Laura Lopes. — Hora de tomar banho, vamos Hugo? — Ele larga o seu brinquedo no chão e segura em minha mão. Vamos até o banheiro e tiro suas roupas rapidamente, logo a água estará bem morna pra ele e o coloco na banheira. Pego o saco de brinquedos que ele gosta de brincar na banheira e coloco devagar os mesmos dentro da banheira, o que faz Hugo começar a soltar risadas. — Binquedos... Quelu dinonssauru, avião, carrinho.— Já vou colocar tudo na banheira, tá bom? Coloco os brinquedos que ele pediu, e enquanto ele brinca, começo a ensaboar o seu corpinho. Deixo Hugo brincando por alguns minutos, quando a água começa a esfriar eu o chamo.— Hora de sair, amanhã você brinca mais, está ficando tarde e a água está ficando fria. Ele mostra um beiço, com o semblante tristonho e abaixa sua cabeça, olhando para os brinquedos que boiam na água. Me agacho, e falo bem baixinho, tentando explicar. — Se você ficar mais um pouco na banheira, vai ficar doente e vamos ter que te levar para o ho
Miguel RodriguesAo esperar Laura, fico mexendo em meu celular, eu e Mateo conversamos, ele vai passar a tarde de domingo em minha mansão. Vai ser até bom passar um tempo com ele, conversar um pouco, mas sei que também ele está curioso. Deixo o celular no porta malas do carro e fico olhando em direção ao portão da mansão, esperando por Laura. Até que... vejo ela passar do portão, meus olhos focam em seu lindo rosto, ela parece estar maquiada, um leve gloss em seus lábios, um vestido bonito. Hoje é o dia de conhecer melhor Laura, quero saber quem é ela, quando se mudou para são Paulo, tudo. Ela caminha até mim e parece estar envergonhada. Seus olhos encontram os meus, enquanto vem em minha direção. Abro a porta para ela e Laura se aproxima mais e entra dentro do mesmo. A porta se fecha devagar e ela se vira para me olhar. — Boa noite Miguel. — um sorriso calmo surge em seus lábios e seus olhos estão brilhando para mim. Um sorriso torto aparece em meus lábios e a cumprimento. —
Laura Lopes. Não consegui me controlar quando ouvi ele dizer que gosta de mim, eu sinto o mesmo por ele. Não tem como negar isso, nós já estamos envolvidos, mais do que gostaria. Quando ele tocou em meu rosto, tudo em mim pareceu que iria explodir, eu desejo os seus lábios sobre os meus, o seu carinho. Seus olhos são tão gentis aos meus, não consigo parar de olhar para seu rosto. Sinto todo o meu corpo ferver com a sua aproximação. Depois de Miguel dizer o meu nome coreano, uma mistura de emoções eu senti. Os meus pais não dizem o meu nome coreano há um tempo, e ouvir ele dizer, com sua pronúncia não correta totalmente, fez tudo ficar ainda melhor. O som da sua voz dizendo o meu nome, é único e sempre quero ouvir ele dizer o meu nome, desse jeito doce, gentil. Percebo que ele se afasta um pouco tentando quebrar aquele clima, ele chama o garçom e fazemos nossos pedidos. Conversamos mais um pouco, contei mais sobre como vivi aqui, que foi difícil no começo por ser mestiça, mas pu
Miguel Rodrigues. Olhando atentamente para ela, fico à espera do que Laura tem a me dizer. " No que será que ela está pensando?" tiro minha mão do seu queixo e ela diz, a frase que nem suspeitava... " Eu sou virgem".Laura fica ainda mais envergonhada, ela desvia o olhar e parece constrangida com isso. Seguro as suas mãos que estão em seu colo, e seu olhar vem até os meus, surpresa, mais não conseguindo falar nada. — Laura... Olha, nós vamos no seu ritmo, ok? Então, não precisa ficar assim. Levo suas mãos até o meu rosto, sentindo o quão macio eles são. Suas mãos são tão pequenas, delicadas... — Tudo bem? — pergunto mais uma vez, só que agora com o meu rosto mais perto do dela. Laura devagar balança a cabeça. — Obrigada Miguel. — sorrio para ela e digo para entrarmos. Saímos do carro e andamos lado a lado até a entrada da mansão. Ao chegarmos na sala, me despeço dela. — Até amanhã Laura, boa noite! — Boa noite, obrigada pelo jantar! Respondo com um sorriso e começo a subir
