(Letícia)Eu cheguei na venda da Meire e fui logo subindo as escadas pra ir ao encontro do André, aquele papinho dela e da minha mãe da gente namorar sob a supervisão delas nunca existiu.— Oi? Posso entrar?Perguntei assim que abri a porta do quarto dele, ele estava com o notebook na mão .André: Entra gostosa!Assim que entrei, ele olhou pras minhas pernas e foi logo colocando o notebook de lado e se levantando da cama pra me agarrar. André: Letícia você não pode aparecer aqui vestida desse jeito, você tira toda a minha concentração do meu trabalho.Ele me encostou na porta e me beijou, levantou a minha saia e passou a mão por cima da minha calcinha. — A intenção é essa André, eu vim de saia só pra facilitar o processo. André: Essa tua safadeza me deixa duro, sabia?Ele tirou a minha calcinha, abriu o zíper da bermuda dele e tirou o pau pra fora da cueca, me levantou usando o braços pra sustentar as minhas pernas e me penetrou.Ele voltou a me beijar enquanto entrava e saia de d
(Leandro)A vida sacerdotal não é uma vida fácil, eu não fui enganado quando tomei a decisão de entrar nela, mas eu sabia que o fato do bispo ter acompanhado toda a minha trajetória, contribuiu pra que eu recebesse uma disciplina amena, eu sabia que se ele não me conhecesse intimamente, eu não teria recebido outra chance, não da parte dele, eu teria sim que receber o perdão do papa.O fato é que como todo ministério, existem aqueles que se defendem, e de certa forma o bispo estava me defendendo, e por saber disso, eu não poderia mais falhar.Eu sabia que a reunião de que seria em quinze dias poderia ser facilmente antecipada, mas isso foi só uma desculpa pra ele me dar mais tempo pra pensar, ele estava me dando uma chance de voltar a ver a Letícia e firmar a minha certeza ou mudá-la completamente.Eu não sabia ao certo o que estava me prendendo a essa decisão de ser padre, eu já não tinha mais certeza de nada, mas existia um bloqueio que me impedia de abrir mão de tudo.— Eu tenho que
(Letícia)Eu estava me preparando pra dormir quando o meu celular apitou avisando que havia chegado uma nova mensagem, eu olhei e vi que era o André pedindo pra eu encontrar ele na praça, eu olhei o horário e já estava tarde, logo eu imaginei que ele queria me dar uns amassos longe da vista das pessoas.A minha mãe já tinha ido se deitar, então eu coloquei um vestido, dei uma leve ajeitada nos cabelos e fui ao encontro do André.Eu abri a porta e o portão lentamente e fechei com cuidado pra minha mãe não acordar e fui caminhando em direção a praça.No meio do caminho eu tive uma leve sensação de estar sendo observada, e por alguma razão eu senti vontade de olhar pra porta da igreja, talvez eu tivesse o dom da adivinhação, pois quando olhei pra lá eu vi o Leandro olhando na minha direção.Saber que ele estava olhando pra mim fez com que eu sentisse um friozinho na barriga, eu não sabia se ele já estava ali antes de eu aparecer, ou se apareceu na hora que eu estava indo pra praça.Eu co
(Leandro)Quando eu fechei a igreja, a Letícia já tinha atravessado a porta de acesso a minha casa, e a cada passo que eu dava, era um medo diferente de estar fazendo besteira.Quando eu cheguei no meu quintal, eu passei pela cerca e vi a Letícia sentada no gramado, com as costas na árvore.— Você não quer entrar?Letícia: Não, se você quer só conversar nós podemos conversar aqui mesmo.— Então senta na cadeira, você vai acabar sendo picada por alguma formiga.Ela me encarou de baixo pra cima fazendo contato visual.Letícia: Você está procurando a melhor forma de iniciar essa conversa e não tá sabendo como, então eu vou facilitar pra você, o que você quer de mim?A Letícia tinha o poder de me enlouquecer de todas as formas possíveis, ela era persuasiva, perspicaz, além de manipular completamente a situação a favor dela, ela não me dava tempo pra pensar, não me dava tempo nem de sair correndo, ela conseguia me prender naquilo que ela queria, sem fazer parecer que ela queria, ela se pre
