O clima entre nós três, Ben, Lucas e eu, era palpável como um trovão prestes a desencadear sua fúria. Ben se aproximou de mim, seu sorriso cativante contrastando com o brilho desafiador em seu olhar, que estava direcionado a Lucas. Sem dar tempo para reações, Ben depositou um beijo casual em minha bochecha, deixando um rastro de calor e surpresa em minha pele. Meu coração disparou, a rapidez dos eventos tirando meu fôlego e desorientando meus sentidos.— Ah, Lucas, você não faz ideia do que deixou escapar ontem à noite. — Ben provocou com um sorriso que era mais que apenas malicioso. — Grace estava absolutamente deslumbrante na festa.Lucas segurou meu braço com gentileza, seus olhos fixos em Ben enquanto respondia com uma calma inabalável: — Vi as fotos que você postou, Ben. Parece que todos se divertiram bastante.A autoconfiança de Ben parecia inabalável. Seu sorriso malicioso permaneceu, um brilho travesso nos olhos que desafiava Lucas. — Claro, Grace merecia todas as homenagens.
A noite caiu suavemente sobre a praia, e o grupo de amigos começa a se dispersar, cada um escolhendo uma forma de aproveitar o momento. Alguns se dirigiam a um quiosque próximo para algumas bebidas, enquanto outros preferiam caminhar pela areia, aproveitando a brisa marinha e o clima agradável. Observando os amigos se afastarem, meu olhar acabou encontrando Ben, rodeado de garotas, a risada descontraída ecoando pela noite. Ele está ali, no centro das atenções, como sempre, seu sorriso cativante não deixando dúvidas de que ele estava completamente à vontade na situação.Lucas está ao seu lado, a expressão impassível, parecendo alheio à cena animada. Ele se aproxima de mim, e seu olhar se encontra com o meu. Em meio ao burburinho alegre, ele sugere que pode me deixar em casa, disse seguiria para o hotel para uma ducha relaxante, mas que poderíamos jantar mais tarde, se eu estivesse disposta, já que ele voltaria para casa no dia seguinte, logo cedo. Concordo com um aceno de cabeça, olhan
Enquanto eu estava a alguns metros de distância da agitação, observando a equipe de policiais e meu pai discutindo os detalhes sobre o que havia acontecido, uma sensação incômoda de desconexão se instalou em mim, se essa é a hora de me lembrar de algo importante, é melhor que seja algo que valha a pena, pois sinto que seja lá o que for está me deixando muito ansiosa. Era tarde da noite, e policiais andando pela casa, e fazendo perguntas antes de se trancarem no escritório com meu pai, o Sr. Berti e o detetive que veio com ele, conferem a casa Sinclair uma atmosfera surreal. Como nos dias que se seguiram após a morte da minha mãe. Meus pensamentos vagueavam por tudo o que acontecera desde minha chegada a Santa Barbara, e há algo dentro de mim, uma sensação persistente de que algo importante estava à beira de emergir, como se houvesse um véu obscuro separando-me do conhecimento de algo crucial. É frustrante que me falte parte de lembranças que em alguns momentos parecem que seriam cruc
Enquanto eu me dirigia ao meu restaurante, o Maré Alta, para um almoço de negócios crucial com alguns de meus sócios, desacelerei enquanto passava pela orla. O clima estava ameno, e a brisa marítima proporcionava uma atmosfera agradável e não pude deixar de me lembrar de Grace Sinclair, enquanto retribuo o sorriso de uma garota em seu biquíni azul. Penso em chama-la para sair, nem tanto porque quero, mais para irritar o idiota do namoradinho dela, e também porque quero ter certeza que Grace vai estar sozinha, já que Matt me convidou para jantar, e mais alguns prováveis nomes interessados no projeto do hotel.É uma boa hora de tomar um lugar importante no círculo mais íntimo da família Sinclair, e se uma sessão de pegação com Grace me garantir isso e uma maneira de descobrir o que preciso, será ainda melhor. Seria um bônus se eu conseguir me livrar de Lucas Bennett no processo.Ao chegar ao Maré Alta, sou recebido com um sorriso caloroso por Clary, nossa talentosa chef. Ela já estava o