Laura Lopes.— Obrigada por nos acompanhar. — digo ao segurança que nos levou em segurança. Seguro na mão de Hugo e ele responde. — Não foi nada, Senhorita. — Ele se afasta indo até o seu posto e eu sigo para dentro com Hugo. Ao entrarmos ele pede bolo, com aquele sorriso lindo dele. Digo que vamos para a cozinha e vou pegar para ela. Mas quando entro na sala, escuto uma voz que faz o meu coração pular. Quando escuto ele perguntar se divertimos, olho para seus olhos que brilham para mim, seus braços estão acima do peito, erguendo uma sobrancelha enquanto um curto sorriso aparece em seus lábios. Miguel olha para Hugo e se abaixa, erguendo as mãos, o chamando. — Vem cá no papai. Eu vou te dar bolo. — Hugo revela um largo sorriso e corre até o seu pai, quase tropeçando no caminho. Dou um passo para frente, preocupada se ele irá cair, mas Miguel segura ele nos braços e se levanta. — Vamos comer um delicioso bolo. — Ebaa! — Hugo diz empolgado, eles caminham até a cozinha e eu os
Miguel Rodrigues Passo as horas com Hugo, brincamos em um parquinho e depois comprei sorvete para ele, e Hugo escolheu um sabor, não foi o que pensei (chocolate) e sim de milho-verde, um gosto um tanto que... diferente. — Você está gostando? — pergunto curioso. Seus olhos se movem em minha direção e ele acena com a cabeça. — Sim, está gotoso! — Ótimo, pode comer tranquilo, depois vamos embora, tá bom? Ele sorri para mim com os poucos dentes na boca e continua a comer. Depois de limpar a sua boca, o coloco no carro, mas ouço sua voz manhosa. — Eu quelia, uma bola. Na minha caixa de binquedo non tem. Me aproximo dele erguendo uma sobrancelha, segurando o riso. — Você quer uma bola de futebol? É isso? — ele balança a cabeça e um beiço pequeno aparece em seus lábios. Coloco o cinto nele e digo após me sentar e colocar o cinto. — Ok, vou comprar pra você a bola, vamos achar uma loja de brinquedos. '' Esse garoto está conseguindo tudo que quer, apenas fazendo um beiço, isso mesm
Miguel Rodrigues. — Como aconteceu, Senhor? — meu advogado pergunta, parece curioso. — Então Afonso, Hugo começou a chorar, do nada, ele pensou que eu estava indo embora, o deixando, mas fui apenas comprar a bola que ele pediu, mas parece que... Ele me viu saindo, e achou que eu estava o abandonando... — penso por um tempo, e colocando a mão na testa, continuo. — Eu acho que... ele passou por algo assim com a mãe. Só pode ser isso. Hugo chorava muito quando se mudou para cá, tinha pesadelos, e isso melhorou depois que Laura começou a cuidar dele, ele se sente seguro e feliz com ela.Digo tudo a ele, que parece anotar em algum papel. — Certo Senhor, isso é muito importante. Tenho que obter a permissão da empresa de segurança para poder ver o que aconteceu com seu filho, ele pode ter sofrido maus tratos, ou a mãe pode ter deixado ele com outra pessoa e foi embora, e ele se sentiu abandonado. Muitas coisas podem ter acontecido. " Isso é horrível. Meu filho deve ter passado por muita
Cármen Martínez Já faz alguns dias que estou sendo arrastada para aquelas reuniões escrotas. Fingo estar melhorando, me envolvendo mais com as outras pessoas. Preciso dar meu melhor para tentar fazer com que o médico acredite que estou melhorando, afinal, estou sendo monitorada 24 horas, e fingir tanto é exaustante. Depois de ser levada para uma sala de descanso, me sento em um sofá e acomodo meu corpo, enquanto os demais se sentam em uma mesa e participam de jogos, de dominó, baralho e afins. " Isso é uma perda de tempo." Fecho os meus olhos, tentando ignorar esses minutos, em breve vou para aquele quarto, que parece mais a minha prisão. Quando abro meus olhos, percebo alguns seguranças me olhando, e umas enfermeiras também que ficam sempre de olho em cada paciente. Tento não demonstrar raiva desses olhares sobre mim. Apenas dou uma rápida olhada neles e continuo olhando para o chão, tentando focar em ter paciência, mas está difícil. " Estou cansada disso, quero sair daqui o m