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Eu quero o meu papai...

"Daiana"

—Eu quero o meu papai— meu filho começa a chorar querendo sair dos meus braços.

—Segura a Lara, irei pegar o Lucas— ele diz, enquanto me olha, tudo o que eu queria era continuar segurando o meu filho, mas acabo entregando ao homem que o Lucas acredita ser o seu pai.

A Lara me abraça e toca em meus cabelos, o sorriso dela é encantador, logo escuto o meu filho soltando gargalhadas altas, se divertindo com o homem que acredita ser o seu pai.

— Qual o seu nome?— ouço ele perguntar-me enquanto o encaro e não paro de olhar para a felicidade em que meu filho demostrava nos braços dele.

Penso em dizer o meu nome verdadeiro, mas lembro-me do conselho que vovó Bernadete me deu antes de sair do Texas, não se deve confiar nas pessoas que não conhecemos, elas podem ou não nos ferir com o que expomos para elas.

— Aurora!—digo pensando na minha irmã que mora em Paris com seu esposo.

— Pode me chamar apenas de Blake, a minha mãe a contatou, ela já é uma idosa, mas me ajudou bastante nos últimos três anos e preciso que faça o que for necessário para o bem estar dos meus filhos, principalmente na minha ausência, hoje é aniversário do meu filho, uma amiga me ajudou com todos detalhes e a noite receberemos convidados para a festa, então acho melhor que traga as suas coisas, o motorista estará a disposição para lhe ajudar com isso.

Ele sai da piscina com o meu filho e em seguida estica os seus braços musculosos para pegar a sua filha, depois fico o olhando andando com os dois nos seus braços e beijando-os com um largo sorriso no rosto.

Me vi perdidamente boba, por vê-lo sendo tão amável com meu filho e a filha dele, eu estava com ciúmes, mas não podia odiar o Blake, o meu filho o amava, era nítido no olhar dele que estava apegado ao sentimento paternal que o meu então chefe transmitia para o meu pequeno.

Saio da piscina e após secar-me o motorista aproxima-se de mim, informando que o seu patrão o pediu para me acompanhar até a minha casa.

Entro no carro e vou até o hotel em que estava hospedada e pego a minha mala, tomo um banho rápido e me troco, faço o checkout e entro no carro, antes que eu voltasse para mansão, passo na minha antiga loja de brinquedos que vendi a anos atrás e compro um boneco do homem aranha para o meu filho.

O motorista me aguarda e depois seguimos em direção a mansão, assim que chego vejo a Esmeralda conversando com o Blake, enquanto algumas pessoas passavam pela sala, fazendo a arrumação do espaço para a festa do meu filho.

— Esmeralda, essa é a Aurora, a babá dos meus filhos— Blake diz e assim que a minha melhor amiga vira-se olhando para mim, sorri e abraça-me.

— Amiga o que faz aqui! Achei que me ligaria quando chegasse — Esmeralda diz em sussurro sem que o Blake ouça.

⚫⚫ Capítulo 5 ⚫⚫

"Daiana"

— Não conseguia esperar nem mais um segundo para ver o meu filho—sussurrei e notei que Blake nos olhava.

— Quase não a reconheço, se não tivesse me enviado fotos de como estava no Texas nos últimos dias, não saberia que era você minha amiga.

— Já se conhecem?—perguntou Blake me encarando.

— Na verdade, fui eu quem indiquei para Aurora o emprego de babá, não há pessoa melhor que ela para cuidar dos seus filhos, cunhado.

Cunhado? Então a Esmeralda era irmã da Laura, que faleceu com o seu bebê três anos atrás, mas por qual motivo ela escondeu isso de mim? Fico me perguntando e logo o Lucas desce com Lara e a senhora Grace e o esposo dela.

O meu filho estava feliz e era muito amado pela família, que acreditava ser o seu neto biológico, as horas foram passando e após arrumar o meu pequeno e a Lara, desci com os dois para comemorar o terceiro ano de vida do Lucas, ele era fã do homem aranha, a sua festa estava linda, ele usava uma linda fantasia do seu super herói favorito, fui até a cozinha para beber água e quando retorno ouço ao longe a voz do Nicolai, meu coração naquele instante acelerou.

Assim que o vejo, segurando uma enorme caixa embrulhada com um papel vermelho para presente, ele pega o Lucas em seus braços e o segura, o meu filho mal sabia que estava sendo carregado pelo seu verdadeiro pai, acabo deixando as lágrimas caírem e Esmeralda aproxima-se de mim.

— Amiga vai um pouco para o jardim, se te verem chorando vão se preocupar.

Esmeralda sempre foi uma boa amiga, ela sai comigo sem que ninguém perceba e eu observo o Nicolai e o meu filho, mesmo que eu esteja me distanciando deles.

Já no jardim, olho para Esmeralda e digo:

— Por qual motivo não me contou que a mulher que faleceu a anos atrás era a sua irmã?

— Você já estava passando por muita coisa na época e apesar de eu precisar de você, não queria ter que perder a minha amiga, eu já tinha perdido a minha irmã naquele dia e não suportaria te perder também— ela estava triste e deixou que lágrimas falassem em sua face.

Abracei Esmeralda e naquele momento fiquei em silêncio, desde que a conheci, acreditei que era sozinha, já que seus pais já haviam falecido, mesmo em meio a dor, ela fez tudo o que foi necessário para me salvar e proteger o meu filho, sustentando uma mentira para a família da sua irmã.

— Vai ficar tudo bem!

— Amiga, eu vi como o Blake te olhou, você poderia ser muito feliz com ele, talvez em meio a tanta dor, você e ele poderiam curar um ao outro.

— Esmeralda, endoidou de vez? Eu só quero sair daqui com o meu filho e nunca mais voltar para Manhattan.

— Daiana, você não pode fazer isso, o Blake vai mover céus e terra para encontrar o Lucas e ao contrário do que pensa, ele chega a ser mais poderoso que o próprio Albert, me prometa que não irá fazer isso.

— Eu vou te dar alguns meses para contar toda a verdade para o Blake, depois disso eu levarei o meu filho comigo sem deixar rastros.

Continua...

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