Marcelo estava sorridente ao desligar o telefone.— Te devo uma — disse, ao passar por Alan novamente.— Me deve? Por quê? — perguntou o rapaz, diante do sorriso bobo na cara do amigo.Marcelo deu de ombros e continuou andando até seu carro, o belo sorriso se ampliando cada vez mais.***O investigador deu uma última olhada no espelho antes de sair. Gostou do que viu. A camisa preta de botões valorizava ainda mais a beleza do seu rosto e os brilhantes olhos azuis. A barba estava bem aparada. Colocou a arma no coldre e prendeu-o junto ao corpo. Enfiou a carteira no bolso traseiro do jeans e saiu do apartamento satisfeito, girando as chaves do carro entre os dedos.Enquanto dirigia, Marcelo divagava um pouco sobre o maníaco sexual que estava à solta atacando mulheres inocentes. Entre elas, sua própria prima, uma policial. Era muito frustrante ver o tempo passar e o caso não ser resolvido. Há alguns dias o psicopata andava quieto, o que deixava os policiais ainda mais apreensivos, como s
Dentro do carro, Marina voltou a perguntar:— E para onde vamos agora?— Para um motel.— Motel? Por que não vamos para sua casa? Para que gastar com um motel quando temos a sua linda cama a nossa espera?Ele voltou-se para ela, espantado:— Você me surpreende! Achei que toda mulher gostaria de sair da rotina indo a um motel. Você já foi a algum motel?— Não, mas já fiquei hospedada em hotéis com o pessoal do teatro.— É bem diferente, você verá. E quem vai pagar sou eu, não precisa ficar com a consciência pesada por isso. Além do mais, em um motel você poderá ficar mais à vontade para gemer alto, e gritar o quanto quiser.— Ah, que presunçoso...A resposta dele foi apenas um sorriso de lobo.O motel escolhido não era do tipo que ostentava um visual espalhafatoso, ao invés disso tinha uma fachada discreta e um letreiro luminoso de tom suave.Quando chegaram ao quarto, Marcelo deixou Marina examinar à vontade toda a grande suíte de luxo, enquanto servia-lhes bebidas do frigobar. Estava
Marcelo se despiu e terminou de despir Marina, procurando ser carinhoso e cuidadoso, e tendo dificuldade para conter a pressa agora que estavam tão próximos de fazer amor. Logo estavam completamente nus, e ele a colocou de costas sobre o colchão macio.Seus olhos brilharam intensamente quando admirou o belo exemplar esparramado na cama, o aguardando.Ela era tão linda! Os cabelos loiros se espalharam pelo travesseiro, as bochechas estavam rosadas pela excitação, e os lábios se entreabriram num misto de sorriso e ansiedade.Marcelo tragou saliva com dificuldade, e quando falou, sua voz soou rouca de desejo:— Desejei isto desde o primeiro momento que a vi. Estou me esforçando para ir com calma, Marina. Nem sei se consigo.Ela apenas sorriu. Não sabia o que falar. A tranquilidade aparente que havia anteriormente dera lugar à mesma ânsia que Marcelo sentia. Desejava-o também, por completo. Por inteiro. Portanto, apenas puxou-o pelo pescoço, para que suas bocas se encontrassem. Marcelo d
Marcelo deixou Marina em casa, para que descansasse, e voltou ao seu próprio apartamento a fim de trocar de roupa e trabalhar. Chegou à delegacia bem disposto, apesar das poucas horas de sono.Podia se acostumar com isso! Transar ao invés de dormir. Era bem melhor. E afinal, quem precisava descansar? Na verdade, só de pensar em Marina, ele se animou mais uma vez. Oh, oh, aquela garota ainda ia deixá-lo doido! Tinha sido incrível fazer amor com ela, definitivamente melhor do que o sexo feito com qualquer outra mulher com quem já houvesse se envolvido. Resultado de estar apaixonado, isso era uma certeza incontestável. Mal podia esperar para encontrar Marina novamente, para levá-la para a cama outra vez, e gastarem toda a energia que possuíam, ao fazerem amor novamente. Ah, sim, Marcelo estava ansioso para passar outra noite mal dormida, contanto que tivesse sua garota bem agarradinha a ele, o corpo quente e macio contra o seu, a respiração morna junto ao seu pescoço, os gemidinhos ansio
