Verdade? — questiona feliz.— Sim — sorrio ameno.— Mas você não quer que eu tenha uma vida normal, certo?— Não é que eu não queira, só me preocupo com vocês.— Entendo… então quer dizer que posso sair com minhas amigas, voltar a trabalhar e subir as escadas sozinha?— S