Vinícius:Passaram-se dias depois do almoço com a Roberta. Nada mudou muito, ela continuava atarefada e eu com inúmeros pensamentos preocupados, pois o Lauri estava chegando perto dela e deixando pistas para que eu notasse isso, mostrando que a qualquer momento ele poderia machucá-la.— Para de fumar igual à Maria fumaça — diz Steven.— Estou nervoso... — Já está no quarto cigarro, Vinícius, isso não faz bem.— Seu problema era a nicotina, parei, agora está reclamando de planta? Se decide.— Nada é bom em excesso.— Consegue me deixar pensar?— Claro.Ele sai da sala, me deixando sozinho, então começo a juntar os pontos. Em quase uma semana, aconteceram 3 acidentes perto de onde minha mulher trabalha e sempre tinha um homem que conheço de vista, ele estava em todas as fotos das tragédias.Lauri não ficaria perto do escritório da Roberta, seria arriscado por ser um local comercial, com policiamento. Mas morar distante, como eu, não seria bom para ver se estava dando certo as ameaças q
Roberta:Os dias estavam passando e cada dia era mais louco que o outro, aconteceram alguns acidentes aqui perto do escritório e sempre no horário em que estou chegando ou saindo do trabalho.— Não acha isso estranho? — pergunta Érica.— Tudo na minha vida é estranho — passo a mão no pescoço.Hoje aconteceu um acidente de carro, e bateu na minha coxa um estilhaço. Na hora do acidente, eu estava voltando da cafeteria, por algum motivo senti vontade de tomar café com creme e comer donuts recheados e coloridos.— Que bom que nada de ruim aconteceu com você — diz a Margarida se aproximando.— Verdade, parece que eu atraio esse tipo de situação — passo a mão no pequeno corte em minha coxa.— Verdade, sempre passando na hora errada e no lugar errado.— É, azarada, eu diria — sorrio e arrumo minha saia, pois o Adrian estava vindo para a sala.— Mas vamos mudar de assunto, temos duas notícias para você, uma ótima e outra não tão boa.— Diga a ótima primeiro.— Temos todas as provas necessária
Roberta:Final de semana, tirei para ficar em casa descansando e tentando achar as respostas de nossas perguntas. Foram os dois dias mais calmos e felizes da minha vida, ficamos eu e o Vini a todo tempo juntos, trabalhando e trocando olhares lascivos, além dos momentos em que fomos pegos dando amassos em seu escritório.Na hora da alimentação também foi divertido, ele fez questão de escolher o cardápio todo desses dias, normalmente a cozinheira quem escolhe o que fazer, mas ele escolheu comidas e sobremesas que eu gosto ou iria gostar de experimentar.Hoje era segunda, eu estava no fórum esperando o tribunal abrir, não consegui dormir muito bem, por ser um caso complicado, eu queria ter certeza de que estava realmente preparada.— Bom dia — chega Markely e se senta ao meu lado.— Bom dia, como está?— Bem, dentro do possível. E você?— Nervosa. É um caso muito importante, não me sinto preparada.— Você vai conseguir — ela põe a mão no meu braço — é uma das melhores advogadas.— A melh
Vinícius:Hoje eu estava todo sorridente, e olha que é segunda.Tive um fim de semana foda e produtivo, embora não consiga achar nada de errado ou que fosse o alvo do Lauri.Também não tinha ninguém que pudesse me trair ou me dar desconfiança, até porque a Miranda viajou por algumas semanas, então creio que ela deve estar seguindo em frente.Estava fumando alegre e lembrando dos bons momentos de ontem, mas chega o Steven na minha sala, afobado, o mesmo me assusta com sua expressão de terror.— Que isso, porra!Cof cof…Tusso após engasgar com a fumaça.— Me assustou.— Desculpa Vine, mas tenho uma notícia ruim para você.— O que houve? — Ponho minha coluna ereta.— Três caminhões voltaram e os caras estão irritados, querendo conversar com você urgentemente.— Que merda… vamos lá — falo suspirando.Levanto e fomos para fora da casa e lá estavam os chefes de facções que compravam comigo, os caminhões e seus motoristas.— Bienvenido a mi casa. Digam, o que houve?— Sabe que te respeito p
