Mesmo sendo de família rica e privilegiada, a vida de Elliot não foi tão fácil como alguém que o conhece superficialmente talvez possa imaginar.Sua criação foi extremamente regrada, sem qualquer tipo de liberdade para ter lazer ou algo que lhe proporcionasse prazer.Ele não havia se aprofundado com Jonathan sobre todos os detalhes que ainda o perturbavam após tanto tempo, mas mesmo assim, não foi necessário. O mais novo era uma pessoa extremamente sensível, e conseguia observar na expressão entristecida do loiro o quanto os assuntos sobre família mexiam com ele de maneira considerável.Era difícil saber que ele havia sofrido tanto, e para Jonathan era triste que tivessem isso em comum.Foram vivências diferentes, no entanto, ambos sentiam dificuldade de lidar com assuntos familiares.Jonathan se via perdido em um limbo, sem saber como lidar com a relação que deveria levar com seus próprios pais, mas, ao mesmo tempo, se sentia ingrato ao não ver que ele pelo menos tinha uma família.
“Algo me diz que você ia gostar tanto quanto eu.” Jonathan respondeu à provocação do mais velho, levando a mão até o pescoço de Elliot, a enfiando por baixo de sua blusa, arranhando suas costas.O loiro sentiu seu corpo arrepiar ao sentir as unhas de Jonathan cravadas em sua pele.Era incrível como um mínimo toque já era o suficiente para fazer seu corpo esquentar.“Seu toque é delicioso.” Elliot sussurrou delicadamente no ouvido do mais novo, que se contorceu ao sentir os lábios quentes do loiro tocarem sua orelha, a mordendo levemente.O mais velho desceu sua boca até o pescoço, mordendo suavemente sua pele arrepiada pelo contato quente.“Eu amo sentir sua boca em mim, Elliot.” O mais novo arfou ao sentir a suavidade com que a língua de Elliot percorria sua pele sensível.“Você é delicioso.” Elliot respondeu, completamente em transe pelo envolvimento de seus corpos.A conexão entre duas pessoas é construída e definida de muitas maneiras. Com Jonathan e Elliot, se deu início por meio
Elliot estava parado em frente ao seu computador já havia longos minutos. Estava completamente aéreo e sem qualquer ligação com a realidade, exibindo um sorriso fraco em seu rosto enquanto seus olhos se fixavam em um ponto aleatório da sala levemente iluminada. Ele recordava com carinho dos momentos que passara com Jonathan no final de semana.Ficaram juntos durante todo o tempo desde que saíram pela primeira vez, e a experiência que ele antes temia ser constrangedora ou até mesmo tediosa, por ser acostumado a estar sozinho, foi algo mais prazeroso do que ele poderia imaginar. Era quase assustador pensar que a sensação familiar e aconchegante é tão agradável, que ele temia vê-la como um vício ao sentir a constante necessidade de ter outros momentos assim com o mais novo.Há um tempo, seria difícil para ele se imaginar um dia construindo uma relaç&atil
Elliot voltou para a sua sala tentando esconder o sorriso largo que ocupou seu rosto após ouvir as palavras do mais novo. Se sentia como um adolescente novamente, com as borboletas ocupando seu estomago e o frio na barriga toda vez que encontrava o mais novo o observando com seus lindos olhos negros.Era uma sensação deliciosamente confusa, assustadora. Ele precisava conversar sobre Jonathan com alguém, expor as sensações avassaladoras que acometiam seu corpo todos os dias ao vê-lo surpreendentemente bem-arrumado, de maneira proposital.As roupas que ele usava fazia Elliot estremecer por completo. Era difícil lidar com alguém tão atraente que não tinha medo de abusar da sensualidade que exibia, ainda que de maneira elegante.Jonathan combinava suas roupas de maneira inteligente, sobrepondo tecidos e abusando da transparência sutil que deixava o loiro completamente louco ao vê-lo todas as manhãs.Seu hobby favorito era passar na sala de Elliot de maneira inocente e observar sua reação
Namorado. A palavra se repetiu na mente de Jonathan várias e várias vezes, e toda vez que ele dizia para si, com a voz baixa, sentindo medo, parecia irreal.O homem que ele desejou e admirou por tanto tempo, agora era seu namorado. E por mais que fosse ótimo sentir que seus desejos estavam se materializando através da vida perfeita que sempre imaginou, ele sentia um pouco de medo pelo fato de tudo estar indo tão bem.No fundo, as pessoas se acostumam com a quantidade exorbitante de problemas que surgem dia após dia, sentindo dificuldade ao permitirem que o mínimo de felicidade e satisfação se instale de maneira duradoura. Mesmo assim, ele não podia negar. Era mais do que havia imaginado um dia. E por mais que sua mente viciada em criar imagens de autossabotagem desejasse, ele tinha a confiança no pleno sentimento de Elliot.Suas ações e palavras de amor, ditas de maneira t&atild
Enquanto preparava o jantar que havia escolhido com tanto carinho, Jonathan ouviu seu celular tocar repetidamente. Acreditando não ser nada importante, continuou focado no que lhe interessava, até que perdeu a paciência ao perceber a quantidade de mensagens que estava recebendo.Para a sua surpresa, era Elliot entrando em contato. Logo, ele ficou preocupado, pensando que pudesse ter acontecido algo grave para que ele insistisse tanto em falar com ele de maneira tão rápida. Então ele discou o número do mais velho, torcendo para que ele atendesse quanto antes.Após alguns segundos chamando, o loiro finalmente atendeu, cessando todas as dúvidas de Jonathan sobre o seu contato.“O que ouve, Elliot? Está tudo bem?” o mais novo perguntou, se sentindo ligeiramente nervoso.“Não precisa se preocupar, meu bem. Só queria falar com você antes de eu embarcar.” Ele disse de maneira calma.“Embarcar? Como assim?” o moreno perguntou, curioso.“Vou precisar ir até a Paris resolver alguns problemas da
Jonathan estava extremamente preocupado. Tudo que havia conseguido ouvir da boca de Harry foi seu nome; e sua voz trêmula não parecia indicar que ele estava em boas condições. Jonathan não sabia onde ele estava, se estaria em casa ou largado em um bar qualquer. Mas precisava tentar achá-lo, já que a ligação se encerrou segundos depois sem qualquer indício de que ele estivesse bem.Hugo pegou o seu carro após longos meses guardado na garagem do prédio, já que era mais econômico ir de metrô para o trabalho por ser mais perto e não pegar trânsito. Mesmo receoso de dirigir, como tinha medo, sabia que era um caso de emergência e ele não deveria se opor a ideia que veio dele mesmo.Eric não tinha carteira de motorista, assim como Jonathan, então só restou essa opção. Ele alcançou o volante de maneira corajosa, i
O atendimento médico de Harry ocorreu de maneira rápida. Estar em um hospital novamente não trazia boas lembranças ou despertou sentimentos positivos em nenhum dos meninos, que durante a noite, ficaram sempre juntos. Para Eric principalmente, já que perder sua avó foi, definitivamente, o momento mais difícil de sua vida.Porém, dessa vez o nervosismo e a angústia foram diminuídos pelo fato de Harry estar em um bom estado de saúde. O sangue, que estava espalhado sob o chão da sua cozinha, foi devido a um ferimento de quando um dos bandidos o atingiu na cabeça. Felizmente, nenhum exame apontou uma lesão grave, para a felicidade de todos.Foi pedido pela equipe médica que ele pudesse permanecer em repouso por algumas horas antes que os policiais pudessem interrogá-lo de fato, mas ele se colocou à disposição assim que teve oportunidade.Harr