Miguel Rodrigues. — Como aconteceu, Senhor? — meu advogado pergunta, parece curioso. — Então Afonso, Hugo começou a chorar, do nada, ele pensou que eu estava indo embora, o deixando, mas fui apenas comprar a bola que ele pediu, mas parece que... Ele me viu saindo, e achou que eu estava o abandonando... — penso por um tempo, e colocando a mão na testa, continuo. — Eu acho que... ele passou por algo assim com a mãe. Só pode ser isso. Hugo chorava muito quando se mudou para cá, tinha pesadelos, e isso melhorou depois que Laura começou a cuidar dele, ele se sente seguro e feliz com ela.Digo tudo a ele, que parece anotar em algum papel. — Certo Senhor, isso é muito importante. Tenho que obter a permissão da empresa de segurança para poder ver o que aconteceu com seu filho, ele pode ter sofrido maus tratos, ou a mãe pode ter deixado ele com outra pessoa e foi embora, e ele se sentiu abandonado. Muitas coisas podem ter acontecido. " Isso é horrível. Meu filho deve ter passado por muita
Cármen Martínez Já faz alguns dias que estou sendo arrastada para aquelas reuniões escrotas. Fingo estar melhorando, me envolvendo mais com as outras pessoas. Preciso dar meu melhor para tentar fazer com que o médico acredite que estou melhorando, afinal, estou sendo monitorada 24 horas, e fingir tanto é exaustante. Depois de ser levada para uma sala de descanso, me sento em um sofá e acomodo meu corpo, enquanto os demais se sentam em uma mesa e participam de jogos, de dominó, baralho e afins. " Isso é uma perda de tempo." Fecho os meus olhos, tentando ignorar esses minutos, em breve vou para aquele quarto, que parece mais a minha prisão. Quando abro meus olhos, percebo alguns seguranças me olhando, e umas enfermeiras também que ficam sempre de olho em cada paciente. Tento não demonstrar raiva desses olhares sobre mim. Apenas dou uma rápida olhada neles e continuo olhando para o chão, tentando focar em ter paciência, mas está difícil. " Estou cansada disso, quero sair daqui o m
Laura Lopes Faço Hugo dormir, coloco devagar ele no seu berço e beijo sua testa antes de sair. Saio devagar do quarto e sigo até o corredor. Vou até às escadas e começo a descer. Olho para os lados e vejo Miguel no sofá, mexendo em seu celular. Me aproximo devagar e Miguel levanta a cabeça, notando a minha presença. — Se sente. — ele refere-se ao lugar vago ao seu lado.Caminho até ele e me sento, olhando de canto para meu chefe. — Hugo já dormiu? — concordo com a cabeça. — Sim, ele brincou muito depois do almoço que cansou. Acho que ele acorda daqui duas horas. Miguel balança a cabeça e ergue a sobrancelha, se aproximando mais de mim. — E você... confesso que está a caminho da casa de sua amiga, certo? Mostro um curto sorriso para ele, assentindo. — Sim, ela já está me esperando, eu volto mais tarde. Ok? — Miguel respira fundo, aproximando sua boca perto da minha orelha. — Tudo bem, vou ficar te esperando. Mais tarde, quero te mostrar as professoras que vão fazer a entrevi
Miguel Rodrigues Após ter recebido um telefonema do meu advogado Afonso, fico à espera dele chegar na minha mansão.Mateo também virá, ligo para o meu segurança, o informando que Mateo e Afonso estão a caminho, já permito a entrada deles e peço para que os leve até o meu escritório, assim que chegarem. — Certo Senhor, estou às ordens. Agradeço a ele e vou até Rita, que está na cozinha. Me aproximo da mesa e ela sente a minha presença, virando-se. — Senhor, precisa de algo? — ela se assusta de imediato, mas depois mostra um leve sorriso. — Boa tarde, Rita, quero que leve bebidas para o escritório. Uma garrafa de vinho e petiscos, por favor. Estou aguardando duas visitas. E quando Hugo acordar, me informe, imediatamente. Ela assente e me responde. — Claro Senhor, pode deixar, irei começar a preparar o lanche agora. — Obrigado Rita. — ela sorri para mim e se vira, começando e mexer nos armários. Me viro e começo a caminhar até o meu escritório. Me sento em uma das poltronas,