Ao sair do banheiro, já vestida para esperar a hora do jantar, Marina deparou-se com Lorena amordaçada e amarrada em uma cadeira num canto da sala. No sofá, confortavelmente sentado, estava Dimitri, com seu olhar sombrio e semblante indecifrável.— Boa noite, minha cara.Ela não teve tempo suficiente para gritar ou correr. Ele era enorme, e a dominou com facilidade. Amarrou-a e amordaçou-a da mesma forma que havia feito com a sua amiga. Prendeu-a em outra cadeira e sentou-se diante dela.— Eu não queria ter que vir aqui, porque afinal de contas vocês são minhas clientes e não gosto de misturar as coisas, mas como vocês sabem, sou um adivinho muito procurado. Meu problema é que estou tendo dificuldades nos negócios... Porém as coisas podem melhorar. Um dos meus antepassados era praticante de magia negra, e decidi que também farei uso dela. Com isso meus problemas acabarão de vez, estarei apto a fazer adivinhações e reconquistar minha clientela. Eu tenho um nome a zelar, e um padrão de
Dimitri pigarreou, voltando ao momento presente:— Eu sou muito, muito bom em hipnose. Mas não ando na melhor das marés...Então voltou a focalizar Marina e Lorena, dando-lhes um sorriso grande, e um tanto assustador. Abriu as mãos num movimento que deveria servir para acalmá-las, e tornou a falar, agora em voz baixa:— Não serei mau para vocês. Vi suas auras, e eram boas, e não fizeram nada de errado contra mim. Lorena simplesmente esquecerá que eu estive aqui e que levei você comigo, Marina.Ele olhou para Marina e deu de ombros, como pedindo desculpas: — Preciso levar você, compreenda. É que dessa vez preciso que minhas adivinhações sejam mais eficientes, pois tenho uma grande cliente, uma empresária poderosa, e há muito dinheiro envolvido. E nesses casos, é necessário um sacrifício...Ele continuou a falar, como se estivesse dizendo algo muito natural:— Para que a minha mente funcione melhor, dessa vez ao invés de sacrificar algum animal, sacrificarei uma virgem. Não tive muita
Marcelo estava estacionando o carro em frente ao prédio da namorada.— Você podia pelo menos deixar que eu passasse em casa para colocar uns sapatos mais confortáveis, André! Fiquei de sapato social o dia todo, e merecia trocar por uns tênis.— Não, Marcelo, estou ansioso para conhecer logo a sua amiga gostosa!— Nós vamos chegar lá cedo demais, nem sei se elas estarão prontas nos esperando.— Não tem problema, vale a pena esperar por uma mulher bonita.— Sou pontual, mas chegar antes da hora costuma irritar as mulheres.— Ah, que nada!Marcelo bufou.Chegaram ao edifício, e a portaria estava escancarada, sem o porteiro.O instinto policial de ambos entrou em ação, os alertando ao mesmo tempo. Marcelo lançou um olhar significativo para André, que respondeu levantando a barra do paletó e mostrando a pistola automática. Entraram silenciosamente, e seguiram pelas escadas, parando em cada pavimento e ouvindo atrás das portas. Era um prédio pequeno, com quatro apartamentos por andar, e log
— O varal de roupas do meu apartamento parece até loja de lingerie. Nunca vi tantas calcinhas e sutiãs juntos! André dava risadas ao escutar as histórias de Marcelo. Estavam tomando café, enquanto falavam sobre o fato de Marina e Lorena estarem provisoriamente hospedadas com ele, traumatizadas demais para voltarem à casa onde haviam visto o diabólico Dimitri morrer.— Mas em compensação minha casa nunca foi tão divertida. Marina e Lorena juntas são muito engraçadas, você sabe.André estava namorando com Lorena, e o grupo estava quase sempre junto.— E, além disso, no final do dia você tem duas beldades para admirar. — Gracejou o perito criminal.— Quando a Simone vai lá para casa conversar com elas, então parece o paraíso: é muita perna de fora e muito bumbum empinado ao mesmo tempo. Tem que ver os shorts que elas usam, é uma loucura...— Meu Deus, você é um depravado... — Sou um sortudo. — Marcelo riu.— Isso é inquestionável — concordou André. — Mas tudo que é bom dura pouc