Miguel Rodrigues. Dias seguintes. Ao esperar por Rodolfo, que tem algumas informações para me passar, me sento em minha poltrona, em meu escritório e pego uma bebida que está na mesa central do cômodo. Viro o líquido amargo guela a baixo e solto um suspiro fundo, apreciando a bebida. Continuo tomando alguns goles, até ouvir o bater da porta.— Pode entrar. Rodolfo entra com sua maleta preta e um sorriso amarelo aparece em seus lábios. Acho que ele não tem boas notícias. — Se sente.— aponto para a poltrona do meu lado. Assim ele faz, se acomodando e colocando a maleta em seu colo.Nossos olhos se encontram e ele começa, abrindo a maleta. — Senhor, tenho uma má notícia para te contar, mas a outra é um pouco boa. — Prossiga, por favor. — peço, juntando meus dedos uma a outra, erguendo uma sobrancelha, curioso.— Bom, minha equipe conseguiu certas informações, o hospital em que Cármen estava... Bom, ela sumiu a alguns dias, ninguém sabe onde ela está... Pelas imagens de seguranç
Miguel Rodrigues. Ao chegar em casa, vou até a cozinha e Rita está começando a preparar o meu almoço, hoje decidi não ir à empresa, decidi tirar o dia de folga. Há um tempo que planejo fazer isso, as coisas na empresa estão mais calmas, então não preciso me preocupar tanto. Pela manhã fui apenas na academia e depois fiquei fazer uma caminhada, tem um tempo que não cuido muito bem de mim, preciso estar em forma, boa saúde e me alimentar melhor. Me sento e me sirvo do café da Rita, que é uma delícia. — Senhor? — Rita me chama e apenas balanço a cabeça, para que ela continue. — Estou precisando de ajuda com algumas tarefas, os outros funcionários tomam conta do jardim, de alguns cômodos da casa, mas estou precisando de um assistente para me ajudar com o preparo das comidas e outras funções. Realmente Rita parece estar sobrecarregada, ela faz tantas coisas para mim. É muita responsabilidade para ela. Queria mesmo que ela tirasse uns dias de folga, mas sei que ela vai recusa
Um dia depois... Cármen Martínez. Estou roendo as unhas a um bom tempo, sempre atenta ao meu celular, se alguma notificação vai chegar... Quero muito ser umas das escolhidas para a entrevista, se isso acontecer, vou ficar mais perto do Miguel, vou ter ele só para mim. Vamos ser uma família, como sempre quis, eu Miguel e Hugo. É tudo o que mais quero. Enquanto tomo meu café da tarde, bem reforçado, vejo meu celular vibrar na mesa, o que faz eu soltar uma risada nervosa, fazendo com que eu deixe a xícara na mesa, pegando o celular com pressa. — Espero ser o que tanto anseio. — continuo a rir, o que faz Fábio e Ruan virarem seus rostos para mim, com certa raiva. — Dá para fazer menos barulho? — Fábio diz irritado. " Esse idiota, nem sei o que ele faz aqui. Sempre fica horas e horas nesse lugar que é meu lar temporário, ele não sai da minha cola. Tenho certeza que é para me vigiar. Ele não confia cem por cento em mim, e bom, também não confio neles." Tento os ignorar e leio a n
Miguel Rodrigues. Pego a minha maleta e caminho até a cozinha, para tomar meu café antes de ir para a empresa. — Aqui Senhor. — Rita aproxima a xícara de café com um bolo de cenoura, que ela acabou de fazer. O cheiro está divino, não tem nada melhor que um bolo caseiro. Provo o bolo que está morno e depois tomo um gole de café. — Hummm, está muito gostoso Rita. — olho pra ela que agradece, com um enorme sorriso. Termino de comer o bolo e o café e me levanto, passando a mão em meu terno, pronto para ir ao trabalho. — Estou indo Rita, até mais tarde! Saio da cozinha e quando chego na sala, encontro Laura com Hugo, ele está em seu colo, bem sonolento. Vou até eles e estico minha mão, fazendo carinho nos cabelos loiros do meu filho. Seus olhos pequenos me fitam e um curto sorriso aparece em seus lábios. — Papai... — ele coça os seus olhos após me chamar. — Eu vou trabalhar e volto depois do almoço, certo? Me aproximo mais beijando o topo de sua cabeça. Hugo balança
