— Seja bem-vinda, senhorita Taylor. Ouvi dizer que aconteceu uma explosão na escola da sua família. Está tudo bem com eles? — a professora Amélia perguntou, curiosa.
— Sim, estão todos bem. Infelizmente, três pessoas que estavam no momento da explosão morreram e uma sobreviveu, mas ainda está internada no hospital. Só não conta pra mais ninguém fora dessa sala. Minha família odeia escândalos e não quer o nome deles na mídia, até porque eles não são responsáveis pela escola, apesar da a escola ser deles — disse Talisa, com pesar. — Tudo bem, eu entendo. Sua família são pessoas importantes. Seria muito ruim para a imagem deles se algo ruim sobre eles caísse na mídia, não é, senhorita Taylor? — disse a professora Amélia, com um olhar malicioso. Deixando Talisa sem entender a raiva que a professora sentia por sua família. No entanto, Talisa apenas se sentou na cadeira do final da sala, e Tyler, que estava na cadeira à sua frente, virou o rosto, olhando para ela. — O que deu na professora? Por que ela está com raiva de você se ela te conheceu agora? Aliás, por que você está com o coração acelerado? — Tyler perguntou, com curiosidade, pois não entendia por que conseguia ouvir os batimentos do coração de Talisa, que olhou pra ele com um olhar de surpresa. Talisa levantou-se um pouco, aproximando seus lábios do ouvido de Tyler. — Como você sabe que o meu coração está batendo aceleradamente? — Talisa sussurrou em seu ouvido. No entanto, o coração de Tyler gelou após Talisa pronunciar aquelas palavras. Ele então virou o rosto, olhando para Talisa sem reação. — Eu não sei, só percebi pela expressão no seu rosto. Você deixa tudo na cara, Talisa — disse Tyler com um sorriso amigável no rosto, na intenção de esconder seu nervosismo, que nem ele entendia o motivo. — Ah, — disse Talisa com um sorriso leve e tímido no rosto enquanto olhava para Tyler, que também estava sorrindo. Nesse exato momento, o sinal da escola tocou. — Já? Mas acabamos de entrar na sala! — Talisa murmurou com expressão de confusão, e Tyler riu. — Ah, não. Não é o sinal do intervalo, é só o sinal indicando que as aulas vão começar. Nós que entramos cedo na sala — disse Tyler, rindo, enquanto Talisa passava as mãos sobre seus cabelos, colocando-os atrás da orelha. — Ah, tá. Então por que não ficamos do lado de fora da sala até o sinal tocar? Se eu soubesse, com certeza teria ficado andando pela escola para conhecer os outros locais que ainda não tive a oportunidade de ver, pelo menos até o sinal tocar. — disse Talisa, e os dois começaram a rir juntos. Tyler olhava para ela com admiração antes do sorriso dos dois se fechar. — Bom, eu já estou acostumado a entrar cedo na sala. Geralmente, eu não gosto de entrar atrasado na aula. Vai por mim, você vai se acostumar a entrar cedo também. Pode ter certeza, não tem nada de bom pra fazer fora da sala. Mas, se você quiser, na hora do intervalo, eu posso te levar pra conhecer o resto da escola. Assim nos conhecemos melhor, que tal? — disse Tyler de forma natural, enquanto Tailane, que estava ao seu lado, apenas olhava para ele esperando que falasse com ela. Mas não foi o que aconteceu. — Claro, seria uma honra. Vai ser um prazer. Muito obrigada, Tyler — Talisa respondeu com um sorriso. e Alessandro, por sua vez, olhava para eles e para Tailane ao mesmo tempo, achando estranho o comportamento de Tyler. Uma hora depois, já no horário do intervalo, Talisa e Tyler estavam na biblioteca, olhando alguns livros e admirando o ambiente espaçoso, quando Tailane e Alessandro apareceram atrás deles com expressões sérias. — Tyler, será que podemos conversar em particular? Por que não me deu atenção na sala de aula? Eu fiquei bastante preocupada com você ontem, e hoje, quando seu irmão me disse que você estava bem, fiquei aliviada e esperando que você falasse comigo, e você nem sequer me deu um "boa tarde"! — gritou Tailane, irritada, olhando fixamente nos olhos dele. — E daí? Eu não sou obrigado a falar com vocês. E você sabe muito bem por que eu