Roberta:Os dias foram passando calmos. Hoje já era quinta e desde segunda o Vinícius anda trabalhando muito, passa todo o momento no escritório. Na hora do jantar, ele come “correndo” e volta para lá. No fim da noite, dorme em sua sala, sentado em sua cadeira, com o tronco caído para frente, seus braços deitados na mesa e sua cabeça sobre eles.Termino de me arrumar e vou até sua sala, me despedir. Chego e bato leve na porta, logo abro e o vejo dormindo, passo a mão leve por seu rosto e cabelos, o mesmo acorda assustado, mas quando me vê, suaviza seu rosto, mudando a expressão de susto.— Bom dia — sorrio amigável.— Bom dia, gata. Dormi aqui de novo? — pergunta, passando a mão na cabeça, como se tivesse esquecido de algo.— Sim… Gostaria que me contasse o que está acontecendo, mas sei que não vai, então desejo boa sorte e que não se machuque.— Me desculpa, eu ando trabalhando muito.— Eu sei, mas por que isso agora?— Estou tendo uns problemas com o trabalho, preciso resolver logo,
Roberta:Acordo calmamente, olho na tela do celular e ainda faltam 10 minutos para o despertador tocar. Então ponho o mesmo na mesinha onde estava, viro para o outro lado e vejo o lindo homem dormindo sereno. Tivemos uma louca noite de amor e eu até podia ficar irritada com ele, mas assim que sinto seu toque suave e seu cheiro gostoso e indescritível, já me sinto molhar e perdoar qualquer que lhe for o pecado. Passo a mão pelo seu rosto, lábios e pescoço, o mesmo se remexe, eu tiro a mão lentamente e ele volta a dormir tranquilo. Vou ao banheiro fazer xixi e logo fui tomar um banho calmo. Quando terminei, me sequei e me arrumei para o trabalho. Após pronta, beijo a testa do Vini, sujando-o de batom rosa. Saio de casa, vou para o carro, no meio do caminho paramos e eu fui à cafeteria, comprei café para todos e assim cheguei ao escritório. Entro e todos haviam acabado de chegar. — Bom dia, gente! — falo feliz. — Bom dia, chefa — diz a Érica sorridente. — Bom dia, Rô — diz a Marg
Vinícius:Depois da descoberta e da nova aliança, pude entregar toda a coca para meus clientes e logo fui para casa, mas decidi trabalhar, acabo dormindo no escritório e sempre acordo depois que a Roberta beija meu rosto, mas sempre a vejo já saindo da sala.Seguiu-se assim até quinta-feira cedo, quando discutimos um pouco e depois ela só me deu tchau e foi embora.Fui tomar um banho e depois comer alguma coisa, mas estava sem fome, na minha cabeça passava de tudo e isso andava me consumindo para caralho.— Senhor, se ficar brincando com a comida, vai ficar fria — diz gentil.— Se importa de esquentar para mim?— Não, senhor.Ela pega o prato e o copo e vai esquentar, minutos depois a mesma retorna com tudo quentinho e eu como. Hoje ela fez cuscuz amarelo, no meio havia linguiça e queijo coalho. Como era de costume, eu estava bebendo meu café preto. Para mim, que fumo, isso é combustível para mais um dia.Termino de comer, agradeço pelo café da manhã gostoso e vou para o escritório no
Roberta:Suspiro.Estava me vestindo devagar, coloquei uma cueca e uma blusa do Vini, blusa que ficou enorme em mim, parecendo um vestido.Olho seu corpo, ele também se vestia. Era bom sentir seu toque, ouvir suas palavras que para mim pareciam sinceras, mas era desgastante, ele sempre agia assim, impulsivo e depois se desculpava, mas não mudava nada verdadeiramente, parecia só me manipular.O mesmo me vê encarar, então pisca para mim e dá um sorriso safado. Eu amava esse homem.Deitamos e fomos dormir, ele me abraça e assim durmo, tentando esquecer tudo que minha mente supõe.Dia seguinte, acordo cansada, olho para o lado e ele não estava ali, respiro fundo, provavelmente estava tentando manter a tal da Miranda em “segurança”.Tento dormir mais um pouco, porém, só se ouve um falatório imenso lá fora, os empregados dele estavam conversando e gargalhando alto. Levanto e vou até a sacada, olho para baixo e eles estavam felizes, fumando e gargalhando, até que um me olha e cutuca o outr