CÁRMEN MARTINEZ. — Boa sorte! — Ruan diz, virando para mim, erguendo uma de suas sobrancelhas. '' Eu sei que vou me dar bem na entrevista, sempre que me esforço, me saio bem, seja no que for.''— Obrigada, mas sei que vou me sair bem na entrevista, nos vemos depois.Saio do carro e aceno para ele, caminhando em direção os portões da mansão. Ao me aproximar, os seguranças me olham atentamente, e depois um deles eleva sua voz. — Seu nome, por favor. Ao olhar ao redor percebo que Miguel reforçou a segurança, ele parece estar tomando certo cuidado, acredito ser devido ao nosso filho. Respondo com um sorriso gentil. — Sou Bruna Silva, vim para a entrevista. — o segurança checa algo em seu tablet e assente, abrindo os portões para mim. Ele me explica o caminho até o salão principal, como se não soubesse. Agradeço e sigo confiante até o enorme jardim. Aqui está lindo, como me lembrava, só de imaginar que isso aqui será tudo meu, meu coração se enche de felicidade. Ao entrar no salã
Laura Lopes. Caminho com Hugo até a cozinha, ele acordou com fome, está pedindo por frutas. O que ele mais quer comer agora é frutas. — Tá bom, quando chegarmos, você escolhe o que quiser, tá bom? Ele balança a cabeça concordando, sorrindo. Ao chegarmos na cozinha, vejo uma mulher diferente, ela deve ser uma das candidatas que Rita me disse que iria entrevistar. Seus cabelos são curtos, até os ombros na cor vermelha brilhante, é bonita, parece estar atenta aos afazeres. Hoje deve ser seu dia de teste, vejo o quanto ela está determinada. Hugo continua segurando na minha mão e a solta de repente, correndo até a mulher. — MAMÃE...— Ele grita, parecendo animado. Eu ouvi direito? Ele a chamou de... mamãe? Meus olhos se arregalam, me aproximo mais da mesa, olhando para a mulher, que parece assustada. Hugo estende os seus braços e ela sem saber o que fazer, limpa suas mãos e se abaixa, para pegar Hugo que sorri para ela, chamando ela de mãe, mais uma vez. O que... está ac
Miguel Rodrigues. Ao chegar em casa, me sinto exausto. Vou direto para meu quarto e entro no banheiro, já tirando as minhas roupas e tomando um bom banho. Deixo a água morna molhar o meu corpo e meus cabelos, fazendo com que fique relaxado nesse momento. Ao me ensaboar rapidamente e me enxaguar. Saio do banho com uma toalha amarrada na cintura. Em frente ao guarda roupa, coloco uma camiseta de mangas compridas e uma calça moletom, a noite está um pouco fria agora. Termino de me arrumar e ajeito os meus cabelos, passando a mão sobre eles. Em seguida, saio do meu quarto, andando pelo corredor. Fico à procura de Laura, mas não a vejo. Ela deve estar fazendo Hugo dormir, hoje atrasei as coisas na empresa, mas amanhã posso passar o dia com eles. Enquanto sigo até a cozinha, para ver se o jantar está pronto, ouço vozes de Rita com a nova funcionária. — Parece estar bom, deixa eu ver como está o tempero. — Rita pega uma colher e prova. Ela balança a cabeça concordando
Cármen Martínez.Ao ver meu Miguel indo com aquela babá para algum lugar, me senti em chamas. " Porra, que mulherzinha nojenta, eu vou acabar com ela." Respiro fundo e caminho até o corredor dos quartos, assim que Rita foi para o seu quarto. Sei que já deu a hora de ir embora, mas quero apenas confirmar uma coisa, para começar a agir amanhã. Ao olhar para os lados e não ver ninguém por perto, coloco os meus ouvidos na porta do quarto de Miguel, tentando escutar algo.Até que escuto as vozes deles. Parecem estar conversando e rindo, isso faz com que minha raiva se estenda. Controlo a minha irá e meu punho se fecha, aperto meus dedos tão forte que sinto minhas unhas machucarem a minha mão. " Que merda, não posso perder ele para essa mulher ridícula." penso enquanto semicerro meus olhos, atenta ao que os dois falam. Não entendo muito bem o que falam, mas sei que estão bastante íntimos. Não é possível que ele esteja realmente com essa sem sal. Me afasto da porta, determinada a