não falei com você, Tai. Nós dois nunca deveríamos ter nos beijado. Aquele beijo foi um erro — disse Tyler com sinceridade, sua postura firme, olhando bem nos olhos de Tailane, enquanto Talisa apenas observava, segurando um dos livros nas mãos naquele momento tenso. — Tyler, o que deu em você? Não fala assim com ela! Olha, me desculpe pelo soco que te dei, não foi minha intenção machucá-lo. Eu sei que errei, mas é exatamente por isso que precisamos conversar para esclarecer as coisas — disse Alessandro, tentando segurar sua raiva diante do olhar de deboche que Tyler estava fazendo. — É, mas machucou. Mas, quer saber? Você está perdoado, mas essa conversa acaba aqui. Eu não vou mais chegar perto da sua namorada, irmão, então podem ficar tranquilos, porque não vai mais precisar se preocupar comigo — disse Tyler com olhar de raiva e com seus punhos fechados. Alessandro então olhou para os seus punhos e, em seguida, olhou para ele novamente, sem dizer uma palavra, enquanto Tailane olhava para Talisa. Alessandro apenas saiu andando de costas, com passos leves, ainda com seus olhos fixos em Tyler, sua expressão de tristeza, antes de se virar e se afastar, enquanto Talisa estava parada no mesmo lugar. — Cuide dele. Um garoto como ele é difícil de achar — disse Tailane para Talisa, que ficou sem saber o que dizer diante das palavras tristes de Tailane, que logo em seguida se afastou. — Não fica olhando, só dá mais pena ainda deles. Só esquece isso. Vamos conhecer o resto da escola, ainda tem o laboratório de ciências, que é incrível — disse Tyler com um sorriso sem graça, na intenção de esconder sua tristeza, enquanto Talisa estava calada, olhando para ele, vendo o quanto ele estava abalado. — Não precisa esconder o que sente. Eu sei reconhecer quando alguém ao meu redor está triste. Eu sei bem como é isso. Quer conversar um pouco? É bom desabafar — disse Talisa, apontando para um banco perto da biblioteca. E Tyler, deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto, balançou a cabeça em concordância.dentro de uma sala de reunião secreta, todos os lobisomens estavam reunidos, conversando seriamente.— O que faremos agora que o nosso alfa se foi? Não podemos ficar aqui sem fazer nada, temos que descobrir o que causou a morte dele — disse Emily com os braços cruzados.— Isso é uma coisa que nunca vamos saber, já que ele está morto. Mas seja como for, isso é o menor de todos os nossos problemas. Agora que estamos sem um alfa, precisamos de um líder que represente o alfa — disse Tiago, o mais egoísta da alcateia.— Só pensa em você, eu odeio isso, Tiago! Todos estão sofrendo e você só pensa nisso: quem vai assumir o papel de alfa da alcateia? — gritou Alessandro, irritado, se segurando para não dar um soco em Tiago.— Não estou só pensando em mim, estou pensando em todos nós. O que é uma alcateia sem um alfa? Se as outras alcateias, ou pior, os vampiros, descobrirem que estamos sem a proteção do nosso alfa, vai ser morte na certa para todos nós — disse Tiago, tentando assumir o contro
Era uma noite linda de lua cheia na floresta, onde Marcos e Raissa, um jovem casal, estavam encostados em uma árvore, se beijando apaixonadamente. — Será que ninguém vai notar que saímos da festa? — Raissa perguntou com um olhar de preocupação após os lábios dos dois se separarem. — Fica tranquila, meu amor, acho que ninguém vai sentir a nossa falta. Essa noite tem que ser especial, é a nossa primeira vez juntos, e tudo o que eu quero agora é estar ao seu lado e te fazer feliz. Eu esperei tanto por isso — dizia Marcos, enquanto segurava o rosto dela e a beijava a cada vez que dizia uma frase bonita e romântica para ela. Logo em seguida, ele parou de falar e começou a beijá-la com vontade, enquanto tirava o vestido dela com delicadeza. Ao tirar o vestido, deixando-a apenas com suas roupas íntimas, os dois ouviram um barulho vindo do mato, que chamou a atenção dos dois. — Fique aqui, eu já volto — disse Marcos, enquanto segurava os braços de Raissa de forma protetora. — Meu be
