Laura Lopes. O amigo de Elena já se mudou para minha casa, tudo está em ordem e devagar ele está levando os móveis para a casa. As minhas coisas estão todas na mansão de Miguel. Mesmo não querendo, ele ainda insistiu... Me despeço dele, acenando e sigo para a casa de Elena. Peço um Uber e enquanto aguardo, fico de olho em meu celular, caso alguma mensagem chegue.****** Passando os minutos, chego na casa de Elena e combinamos de comermos fora. São quatro horas da tarde e estamos a caminho do shopping da cidade. Ao sairmos do carro e caminharmos até a entrada, digo a minha amiga. — E então, tem quantos tempo que não se diverte? Ela dá de ombros, mas aproxima o seu rosto do meu. — Bom, já que já me conhece, sabe que não saio muito, o trabalho tem me atolado, sabe? Estamos em um caso... Bom, não posso te contar muito. Só posso falar que uma doida é suspeita de um crime, bom, o que sabemos é que ela agrediu uma pessoa, mas não sabemos ainda se ela matou, não temos ainda provas ou
Cármen Martínez.Passou alguns dias depois daquele paciente idiota ter me batido. O tal do Jorge, aquele louco. FILHO DA PUTA... Me seguro para não gritar. Ele está sendo mantido longe de todos, ficando mais em seu quarto. Eu juro que se... Ele tentar algo comigo, não vou responder por mim. Nessa merda de lugar, estou me segurando ao máximo para não dar na cara dele, matar qualquer um que tentar alguma gracinha. Já devia ter saído daqui, mas agora estou mais perto de finalmente escapar dessa prisão.Meus olhos brilham enquanto penso sobre isso. Estou sentada na minha cama, abraçando os meus joelhos, estudando as estratégias. Graças a minha aproximação com Diego, o enfermeiro novato e gato, vou poder sair daqui. Ele é a minha chave. Mordo meu lábio e um sorriso malicioso surge nele... Estou entrando dentro da mente do homem, o convencendo que estou normal, que estou curada, mas os médicos acreditam que ainda não me recuperei. E o rapaz está acreditando em mim, parece apaixonad
Carmen Martínez. Coloco a chave na fechadura a girando, viro a maçaneta e olho para o corredor, que está vazio. Meu sorriso se estende e coloco as chaves no bolso e começo a caminhar, abaixando a minha cabeça.As câmeras de segurança não podem gravar focar no meu rosto. Ao passar por um cômodo, percebo que ali é onde lavam e guardam roupas dos enfermeiros, afins. Entro rapidamente no cômodo, a procura de um boné. Quando o acho, coloco sobre a cabeça, assim é melhor para que meu rosto fique mais escondido.Posiciono bem o boné, saindo do cômodo, andando apressada pelo corredor. Ao me aproximar pelos guardas para enfim sair dali, ele me olha com atenção, levanto um pouco só do meu rosto, até ouvir sua voz. — Espera... Você é? " Merda de segurança..." Ontem mesmo começou um estágio de uma enfermeira, e com certeza os seguranças ainda não decoraram o seu rosto, vou usar isso para sair. Mostro um curto sorriso, respondendo. — Sou a nova estagiária, Beatriz. — dou uma disfarçada
Cármen Martínez.Ao me deitar em uma cama não muito agradável e confortável , me acomodo sobre ela, me cobrindo com um cobertor velho.Com toda certeza não vou ficar mais aqui, mereço um lugar melhor.Resmungo e me viro na cama, tentando achar uma boa posição para descansar, amanhã cedo será um novo dia em minha vida, vou procurar por respostas amanhã.Acordo cedo devido aos passos pesados sobre a casa, me sento na cama sonolenta, coçando os olhos. Me levanto e ao fitar a porta do quarto, que está aberta, vejo Fábio me olhando. — Que bom que acordou, venha comer algo e vamos logo pegar a grana. Ele solta as palavras de modo grosseiro, logo pela manhã. Fecho a cara e caminho até a cozinha, me sentando e pego uma xícara me servindo de café e como alguns pães que estão sobre a mesa. Pelo menos no hospital eu comia bem. — Com o dinheiro que você recebe, deveria pelo menos comer algo melhor pela manhã. Fábio arregala os olhos quase esfregando o pão na minha cara. — Cala a boca Cárme
