Elliot estava parado em frente ao seu computador já havia longos minutos. Estava completamente aéreo e sem qualquer ligação com a realidade, exibindo um sorriso fraco em seu rosto enquanto seus olhos se fixavam em um ponto aleatório da sala levemente iluminada. Ele recordava com carinho dos momentos que passara com Jonathan no final de semana.Ficaram juntos durante todo o tempo desde que saíram pela primeira vez, e a experiência que ele antes temia ser constrangedora ou até mesmo tediosa, por ser acostumado a estar sozinho, foi algo mais prazeroso do que ele poderia imaginar. Era quase assustador pensar que a sensação familiar e aconchegante é tão agradável, que ele temia vê-la como um vício ao sentir a constante necessidade de ter outros momentos assim com o mais novo.Há um tempo, seria difícil para ele se imaginar um dia construindo uma relaç&atil
Elliot voltou para a sua sala tentando esconder o sorriso largo que ocupou seu rosto após ouvir as palavras do mais novo. Se sentia como um adolescente novamente, com as borboletas ocupando seu estomago e o frio na barriga toda vez que encontrava o mais novo o observando com seus lindos olhos negros.Era uma sensação deliciosamente confusa, assustadora. Ele precisava conversar sobre Jonathan com alguém, expor as sensações avassaladoras que acometiam seu corpo todos os dias ao vê-lo surpreendentemente bem-arrumado, de maneira proposital.As roupas que ele usava fazia Elliot estremecer por completo. Era difícil lidar com alguém tão atraente que não tinha medo de abusar da sensualidade que exibia, ainda que de maneira elegante.Jonathan combinava suas roupas de maneira inteligente, sobrepondo tecidos e abusando da transparência sutil que deixava o loiro completamente louco ao vê-lo todas as manhãs.Seu hobby favorito era passar na sala de Elliot de maneira inocente e observar sua reação
Namorado. A palavra se repetiu na mente de Jonathan várias e várias vezes, e toda vez que ele dizia para si, com a voz baixa, sentindo medo, parecia irreal.O homem que ele desejou e admirou por tanto tempo, agora era seu namorado. E por mais que fosse ótimo sentir que seus desejos estavam se materializando através da vida perfeita que sempre imaginou, ele sentia um pouco de medo pelo fato de tudo estar indo tão bem.No fundo, as pessoas se acostumam com a quantidade exorbitante de problemas que surgem dia após dia, sentindo dificuldade ao permitirem que o mínimo de felicidade e satisfação se instale de maneira duradoura. Mesmo assim, ele não podia negar. Era mais do que havia imaginado um dia. E por mais que sua mente viciada em criar imagens de autossabotagem desejasse, ele tinha a confiança no pleno sentimento de Elliot.Suas ações e palavras de amor, ditas de maneira t&atild
Enquanto preparava o jantar que havia escolhido com tanto carinho, Jonathan ouviu seu celular tocar repetidamente. Acreditando não ser nada importante, continuou focado no que lhe interessava, até que perdeu a paciência ao perceber a quantidade de mensagens que estava recebendo.Para a sua surpresa, era Elliot entrando em contato. Logo, ele ficou preocupado, pensando que pudesse ter acontecido algo grave para que ele insistisse tanto em falar com ele de maneira tão rápida. Então ele discou o número do mais velho, torcendo para que ele atendesse quanto antes.Após alguns segundos chamando, o loiro finalmente atendeu, cessando todas as dúvidas de Jonathan sobre o seu contato.“O que ouve, Elliot? Está tudo bem?” o mais novo perguntou, se sentindo ligeiramente nervoso.“Não precisa se preocupar, meu bem. Só queria falar com você antes de eu embarcar.” Ele disse de maneira calma.“Embarcar? Como assim?” o moreno perguntou, curioso.“Vou precisar ir até a Paris resolver alguns problemas da
Jonathan estava extremamente preocupado. Tudo que havia conseguido ouvir da boca de Harry foi seu nome; e sua voz trêmula não parecia indicar que ele estava em boas condições. Jonathan não sabia onde ele estava, se estaria em casa ou largado em um bar qualquer. Mas precisava tentar achá-lo, já que a ligação se encerrou segundos depois sem qualquer indício de que ele estivesse bem.Hugo pegou o seu carro após longos meses guardado na garagem do prédio, já que era mais econômico ir de metrô para o trabalho por ser mais perto e não pegar trânsito. Mesmo receoso de dirigir, como tinha medo, sabia que era um caso de emergência e ele não deveria se opor a ideia que veio dele mesmo.Eric não tinha carteira de motorista, assim como Jonathan, então só restou essa opção. Ele alcançou o volante de maneira corajosa, i
O atendimento médico de Harry ocorreu de maneira rápida. Estar em um hospital novamente não trazia boas lembranças ou despertou sentimentos positivos em nenhum dos meninos, que durante a noite, ficaram sempre juntos. Para Eric principalmente, já que perder sua avó foi, definitivamente, o momento mais difícil de sua vida.Porém, dessa vez o nervosismo e a angústia foram diminuídos pelo fato de Harry estar em um bom estado de saúde. O sangue, que estava espalhado sob o chão da sua cozinha, foi devido a um ferimento de quando um dos bandidos o atingiu na cabeça. Felizmente, nenhum exame apontou uma lesão grave, para a felicidade de todos.Foi pedido pela equipe médica que ele pudesse permanecer em repouso por algumas horas antes que os policiais pudessem interrogá-lo de fato, mas ele se colocou à disposição assim que teve oportunidade.Harr
Harry não conseguiu entender o motivo de tanto magnetismo o atrair de forma tão intensa, mas no jeito doce e amigável de Jonathan, ele conseguiu observar algo que almejava há muito tempo. Harry não enxergava Jonathan como uma presa, usando apenas a atração intensa que sentia para mantê-lo próximo. Muito pelo contrário, sentia vontade de mantê-lo por perto por tempo o suficiente para que conseguisse observar nele todos os detalhes maravilhosos que parecia demonstrar ao expor um pouco da sua personalidade.Algumas pessoas acreditam que existem conexões que se formam de maneira imediata, e para Harry, a situação foi um desses casos. Já para Jonathan, não foi nada que se deu de forma imediata, mas ele certamente pensava consigo mesmo sobre o porquê de se importar tanto com um homem que mal conhecia. E essa conexão era cada vez mais presente a medida do tempo em que conviviam mais e mais durante todas as visitas feitas para a construção da representação do álbum.Porém, Jonathan enxergava
Harry sabia que uma hora ou outra precisaria confrontar as pessoas que já havia magoado, ou que seus problemas teriam afetado seu relacionamento de alguma forma. Porém, não podia dizer que se sentia preparado no momento em que chegava a hora, já que o processo desconfortável e esquisito nunca é nada agradável de vivenciar.A última vez que ele havia falado com Jonathan, foi a última vez que ele visitou uma reunião para falar sobre os seus vícios. Naquele dia, ele realmente achou que poderia ser o fim para todo o ciclo de autodestruição que ele estava inserido, porém, toda a sua coragem se esvaiu, escoando pelo ralo junto da água que lavava seu corpo enquanto ele tomava um banho e refletia sobre a sua vida irritantemente solitária.Ele odiava estar sozinho, o silêncio era ensurdecedor. A necessidade de compartilhar toques, carinhos e conversas jogadas fora e