Laura Lopes. O amigo de Elena já se mudou para minha casa, tudo está em ordem e devagar ele está levando os móveis para a casa. As minhas coisas estão todas na mansão de Miguel. Mesmo não querendo, ele ainda insistiu... Me despeço dele, acenando e sigo para a casa de Elena. Peço um Uber e enquanto aguardo, fico de olho em meu celular, caso alguma mensagem chegue.****** Passando os minutos, chego na casa de Elena e combinamos de comermos fora. São quatro horas da tarde e estamos a caminho do shopping da cidade. Ao sairmos do carro e caminharmos até a entrada, digo a minha amiga. — E então, tem quantos tempo que não se diverte? Ela dá de ombros, mas aproxima o seu rosto do meu. — Bom, já que já me conhece, sabe que não saio muito, o trabalho tem me atolado, sabe? Estamos em um caso... Bom, não posso te contar muito. Só posso falar que uma doida é suspeita de um crime, bom, o que sabemos é que ela agrediu uma pessoa, mas não sabemos ainda se ela matou, não temos ainda provas ou
Cármen Martínez.Passou alguns dias depois daquele paciente idiota ter me batido. O tal do Jorge, aquele louco. FILHO DA PUTA... Me seguro para não gritar. Ele está sendo mantido longe de todos, ficando mais em seu quarto. Eu juro que se... Ele tentar algo comigo, não vou responder por mim. Nessa merda de lugar, estou me segurando ao máximo para não dar na cara dele, matar qualquer um que tentar alguma gracinha. Já devia ter saído daqui, mas agora estou mais perto de finalmente escapar dessa prisão.Meus olhos brilham enquanto penso sobre isso. Estou sentada na minha cama, abraçando os meus joelhos, estudando as estratégias. Graças a minha aproximação com Diego, o enfermeiro novato e gato, vou poder sair daqui. Ele é a minha chave. Mordo meu lábio e um sorriso malicioso surge nele... Estou entrando dentro da mente do homem, o convencendo que estou normal, que estou curada, mas os médicos acreditam que ainda não me recuperei. E o rapaz está acreditando em mim, parece apaixonad
Carmen Martínez. Coloco a chave na fechadura a girando, viro a maçaneta e olho para o corredor, que está vazio. Meu sorriso se estende e coloco as chaves no bolso e começo a caminhar, abaixando a minha cabeça.As câmeras de segurança não podem gravar focar no meu rosto. Ao passar por um cômodo, percebo que ali é onde lavam e guardam roupas dos enfermeiros, afins. Entro rapidamente no cômodo, a procura de um boné. Quando o acho, coloco sobre a cabeça, assim é melhor para que meu rosto fique mais escondido.Posiciono bem o boné, saindo do cômodo, andando apressada pelo corredor. Ao me aproximar pelos guardas para enfim sair dali, ele me olha com atenção, levanto um pouco só do meu rosto, até ouvir sua voz. — Espera... Você é? " Merda de segurança..." Ontem mesmo começou um estágio de uma enfermeira, e com certeza os seguranças ainda não decoraram o seu rosto, vou usar isso para sair. Mostro um curto sorriso, respondendo. — Sou a nova estagiária, Beatriz. — dou uma disfarçada
Cármen Martínez.Ao me deitar em uma cama não muito agradável e confortável , me acomodo sobre ela, me cobrindo com um cobertor velho.Com toda certeza não vou ficar mais aqui, mereço um lugar melhor.Resmungo e me viro na cama, tentando achar uma boa posição para descansar, amanhã cedo será um novo dia em minha vida, vou procurar por respostas amanhã.Acordo cedo devido aos passos pesados sobre a casa, me sento na cama sonolenta, coçando os olhos. Me levanto e ao fitar a porta do quarto, que está aberta, vejo Fábio me olhando. — Que bom que acordou, venha comer algo e vamos logo pegar a grana. Ele solta as palavras de modo grosseiro, logo pela manhã. Fecho a cara e caminho até a cozinha, me sentando e pego uma xícara me servindo de café e como alguns pães que estão sobre a mesa. Pelo menos no hospital eu comia bem. — Com o dinheiro que você recebe, deveria pelo menos comer algo melhor pela manhã. Fábio arregala os olhos quase esfregando o pão na minha cara. — Cala a boca Cárme