(Letícia) Quando eu fui pra casa do Leandro, eu não imaginava que as coisas que ele iria me falar, fossem me fazer chorar. Eu sentei no gramado disposta a ouvi-lo, mas não disposta a aceitar que eu era uma grande dúvida pra ele, porém ele fez com que eu me sentisse egoísta e pequena diante de tudo o que ele viveu. Quinze dias de fato era muito pouco, eu com certeza iria sobreviver a esse tempo, eu só não sabia se iria sobreviver à dura realidade de não ser a escolhida. Por mais que o Leandro tivesse me dito que aquilo não era uma competição, não existia outra forma de me sentir, parecia sim uma competição sobre quem levava a melhor, eu ou o todo poderoso, e por mais que eu entendesse que ele precisava de tempo, que ele precisava que eu tivesse paciência, algo dentro de mim dizia que a paciência não seria suficiente pra eu tê-lo no final, que seria uma espera com fracasso garantido. Eu sempre fui imediatista, tudo tinha que ser no meu tempo e na minha hora, e quando o amor chegou
(Leandro)Eu olhei pra Letícia e por alguns instantes eu me senti completo, mas a pergunta que ela me fez, e os olhos atentos dela tentando decifrar o que eu estava sentindo, fez com que as dúvidas voltassem a surgir.Eu realmente não sabia o que iríamos fazer, o fato de termos transado, o que pra mim foi maravilhoso, não mudava as circunstâncias, exceto pelo fato de eu ter pecado novamente, e consumido o ato, o que tornava tudo ainda mais difícil, porém eu não poderia continuar pecando.Eu sentei na ponta da cama e me perdi em pensamentos, foi algo inevitável que acabou por deixar a Letícia chateada.Por mais que ela se esforçasse, ela não conseguia entender que tudo era sério demais.Ao escolhê-la, eu estaria colocando em dúvida a confiança que muitos haviam colocado em mim, as pessoas passariam a se perguntar sobre desde quando tudo estava acontecendo, ou se eu havia me envolvido com outras mulheres antes da Letícia, elas iriam questionar o meu compromisso com Deus, e o respeito qu
(Letícia)Eu acordei com a cabeça revirada, com o ego ferido, e com uma vontade enorme de explodir, eu sabia que havia pedido desculpas pelo meu egoísmo, mas eu pensei melhor e vi que eu não deveria me submeter a ser uma dúvida pro Leandro, eu não deveria ser obrigada a esperar, se ele quisesse mesmo ficar comigo, ele iria ficar e pronto, sem precisar de tempo, sem fazer exigências por algo que ele não tinha certeza.— Terminar com o André? E se eu terminar e depois o Leandro não me escolher? Eu vou ficar sem os dois? Quem ele pensa que eu sou? Uma marionete?Mãe: Letícia, o café está pronto.— Já estou indo mãe.Durante o café da manhã, eu vi que a minha mãe estava estranha, impaciente.— O que você tem? Está tão inquieta que nem esperou que eu fizesse o café?Mãe: Onde você foi ontem?Droga, ela tinha se dado conta que eu havia saído.— Ah mãe, eu não preciso mentir pra você, eu estava com o Leandro.Mãe: Foi o que eu pensei, você não deveria esperar, Letícia? Você vai acabar atrope
(Leandro)15 dias depois…Eu quase não consegui dormir de nervosismo, as minhas emoções gritavam dentro de mim, eu estava prestes a assumir novamente o meu cargo, mas parte de mim estava quebrado, a Letícia havia destruído o meu coração, me feito fazer coisas que no final acabaram não valendo a pena. Durante esses quinze dias, depois de eu ter presenciado os gemidos dela, eu me isolei, a única pessoa que me viu durante esses dias, foi o outro padre que havia ficado no meu lugar.Eu sempre ia de manhã bem cedo na venda comprar o que eu precisava, pra não precisar voltar lá ao longo do dia, eu evitei me encontrar com a Letícia ou com a mãe dela.Eu sempre abria a igreja mais cedo, e fechava em horários diferentes pra não correr o risco de ser surpreendido por ela, mesmo eu sabendo que ela era perfeitamente capaz de me surpreender se ela quisesse, como ela fez das outras vezes, mas estranhamente ela não me procurou, o que foi melhor pra nós dois.Eu não poderia mentir, eu a amava, qualq