Aroma inesquecível...

"Daiana"

Entro na casa e Blake me procurava, assim que aproximo-me dele, ouço dizendo:

— Quero que conheça o padrinho do Lucas e da Lara.

Nicolai se vira e segurando a minha mão, ele fica por questão de segundos em silêncio, apenas me olhando como se eu tivesse sido descoberta.

"Nicolai"

— Essa é a Aurora, a babá dos meus filhos—Blake me apresenta a babá, algo nela me fazia lembrar da Daiana, eu já estava a anos procurando pistas por ela.

Desde que descobri que a Daiana não estava morta, passei cada dia dos últimos três anos procurando por ela e nosso filho, tentei odiá-la por fugir, se não me amava, que fosse sincera comigo, mas não me privasse de estar ao lado do meu filho.

—Nicolai, não vai soltar a mão da Aurora?— ouço a voz da Esmeralda, então solto-a e vejo que deixei a mão dela vermelha.

— Peço desculpas—falo e a levo até a cozinha para lavar a sua mão com água gelada.

Mando todos garçons e pessoas que trabalhavam para o buffet da festa, saírem da cozinha por um instante, ela parecia assustada e indefesa, o seu olhar era puro, o que me lembrava a Daiana quando a conheci, pergunto se ela está sentindo dor, mas a mesma só balança a cabeça em sinal negativo.

Aproximo- me dela e sinto o seu perfume, foi então que meu coração acelerou e eu a puxei e senti o seu cheiro, com os meus olhos fechados eu poderia ter certeza que estava na presença da mulher que eu amo.

— O que significa isso Nicolai?— ouço a voz de Ava irritada o que me faz despertar de um belo desejo em tirar a Aurora dali.

Aurora sai me deixando a sós com Ava, eu me irrito e quebro uma taça, a derrubando no chão.

— O que você está fazendo aqui Ava?

— Fui vê-lo na mansão e para minha surpresa, descubro através de seu pai que estava no aniversário do seu afilhado, como ousa vir aqui sem sequer me convidar? Esqueceu que sou sua noiva?

— Entenda de uma vez por todas Ava, nunca fui seu, nunca serei e se para todos hoje é minha noiva, foi um acordo que o meu pai fez com o seu, então acho melhor procurar alguém que a ame e te queira.

— Você prefere uma empregada ao invés de mim?— ela questionou me deixando muito mais enfurecido.

— Você não faz o meu tipo, não tenho atração por mulheres como você, sinto muito, com licença.

"Ava"

— Parece que você não aprende não é Ava? Ainda continua rastejando para cima do Nicolai?—Esmeralda fala me deixando irritada.

— Acaso pensa que eu não sei que você ajudou a Daiana a fugir? Não contei ao Nicolai pois achei que se ela fosse para longe de mim e dele, teria uma chance, então se você não fazer com que ele me dê uma chance, será você quem sofrerá as consequências, já que ele te trata como melhor amiga.

— Acho que você não sabe queridinha, mas eu não sou o tipo de mulher que tem medo de cobras e muito menos do seu tipo, se fizer isso, será uma mulher morta, eu sei que foi você quem incentivou o Albert a fazer com que ele tentasse matar a própria nora e neto, acha que eu não fui atrás de provas? Eu destruo você se ousar pensar me destruir, não vou deixar que machuque ninguém mais, que eu amo, mesmo que seu irmão me peça para ter piedade de você, não terei, que sacrilégio é ter que ser sociável com você diante do homem que eu amo, até logo mais cunhadinha.

" Daiana"

Ava sai da cozinha e após escutar tudo, vou até a Esmeralda e digo:

— Como soube que ela quem ajudou o Albert a me matar?

— Não tinha certeza, mas a julgar pela forma como ela saiu, todas minhas dúvidas foram solucionadas.

— O que estão fazendo aqui na cozinha? Já iremos colocar a vela no bolo— a mãe do Blake falou, enquanto nos olhava.

— Eu só quis ajudar a Aurora, mas já estamos voltando para a festa— Esmeralda falou tentando me ajudar.

Saio com Esmeralda da cozinha e assim que chego a sala, o Lucas estava sentado ao lado do Nicolai e do Blake, ele tentava abrir o presente que o seu pai biológico trouxe para ele.

Assim que viu um boneco do homem aranha enorme que chegava a ser do tamanho dele, o Nicolai notou o rostinho de descontentamento do pequeno Lucas.

— Eu sei que não era isso o que queria, mas o seu presente está na minha casa, o que acha de passar o dia amanhã comigo?— Nicolai parecia gostar muito do filho, mal sabia ele que o Lucas era seu primogênito.

— Aurora, será que pode amanhã levar o Lucas para passar o dia com o padrinho dele?—Blake me perguntou.

Fiquei um pouco receosa, como eu diria não a algo que apesar de ter sido uma pergunta, eu teria que ir para cuidar do meu filho que para todos eu era apenas a babá.

— Mas senhor Blake, não posso deixar a pequena Lara sozinha— disse tentando fugir dessa situação complexa.

— A Lara também estará conosco, a propósito eles podem ir hoje mesmo para lá, não precisa fazer uma viagem esta noite Blake?—Nicolai falou enquanto me encarava.

Eu sabia que estava marcada por ele, da mesma forma que fui envolvida por ele quando o conheci anos atrás, eu não poderia me envolver naquele mundo luxuoso e perigoso dele, precisava encontrar um jeito de fugir das garras dele.

— Aurora ainda não tem sequer vinte e quatro horas que trabalha conosco e já fez muito por meu filho o salvando esta manhã, então prefiro que ela durma essa noite aqui e descanse— Blake falou me olhando com ternura.

Naquele momento senti um alívio imenso, como se um peso fosse tirado das minhas costas, mas como a alegria dura pouco o Nicolai incentivou o Lucas e a Lara a me pedirem para dormir na casa do padrinho com eles, Esmeralda colocava as mãos em sua cabeça imaginando o grande problema que eu estava prestes a vivenciar.

Como uma mãe que sentia saudades do filho, aceitei ir com eles dormir na mansão do Nicolai, eu só queria que o tempo demorasse o suficiente para que eu não tivesse que experimentar estar na mansão do pai biológico do meu filho.

Os convidados foram um a um se despedindo e quando percebi, só havia a família do Blake e o Nicolai presentes, subi para arrumar as roupas da Lara e do meu filho que iriam passar a noite e o dia seguinte fora de casa, em seguida fui até o meu quarto e assim que entro acabo levando um susto.

Blake estava sentado em uma poltrona e levanta assim que me vê entrar, olho para ele e o mesmo aproxima-se de mim e diz:

— Há algumas coisas que preciso lhe falar antes de sair com os meus filhos para a casa do padrinho deles.

— O que faz no meu quarto?

Continua...

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