Um novo recomeço...

Três anos depois...

"Daiana."

Dias se passaram e Esmeralda sempre esteve por perto, me ajudando, ela chegou a ir para o meu próprio enterro, fingiu que estava triste e chorou, como uma atriz em cena, para que ninguém da família de Nicolai, nem mesmo ele descobrisse a verdade, as cinzas que ela levou para o homem que eu amo, eram apenas pó e ele estava devastado.

Três anos passaram-se e eu retorno a Manhattan, agora com um novo visual, lentes de contato, algumas mudanças no meu visual, em busca de uma única missão: ter o meu filho ao meu lado.

.

.

.

Blake Thompson

Acordo com os meus filhos me chamando, ouço a voz de Laura enquanto sinto os seus dedos tocando o meu rosto.

— Papai, papai, acorda.

Lara tinha apenas quatro anos, o seu irmão Lucas estava ao seu lado, ele completava os seus três anos naquela manhã, a cada ano eu esforçava-me para não me ausentar no aniversário do meu filho, pois o dia que deveria ser uma alegria, para mim era a minha pior lembrança, eu ainda lutava com a perda da minha mulher Laura, nos casamos jovens e quando tivemos a Lara, após três meses do seu nascimento, ela descobriu a sua segunda gestação, apesar de ser arriscado, estávamos felizes, pois teríamos o nosso segundo bebê, mas tudo o que sonhamos se tornou um pesadelo e observar os meus filhos crescendo sem o amor da minha vida, faz me sentir apenas o vazio e a solidão é a minha companhia.

— Blake, meu filho, temos muito o que fazer esta manhã, esqueceu que prometeu-lhes que passariam a manhã juntos? Eu tenho que descer para a entrevista com as candidatas para babá, por favor troque e vá para a piscina com a Lara e o Lucas— falou a minha mãe que apesar de se esforçar e ajudar-me com a criação dos meus filhos nos últimos três anos, ela já estava com idade avançada e precisava encontrar alguém que me ajudasse com os meus filhos.

  A governanta chama os meus filhos e eu os abraço e peço que me esperem na sala, entro no banho e logo me visto para ir á piscina com eles, passo pelo quarto em que eu dormia com minha falecida esposa e entro olhando um porta-retrato com duas fotos dela, grávida das duas gestações.

Saio de lá e desço as escadas, bebo um copo de suco e só vejo a Lara na sala, brincando com uma de suas bonecas.

— Filha, onde está o seu irmão?— pergunto tentando encontrá-lo pela sala.

— Ele foi para água papai— corro em direção a piscina e vejo uma mulher desconhecida, toda molhada com o meu filho nos seus braços.

Tiro o Lucas dos braços daquela mulher e o abraço com todas as minhas forças.

— Filho, está tudo bem, o papai está aqui, já passou.

— Como pode deixar uma piscina desse jeito com uma criança pequena em casa? Não sabe o quanto é perigoso?— a mulher falou em tom exaltado, ela parecia extremamente furiosa, olho nos olhos dela, ela era negra, os seus cabelos eram lindos, as suas roupas estavam molhadas, então notei que o meu filho estava molhado.

Peço à governanta que traga toalhas, entrego uma a ela e outra seco o meu filho.

— Quem é você e o que faz aqui?

— Muito obrigada por salvar a vida do meu neto —falou minha mãe a abraçando, sem sequer se importar com ela estar molhada.

"Daiana"

— Não precisa agradecer, eu faria tudo o que fosse possível para não vê-lo machucado de forma alguma.

— Eu chamo-me Grace, está contratada!

— Do que a senhora está a falar?— pergunto sem entender o que a Grace estava a dizer.

— Não veio para a entrevista de emprego como babá?

Olho para o meu filho, nos braços do homem forte, musculoso que me encarava e então percebo ser a oportunidade perfeita para estar próxima ao meu filho e também a mais fácil para tirá-lo daquela mansão o mais rápido possível.

Ela era ousada e olhava-me como uma onça que protegia o que era seu, quem ela pensa que é para fazer que desejar?

— Sim, vim pela vaga de babá, posso começar agora mesmo— digo puxando o meu filho para os meus braços e o abraçando, estar segurando ele naquele momento era tudo o que eu sempre quis no decorrer desses longos três anos longe do meu pequeno, que nem sequer pude carregar nos meus braços ao nascer.

Contive a emoção, mas tudo o que eu queria era chorar de felicidade por estar finalmente com o meu filho no meu colo.

— Solte-o, prometi que iria à piscina com o meu filho.

— Eu não vou permitir que entre na piscina com ele— digo com medo de que ele se afogue.

— Você é a babá dos meus filhos, não a mãe deles, devolva o meu filho imediatamente.

Olho para ele como se fosse enfrentá-lo, mas acabo entrando com o meu filho no colo na piscina e o vejo segurar a sua filha e entrar com ela.

Continua...

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo