Clarice só faltou bater em Guilherme após saber das novidades. Sophia ficou assustada ao ver a mãe puxar a orelha do seu irmãozão enquanto o pai gritava com ele.
- Guiguizinho, o que você fez?- Menti.- Vai para o quarto, Sophia!- Eu não vou, papaizinho. Olha para mim, Guiguizinho! Você está namorando outra garota?- Não, Sophia. Mas eu sou muito burro para cair na conversa daquela mulher. Droga! Eu sou muito burro. Eu não sou dono daquela porra. Que inferno!- Eu vou lhe mandar para fora do país. Aí você vai se formar como alguém normal. Já era para ter ido. Eu fui muito mole com você.- Eu não vou para lugar nenhum sem antes conversar com a Cecília. Aquela vaca se fingiu de estava aprontando alguma quando me pediu para dormir no meu carro e tirou as coisas do lugar. Burro! Burro! Burro!- Nunca transou com ela?- Eu nunca pus as mãos nela.- O que você quer fazer, Guiguizinho?Guilherme acordou cedo e foi correr na praia com os olhos inchados de chorar sem saber como Cecília havia acordado. Fez exercícios, nadou e voltou para o apartamento caminhando sem ligar para as garotas que olhavam para ele. Chegou no apartamento mudo. Tomou banho, vestiu-se e ficou com os irmãos pequenos vendo televisão deitado na sala.- Vai ao hospital hoje?- Não. Estou de luto.- Já resolveu com o seu pai o que vai fazer?- Eu não vou largar a minha família porque Cecília está magoada. Sophia e Samuel não vão se livrar de mim tão fácil assim. - Ok. O que vai fazer então? - Meu avô me deu uma semana de folga. Depois vou voltar ao normal o ajudando na administração também. - Ótimo! Quer almoçar o que?- Macarrão instantâneo.- Credo, Guiguizinho. Mãe, faz uma comidinha gostosa?- O que você quer, Sophia?- Comidinha de vó. - Ok.De uma certa maneira Clarice se
Cecília estava triste, mas aceitou brincar com Sophia de chá de princesa depois que Cecília fez um lindo penteado com a ajuda de Guilherme que fez questão de tirar algumas fotos da irmã. Samuel achou engraçado e acabou pedindo para entrar na brincadeira.Clarice achou engraçado enquanto preparava o jantar os quatro tomando chá. Depois do jantar Klaus ficou conversando com Clarice na varanda enquanto viam as pessoas andando enquanto outras corriam. Sophia estava sonolenta no colo de Cecília e Guilherme apagou a luz da sala para ajudar no soninho.- Vai dormir com Sophia ou comigo?- Acho que é melhor eu dormir com Sophia.- Ela vai gostar da preferência, mas se mudar de ideia a minha porta está aberta.- Já vai dormir?- Vou tomar banho e arrumar a cama. Quando eu voltar alguém já deverá estar dormindo.- Boa noite, Guiguizinho. - Boa noite, princesa.Guilherme demorou um pouco mais do que o de costume
Cecília acordou preguiçosa sentindo o cheiro de café da manhã no quarto em que dormiu. Ela esfregou os olhos e se deparou com os olhos ansiosos de Guilherme ao seu lado com a bandeja em seu colo.- Bom dia, Gui.- Bom dia, Delícia. - Que horas são? - Cedo. Tome o café e volte a dormir. Meu pai já saiu para o hospital e vai ligar assim que souber das novidades. Mamãe disse que é muito cedo para ir para a casa dos seus avós. Durma mais um pouco.- Tudo bem.- Ótimo...- Ei, Grandão, sua mãe está em casa. - Ela voltou para cama e os meninos pequenos a seguiram. Pode cair uma bomba que não acordarão tão cedo. Sinto a sua falta.- Eu preciso comer algo antes, Grandão. Sabe disso. Você me faz gastar muitas calorias. Minhas roupas estão todas largas.- Desculpe. Mas a culpa não é só minha. Anda pulando os horários de alimentação. Você anda estressada com o ritmo na faculdade, no estúdio e em casa.
