Laura Lopes Sinto minhas pálpebras pesadas, meu corpo está quente e dormente, é como se eu permanecesse com sono o tempo todo, presa dentro de um pesadelo impossibilitada de despertar."Estou tão cansada... Quero tanto sair daqui." Eu tento me manter consciente, e quando sinto o resto das minhas forças se esvaindo, ouço duas vozes de longe chamando por meu nome. "Mãe? Ela está aqui?" Eu penso, e finalmente consigo abrir meus olhos, e quando vejo que ela está na porta, um sorriso surgi em meus lábios de forma inconsciente. — Oh meu Deus, filha… eu estava tão preocupada como você… você está bem? Ainda não acredito que você passou por todas aquelas coisas. — minha mãe corre em minha direção, se debruçando sobre a cama e me apertando com força em um abraço reconfortante. Ainda me sinto fraca para responder, mas só de olhar para o meu pai posso ver o quanto ele parece preocupado, seus punhos cerrados, suas sobrancelhas franzidas, nitidamente sem saber o que falar ou fazer enquanto m
Laura Lopes Finalmente, depois de vários dias tomando diversos remédios e fazendo o rígido tratamento prescrito pelo Doutor Fernando, eu irei receber alta, e sair do hospital que já estava se tornado praticamente minha casa. Ainda bem que consigo caminhar, não estou presa na maca fraca. Mas mesmo assim, se não fosse as medicações, não sei como teria conseguido dormir. — Tem certeza que está bem? O doutor disse que ainda faltam resultados de exames, talvez seja melhor você aguardar mais alguns dias, o que acha, Laura? — Ivone, uma das enfermeiras responsáveis por mim, fala enquanto me ajuda a levantar da cama. Ela sempre se preocupa, mesmo conseguindo caminhar, ela segura em meus braços me ajudando a ficar de pé. Passei tanto tempo aqui que acabei fazendo amizade com muitas pessoas, tenho certeza que irei sentir saudades de muitos deles, especialmente dela, que sabe um pouco da minha história. Olho para ela e mostro um curto sorriso. — Eu preciso ir para casa, tem muito
Miguel Rodrigues Quando abro a porta e olho para Laura, posso ver o belo sorriso que está estampado em seu rosto. Digo a ela que vou chamar Hugo e vou até o sofá, ele está sentado com a nova babá que contratei temporiamente. Ela sorri para mim e respondo com um curto sorriso. Olho para Hugo abaixando a minha cabeça. — Oi, meu filho, está tudo bem? Sua cabeça se levanta e seus olhos brilham, ele para no mesmo instante de brincar com seus brinquedos e assente com a cabeça, mostrando um sorriso. Me viro para olhar para Laura e percebo que o sorriso que estava estampado ali a segundos atrás, se desfez, posso ver como ela está assustada com algo. Olhando para a mulher do meu lado, então entendo o motivo, é a babá temporária que eu havia contratado para cuidar de Hugo, os dois estão na sala, Hugo continua a brincar com ela, eles sequer viram Laura. — Laura? — chamo pelo seu nome, e percebo que é pior do que eu pensava.Seus olhos estão cheios de lágrimas e qualquer um que a visse nes
Miguel RodriguesColoco Laura em sua cama, com certo cuidado e ela fecha seus olhos devagar, adormecendo. Olho para ela mais uma vez antes de sair do quarto, fechando a porta logo a seguir. Pego meu celular que está no meu bolso e ligo para meu advogado Afonso, preciso saber como estão as coisas em relação a Carmen e seus cumplices, ela ainda não foi julgada. Ao entrar no meu quarto, me sento na beirada da cama e coloco o celular na orelha, esperando que ele atenda. — Senhor? — escuto a voz dele, bem baixa. — Afonso, preciso saber sobre Carmen e os outros dois cumplices, quando eles serão julgados? — sou direto e aperto meus olhos ao esperar sua resposta. Silêncio por um momento. — Ia te ligar Senhor Rodrigues, o julgamento da Senhora Carmén e seus cumplices acontecerá daqui uma semana, o Senhor não tem mais que se preocupar sobre ela, ela será julgada pelos seus crimes. — sinto um certo alivio, respiro fundo e olho para o chão.— Obrigado Afonso. Que esse dia chegue logo. —