dentro da festa, Thomas, um dos organizadores, pegou o microfone, fazendo todos pararem de dançar.— Boa noite a todos, meninos e meninas, sejam todos bem-vindos à nossa festa em comemoração ao nosso novo capitão de futebol da escola Elysium! — gritou Thomas com empolgação, enquanto todos presentes batiam palmas, gritando animados.— Agora, vamos fazer silêncio, porque o nosso novo capitão, Alessandro Lauder, vai dar algumas palavras a vocês. — disse Thomas, fazendo todos gritarem com alegria, enquanto Alessandro pegava o microfone.— Eu quero agradecer a todos vocês que votaram em mim para ser o novo capitão, e também quero agradecer ao meu irmão, Tyler, que foi quem me apoiou e que sempre me incentivou a não parar com o futebol, quando eu tinha desistido de tudo após a morte da nossa mãe. O Tyler pode ser o mais novo, mas ele também foi o mais maduro depois da morte da nossa mãe. — disse Alessandro de forma natural, enquanto olhava para Tyler, que estava no meio da multidão.No enta
Tailane e Alessandro apareceram, e ao perceberem que Tyler não estava ali, Alessandro se aproximou do jovem que avia ajudado Tyler a se levantar.— Ei, Tatú Bola, cadê o meu irmão? — Alessandro perguntou, com voz séria.— sei lá, ele estava aqui no chão. Acho que alguém bateu nele. Então, eu o ajudei a se levantar, porque ele estava chorando, mas então ele me empurrou e correu para dentro da floresta. — disse o jovem, identificado como tatú bola.— Isso é culpa sua. Se acontecer alguma coisa com o Tyler, Alessandro, eu saio. Você entendeu o que eu quis dizer, né? — gritou Tailane, irritada, após dar um tapa forte no rosto de Alessandro.— Tá legal, deixa pra me bater depois. Temos que encontrar o Tyler. — disse Alessandro, antes de sair andando em direção à floresta, com cara de bunda. Logo em seguida, Tailane o seguiu.No entanto, assim que Alessandro e Tailane se afastaram, Hino chegou na festa, onde todos estavam dançando. O som da música estava alto e todos estavam se divertindo a
Minutos antes, Alessandro estava sentado no chão com as costas apoiadas em uma árvore, enquanto Tailane estava de pé ao lado dele, com as mãos na cintura.— Se acontecer alguma coisa com ele, eu nunca vou me perdoar. Já perdi minha mãe e eu não quero... — disse Alessandro, frustrado. Mas, antes que pudesse terminar de falar, Tailane se aproximou dele, colocando as mãos em seu ombro.— Ei, ei, ei, a culpa não foi sua. Tá certo, você errou em ter batido nele, mas a culpa não é sua por ele ter corrido para cá. A culpa é minha por ter beijado ele — disse Tailane, se sentindo tão culpada quanto Alessandro.— Você apenas abriu o seu coração para ele. Olha, já que a gente tá falando disso agora, me diz, por que você não me contou antes que era apaixonada pelo meu irmão? — Alessandro perguntou, virando o rosto e olhando fixamente nos olhos de Tailane.— Ah, não vamos falar sobre isso agora. No momento, tudo o que eu quero é encontrar o Tyler — disse Tailane, se virando para o lado oposto dele
Horas mais tarde, já no colégio uma garota linda de cabelos brancos entrou na escola, chamando a atenção de todos que estavam presentes. Ela deu um sorriso tímido, deixando todos os meninos loucos com sua beleza. Nesse momento, a diretora se aproximou dela.— Olá, senhorita Taylor, boa tarde. Você deve ser a aluna nova, não é? — a diretora perguntou com um sorriso.— Sim, pra mim é um prazer estudar nessa escola. Eu estava torcendo para que fosse aceita na escola Elysium — Talisa respondeu animada.— Eu que fico honrada em ter você como aluna de nossa escola, senhorita Taylor. Desculpa perguntar, mas sua família é dona da escola mais rica do país. Por que veio estudar aqui e não na escola de sua família? — perguntou a diretora curiosa.— É que eu não me identifiquei muito com a escola Saint Taylor, e minha família não parece se importar muito com a escola. Por isso colocaram a família Castanhol como responsáveis. Tudo o que acontecer na escola é responsabilidade deles — Talisa respond