Guilherme aceitou a declaração com um sorriso radiante antes de se aproximar e de a beijar. Nada de sexo apesar de sua sugestão. Sua cabeça estava a mil e logo deveria sair para ver os irmãos e a mãe. Rodrigo e Rafael já haviam acordados e estavamntristes tomando o café da manhã na mesa com Rebecca e Paulo. Anna e Pedro haviam ido ao hospital e ainda não haviam voltado. Rebecca disse à amiga que Pedro não havia dormido apesar do calmante receitado por Felipe. Sentia-se culpado por tudo de ruim que acontecia com a filha mais velha desde o divórcio. Suas atitudes a maltrataram muito e quando tudo parecia fazer de sua vida algo melhor, aconteciam essas coisas.- Coitada da minha mãe. Disse Cecília lembrando do medo que havia nos olhos de sua mãe quando ela soube da gravidez.Paulo abraçou a sobrinha para confortá-la e a sentiu fria. Beijou sua cabeça e depois esfregou as suas mãos. - Acho que ela está nervosa, Guilherme. Ela comeu? Perguntou preocu
Cecília cheio ao hospital com o coração apertado. Encontrou o pai sentado numa cadeira próximo da xama destruído enquanto sua mulher dormia profundamente. Tinha o rosto pálido e cansado.- O que houve, pai?- Ela perdeu muito sangue. Vai ficar bem. O embrião tinha má formação. Ela deve receber alta amanhã. - Quer ir para casa descansar? Eu fico com ela. - Não. Eu estou bem. Cuide de seus irmãos. Cuide de si mesma. Vai ser um longo trajeto para que ela se sinta bem novamente.- Ela está sedada?- Está. Tiveram que dar um calmante para a minha garota rebelde. Ela ficou muito triste e agitada.- Diga que eu estive aqui, papai. Guilherme limpou tudo. Abrimos as janelas para tirar o cheiro de sangue.- Obrigado, Guilherme. Fique tranquila! Ela ficará bem. Eu vou entrar de férias. Não se preocupe. Guilherme, cuide dela. Sabe que ela é muito preocupada com a mãe. Faça ela comer e nada de se trancar naquele estúdio. <
Catarina chegou em seu apartamento na companhia do marido um pouco depois de meio dia. Estava abatida e cansada, por isso foi direto para o quarto. Cecília ajeitou as coisas no quarto. Ligou o ar condicionado, fechou as cortinas, afofou os travesseiros, beijou a sua testa e saiu do quarto. Felipe a ajudaria tomar banho e dormiriam um pouco. Ele estava exausto. Iria aproveitar que Rodrigo e Rafael continuavam na companhia dos avós maternos e com Rebecca e Paulo. Eles estavam bem. - Eles vem para casa hoje?- Eu preferia que viessem amanhã. Você dormiria bem hoje e amanhã eu iria buscá-los.- Por mim, tudo bem.
Não demorou muito para que Catarina adormecesse e começasse a sonhar. Em seus sonhos ela estava de volta ao tempo de colégio e chegava caminhando debaixo de uma fina, de botas de cavalaria, um sobretudo na altura do quadril preto e usando um guarda-chuva grande vermelho que chamava atencao de longe.- Sua prima?- É. A excêntrica mal humoradinha. Cuidado com ela.- Eu sei. Já levei duas portadas por pedir um beijo depois de entregar algo que mamãe mandou para Dona Olga.- Folgado! Vá com calma! Mais se está mesmo interessado, termine com a Nojinho. Ninguém da sua família gosta dela. Por quê continua?- Na falta de coisa melhor eu fui ficando...- Machista! Paga logo uma puta.- Com que dinheiro? Além disso, aqui só tem puta velha.- Caramba, Felipe! Hoje você está foda.- Eu não tenho escapatória. Eu a acho linda e talentosa, mas ela só tem quinze anos. Vai dar merda. Seu tio me mata se eu atravessar a
Clarice havia acordado mais cedo o que de costume e estava surpresa com o cheiro de café dentro de seu próprio quarto. - Bom dia, Raio de sol.Klaus lhe sorriu enquanto bebia o café em sua caneca "Papaizinho, eu te amo", presente da filha caçula. Clarice se espreguiçou e a camisola revelou mais do que deveria.- Está querendo me provocar, Clarice?- Não mesmo, Doutor. - Droga, Clarice! Eu já estava arrumado para ir trabalhar.Klaus trancou a porta do quarto e tirou a roupa rapidamente. Era engraçado que ela ainda ficasse corada com as investidas do marido por sexo. Era divertido ver aquele casal se comportando como recém casados após tantos anos. Ela sorriu. Dada os maus hábitos do marido no passado, desde que voltaram a realmente a ficarem juntos, depois do quase divórcio e da breve separação, eles tinham resgatado uma química incrível. - Eu sou louco por você, Ruiva.- É difícil acreditar depois de me deixa