Laura Lopes. Os dias se passaram e percebi o quanto Miguel está diferente, mas determinado com algo. Ele me contou algumas coisas sobre a mãe do Hugo, e ele está a todo tempo querendo descobrir o que de fato ela fez.Agora sei que ela estava em um hospital psiquiátrico, que com certeza ela fez algo grave, mas a polícia não diz nada sobre o caso a Miguel, o que o deixa mais nervoso, algumas vezes. Ele tem recebido visitas diariamente, do seu advogado e do seu amigo Mateo, que é herdeiro de uma empresa de segurança. Eu realmente estou muito preocupada agora, com Hugo, não quero que ele sofra devido ao seu passado, quando tudo for esclarecido, tenho medo do que podemos descobrir.Hugo está dormindo agora, continuo olhando para ele, adormecido tranquilamente em seu berço. Um sorriso largo surge em meus lábios, admirando esse anjinho, que merece ser muito feliz, merece amor, carinho e atenção. Tudo que uma criança merece ter. Quero dar tudo isso a ele, desejo que ele sempre tenha o s
Cármen Martínez.Com o passar dos dias, ao vigiar a mansão de Miguel, estou no carro de Ruan - o hacker, junto a um capanga, que está no banco de trás do carro. Fico de olho na porta do vidro até reparar com uma coisa... Uma mulher segurando na mão do Hugo, o meu filho. Meus olhos se arregalam e uma raiva me consome... Ela começa a falar com ele, Hugo segura na mão dela sorrindo e os dois seguem em frente... Não não não.... Essa é a tal da babá que cuida do meu filho? Só pode ser ela, não acredito nisso. Preciso saber tudo dessa ordinária.— Filha da mãe! — solto as palavras e Ruan me fuzila, entendendo que estou falando daquela mulherzinha. Ele não fala nada e continua olhando para seu celular, mexendo no mesmo. Meus olhos ficam vermelhos de raiva, com vontade de esganar a tal mulher. Não quero aceitar que na casa do meu Miguel tem uma babá, uma mulher que não sou eu. Isso é inaceitável, não vou permitir que essa nojenta ficar na mansão, perto de Miguel e do Hugo, não vou
Miguel Rodrigues. Dias seguintes. Ao esperar por Rodolfo, que tem algumas informações para me passar, me sento em minha poltrona, em meu escritório e pego uma bebida que está na mesa central do cômodo. Viro o líquido amargo guela a baixo e solto um suspiro fundo, apreciando a bebida. Continuo tomando alguns goles, até ouvir o bater da porta.— Pode entrar. Rodolfo entra com sua maleta preta e um sorriso amarelo aparece em seus lábios. Acho que ele não tem boas notícias. — Se sente.— aponto para a poltrona do meu lado. Assim ele faz, se acomodando e colocando a maleta em seu colo.Nossos olhos se encontram e ele começa, abrindo a maleta. — Senhor, tenho uma má notícia para te contar, mas a outra é um pouco boa. — Prossiga, por favor. — peço, juntando meus dedos uma a outra, erguendo uma sobrancelha, curioso.— Bom, minha equipe conseguiu certas informações, o hospital em que Cármen estava... Bom, ela sumiu a alguns dias, ninguém sabe onde ela está... Pelas imagens de seguranç
Miguel Rodrigues. Ao chegar em casa, vou até a cozinha e Rita está começando a preparar o meu almoço, hoje decidi não ir à empresa, decidi tirar o dia de folga. Há um tempo que planejo fazer isso, as coisas na empresa estão mais calmas, então não preciso me preocupar tanto. Pela manhã fui apenas na academia e depois fiquei fazer uma caminhada, tem um tempo que não cuido muito bem de mim, preciso estar em forma, boa saúde e me alimentar melhor. Me sento e me sirvo do café da Rita, que é uma delícia. — Senhor? — Rita me chama e apenas balanço a cabeça, para que ela continue. — Estou precisando de ajuda com algumas tarefas, os outros funcionários tomam conta do jardim, de alguns cômodos da casa, mas estou precisando de um assistente para me ajudar com o preparo das comidas e outras funções. Realmente Rita parece estar sobrecarregada, ela faz tantas coisas para mim. É muita responsabilidade para ela. Queria mesmo que ela tirasse uns dias de folga, mas sei que ela vai recusa