Laura LopesDona Luiza sai, e eu aproveito para brincar com Hugo, que não para de fazer perguntas. O pequeno parece animado e está cheio de energia, acho que nunca o vi tão agitado antes.Um sorriso se forma em meus lábios, até que ouço uma voz. — Eu vou deixar vocês a sós, se precisar de mim é só me chamar — a babá fala de uma maneira simpática, indo em direção à porta, e eu continuo a brincar com o Hugo, colocando um pouco de café para poder beber.Ficamos um tempo juntos, e quando percebo estou distraída, pensando sobre a tal prima do Miguel." Uma prima do Miguel… ele nunca me falou sobre ela” eu penso ficando aérea por um momento, imaginando o quanto ela deve ser próxima, ao ponto de se oferecer para cuidar de Hugo. Fico pensativa por um momento, olhando para o chão. — Laula? Eu tô falano cum vuce — Hugo chama minha atenção, percebendo que eu não olho para ele enquanto brinca, acabo percebendo, voltando a mim, balançando levemente a minha cabeça. — Desculpe... — eu falo passa
Laura LopesSento na cama depois que Miguel se despede, e após vê-lo fechar a porta eu me deito, ainda pensativa sobre o que havia acabado de acontecer."Não é possível que tudo foi coisa da minha cabeça… eu vi como a prima dele me olhou, e foi de uma forma nada simpática.'' Eu penso olhando para o teto, imaginando se havia deixado algo passar.“Talvez foi porque eu não a cumprimentei primeiro? Ou talvez foi a minha cara de sono… ela só pode ter entendido mal.” eu fico procurando motivos para o comportamento de Melissa, mas nada encaixa.Me acomodo na cama procurando uma posição confortável, eu me viro, fechando os meus olhos tentando relaxar, mas é impossível, fica ainda pior quando ouço as risadas estridentes de Melissa vindas do andar de baixo junto a voz de Miguel dizendo algo baixo, praticamente inaudível.'' O que eles estão falando?'' me questiono, mordendo levemente meu lábio, soltando um suspiro pesado. O desconforto toma conta de mim e inconscientemente eu fecho meus olhos c
Laura Lopes Mesmo sentindo essa sensação, do porque Melissa estar agindo assim, eu sinto um certo alivio por ter ouvido a pouco tempo Miguel colocando limites em Melissa. Isso faz com que eu sorria mais enquanto me encolho na cama me cobrindo com o lençol. "Sabia que não deveria me preocupar tanto, eu preciso confiar mais em Miguel, ele não é esse tipo de homem, que dá atenção para outras mulheres."Nesse momento fico despreocupada, sabendo que Miguel me quer bem, que está cuidando de mim, de uma maneira que me deixa toda boba...Devagar meus olhos se fecham e sinto meu corpo mole, eu preciso mesmo descansar...Sinto como se um peso saisse de mim, e acabo adormecendo...Horas depois... Abro meus olhos devagar, ainda sentindo certo sono. Me viro na cama e devagar fecho meus olhos, não querendo acordar agora. '' Mas talvez esteja tarde, melhor eu acordar.'' acabo pensando e solto um bocejo. Escuto a porta se abrindo, abro os meus olhos fitando em direção a porta, vendo Miguel entra
Laura Lopes Acordo cedo no dia seguinte, olho para os lados e Miguel não está na cama, provavelmente já foi trabalhar. Ao me sentar na cama, olho para o criado ao lado da cama e tem um papel dobrado, pego o item o abrindo, começando a ler. '' Tenho que resolver uma coisa no trabalho, volto mais tarde meu amor, se cuida!'' Como ele é fofo! Começo a sorrir e deixo o bilhete na comoda e vou até o banheiro fazer minha higiene e em seguida tenho que tomar meus remédios, para depois tomar meu café da manhã. Quando termino, vou até a cozinha, onde vejo Hugo tomando seu café da manhã, e a babá ao lado dele, esperando que ele termine de tomar seu café. — Bom dia para vocês. — falo para Hugo e a babá, que olha para mim com um leve sorriso.— Bom dia! Como a senhora está se sentindo? — ela me pergunta, gentilmente. — Estou me sentindo um pouco melhor, obrigada! — respondo e me aproximo de Hugo, que me olhando sorrindo, com aquele rostinho mais lindo do mundo. — Bom dia Laula, vuce ta be