O escritório do Sr. Jack Anderson é um lugar que eu conheço bem. É um espaço elegante e austero, decorado com madeira escura e estantes cheias de volumes encadernados em couro. As paredes eram adornadas com diplomas e certificados que atestam sua experiência e reputação como advogado. A mobília é confortável, mas não excessivamente luxuosa, refletindo o gosto sóbrio do Sr. Anderson.Donna e eu entramos em seu escritório e imediatamente somos recebidos pelo olhar preocupado do advogado. O Sr. Anderson é um homem alto, de cabelos grisalhos, que sempre transmitia uma aura de calma e autoridade. No entanto, naquele momento, sua expressão era tensa.Cumprimentamos o Sr. Anderson e nos sentamos em frente à sua imponente mesa de mogno. Ele parece escolher cuidadosamente as palavras antes de começar a falar, o que só aumenta minha apreensão.— Benedict, Donna, é bom vê-los. Lamento tê-los chamado aqui tão abruptamente, mas há uma questão que precisa ser discutida. — O Sr. Anderson começa, sua
O Sr. Anderson olhou para mim com preocupação, reconhecendo a gravidade do que estávamos prestes a discutir. Ele começou a explicar sua preocupação sobre as recentes especulações que chegaram até ele, embora fossem apenas boatos por enquanto. Segundo ele, nunca encontraram o corpo de Lewis Carter, e, considerando o que eles sabiam sobre a natureza de Lewis, era prudente que eu e minha família permanecêssemos alertas.— Benedict, Donna, eu entendo que isso pode parecer uma especulação alarmante, mas devemos considerar todas as possibilidades. O fato de nunca terem encontrado o corpo de Lewis é um ponto de interrogação. E com a ascensão da Golden Sands e a aparente ligação entre você e Grace Sinclair, é possível que tenham mexido com membros da Ceifa. — O Sr. Anderson explicou, suas palavras carregadas de preocupação.— Ligação com Grace Sinclair? — Donna parece não compreender.— A Ceifa se interessa muito pelas famílias do vinho. — diz ele, pensativo. — Eles costumam dizer que a maior
A batida pulsante da música ecoa na boate, misturando-se com a agitação da multidão dançando freneticamente. As luzes coloridas piscavam ritmicamente, lançando sombras dançantes sobre os rostos animados que enchiam o lugar.Aqui estou eu, no centro da energia sedutora e dominante na boate, com uma taça de champanhe nas mãos, tentando afogar as preocupações que haviam assombrado minha semana. Cam, está ao meu lado, seus olhos perspicazes varrendo a multidão.— Você realmente precisava disso, Grace. Uma noite fora de casa é exatamente o que você merece. — Camille gritou por cima da música, com um sorriso solidário, e batendo de leve sua taça na minha antes de beber.Concordei, sentindo-me grata por ter alguém como Camille ao meu lado. Ela havia estado comigo em cada reviravolta dessa semana tumultuada. Desde a chegada daquela caixa perturbadora cheia de vermes até as conversas inquietantes das criadas sobre o que poderia ter acontecido com minha mãe, tudo parecia ter desabado.Meu pai,
Como já era esperado, Lucas deixou o lounge, furioso, nos deixando sozinhos. Ben, que sabia que não era o momento certo para tentar se explicar com Lucas, por mais que eu quisesse ir até ele e tentar explicar o óbvio. Ele me viu beijando Ben, não era e esse não estava com uma faca em meu pescoço, obrigando-me a nada! Ben sugeriu que déssemos um tempo para que as coisas se acalmassem. Eu tinha aceitado a ideia, e apesar de estar me sentindo culpada, eu sabia, de nada adiantaria. Ele diz que está de saída e pergunta se quero ir junto, falou que tem um bar aqui perto, mais tranquilo, e está indo para lá.À medida que saíamos da boate, o ar noturno acalmava nossos ânimos, mas a tensão da situação anterior ainda estava presente, criando uma atmosfera carregada entre nós. Caminhamos lado a lado, silenciosos por um momento, cada um perdido em seus próprios pensamentos.A poucos metros de distância, encontramos um prédio de estrutura clássica, que se destacava entre os demais na rua. Sua fach